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Magnetometria (metodos magneticos)

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Métodos de Prospecção 
Magnética 
Baseado em: 
Docente: dr. Reinaldo Domingos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método de Prospecção Magnética 
 Muito popular e barato 
 
 Vasta aplicação: prospecção de metais, estudos ambientais, estudos 
arqueológicos 
 
 Estuda a geologia da sub-superfície na base das anomalias no 
Campo Magnético Terrestre (CMT), que resultam das propriedades 
magnéticas das rochas subjacentes; 
Introdução 
 
 
 
Grande parte dos minerais constituíntes das rochas não possuem 
propriedades magnéticas, não obstante existirem rochas com 
concentração suficiente de minerais magnético, para produzirem 
anomalias magnéticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método de Prospecção Magnética 
Aplicação 
 
 
 
Grande Escala 
 Mapeamento de estruturas geológicas regionais 
Pequena Escala 
 
 Engenharia (basamento, descontinuidades) 
 
 Arqueologia (objectos metálicos enterrados); 
 Em Terra, Oceanos e Ar, sendo neste último meio que se 
tornam mais atrativos, pela sua rápida operacionalidade na 
busca de minérios contendo minerais magnéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método de Prospecção Magnética 
Conceitos Básicos 
Em torno de um íman magnético cria-
se um um fluxo magnético, que vai de 
uma extremidade a outra. 
 
A direcção do fluxo pode ser mapeada 
através de uma agulha magnética 
colocada dentro do campo magnético. 
 
Os pontos onde os fluxos convergem, 
designam-se pôlos do íman. 
 
Uma agulha também alinha-se no fluxo 
do campo magnético da Terra. O polo 
norte do íman tende a apontar para o 
polo norte da Terra. Este é equilibrado 
pelo polo sul, de igual magnitude. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Força de atracão/repulsão magnética 
A força F entre dois polos magnéticos, com intensidade m1 e m2 separada de uma 
distância r, é dada pela expressão: 
 
 
 
Sendo μo e μ1 a permeabilidade magnética no vácuo e no meio que separa os 
dois polos, respectivamente. 
 
 F será de atracção se os polos são opostos e repulsão se forem iguais. 
Campo magnético 
O campo magnético B criado por um campo de intensidade m a distância r é 
definido como a força exercida sobre uma unidade de um polo positivo, naquele 
ponto 
Método de Prospecção Magnética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo magnético 
O Campo Magnético pode ser definido em termos do Potencial Magnético. Assim, para 
um polo singular de intensidade m, o Potencial Magnético V a distância r do polo será 
dado por: 
 
 
 
 A componente do campo magnético em qualquer direcção será a derivada parcial do 
seu potencial magnético. 
 
Unidades: 
 SI é o tesla (T) e CGS é o gauss (G) = 1 x 10-4 T 
 Nanotesla (nT): 1nT = 10-9 T (anomalias magnéticas) 
Método de Prospecção Magnética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo magnético 
Unidades: 
No SI de Unidades, os parâmetros magnéticos são definidos em termos do fluxo 
da corrente eléctrica (Reilly, 1972). Se a corrente atravessa uma espiral, cria-se 
fluxo margnético ao longo do espiral e seu espaço anular que resulta da força 
magnetizante H, cuja magnitude é proporcional ao número de voltas na espiral e 
a intensidade da corrente e inversamente proporcional ao comprimento do fio, de 
tal modo que o H é expressa em Am-1. 
 
À densidade do fluxo magnético, medido numa área perpendicular à direcção do 
fluxo, designa-se indução magnética ou campo magnético B do espiral. B é 
proporcional ao H e a constante de proporcionalidade µ é conhecido como 
permeabilidade magnética. 
Método de Prospecção Magnética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo magnético 
Unidades: 
A Lei de Indução de Lenz relaciona a taxa de variação do fluxo 
magnético num circuito à voltagem desenvolvida dentro de si, de tal modo 
que B é expresso em Vsm-1.(Weber – Wbm-1), unidade dessignada tesla 
(T). A permeabilidade µ em WbA-1m-1 ou Henry (H) m-1. 
 SI é o tesla (T) e 
 CGS é o gauss (G) = 1 x 10-4 T 
 Nanotesla (nT): 1nT = 10-9 T (anomalias magnéticas) 
 CGS: gamma (ɣ) = 10-5 G. 
 H: Oersted (Oe) = 10 /4π (A7m) 
Método de Prospecção Magnética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Momento magnético 
Imans comuns exibem um par de polos e, por isso, são 
designados dípolos. O momento magnético M de um 
dípolo com polos de intensidade m a distância l um do outro 
é dado por: 
 M = ml 
O momento magnético de uma espiral carregado de 
corrente é proporcional ao número de voltas na espiral, à 
secção da sua área transversal e a intensidade da corrente 
expressa em Am2 . 
Método de Prospecção Magnética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando um material é colocado num Campo Magnético, este pode 
adquirir magnetização na direcção desse campo, a qual perde-se 
quando o material é removido do campo. 
 
