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AULA 2 PT atualizada

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DIREITO PROCESSUAL DOTRABALHO
 
PROFESSORA: NIDIA CALDAS 
E-MAIL: NIDIACALDAS@HOTMAIL.COM
Tema da Apresentação
Aula 2 Solução dos Conflitos Trabalhistas: autodefesa, autocomposição e heterocomposição. Comissões de conciliação prévia. Do Judiciário Trabalhista: Poder Judiciário; Organização, composição e funcionamento da Justiça do Trabalho
CONFLITOS 
Conflito individual 
É aquele que ocorre entre o empregado e empregador individualmente considerados.
Conflitos coletivos
É aquele que abrange a coletividade, envolvendo a categoria - uma comunidade específica de trabalhadores ou empregadores.
Tema da Apresentação
MÉTODOS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS DE TRABALHO 
1.AUTODEFESA OU AUTOTUTELA - Ex: greve
2. AUTOCOMPOSIÇÃO - É a forma de solução dos conflitos trabalhistas realizada pelos próprios interessados, através da negociação coletiva, celebrando um documento de pacificação que consiste no diploma coletivo - acordo coletivo e convenção coletiva
3. HETEROCOMPOSIÇÃO - É a forma de solução determinada por um terceiro. Ex: arbitragem, jurisdição ou tutela. 
Art. 507-A CLT Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA DE ARBITRAGEM, desde que por iniciativa do empregado ou mediante sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei 9.307/96.
Tema da Apresentação
COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
(arts. 625-A a 625-H CLT)
Possuem a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais existentes. Podem ser instituídas pelas empresas ou sindicatos. 
Instituídas na empresa - metade indicada pelo empregador e a outra metade eleita pelos empregados (mínimo de 2 membros e máximo de 10 membros) 
Instituída pelo sindicato - constituição e funcionamento definidas em convenção ou acordo coletivo. 
OBS: A submissão da demanda à CCP SUSPENDE o prazo prescricional (art. 625-G, CLT) 
FACULTATIVIDADE DE SUBMISSÃO DA DEMANDA À CCP: ART. 625-D DA CLT: “qualquer demanda trabalhista será submetida à comissão de conciliação prévia, se na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria” 
Em medida cautelar o STF conferiu interpretação conforme a Constituição (art. 5º, XXXV), entendendo ser facultativa a submissão à CCP (ADIS 2139-7 e 2160-5)
Tema da Apresentação
JURISPRUDÊNCIA
Tema da Apresentação
CARÊNCIA DE AÇÃO. DEMANDA TRABALHISTA. SUBMISSÃO A COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO QUE NÃO SE PRONUNCIA A norma expressa no art. 625-D da CLT requer interpretação compatível com os princípios da inafastabilidade do controle jurisdicional e do devido processo legal, consagrados no art. 5º, incisos XXXV e LIV, da Carta Magna. Daí porque a tentativa de composição das partes, perante comissão de conciliação prévia, não comportar o caráter imperativo que se lhe quer emprestar, nem ser causa de extinção do feito sem resolução de mérito, apenas porque a certidão da negociação frustrada não acompanha a petição da ação trabalhista. A interpretação do art. 625-D da CLT, consentânea com os princípios constitucionais aludidos, é a de que a norma referida estabelece mera faculdade às partes de tentar a conciliação perante uma comissão de conciliação prévia, antes de buscar a solução judicial do conflito que, não raro, se afigura como opção mais morosa. O termo de conciliação firmado poderá ter, então, eficácia liberatória geral - exceto se houver ressalva expressa e específica quanto a parcelas a cujo respeito não se haja alcançado o consenso (art. 625-E, parágrafo único, da CLT). Assim, quando o termo de conciliação consubstancia a quitação geral do contrato de trabalho, o empregado não poderá reclamar perante o Poder Judiciário diferenças resultantes dos títulos que tenham sido objeto do termo de conciliação, porquanto este constituirá formalização de ato jurídico perfeito. Nessa mesma linha de raciocínio, o termo de conciliação passível de implicar supressão de direitos trabalhistas indisponíveis não deve ser tido como condição da ação trabalhista. A criação da norma sob comento, frise-se, teve por escopo facilitar a conciliação extrajudicial dos conflitos, com a finalidade de aliviar a sobrecarga do Judiciário Trabalhista - fator objetivo que em muito tem contribuído para impactar negativamente a celeridade na entrega da prestação jurisdicional. 
Tema da Apresentação
Num tal contexto, milita contra os princípios que informam o processo do trabalho, notadamente os da economia e celeridade processuais, a decretação de extinção de um processo já em sede extraordinária, mormente nas circunstâncias reveladas no acórdão recorrido, em que recusada pelo empregador a proposta conciliatória apresentada pelo juízo de primeiro grau.
Tema da Apresentação
 
