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Métodos de Prospecção Magnética Baseado em: Docente: dr. Reinaldo Domingos Método de Prospecção Magnética Muito popular e barato Vasta aplicação: prospecção de metais, estudos ambientais, estudos arqueológicos Estuda a geologia da sub-superfície na base das anomalias no Campo Magnético Terrestre (CMT), que resultam das propriedades magnéticas das rochas subjacentes; Introdução Grande parte dos minerais constituíntes das rochas não possuem propriedades magnéticas, não obstante existirem rochas com concentração suficiente de minerais magnético, para produzirem anomalias magnéticas Método de Prospecção Magnética Aplicação Grande Escala Mapeamento de estruturas geológicas regionais Pequena Escala Engenharia (basamento, descontinuidades) Arqueologia (objectos metálicos enterrados); Em Terra, Oceanos e Ar, sendo neste último meio que se tornam mais atrativos, pela sua rápida operacionalidade na busca de minérios contendo minerais magnéticos Método de Prospecção Magnética Conceitos Básicos Em torno de um íman magnético cria- se um um fluxo magnético, que vai de uma extremidade a outra. A direcção do fluxo pode ser mapeada através de uma agulha magnética colocada dentro do campo magnético. Os pontos onde os fluxos convergem, designam-se pôlos do íman. Uma agulha também alinha-se no fluxo do campo magnético da Terra. O polo norte do íman tende a apontar para o polo norte da Terra. Este é equilibrado pelo polo sul, de igual magnitude. Força de atracão/repulsão magnética A força F entre dois polos magnéticos, com intensidade m1 e m2 separada de uma distância r, é dada pela expressão: Sendo μo e μ1 a permeabilidade magnética no vácuo e no meio que separa os dois polos, respectivamente. F será de atracção se os polos são opostos e repulsão se forem iguais. Campo magnético O campo magnético B criado por um campo de intensidade m a distância r é definido como a força exercida sobre uma unidade de um polo positivo, naquele ponto Método de Prospecção Magnética Campo magnético O Campo Magnético pode ser definido em termos do Potencial Magnético. Assim, para um polo singular de intensidade m, o Potencial Magnético V a distância r do polo será dado por: A componente do campo magnético em qualquer direcção será a derivada parcial do seu potencial magnético. Unidades: SI é o tesla (T) e CGS é o gauss (G) = 1 x 10-4 T Nanotesla (nT): 1nT = 10-9 T (anomalias magnéticas) Método de Prospecção Magnética Campo magnético Unidades: No SI de Unidades, os parâmetros magnéticos são definidos em termos do fluxo da corrente eléctrica (Reilly, 1972). Se a corrente atravessa uma espiral, cria-se fluxo margnético ao longo do espiral e seu espaço anular que resulta da força magnetizante H, cuja magnitude é proporcional ao número de voltas na espiral e a intensidade da corrente e inversamente proporcional ao comprimento do fio, de tal modo que o H é expressa em Am-1. À densidade do fluxo magnético, medido numa área perpendicular à direcção do fluxo, designa-se indução magnética ou campo magnético B do espiral. B é proporcional ao H e a constante de proporcionalidade µ é conhecido como permeabilidade magnética. Método de Prospecção Magnética Campo magnético Unidades: A Lei de Indução de Lenz relaciona a taxa de variação do fluxo magnético num circuito à voltagem desenvolvida dentro de si, de tal modo que B é expresso em Vsm-1.(Weber – Wbm-1), unidade dessignada tesla (T). A permeabilidade µ em WbA-1m-1 ou Henry (H) m-1. SI é o tesla (T) e CGS é o gauss (G) = 1 x 10-4 T Nanotesla (nT): 1nT = 10-9 T (anomalias magnéticas) CGS: gamma (ɣ) = 10-5 G. H: Oersted (Oe) = 10 /4π (A7m) Método de Prospecção Magnética Momento magnético Imans comuns exibem um par de polos e, por isso, são designados dípolos. O momento magnético M de um dípolo com polos de intensidade m a distância l um do outro é dado por: M = ml O momento magnético de uma espiral carregado de corrente é proporcional ao número de voltas na espiral, à secção da sua área transversal e a intensidade da corrente expressa em Am2 . Método de Prospecção Magnética Quando um material é colocado num Campo Magnético, este pode adquirir magnetização na direcção desse campo, a