A este fenomeno dá–se o nome de magnetização induzida ou 
polarização magnética, que resulta do alinhamento dos dípolos 
individuais dentro do material na direcção do campo magnético. 
 
Como resultado desse alinhamento o material adquire polos 
magnéticos distribuidos sobre a sua superfície, que corresponde as 
extermidades dos dípolos. 
 
Método de Prospecção Magnética 
Indução magnética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A intensidade da magnetização 
induzida Ji de um material é definida 
como o momento do dipolo por unidade 
de volume do material: 
 
 
Sendo M o momento magnético de uma 
amostra de comprimento, L, e área de 
secção transversal A. 
Unidades SI: A/m; c.g.s: emu/cm 
(unidades electromagnéticas) = 103 A/m 
 
Método de Prospecção Magnética 
Indução magnética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No vácuo, a intensidade do campo magnético B e a força magnetizante 
H, relacionam-se pela expressão: 
 
 
Sendo μo = 4π x 10
-7 H/m (a permeabilidade magnética no vácuo). 
 
 µar ≈ µágua ≈ µo µo representa o Campo Magnético Natural da 
 Terra 
 
A intensidade induzida da magntização é proporcional a força de 
magnetização H, que depende da susceptibilidade magnética, k, do 
material: 
 
Dado que Ji e H têm a mesma unidade A/m, k não tem unidade. 
Método de Prospecção Magnética 
Indução magnética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando um material magnético é colocado neste campo, adiciona um 
campo magnético a região onde ele se encontra, com a intensidade 
dade por: µoJi. O campo magnético ou a indução magnética total B do 
corpo, é dado por: 
 
Sendo Ji = kH, resulta que: 
 
 
Onde µR (permeabilidade magnética relativa) é uma constante 
adimensional. Para ar e água, µR ≈ 1. 
 
Método de Prospecção Magnética 
Indução magnética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todas as substâncias, ao seu nível atómico são magnéticas. Cada 
átomo actua como um dípolo devido ao spin do seus electrões e a 
trajectoria orbital dos electrões em volta do núcleo. 
 
A teoria quântica admite a coexistência de dois electrões no mesmo 
estado (ou célula electrónica), desde que os seus spins se orientem em 
sentidos opostos. Tais electrões dizem-se emparelhados e os 
momentos magnéticos dos respectivos spins anulam-se. 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim, quase todos osátomos são dípolos magnéticos naturais, 
ou seja possuem dois pólos (norte e sul) e, nessa qualidade, 
podem ser considerados como pequenos ímanes. 
 
Os efeitos de dois dípolos próximos e de igual intensidade 
anulam-se, se estiverem alinhados anti-paralelamente, e 
adicionam-se, quando alinhados paralelamente, portanto apenas 
electrões desemparelhados é que contribuem para o magnetismo. 
 
Quando um material é colocado em um campo magnético externo, 
este tende a alinhar os momentos magnéticos dipolares dentro do 
material, e nesta situação, o material diz-se magnetizado. 
Alinhamento 
Paralelo 
Alinhamento 
Anti-paralelo 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
A resposta do material a um campo que lhe aplicado, caracterizada pelo 
comportamento da magnetização, é representada pela susceptibilidade 
e permeabilidade magnéticas. 
 
Assim, podemos distinguir os seguintes tipos de materiais, quanto a sua 
susceptibilidade/permeabilidade (comportamento) magnético: 
 
 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diamagnéticos: 
 materiais que apresentam todos os níveis electrônicos preenchidos, 
portanto, sem electrões desemparelhados. 
 
 Quando colocados num campo magnético a trajectória orbital dos 
electrões gira de tal modo que se produz um campo magnético em 
direcção oposta ao campo que lhe aplicado. 
 
 Consequentemente, a sua susceptibilidade magnética é negativa e 
fraca. 
 Ex. Zn, Cd, Cu, Sn 
 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paramagnéticos: 
 têm níveis electrónicos incompletos, de tal modo que o campo 
magnético resulta do spin dos seus electrões desemparelhados. 
 