Tema da Apresentação
Tema da Apresentação
JURISPRUDÊNCIA
Tema da Apresentação
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEMANDA TRABALHISTA. SUBMISSÃO A COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. 1. Revela-se consentânea com os princípios constitucionais consagrados no artigo 5º, XXXV e LIV, da Carta Magna interpretação do artigo 625-D da Consolidação das Leis do Trabalho no sentido de que a norma consolidada estabelece mera faculdade às partes de tentar a composição perante comissão de conciliação prévia, antes de buscar a solução judicial do conflito. O termo de conciliação firmado poderá ter, então, eficácia liberatória geral - exceto se consignada ressalva expressa e específica quanto a parcelas a cujo respeito não se haja alcançado o consenso (artigo 625-E, parágrafo único, da CLT). Nessa hipótese, em que consubstanciada a quitação geral do contrato de trabalho, o empregado não poderá reclamar perante o Poder Judiciário diferenças resultantes dos títulos que tenham sido objeto do termo de conciliação, uma vez caracterizado ato jurídico perfeito. 2 . A norma em comento tem por escopo facilitar a conciliação extrajudicial dos conflitos, com a finalidade de aliviar a sobrecarga do Judiciário Trabalhista. Ora, num tal contexto, milita contra os princípios que informam o processo do trabalho notadamente o da economia e o da celeridade processuais - a decretação da extinção de processo. Extinguir-se o feito em condições que tais, importaria desconsiderar os enormes prejuízos advindos de tal retrocesso, tanto para a parte autora como para a Administração Pública, ante o desperdício de recursos materiais e humanos já despendidos na tramitação da causa. Além do desperdício da prova, de todo o material processual já colhido, a extinção do feito poderia acarretar dificuldades intransponíveis sobretudo para a parte economicamente mais fraca quanto à nova produção de provas. 3. Não é de se olvidar, ademais, que, se as partes já recusaram a proposta conciliatória obrigatoriamente formulada pelo juiz da causa e até o presente momento não demonstraram interesse algum na conciliação, impor ao reclamante a obrigação de comparecer perante comissão de conciliação prévia somente para o cumprimento de mera
Tema da Apresentação
formalidade, em busca da certidão de tentativa de acordo frustrado, para somente então ajuizar novamente a reclamatória, constitui procedimento incompatível com o princípio da instrumentalidade das formas. 4. Impossível deixar de considerar, ademais, que o crédito trabalhista destina-se ao suprimento das necessidades materiais básicas do empregado e de sua família, e que o retrocesso da marcha processual postergaria ainda mais a satisfação do direito vindicado, protraindo no tempo situação comprometedora da dignidade do trabalhador. Agravo de instrumento a que se nega provimento." (TST-AIRR-273/2006-002-19-40; Ac. 1ª Turma; Relator Ministro Lélio Bentes Corrêa; "in" DJ 5.12.2008).
Tema da Apresentação
SUBMISSÃO
DA DEMANDA À COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. "Cingem-se as razões recursais à reforma da r. sentença que não acolheu a preliminar de extinção do feito, sob argumento da validade da transação havida, nos termos do artigo 625-D da CLT. Assevera que a recorrida teria comparecido perante a Comissão de Conciliação Prévia onde firmou acordo para quitar todos os seus eventuais direitos trabalhistas. Sustenta a quitação geral do termo firmado perante a Comissão de Conciliação Prévia, salientando a inexistência de ressalvas. Aponta violação do art. 625-E, parágrafo único, da CLT. Colaciona arestos para comprovação de dissenso pretoriano.
Não lhe assiste razão.Na verdade, a eficácia liberatória, decorrente do acordo entabulado perante a Comissão de Conciliação Prévia, restringe-se aos títulos objeto da referida transação extrajudicial, não podendo a apreciação das demais parcelas inerentes ao liame empregatício ser afastada do crivo do Poder Judiciário. A quitação fornecida pela Autora, embora com previsão expressa de quitação do contrato de trabalho, é restrita às parcelas que foram objeto da conciliação extrajudicial, não atingindo aquelas estranhas ao acordo por ela firmado. Reprise-se. O acordo previsto na Lei n.º 9958/00, realizado perante a Comissão de Conciliação Prévia, quita, somente, as verbas ali consignadas e não ressalvadas, conforme prevê o parágrafo único do artigo 625-E da CLT. Por corolário, correta a r. sentença que sob fundamento, in verbis: "A quitação alcança apenas o valor efetivamente pago." (sic), afastou a preliminar de extinção da ação. Recurso a que se nega provimento". 
Processo: RR - 31400-86.2004.5.02.0074 Data de Julgamento: 28/04/2010, Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 14/05/2010.
 