qual perde-se quando o material é removido do campo. A este fenomeno dá–se o nome de magnetização induzida ou polarização magnética, que resulta do alinhamento dos dípolos individuais dentro do material na direcção do campo magnético. Como resultado desse alinhamento o material adquire polos magnéticos distribuidos sobre a sua superfície, que corresponde as extermidades dos dípolos. Método de Prospecção Magnética Indução magnética A intensidade da magnetização induzida Ji de um material é definida como o momento do dipolo por unidade de volume do material: Sendo M o momento magnético de uma amostra de comprimento, L, e área de secção transversal A. Unidades SI: A/m; c.g.s: emu/cm (unidades electromagnéticas) = 103 A/m Método de Prospecção Magnética Indução magnética No vácuo, a intensidade do campo magnético B e a força magnetizante H, relacionam-se pela expressão: Sendo μo = 4π x 10 -7 H/m (a permeabilidade magnética no vácuo). µar ≈ µágua ≈ µo µo representa o Campo Magnético Natural da Terra A intensidade induzida da magntização é proporcional a força de magnetização H, que depende da susceptibilidade magnética, k, do material: Dado que Ji e H têm a mesma unidade A/m, k não tem unidade. Método de Prospecção Magnética Indução magnética Quando um material magnético é colocado neste campo, adiciona um campo magnético a região onde ele se encontra, com a intensidade dade por: µoJi. O campo magnético ou a indução magnética total B do corpo, é dado por: Sendo Ji = kH, resulta que: Onde µR (permeabilidade magnética relativa) é uma constante adimensional. Para ar e água, µR ≈ 1. Método de Prospecção Magnética Indução magnética Todas as substâncias, ao seu nível atómico são magnéticas. Cada átomo actua como um dípolo devido ao spin do seus electrões e a trajectoria orbital dos electrões em volta do núcleo. A teoria quântica admite a coexistência de dois electrões no mesmo estado (ou célula electrónica), desde que os seus spins se orientem em sentidos opostos. Tais electrões dizem-se emparelhados e os momentos magnéticos dos respectivos spins anulam-se. Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Assim, quase todos osátomos são dípolos magnéticos naturais, ou seja possuem dois pólos (norte e sul) e, nessa qualidade, podem ser considerados como pequenos ímanes. Os efeitos de dois dípolos próximos e de igual intensidade anulam-se, se estiverem alinhados anti-paralelamente, e adicionam-se, quando alinhados paralelamente, portanto apenas electrões desemparelhados é que contribuem para o magnetismo. Quando um material é colocado em um campo magnético externo, este tende a alinhar os momentos magnéticos dipolares dentro do material, e nesta situação, o material diz-se magnetizado. Alinhamento Paralelo Alinhamento Anti-paralelo Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos A resposta do material a um campo que lhe aplicado, caracterizada pelo comportamento da magnetização, é representada pela susceptibilidade e permeabilidade magnéticas. Assim, podemos distinguir os seguintes tipos de materiais, quanto a sua susceptibilidade/permeabilidade (comportamento) magnético: Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Diamagnéticos: materiais que apresentam todos os níveis electrônicos preenchidos, portanto, sem electrões desemparelhados. Quando colocados num campo magnético a trajectória orbital dos electrões gira de tal modo que se produz um campo magnético em direcção oposta ao campo que lhe aplicado. Consequentemente, a sua susceptibilidade magnética é negativa e fraca. Ex. Zn, Cd, Cu, Sn Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Paramagnéticos: têm níveis electrónicos incompletos, de tal modo que o campo magnético resulta do spin dos seus electrões desemparelhados. Quando colocados num campo magnético externo, os dípolos correspondentes aos spins dos electrões desemparelhados, giram produzindo um campo magnético no mesmo sentido que o campo aplicado, produzindo susceptibilidade magnética positiva, de intensidade ainda relativamente fraca. O seu alinhamento pode ser paralelo ou anti-paralelo Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Ferromagnéticos: têm dípolos paralelos, que resultam em susceptibilidade