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RELATÓRIO DA SEMANA ACADÊMICA
Direito noturno - 7ºA -
RELATÓRIO - REFORMA TRABALHISTA
Como atividade complementar à disciplina de Estagio Supervisionado I (Prática Cível E Visitas Orientadas), do curso de Direito da FaculdadeXXX, 7º período turno da Noite, apresento um resumo da palestra “Reforma Trabalhista” ministrada pelo professor Marco Aurélio Guimarães, durante o evento “Semana Acadêmica de Direito”, organizado pela Faculdade XXX, de 25 a 28 de setembro, no Auditório do Campus XXXX, situado na cidade de Curitiba.
A palestra teve como público alvo principal, alunos do curso de Direito. O palestrante, durante sua explanação, dirigiu-se ao público, utilizando-se de linguagem própria dos operadores do Direito, valendo-se do léxico peculiar dessa área, expondo e esclarecendo alguns pontos da Reforma Trabalhista, revelando posicionamento apoiador, com ponto de vista favorável ao empregador. 
Antes de falar sobre a Reforma trabalhista, o palestrante, expôs que é necessário uma visão mais ampla e há a necessidade de saber o que acontece no macro sistema do Direito do Trabalho e quais são as alterações que vão existir dentro deste macro sistema.
 Relata o palestrante que o Direito do Trabalho vai mudar enquanto ciência, e que se terá um novo Direito do Trabalho a partir de novembro de 2017, porque haverá modificações nos Princípios do Direito Processual do Trabalho e, segundo ele, o Princípio principal do Direito Processual do Trabalho, que é a razão da existência do Direito do Trabalho é o Princípio da Proteção. Relata que o referido Princípio não é positivado, mas sim subjacente a toda legislação trabalhista, haja vista que no momento em que o constituinte originário estabeleceu um patamar mínimo de direitos para o trabalhador com clausula social e, portanto uma clausula pétrea, quis estabelecer o Princípio da Proteção, que não obstante não esteja expresso no texto constitucional, é um Princípio implícito dentro do referido texto. Relata que o já referido Principio se desenvolve através de subprincípios e o primeiro subprincípio é a ideia da irrenunciabilidade do Direito do Trabalho, sendo que este Direito é composto de regras cogentes e, portanto não podem servir de objeto de negociação in pejus para o empregado, nem importar qualquer alteração prejudicial ao seu contrato de trabalho. Isto posto, o palestrante fala sobre a ideia de mitigação da autonomia da vontade do empregado, entretanto essa autonomia só se aplica na prática em situações onde as condições lhes são mais benéficas. E excepcionalmente nas hipóteses que estão previstas na lei. Expõe ainda que o Direito do Trabalho atualmente pode ser objeto de flexibilização ou negociação coletiva, mas nunca individual. 
Além disso, uma das características do Direito do Trabalho atual é de que existe uma forte intervenção do sindicato no contrato individual de trabalho, porque, segundo o palestrante, determinados atos processuais ou negócios jurídicos devem ser realizados obrigatoriamente com a presença do sindicato, porém, segundo ele, nesse caso não se fala na participação do sindicato como sujeito do Direito coletivo onde é protagonista. 
O palestrante fala sobre o “negociado sobre o legislado”, que nesta seara há a possibilidade de se negociar situações que vão contrariamente à lei. O legislado é composto primordialmente pelos direitos trabalhistas previstos nos arts. 7º ao 11 da Constituição Federal de 1988 (CF/88) e na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que é a principal legislação que regula o trabalho subordinado, isto é, aquele em que o trabalhador executa o serviço sob as ordens do patrão e é por ele remunerado. O negociado se constitui nos Acordos Coletivos de Trabalho ou Convenções Coletivas de Trabalho. Dentro dessa fattispecie há, porém, uma forte intervenção do poder judiciário na declaração da eficácia das clausulas negociadas. 
O palestrante passa a expor a condição dos Princípios citados por ele, a partir da Reforma Trabalhista, promulgada pelo Poder Executivo, Lei 13.467 de 2017, ou como, segundo o palestrante, recepcionada pelos empresários como “a modernização da lei trabalhista”. O novo direito do Trabalho, diz o palestrante, permite a renuncia de direitos, pois prevê a possibilidade do empregado negociar diretamente com o seu empregador as clausulas do seu contrato, ainda que seja em contrariedade à lei, portanto, uma autonomia da vontade. Entretanto, pontua ainda que nem todos os empregados terão esta condição, a Lei reconhece a existência de um tipo de trabalhador que até então não era reconhecido dessa forma pela legislação, até então vigente, que é o trabalhador hipersuficiente. O que ganha duas vezes o teto da previdência e que tem curso superior completo. Cria-se essa figura, que segundo o legislador, pontua o palestrante, tem condições de negociar com o empregador as clausulas do seu contrato, podendo fazer todo e qualquer tipo de negociação desde que ele observe aquele patamar mínimo de direitos previsto no artigo 7º da constituição Federal que denominamos de conteúdo normativo mínimo do contrato de trabalho. Assim, continua o palestrante, que a partir do advento da nova lei, haverá possibilidade de se renunciar direitos trabalhistas. Depois disso tem-se o reconhecimento da vontade individual das partes que é a própria ideia do trabalhador hipersuficiente, além disso, há uma diminuição da parte sindical na relação individual de trabalho, ou seja, o sindicato deixa de intervir no contrato individual de trabalho porque se reconhece a possibilidade de vários pactos jurídicos acessórios ao contrato de trabalho ser negociados diretamente entre empregado e empregador. 