Tema da Apresentação
Tema da Apresentação
Execução na Justiça do Trabalho
Ajuizamento de ação trabalhista
Tema da Apresentação
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO – ART. 111/CF 
A Justiça do Trabalho integra o Poder Judiciário – art. 92 da CRFB/88. Os juízes do trabalho gozam das garantias inerentes à magistratura: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios (art. 95, da CRFB/88).
Tema da Apresentação
VARA DO TRABALHO
Nas Varas do Trabalho a jurisdição é exercida por um juiz singular (art. 116 da CRFB/88).
OBS: Súmula 10 STJ – inexistência de vara do trabalho na localidade.
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
(art. 115, CRFB/88)
Compõe-se de, no mínimo, sete Juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo serviço
Os demais, mediante promoção de juízes do Tribunal por antiguidade e merecimento,alternadamente
Tema da Apresentação
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
Art. 674, CLT – Para efeito de jurisdição dos Tribunais Regionais, o território nacional é dividido em 24 (vinte e quatro) regiões
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
(art. 111-A, CRFB/88)
Compõe-se de 27 Ministros, escolhido dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.
Tema da Apresentação
1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo serviço
Os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior
Tema da Apresentação
ÓRGÃO ESPECIAL
SDC
SDI
Subseção II
1ª T.
2ª T.
3ª T.
4ª T.
5ª T.
6ª T.
7ª T.
8ª T.
TRIBUNAL PLENO
 27 Ministros
Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho – ENAMAT
Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT.
Subseção I
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Tema da Apresentação
SECRETARIAS
DISTRIBUIDORES
OFICIAIS DE JUSTIÇA E
 OFICIAIS DE JUSTIÇA AVALIADORES
ORGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Arts. 710 a 721, CLT
Tema da Apresentação
Cada Vara do Trabalho terá 1 (uma) secretaria, sob a direção de funcionário que o Juiz designar, para exercer a função de Diretor de Secretaria, e que receberá, além dos vencimentos correspondentes ao seu padrão, a gratificação de função fixada em lei (art.710, CLT).
Os Servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente
SECRETARIAS
ART. 93, XIV, CRFB/88
Tema da Apresentação
Atribuições
 da
 Secretaria das Varas 
(Art. 711, CLT)
Atribuições
dos 
Chefes 
de Secretarias das Varas
 (Art. 712, CLT)
SECRETARIAS
A SECRETARIA DOS TRIBUNAIS POSSUEM AS MESMAS ATRIBUIÇÕES ACIMA (arts. 711 e 712, CLT), ALÉM DE OUTRAS DO ART. 719, CLT E AQUELAS PREVISTAS NO REGIMENTO INTERNO (art. 720, CLT)
Tema da Apresentação
 Nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um distribuidor
(Art. 713, CLT)
Atribuições do Distribuidor 
(art. 714, CLT)
Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional
(art. 715, CLT)
DISTRIBUIDORES
Tema da Apresentação
Incumbe a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes forem cometidos pelos respectivos Presidentes 
(art. 721, CLT).
No caso de avaliação, o Oficial de Justiça Avaliador terá o prazo de 10 dias (art. 721, §3º, da CLT)
OFICIAIS DE JUSTIÇA 
E 
OFICIAIS DE JUSTIÇA AVALIADRES
Tema da Apresentação
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, abrange o Ministério Público da União e dos Estados
 incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis
(Art. 127, CRFB/88) 
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
 DO MINISTÉRIO PÚBLICO
São princípios institucionais do Ministério Público a UNIDADE, A INDIVISIBILIDADE E A INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL.
Tema da Apresentação
Integra o Ministério Público da União 
É regido pela Lei Complementar nº 75/1993 
(Lei Orgânica do Ministério Público da União)
O Ministério Público do Trabalho está regido pelos artigos 127 a 130-A, CRFB/88 e LC 75/1993
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
ATRIBUIÇÕES DO MPT
Artigos 83 e 84, da LC 75/1993
Tema da Apresentação

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