magnética muito elevada e magnetização espontânea bastante forte, que poderá continuar a existir, mesmo após a retirada do campo magnetizante. Ex.: Fe, Co, Ni. Raramente ocorrem na natureza no estado livre. Dos grupos comuns, são subdivididos em: Antiferromagéticos (Hematite) Ferrimagnéticos (magnetite) Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Antiferromagéticos: Apresentam alinhamento anti-paralelo dos dípolos, mas em quantidades iguais para cada direcção, anulando-se, de tal modo que não se sinta o efeito do campo magnético externo. Entretanto, defeitos na malha da estrutura cristalina, pode dar lugar a pequena magnetização bruta, chamada antiferromagnetismo parasita. Ex.: Hematite Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Ferrimagnéticos: Também apresentam alinhamento anti-paralelo dos dípolos, mas com intensidades desiguais nas direcções opostas. Consequentemente, exibindo magnetização espontânea e susceptibilidade magnética bem elevados. Virtualmente, todos minerais responsáveis pelas propriedades magnéticas das rochas mais comuns, pertencem a este grupo. Ex.: magnetite Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Resumindo Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Método de Prospecção Magnética Curvas de Histérese Magnética 4. Método de Prospecção Magnética Curvas de Histérese Magnética A intensidade de magnetização das substâncias ferromagnéticas e ferrimagnéticas diminui com a T, e desaparece a T de Curie, acima da qual, as distâncias interatómicas aumentam tanto que impedem o emparelhamento eletrónico e o material comporta-se como uma substância paramagnética. Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Em cristais grandes, a energia magnética total diminui se a magnetização de cada cristal é subdividido em volume elementares (domínio magnético) com diâmetros na ordem de mcirometros, dentro dos quais ocorre o emparelhamento. Na ausência de qualquer campo magnético os domínio tornam-se orientados de tal modo que diminui a força magnética entre domínios adjacentes. O limite entre dois domínios, a parede de Bloch, é uma zona extreita na qual os dípolos não podem sobrepor a direcção de um domínio noutro. Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Quando um grão multidomínio é colocado num campo magnético fraco, a parede de Bloch desenrola e provoca o crescimento daqueles domínios magnetizados na direcção do campo à custa dos domínios magnetizados noutra direcção. Esta magnetização induzida perde-se quando o campo é removido na medida que o domínio gira de volta à sua configuração original. Quando são aplicados campos mais fortes, as paredes do domínio desenrola irreversivelmente através de pequenas imperfeições nos cristais de tal modo que tais domínios magnetizados na direcção do campo são alargados permanentemente. A restante magnetização gerada após a remoção do campo aplicado é dito magnetização remanente ou permanente, Jr. Aplicando um campos magnéticos ainda maiores resulta na ocorrência de movimentos de todas paredes de domínio possíveis e o material diz-se magneticamente saturado. Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Magnetização permanente primária: Magnetização Termoremanente (TRM): adquirida durante a solidificação e das rochas ígneas quando os seus minerais magnéticos arrefecem passando pela T Curie Magnetização remanente detrítica (DRM): adquirida quando partículas magnéticas de um sedimento alinha-se dentro do campo magnético Terrestre durante a sedimentação. Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Magnetização permanente secundária: Magnetização remanente química (CRM): adquirida durante a recristalização de minerais magnéticos ou crescem durante a diagénese ou metamorfismo Magnetização remanente viscosa (VRM): adquirida lentamente por uma rocha jazendo num campo magnético ambiente, na medida que o domínio da magnetização relaxa na direção do campo. Toda a rocha que contenha minerais magnéticos pode possuir tanto a magnetização induzida Ji como a remanente Jr. A sua intensidade relativa é dada em forma de Razão de Konigsberger, Jr:Ji. Podem ter sentidos e intensidades diferentes, mas o efeito magnético de tais rochas provem