 Quando colocados num campo magnético externo, os dípolos 
correspondentes aos spins dos electrões desemparelhados, giram 
produzindo um campo magnético no mesmo sentido que o campo 
aplicado, produzindo susceptibilidade magnética positiva, de intensidade 
ainda relativamente fraca. 
 
 O seu alinhamento pode ser paralelo ou anti-paralelo 
 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ferromagnéticos: 
 têm dípolos paralelos, que resultam em susceptibilidade magnética muito 
elevada e magnetização espontânea bastante forte, que poderá continuar a 
existir, mesmo após a retirada do campo magnetizante. Ex.: Fe, Co, Ni. 
 
 
 
Raramente ocorrem na natureza no estado livre. Dos grupos comuns, são 
subdivididos em: 
Antiferromagéticos (Hematite) 
 Ferrimagnéticos (magnetite) 
 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antiferromagéticos: 
Apresentam alinhamento anti-paralelo dos 
dípolos, mas em quantidades iguais para cada 
direcção, anulando-se, de tal modo que não se 
sinta o efeito do campo magnético externo. 
 
Entretanto, defeitos na malha da estrutura 
cristalina, pode dar lugar a pequena 
magnetização bruta, chamada 
antiferromagnetismo parasita. 
Ex.: Hematite 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ferrimagnéticos: 
Também apresentam alinhamento anti-paralelo dos 
dípolos, mas com intensidades desiguais nas 
direcções opostas. 
 
Consequentemente, exibindo magnetização 
espontânea e susceptibilidade magnética bem 
elevados. 
 
Virtualmente, todos minerais responsáveis pelas 
propriedades magnéticas das rochas mais comuns, 
pertencem a este grupo. 
Ex.: magnetite 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumindo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Método de Prospecção Magnética 
 
Curvas de Histérese Magnética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
 
Curvas de Histérese Magnética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A intensidade de magnetização das substâncias ferromagnéticas e 
ferrimagnéticas diminui com a T, e desaparece a T de Curie, acima da qual, 
as distâncias interatómicas aumentam tanto que impedem o 
emparelhamento eletrónico e o material comporta-se como uma substância 
paramagnética. 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
Em cristais grandes, a energia magnética total diminui se a magnetização de 
cada cristal é subdividido em volume elementares (domínio magnético) 
com diâmetros na ordem de mcirometros, dentro dos quais ocorre o 
emparelhamento. 
 
Na ausência de qualquer campo magnético os domínio tornam-se orientados 
de tal modo que diminui a força magnética entre domínios adjacentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O limite entre dois domínios, a parede de Bloch, é uma zona extreita na 
qual os dípolos não podem sobrepor a direcção de um domínio noutro. 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
Quando um grão multidomínio é colocado num campo magnético fraco, a 
parede de Bloch desenrola e provoca o crescimento daqueles domínios 
magnetizados na direcção do campo à custa dos domínios magnetizados 
noutra direcção. Esta magnetização induzida perde-se quando o campo é 
removido na medida que o domínio gira de volta à sua configuração original. 
 
Quando são aplicados campos mais fortes, as paredes do domínio 
desenrola irreversivelmente através de pequenas imperfeições nos cristais 
de tal modo que tais domínios magnetizados na direcção do campo são 
alargados permanentemente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A restante magnetização gerada após a remoção do campo aplicado é dito 
magnetização remanente ou permanente, Jr. Aplicando um campos 
magnéticos ainda maiores resulta na ocorrência de movimentos de todas 
paredes de domínio possíveis e o material diz-se magneticamente saturado. 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
Magnetização permanente primária: 
 Magnetização Termoremanente (TRM): adquirida durante a 
solidificação e das rochas ígneas quando os seus minerais magnéticos 
arrefecem passando pela T Curie 
 Magnetização remanente detrítica (DRM): adquirida quando 
partículas magnéticas de um sedimento alinha-se dentro do campo 
magnético Terrestre durante a sedimentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
Magnetização permanente secundária: 
 Magnetização remanente química (CRM): adquirida durante a 
recristalização de minerais magnéticos ou crescem durante a diagénese 
ou metamorfismo 
 Magnetização remanente viscosa (VRM): adquirida lentamente por 
uma rocha jazendo num campo magnético ambiente, na medida que o 
domínio da magnetização relaxa na direção do campo. 
Toda a rocha que contenha minerais magnéticos pode possuir tanto a 
magnetização induzida Ji como a remanente Jr. A sua intensidade relativa 
é dada em forma de Razão de Konigsberger, Jr:Ji. Podem ter sentidos e 
intensidades diferentes, mas o efeito magnético de tais rochas provem da 
resultante dos dois vectores.Método de Prospecção Magnética 
Comportamentos Magnéticos 
Toda a rocha que contenha 
minerais magnéticos pode possuir 
tanto a magnetização induzida Ji 
como a remanente Jr. A sua 
intensidade relativa é dada em 
forma de Razão de Konigsberger, 
Jr:Ji. Podem ter sentidos e 
intensidades diferentes, mas o 
efeito magnético de tais rochas 
provem da resultante dos dois 
vectores. 
Relação entre os vectores magnetização 
induzida, Ji, magnetização remanente, jr, 
e magnetização resultante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método de Prospecção Magnética 
Magnetismo das Rochas 
Os minerais formadores das rochas mais comuns, possuem 
susceptibilidade magnética muito baixa, tanto que as rochas devem o seu 
carácter magnético às pequenas proporções dos minerais magnéticos que 
eles contêm. Existem apenas dois grupos geoquímicos de minerais com 
comportamento magnético, que se reflecte no magnetismo das rochas: 
 
