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Aglomerantes CIMENTO PORTLAND História 1824 : Patenteado o Cimento Portland Pelo pedreiro John Aspdin O material após endurecido tinha muita semelhança de cor e qualidade com uma pedra calcária chamada pedra da Ilha de Portland. Fornos verticais usados nos primórdios do cimento, no século XIX Fábrica de cimento Cuba, em Havana. Primeira fábrica de cimento Portland na América Latina Definição Cimento Portland: Pó fino, que em contato com a água, tem a propriedade de unir firmemente, como uma cola, diversos tipos de materiais de construção. Produto obtido da pulverização em conjunto do clínquer mais a gipsita (≈ 5%). Definição Clínquer: Pode ser definido como cimento numa fase básica de fabrico, a partir do qual se fabrica o cimento Portland, habitualmente com a adição de sulfato de cálcio, calcário e/ou escória siderúrgica. Produto resultante da calcinação até a fusão incipiente (≈1450°C) de uma mistura convenientemente preparada com calcário, argila e gipsita. Clínquer para cimento branco, recém extraído do forno. O que é calcinação? É o processo onde oxida-se as substâncias presentes em uma dada amostra à forma de óxidos usando calor. Faz-se isso no laboratório com uso de um forno elétrico chamado mufla, e na industria em fornos aquecidos por óleo, como na produção de cimento. Clínquer para cimento branco, recém extraído do forno. Composição química do cimento Compostos principais (95% a 96%): Cal (CaO) Sílica (SiO2) Alumina (Al2O3) Oxido de ferro (Fe2O3). Elementos menores: Impurezas Óxido de sódio Óxido de potássio Óxido de titânio Principais componentes do cimento/Terminologia CaO=C SiO2=S AlO3=A Fe2O3=F SO3 MgO K2O e Na2O= álcalis do cimento Principais componentes do cimento (composição potencial): cal + componentes argilosos Os 4 compostos principais: Silicato tricálcico – 3CaO.SiO2 – C3S Silicato dicálcico – 2CaO.SiO2 – C2S Aluminato tricálcico – 3CaO.Al2O3 – C3A Ferroaluminato tetracálcico – 4CaO.Al2O3.Fe2O3 – C4AF Propriedades dos compostos C3S Responsável pela resistência em todas as idades, especialmente até o fim do primeiro mês de cura É o conjunto de medidas que devem ser tomadas para evitar a evaporação da água de amassamento utilizada no concreto aplicado. C2S Adquire maior importância no processo de endurecimento em idades mais avançadas, sendo largamente responsável pelo ganho de resistência a um ano ou mais C3A Contribui para a resistência principalmente no primeiro dia. Reação controlada com a gipsita C4AF Não contribui para a resistência Propriedades C3S C2S C3A C4AF Resistência Boa Boa Fraca Fraca Intensidade de reação Média Lenta Rápida Rápida Calor desenvolvido Médio Pequeno Grande Pequeno Produção Propriedades físicas São consideradas sob 3 aspectos: Condição natural (pó) Mistura cimento + água (pasta) Mistura pasta + agregado (argamassa) Finura Consistência normal da pasta Início e fim de pega Massa específica Resistência aos esforços mecânicos Propriedades químicas Diretamente ligadas ao processo de endurecimento por hidratação Estabilidade do volume Calor de hidratação Resistência aos agentes agressivos Reações álcali-agregados Propriedades Físicas Finura (ou Superfície específica): Quanto mais fino for o cimento, mais rápido ele reagirá. Para uma dada composição, a taxa de reatividade e, portanto, de desenvolvimento da resistência, pode ser aumentada através de uma moagem mais fina do cimento. O valor da finura pode ser determinado pelo resíduo em peneira padrão com malha 200 (75 μm → 0.075 mm) e a malha 375 (45 μm → 0,045mm). Considera-se que as partículas de cimento maiores que 45 μm são difíceis de hidratar e aqueles maiores que 75 μm nunca se hidratam completamente. Propriedades Físicas Tempo de pega: Tempo após a adição de água no qual a mistura de cimento pode ser trabalhada. Pela norma: 1h < Pega < 10h (facultativo). Propriedades Físicas