da resultante dos dois vectores.Método de Prospecção Magnética Comportamentos Magnéticos Toda a rocha que contenha minerais magnéticos pode possuir tanto a magnetização induzida Ji como a remanente Jr. A sua intensidade relativa é dada em forma de Razão de Konigsberger, Jr:Ji. Podem ter sentidos e intensidades diferentes, mas o efeito magnético de tais rochas provem da resultante dos dois vectores. Relação entre os vectores magnetização induzida, Ji, magnetização remanente, jr, e magnetização resultante. Método de Prospecção Magnética Magnetismo das Rochas Os minerais formadores das rochas mais comuns, possuem susceptibilidade magnética muito baixa, tanto que as rochas devem o seu carácter magnético às pequenas proporções dos minerais magnéticos que eles contêm. Existem apenas dois grupos geoquímicos de minerais com comportamento magnético, que se reflecte no magnetismo das rochas: 1. Grupo Fe-Ti-O: Solução sólida magnetite (Fe3O4) – Ulvospinelio (Fe2TiO4). Hematite (Fe2O3): que por ser antiferromagnético não produz anomalias magnéticas, a não ser que desenvolva magnetismo parasitário. 2. Grupo Fe-S: em que se encontra o mineral pirrotite (FeS1+x <0<0.15), cujas propriedades magnéticas dependem da sua composição mineralógica. Método de Prospecção Magnética Magnetismo das Rochas O mineral magnético mais comum é a magnetite, cuja T Curie é 578ºC. Embora o tamanho, a forma e a dispersão dos cristais da magnetite dentro da rocha afectem o seu carácter magnético, o comportamento magnético das rochas é classificado de acordo com o seu teor em magnetite. O histograma abaixo apresenta as susceptibilidades magnéticas das rochas mais comuns. Método de Prospecção Magnética Igneas: o magnetismo é controlado pelo teor de magnetite: assim, o magmetismo diminui com aumento da acidez. Metamórficas: o magnetismo aumenta com o grau do metamorfismo, e é determinado pela pressão parcial do oxigénio: Baixa: a magnetite é reabsorvida, de tal modo que o Fe e O são incorpporados noutras fases mineralógicas. Alta: forma-se magnetite, como mineral acessório, durante as reacções metamórficas. Magnetismo das Rochas Método de Prospecção Magnética Sedimentares: efectivamente, não apresentam propriedades magnéticas, a não ser que contenham magnetite na fracção dos minerais pesados. Dificilmente, pode-se determinar com precisão a litologia a partir da anomalia magnética. Mas, no geral, anomalias magnéticas em zonas com cobertura sedimentar serão provocadas por rochas ígneas ou metamórficas subdjacentes ou uma intrusão ígnea na sequência sedimentar. Entretanto, as causas mais comuns das anomalias magnéticas são: diques, falhas, soleiras dobradas ou truncadas, fluxos de lavas, intrusões massivas, rochas metamórficas do embasamento e corpos de minérios de magnetite. As anomalias magnéticas variam de algumas dezenas de nT no soco cristalino metamórfico profundo a várias centenas de nT sobre intrusões básicas, podendo mesmo alcançar vários milhares de nT sobre minério de magnetite. Magnetismo das Rochas Método de Prospecção Magnética É o campo magnético normal da Terra, cujo conhecimento é necessário para a redução dos valores do campo magnético e interpretação das anómalias. Este é mais complexo que o campo gravimétrico, variando irregularmente quer em intensidade ou orientação com a latitude, longitude e tempo. O campo geomagnético é descrito em termos de seus componentes vectoriais. Na figura ao lado o vector do campo total B, compreende a componente vertical Z e horizontal H na direcção do norte magnético. O ângluo I representa a inclinação do B enquanto D representa a Declinação. B pode variar de 25.000 nT (no equador) a 70.000 nT (nos polos) Campo Geomagnético Método de Prospecção Magnética No hemisfério norte, o campo magnético inclina para baixo; No Hemisfério sul, o campo magnético inclina para cima; No polo norte magnético, torna-se vertical. A linha de inclinação zero aproxima-se do equador geográfico, e designa-se por equador magnético. Campo Geomagnético Método de Prospecção Magnética O campo geomagnético resulta da acção dínamo produzida pela circulação de partículas carregadas formando células convectivas emparelhadas na parte exterior da crusta