O palestrante citou alguns exemplos e pontuou que não houve modificação quanto à participação do sindicato no Direito Coletivo do Trabalho. Segue dizendo o palestrante sobre a prevalência do negociado sobre o legislado, o que já existe atualmente, mas mediante a validação do Poder Judiciário e esta participação a partir da Lei 13.467 de 2017 passará a ser limitada, só haverá a possibilidade do Poder Judiciário se manifestar sobre os requisitos de validade do ato jurídico, quais seja, verificação das partes para saber se são efetivamente da categoria profissional econômica, se a negociação coletiva foi celebrada pelo prazo de dois anos, prazo máximo para se estabelecer uma negociação coletiva, verificação dos poderes do subscritores realmente foram conferidos, ou seja, de acordo com o artigo 612 da CLT. Assim, o Poder Judiciário não poderá mais se manifestar a cerca da eficácia da negociação Coletiva e sim observar o Princípio da Boa Fé, o da Autonomia da Vontade. Esse modelo é um novo paradigma das negociações das partes e segundo ele com mais segurança jurídica para as negociações coletivas, não somente para as empresas. Continua dizendo sobre a aplicação do Princípio da Regra mais Favorável, que no Direito do Trabalho a Constituição Federal não está no topo, ou seja, havendo conflito aparente entre regras, sempre deve prevalecer a que for mais favorável ao empregado e isso muda parcialmente pois se houver um conflito aparente entre convenção coletiva de trabalho e acordo coletivo de trabalho, prevalecerá o acordo coletivo de trabalho por se tratar da regra mais específica, aplicando aqui o Princípio da especificidade, ou seja, a ideia de que se existe uma negociação coletiva que foi realizada pelo sindicato de uma empresa, esta deve prevalecer sobre a negociação coletiva que foi celebrada entre os dois sindicatos, o profissional e o patronal porque há aqui a ideia de especificidade o acordo coletivo de trabalho e também da boa fé, pois as partes ao fazerem um negócio jurídico específico para um determinado grupo de trabalhadores, obviamente as partes têm em mente que aquela regra prevalecerá, diferente do que ocorre atualmente onde prevaleceria a regra mais favorável. 
Um outra situação abordada pelo palestrante foi ainda quanto ao Princípio da Proteção, o in dubio pro operário, a ideia de que sempre se deve aplicar a interpretação maisfavorável ao empregado, a ideia do Princípio da Regra mais Favorável e também o Princípio da Condição mais Benéfica, a ideia do Direito Adquirido do empregado e analisando a forma de aplicação destes Princípios de Proteção e comparar com a nova lei, observa-se que houve mudança no sentido em que para o trabalhador hipersuficiente houve a possibilidade dele dispor dos seus direitos trabalhistas e que na questão da aplicação da regra mais favorável havendo conflito entre Convenção Coletiva de Trabalho e acordo Coletivo de Trabalho deve sempre prevalecer o acordo Coletivo. Então dentro desse panorama, observa-se que houve duas mudanças no Princípio da Proteção e que se observa que haverá modificações principalmente dentro do conflito trabalhista e que isso não significa dizer que com isso haverá o fim da aplicação do Princípio da Proteção e sim há outra forma de aplicar tal Princípio. Que reforma altera mais de 200 artigos da CLT, sobretudo em direito processual, onde haverá uma grande mudança, que o Direito do Trabalho continua protetivo, porém aplicado de forma diferente. Visto isto, o palestrante passa a falar sobre a composição de salário e o Direito intertemporal, o que mais incomoda as pessoas, que trata sobre a transição. 
Por último, presentou slides com quadro comparativo sobre o que são salário e o que não é pautando-se no Princípio da Habitualidade, falou sobre prêmio ao empregado, gratificações e a aplicação da nova lei e sua incidência, finaliza dizendo “direito previsto na lei antiga não se aplica a lei nova”.

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