1. Grupo Fe-Ti-O: Solução sólida magnetite (Fe3O4) – Ulvospinelio 
(Fe2TiO4). Hematite (Fe2O3): que por ser antiferromagnético não produz 
anomalias magnéticas, a não ser que desenvolva magnetismo parasitário. 
 
2. Grupo Fe-S: em que se encontra o mineral pirrotite (FeS1+x <0<0.15), cujas 
propriedades magnéticas dependem da sua composição mineralógica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Método de Prospecção Magnética 
Magnetismo das Rochas 
 O mineral magnético mais comum é a magnetite, cuja T Curie é 578ºC. 
 Embora o tamanho, a forma e a dispersão dos cristais da magnetite dentro da 
rocha afectem o seu carácter magnético, o comportamento magnético das rochas é 
classificado de acordo com o seu teor em magnetite. 
 O histograma abaixo apresenta as susceptibilidades magnéticas das rochas mais 
comuns. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método de Prospecção Magnética 
Igneas: o magnetismo é controlado pelo teor de magnetite: assim, o 
magmetismo diminui com aumento da acidez. 
 
Metamórficas: o magnetismo aumenta com o grau do metamorfismo, e é 
determinado pela pressão parcial do oxigénio: 
 
 Baixa: a magnetite é reabsorvida, de tal modo que o Fe e O são 
incorpporados noutras fases mineralógicas. 
 
 Alta: forma-se magnetite, como mineral acessório, durante as reacções 
metamórficas. 
 
Magnetismo das Rochas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método de Prospecção Magnética 
Sedimentares: efectivamente, não apresentam propriedades magnéticas, a 
não ser que contenham magnetite na fracção dos minerais pesados. 
 Dificilmente, pode-se determinar com precisão a litologia a partir da 
anomalia magnética. Mas, no geral, anomalias magnéticas em zonas com 
cobertura sedimentar serão provocadas por rochas ígneas ou metamórficas 
subdjacentes ou uma intrusão ígnea na sequência sedimentar. 
 Entretanto, as causas mais comuns das anomalias magnéticas são: diques, 
falhas, soleiras dobradas ou truncadas, fluxos de lavas, intrusões massivas, 
rochas metamórficas do embasamento e corpos de minérios de magnetite. 
 As anomalias magnéticas variam de algumas dezenas de nT no soco 
cristalino metamórfico profundo a várias centenas de nT sobre intrusões 
básicas, podendo mesmo alcançar vários milhares de nT sobre minério de 
magnetite. 
 
Magnetismo das Rochas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método de Prospecção Magnética 
 É o campo magnético normal da Terra, 
cujo conhecimento é necessário para a 
redução dos valores do campo magnético 
e interpretação das anómalias. 
 
 Este é mais complexo que o campo 
gravimétrico, variando irregularmente quer 
em intensidade ou orientação com a 
latitude, longitude e tempo. 
 
 O campo geomagnético é descrito em 
termos de seus componentes vectoriais. 
 
 Na figura ao lado o vector do campo total 
B, compreende a componente vertical Z e 
horizontal H na direcção do norte 
magnético. O ângluo I representa a 
inclinação do B enquanto D representa a 
Declinação. B pode variar de 25.000 nT 
(no equador) a 70.000 nT (nos polos) 
 
Campo Geomagnético 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método de Prospecção Magnética 
 No hemisfério norte, o campo magnético inclina para baixo; 
 
 No Hemisfério sul, o campo magnético inclina para cima; 
 
 No polo norte magnético, torna-se vertical. 
 