liquida. A variação da dominância entre as células produz variações periódicas na polaridade; o padrão de circulação dentro do núcleo varia lentamente com o tempo, reflectindo-se na variação lenta, progressiva e temporal dos elementos do campo magnético, conhecido como variação secular. Um efeito magnético de origem externa faz com que o campo magnético varie diariamente produzindo variações diúnas. Em condições normais (dias calmos) estas podem ser regulares e ligeiras, na ordem de 20-80 nT, atingindo o máximo nas regiões polares. Porém há dias de pertubações, caracterizados por variações de intensas de curta duração atingindo magnitudes até 1000 nT, conhecidos por tempestades magnéticas. Tais dias estão geralmente associados com actividade solar intensa e resultam da chegada a ionosfera de partículas solares carregadas. Nestas condições as pesquisas magnéticas devem ser interrompidas, pois tais variações de grande amplitude e rápidas são mais difíceis de corrigir. Campo Geomagnético 4. Método de Prospecção Magnética 4.6 Anomalias Magnética As anomalias magnéticas das rochas são sobrepostas ao campo geomagnético terrestre e correspondem ao campo magnético ΔB, provocado pelas rochas enriquecidas pelos minerais magnéticos na direcção do campo magnético B. Sendo α o ângulo entre a direcção do perfil e o norte magnético e será α = o se o perfil for na direcção do norte magnético 4. Método de Prospecção Magnética 4.6 Pesquisas Magnéticas Terrestres Cobrem áreas relativamente pequena, de alvos previamente definidos, tendo estações que variam entre 10 e 100 m, podendo ser menores onde o gradiente magnético é elevado. Deve-se evitar leituras nas vizinhança de objectos metálicos tais como linha férrea, carros, estradas, vedações, casas, etc. que possam provocar perturbações no campo magnético local. De igualmente modo os operadores não devem ser portadores de objectos metálicos. Geralmente não são necessárias estações de base para monitoramento da deriva instrumental, mas sim para variações diurnas. São mais rápidas que as gravimétricas por não precisarem de nivelamento. 4. Método de Prospecção Magnética 4.6 Pesquisas Aeromagnéticas e Marítimos Pesquisas aeromagnéticas são bem mais rápidas e com índice custo- benefício elevado, na ordem de 40% por km de linha em relação aos terrestres. Cobrem vastas áreas em pouco tempo e podem obter dados em áreas relativamente inacessíveis por meios terrestres Pesquisas marítimas são relativamente mais lentase geralmente conjugadas com outras técnicas, como gravimetria e sismica. 4. Método de Prospecção Magnética 4.7 Redução das observações magnéticas Correção das variações Diurnas Leituras repetidas numa estação fixa ao longo do dia (Terrestre); Linhas de cruzamento programados (Aéreos) Correção geomagnética remove o campo geomagnético de referência (baseado em cálculos computarizados) Correção da elevação e topografia varia apenas de 0.03 nT/m nos polos a -0.015 nT no equador não é aplicada, em geral 4. Método de Prospecção Magnética 4.8 Interpretação das anomalias magnéticas São similares nos procedimento e limitações que as da interpretação gravimétrica, mas interpretação magnética é de maior complexidade Enquanto anomalias gravimétricas podem ser totalmente positivas ou negativas, as magnéticas têm quase sempre as componentes positiva e negativa A densidade é grandeza escalar, a intensidade magnética é vectorial, sendo a forma da anomalia controlada pela direcção da magnetização 4. Método de Prospecção Magnética A intensidade da magnetização da rocha é muito dependente da quantidade, tamanho, forma e distribuição dos seu minerais ferrimagnéticos A figura abaixo mostra exemplos de ambiguidades de interpretação que podem ser encontradas na anomalia magnética: (a) uma placa da crusta oceânica separada; ou (b) elevação de sedimentos metamorfisados na profundidade 4.8 Interpretação das anomalias magnéticas 4. Método de Prospecção Magnética Interpretação Qualitativa Obtem-se de mapas de contornos, especialmente de dados aeromagnéticos, que dão indicações da geologia e estruturas duma região larga, a partir da forma e tendência da anomalia 4.8 Interpretação das anomalias magnéticas 4. Método de Prospecção