Endurecimento: Ocorre no fim da pega Representa o ganho de resistência mecânica É atribuído principalmente à hidratação do C3S e a partir dos 28 dias, ao C2S Propriedades Físicas Massa específica: A massa específica aparente do cimento portland é usualmente considerada 1,5 Kg/dm3 A densidade absoluta é de 3,15 Kg/dm3, podendo variar ligeiramente em valores inferiores. A densidade é um valor variável com o tempo, aumentando à medida que progride o processo de hidratação. Propriedades Físicas Resistência: A resistência mecânica dos cimentos é determinada a partir da ruptura de corpos-de-prova de argamassa, cuja consistência é padronizada pela NBR 7215 (MB1) É o índice mais importante do cimento, que vai definir sua qualidade para aplicação como material de construção Tipos de Cimento Cimento Portland Comum – CP I: Cimento mais comumente utilizado, é composto por pelo menos 95% de clinker de cimento portland. Cimento Portland Composto – CP II: Cimento Portland composto com pozolana – CP II Z Cimento Portland composto com escória – CP II E Cimento Portland composto com fíler – CP II F Cimento Portland de Alto Forno – CP III: Cimento obtido a partir da moagem do clínquer e escória granular de alto forno, tendo sua aplicação importante em meios sulfatados. Cimento Portland Pozolânico – CP IV: Emprega de 15% a 50% de material pozolânico Possui maiores resistências em idades superiores a 90 dias Tipos de Cimento Cimento Portland de Alta Resistência Inicial – CP V ARI: Consegue-se uma maior resistência inicial com maior teor de C3S (entre 55% e 70%) e com uma maior finura. Cimento Resistente a Sulfatos – RS: Cimento com baixo teor de C3A (< 8%). Cimento Portland Branco: Coloração obtida com a diminuição dos compostos do ferro. (C4AF ≈ 1%) Ensaios físicos FINURA (NBR 11579/91) Objetivo: determinar o índice de finura do cimento Importância: Influi na rapidez de hidratação e, consequentemente, sobre o desenvolvimento de calor, retração e aumento da resistência com a idade. Ensaios físicos FINURA (NBR 11579/91) Importância: Com o aumento da finura: Melhora a resistência Aumenta a impermeabilidade, trabalhabilidade e a coesão dos concretos Maior liberação de calor Maior retração, o que implica maior sensibilidade ao fissuramento e o armazenamento longo no depósito e na obra. Ensaios físicos FINURA (NBR 11579/91) Determinação: ensaio de peneiramento APARELHAGEM Balança Peneira de malha de 0,075mm de abertura, com fundo e tampa. (Peneira nº200) Pincel Fundo de peneira e tampa Ensaios físicos FINURA (NBR 11579/91) PROCEDIMENTO A peneira deve estar seca, limpa e encaixada no fundo; Colocar (50 ±0,05) g de cimento, transferindo para peneira, que deve estar limpa e seca, e munida de fundo. E começa o peneiramento; Decorrido 3 a 5 minutos, retiraro fundo e dar golpes para desprender as partículas aderidas a tela e a parede; Continuar o peneiramento por mais 10 minutos; Repetir o processo para retirar o material aderido à tela e à parede; Feito isto, pesar a quantidade de material retida na peneira. Ensaios físicos FINURA (NBR 11579/91) RESULTADOS O cálculo do índice de finura do cimento, é dado pela expressão: F = (R/P) .100 Onde: F = índice de finura do cimento, em porcetangem; R = Material retido na peneira 75m, em g. P = massa inicial da amostra, em g. Ensaios físicos FINURA (NBR 11579/91) CONCLUSÕES Características de acordo com os padrões da NBR 11579/91 que admite a máxima porcentagem para a finura do cimento de acordo com a classe. Ensaios físicos CONSISTÊNCIA NORMAL DA PASTA (NBR 11580/91) Objetivo: determinar a quantidade de água necessária para se obter uma pasta plástica usada para a determinação do início e fim de pega. A pasta de cimento, com índice de consistência normal, constitui uma mistura padronizada de cimento e água sendo utilizada para verificação de duas importantes características do cimento Portland, tempo de pega e instabilidade