 A linha de inclinação zero aproxima-se do equador geográfico, e designa-se por 
equador magnético. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Geomagnético 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método de Prospecção Magnética 
 O campo geomagnético resulta da acção dínamo produzida pela circulação de partículas 
carregadas formando células convectivas emparelhadas na parte exterior da crusta liquida. A 
variação da dominância entre as células produz variações periódicas na polaridade; o padrão 
de circulação dentro do núcleo varia lentamente com o tempo, reflectindo-se na variação 
lenta, progressiva e temporal dos elementos do campo magnético, conhecido como variação 
secular. Um efeito magnético de origem externa faz com que o campo magnético varie 
diariamente produzindo variações diúnas. Em condições normais (dias calmos) estas podem 
ser regulares e ligeiras, na ordem de 20-80 nT, atingindo o máximo nas regiões polares. 
 
 Porém há dias de pertubações, caracterizados por variações de intensas de curta duração 
atingindo magnitudes até 1000 nT, conhecidos por tempestades magnéticas. Tais dias estão 
geralmente associados com actividade solar intensa e resultam da chegada a ionosfera de 
partículas solares carregadas. Nestas condições as pesquisas magnéticas devem ser 
interrompidas, pois tais variações de grande amplitude e rápidas são mais difíceis de corrigir. 
 
 
Campo Geomagnético 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
4.6 Anomalias Magnética 
 As anomalias magnéticas das rochas são 
sobrepostas ao campo geomagnético 
terrestre e correspondem ao campo 
magnético ΔB, provocado pelas rochas 
enriquecidas pelos minerais magnéticos na 
direcção do campo magnético B. 
 
 
Sendo α o ângulo entre a direcção do perfil 
e o norte magnético e será α = o se o perfil 
for na direcção do norte magnético 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
4.6 Pesquisas Magnéticas Terrestres 
 Cobrem áreas relativamente pequena, de alvos previamente definidos, tendo 
estações que variam entre 10 e 100 m, podendo ser menores onde o gradiente 
magnético é elevado. 
 
 Deve-se evitar leituras nas vizinhança de objectos metálicos tais como linha 
férrea, carros, estradas, vedações, casas, etc. que possam provocar perturbações 
no campo magnético local. De igualmente modo os operadores não devem ser 
portadores de objectos metálicos. 
 
 Geralmente não são necessárias estações de base para monitoramento da deriva 
instrumental, mas sim para variações diurnas. 
 
 São mais rápidas que as gravimétricas por não precisarem de nivelamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
4.6 Pesquisas Aeromagnéticas e Marítimos 
 Pesquisas aeromagnéticas são bem mais rápidas e com índice custo-
benefício elevado, na ordem de 40% por km de linha em relação aos terrestres. 
 
 Cobrem vastas áreas em pouco tempo e podem obter dados em áreas 
relativamente inacessíveis por meios terrestres 
 
 Pesquisas marítimas são relativamente mais lentase geralmente conjugadas 
com outras técnicas, como gravimetria e sismica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
4.7 Redução das observações magnéticas 
Correção das variações Diurnas 
 Leituras repetidas numa estação fixa ao longo 
do dia (Terrestre); 
 Linhas de cruzamento programados (Aéreos) 
 
Correção geomagnética 
 remove o campo geomagnético de referência 
(baseado em cálculos computarizados) 
 