Magnética Interpretação Quantitativa Obtem-se de mapas de contornos, especialmente dos isovalores aeromagnéticos, que dão indicações da geologia e estruturas duma região larga, a partir da forma e tendência das anomalias. Distinguem-se: Utiliza a análise espectral que se baseia na relação log-potência espectral que possui um gradiente linear cuja magnitude depende da profundidade da fonte de anomalia (Spector & Grant, 1970). Permite de forma rápida estimar a profundidade a partir de dados de campo digitais regularmente espaçados Não precisam de correcção quer geomagnética quer diurna, por lidar com compontentes de comprimentos de onda de baixa intensidade A Figura mostra a relação entre o embasamento pouco profundo e comprimentos das ondas do perfil magnético Interpretação Directa 4.8 Interpretação das anomalias magnéticas 4. Método de Prospecção Magnética Também recorre ao Teorema de Euler (Reid et al., 1990). Interpretação Directa Onde (xo, yo, zo) é o local da fonte de anomalia; (x, y, z) ponto da anomalia do campo magnético total; T e B campos regionais. N a medida da taxa de variação do campo com a distância e toma diferentes valores para tipos diferentes de fontes de anomalias Este método produz valores de profundidade mais rigorosos, mas é significativamente mais difícil a sua implementação. 4.8 Interpretação das anomalias magnéticas Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler Exemplo de Interpretação com Recurso ao Teorema de Euler 4. Método de Prospecção Magnética Também recorre ao Teorema de Euler (Reid et al., 1990). Interpretação Indirecta Onde (xo, yo, zo) é o local da fonte de anomalia; (x, y, z) ponto da anomalia do campo magnético total; T e B campos regionais. N a medida da taxa de variação do campo com a distância e toma diferentes valores para tipos diferentes de fontes de anomalias Este método produz valores de profundidade mais rigorosos, mas é significativamente mais difícil a sua implementação. 4.8 Interpretação das anomalias magnéticas 4. Método de Prospecção Magnética 4.8 Transformação dos Campos Potenciais As equações que descrevem as leis que governam a atracção gravítica e dos corpos magnéticos têm em comum a variável da distância inversa (1/r). A eliminação desta variável permite estabelecer uma relação entre os potenciais gravítico e magnético, dada pela Equação de Poisson que permite a transformação do campo magnético em gravítico e vice-versa, aplicável para corpos cuja razão das intensidades de magnetização e densidade é constante. Os campos transformados são designados por pseudogravitacional e pseudomagnético (Garland, 1951). A aplicação mais comum destas transformações é de anomalias magnéticas para pseudogravimétricas, por estas serem relativamente mais fáceis de interpretar. Esta transformação é baseada em programa informático dado em Gilbert e Galdeano (1985). 4. Método de Prospecção Magnética 4.8 Exemplo da Transformação dos Campos Potenciais (a) Anomalias magnéticas observadas sobre a crista Aves, Caraibas Ocidental; (b) Anomalias de Gravidade Bouguer; (c) Anomalia pseudogravitacional para magnetização induzida e a razão densidade:magnetização 4. Método de Prospecção Magnética 4.8 Exemplo da Transformação dos Campos Potenciais 4. Método de Prospecção Magnética 4.8 Exemplo da Transformação dos Campos Potenciais 4. Método de Prospecção Magnética 4.8 Aplicação das pesquisas magnéticas prospecão de depósitos metálicos prospecção de depósitos sulfuréticos massivos (especialmente quando conugados com método EM) prospecção de minérios de ferro, sua principal aplicação, onde a razão magnetite:hematite, deve ser elevada para que produza anomalias, dado que hematite, geralmente não é magnético. A Figura representa anomalia aeromagnética no sul da Australia, onde minérios de ferro, são de composição hematítica, com contornos em intervalos de 500 nT (Webb, 1966) 4. Método de Prospecção Magnética 4.8 Aplicação das pesquisas magnéticas Anomalias aeromagnéticas dealto nível, a sul de Austrália 4. Método de Prospecção Magnética 4.8 Aplicação das pesquisas magnéticas Perfis magnéticos e gravimétricos pela área do mapa anterior Bibliografia
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