de volume. Ensaios físicos CONSISTÊNCIA NORMAL DA PASTA (NBR 11580/91) Importância: Como a quantidade de água influi na pega do cimento deve-se determinar qual a quantidade de água de modo que a variação nos tempos de pega não seja função deste parâmetro, e sim somente da quantidade do cimento. Ensaios físicos CONSISTÊNCIA NORMAL DA PASTA (NBR 11580/91) APARELHAGEM •Balança; •Misturador mecânico; •Cronômetro; •Espátula; •Forma em forma de tronco de cone •Bacia; •Aparelho de Vicat, acompanhado da sonda Tetmajer; •Placa de vidro. Ensaios físicos AMOSTRA 500g de cimento e a quantidade de água por tentativas PROCEDIMENTO 1) ZERAR O APARELHO 2) MISTURA MECÂNICA Introduzir, no recipiente do misturador mecânico a água e o cimento; Acionar o cronômetro e aguardar 30s; Ligar o misturador na velocidade baixa durante 30s (nº1); Deixar a mistura em repouso durante 120 segundos; Ligar o misturador na velocidade alta (nº2) durante 60s; 3) ENCHER O MOLDE 4) MEDIDA DA CONSISTÊNCIA Coloca-se o molde na base do aparelho de Vicat fazendo com que a sonda de Tetmajer fique no centro do molde; Ponha a sonda com o parafuso de fixação da haste; Solte o parafuso de fixação da sonda de maneira que ele penetre na pasta por ação do seu peso próprio; Após 30s faz-se a leitura. Descer a sonda de Tetmajer sobre a pasta sem choque sem velocidade inicial e deixar que penetre durante 30s na amostra fazendo então a leitura da consistência; Repetir todas as operações até se obter o valor desejado. Resultados A consistência é denominada normal, quando a sonda de Tetmajer estacionar, sem choque e sem velocidade inicial, a (6 1) mm do fundo do recipiente. Faz-se tentativas variando a quantidade de água até conseguir o objetivo desejado. A água da pasta de consistência normal é calculada segundo a equação abaixo, sendo expressa em porcentagem de massa relativa ao cimento. Consistência Normal = Ma/Mc x 100% Onde: Ma = massa de água; Mc = massa de cimento. INÍCIO DE PEGA (NBR 11581/91) Objetivo: Verificar o tempo decorrido desde a adição da água ao cimento até o início das reações químicas com os compostos do cimento Importância: Conhecer o tempo que se tem para preparar, transportar, aplicar e adensar as argamassas e concretos. Controle de qualidade do cimento verificando se o teor de gesso está de acordo com o estabelecido, pois é esse componente que controla a pega e se o concreto está no seu estado plástico pode ser lançado. Importância A duração da pega varia na ordem inversa da finura. Os cimentos muito finos dão início de pega mais rápido e fim de pega mais lento. APARELHAGEM São os mesmos do método para determinação da consistência normal, exceto que se utiliza a agulha de Vicat ao invés da sonda de Tetmajer. AMOSTRA 500 g de cimento Água necessária para obtenção de uma pasta de consistência normal, obtida no ensaio para determinação da consistência normal. PROCEDIMENTO Zerar o aparelho Penetração com a agulha de Vicat Define-se como início de pega quando a agulha estacionar a 1mm do fundo do molde, anota esse tempo (t2). RESULTADOS O início de pega é dado pela relação: IP = t2 – t1 Onde: t1 é o momento em que a água foi adicionada no cimento. t2 é o tempo para a agulha estacionar a 1mm do fundo do molde FIM DE PEGA (NBR 11581/91) Objetivo: Medir o tempo decorrido entre a mistura da água e a passagem do estado plástico para o estado sólido, quando a massa deixa de ser deformável. Importância: O fim de pega mostra o tempo que se pode transitar sobre a pasta de cimento bem como o prazo mínimo para iniciar a sua cura. PROCEDIMENTO Após a constatação do início de pega, fazer leituras a intervalos regulares de 10 min. A 1ª leitura dentre 3 leituras sucessivas e iguais, superiores a 38mm constitui a indicação do fim de pega (t2f). RESULTADOS O fim de pega é dado pela relação: FP = t2f – t1 Vamos para o laboratório?
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