Correção da elevação e topografia 
 varia apenas de 0.03 nT/m nos polos a -0.015 
nT no equador  não é aplicada, em geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
4.8 Interpretação das anomalias magnéticas 
 São similares nos procedimento e limitações que as da interpretação gravimétrica, mas 
interpretação magnética é de maior complexidade 
 Enquanto anomalias gravimétricas podem ser totalmente positivas ou negativas, as 
magnéticas têm quase sempre as componentes positiva e negativa 
 A densidade é grandeza escalar, a intensidade magnética é vectorial, sendo a forma da 
anomalia controlada pela direcção da magnetização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
 A intensidade da magnetização da rocha é muito dependente da quantidade, tamanho, 
forma e distribuição dos seu minerais ferrimagnéticos 
 A figura abaixo mostra exemplos de ambiguidades de interpretação que podem ser 
encontradas na anomalia magnética: (a) uma placa da crusta oceânica separada; ou (b) 
elevação de sedimentos metamorfisados na profundidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.8 Interpretação das anomalias magnéticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
Interpretação Qualitativa 
 Obtem-se de mapas de contornos, especialmente de dados aeromagnéticos, que dão 
indicações da geologia e estruturas duma região larga, a partir da forma e tendência da 
anomalia 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.8 Interpretação das anomalias magnéticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
Interpretação Quantitativa 
Obtem-se de mapas de 
contornos, especialmente dos 
isovalores aeromagnéticos, que 
dão indicações da geologia e 
estruturas duma região larga, a 
partir da forma e tendência das 
anomalias. Distinguem-se: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Utiliza a análise espectral que se baseia na relação log-potência espectral que 
possui um gradiente linear cuja magnitude depende da profundidade da fonte 
de anomalia (Spector & Grant, 1970). 
 Permite de forma rápida estimar a profundidade a partir de dados de campo 
digitais regularmente espaçados 
 Não precisam de correcção quer geomagnética quer diurna, por lidar com 
compontentes de comprimentos de onda de baixa intensidade 
 A Figura mostra a relação entre o embasamento pouco profundo e 
comprimentos das ondas do perfil magnético 
Interpretação Directa 
4.8 Interpretação das anomalias magnéticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
 Também recorre ao Teorema de Euler (Reid et al., 1990). 
Interpretação Directa 
 Onde (xo, yo, zo) é o local da fonte de anomalia; (x, y, z) ponto da anomalia do 
campo magnético total; T e B campos regionais. N a medida da taxa de 
variação do campo com a distância e toma diferentes valores para tipos 
diferentes de fontes de anomalias 
 
 Este método produz valores de profundidade mais rigorosos, mas é 
significativamente mais difícil a sua implementação. 
 
4.8 Interpretação das anomalias magnéticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
 Também recorre ao Teorema de Euler (Reid et al., 1990). 
Interpretação Indirecta 
 Onde (xo, yo, zo) é o local da fonte de anomalia; (x, y, z) ponto da anomalia do 
campo magnético total; T e B campos regionais. N a medida da taxa de 
variação do campo com a distância e toma diferentes valores para tipos 
diferentes de fontes de anomalias 
 
 Este método produz valores de profundidade mais rigorosos, mas é 
significativamente mais difícil a sua implementação. 
 
4.8 Interpretação das anomalias magnéticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
4.8 Transformação dos Campos Potenciais 
As equações que descrevem as leis que governam a atracção gravítica e dos 
corpos magnéticos têm em comum a variável da distância inversa (1/r). 
 
A eliminação desta variável permite estabelecer uma relação entre os potenciais 
gravítico e magnético, dada pela Equação de Poisson que permite a 
transformação do campo magnético em gravítico e vice-versa, aplicável para 
corpos cuja razão das intensidades de magnetização e densidade é constante. 
 
Os campos transformados são designados por pseudogravitacional e 
pseudomagnético (Garland, 1951). 
 
A aplicação mais comum destas transformações é de anomalias magnéticas para 
pseudogravimétricas, por estas serem relativamente mais fáceis de interpretar. 
 
Esta transformação é baseada em programa informático dado em Gilbert e 
Galdeano (1985). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
4.8 Exemplo da Transformação dos Campos Potenciais 
(a) Anomalias magnéticas 
observadas sobre a crista Aves, 
Caraibas Ocidental; (b) Anomalias 
de Gravidade Bouguer; (c) Anomalia 
pseudogravitacional para 
magnetização induzida e a razão 
densidade:magnetização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
4.8 Exemplo da Transformação dos Campos Potenciais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
4.8 Exemplo da Transformação dos Campos Potenciais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
4.8 Aplicação das pesquisas magnéticas 
 prospecão de depósitos metálicos 
 
 prospecção de depósitos sulfuréticos massivos 
(especialmente quando conugados com método EM) 
 
 prospecção de minérios de ferro, sua principal aplicação, 
onde a razão magnetite:hematite, deve ser elevada para 
que produza anomalias, dado que hematite, geralmente 
não é magnético. 
 
A Figura representa anomalia aeromagnética no sul da 
Australia, onde minérios de ferro, são de composição 
hematítica, com contornos em intervalos de 500 nT 
(Webb, 1966) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
4.8 Aplicação das pesquisas magnéticas 
Anomalias aeromagnéticas dealto nível, a sul de Austrália 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Método de Prospecção Magnética 
4.8 Aplicação das pesquisas magnéticas 
Perfis magnéticos e gravimétricos pela área do mapa anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia

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