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processo penal 1 principios, inquerito e notitia criminis

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PRINCÍPIO S CONSTITUCIONAIS: 
"Todos os direitos e garantias aplicados ao processo, implícitos na constituição, ou nela expressos". 
Princípio do devido processo legal (art. 5°, LIV, CF) 
Princípios do Contraditório e da Ampla Defesa (art. 5°, LV, CF) 
Contraditório (audiência bilateral) = comunicação obrigatória (as partes devem ser comunicadas do que acontece no processo) + reação possível (se a parte quiser se manifestar); 
Ampla defesa = Defesa técnica: indisponível e irrenunciável. Autodefesa (direito de audiência, de pr esença e de postulação): disponível. A lei 11.900/09 criou o interrogatório por videoconferência. 
Princípio da presunção de inocência (art. 5°, LVII, CF) - O réu não será considerado culpado até o transito em julgado da sentença penal condenatória. 
Consequências: 
a) A prisão processual é excepcional; 
b) Uso de algemas é excepcional (Súmula Vinculante STF n. 11) ; 
c) Processos e inquéritos em andamento não configuram maus antecedentes. 
 Princípio acusatório - Partes com papeis de defesa e acusação bem contornados, juiz imparcial e até mesmo inerte. O anverso do sistema inquisitivo no qual um só órgão acumula as funções de acusar e julgar. 
PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PROCESSO PENAL: 
Princípio da verdade real - o que se busca no processo é a verdade, pelo menos teoricamente. A reprodução dos fatos deve ser com o realmente aconteceu. O processo é o instrumento de apreciação da verdade. 
 Princípio da indisponibilidade - só existe na ação penal pública. Quando se tratar de crime de ação penal pública ninguém pode dispor do processo. É de competência do Ministério Público é ele que promove a ação penal pública e uma vez ajuizada, ela torna -se indisponível, ninguém nem o Ministério Público pode desistir da ação penal pública, porque mesmo existindo a vítima, o direito é coletivo e não apenas dessa vítima. Nenhum efeito tem a vontade da parte, porque esse tipo de ação é indisponível. De acordo com a Lei 9099/95 pode ser suspenso o processo para os casos em que a pena mínima não é superior a um ano. Se decorrido o prazo de suspensão, a pessoa cumpre tudo, o processo é extinto. Esse é um tipo de exceção para o princípio da indisponibilidade. Art. 129, I, CF. 
Princípio da obrigatoriedade - só ocorre nas ações penais públicas. Não existe no juizado especial criminal porque lá mesmo a ação penal pública incondicionada não é obrigatória. Nos demais é obrigatória. Naqueles casos previstos na Lei 9099/95, nessa lei há a possibilidade da transação. Nos demais casos dessa ação estando presentes todos os seus pressupostos, o Ministério Público é obrigado a propô-la. 
Princípio do contraditório (art. 5 º, LV, CF) - ninguém pode abrir mão da defesa, ou tem defesa ou o processo é nulo. Nesse caso a nulidade é absoluta. Art. 261, CPP. 
 Princípio do devido processo legal (art. 5 º, LIV, CF) - ninguém será privado da sua liberdade e de seus bens sem o devido processo legal. Tem que haver necessariamente o processo. 
Princípio da inadmissibilidade das provas ilícitas (art. 5 º, LVI, CF) - não se admite no processo as provas produzidas ilicitamente, tudo o que for obtido de forma criminosa, ilícita não deve servir de prova no processo penal. Na prática não acontece bem assim. Ex.: um grampo telefônico, interceptação de cartas não são admissíveis. Alguns doutrinadores entendem que a prova mesmo ilícita, mas verdadeira deve ser admitida, essa é a posição da minoria. O que prevalece é o que está na Constituição Federal. 
Princípio da presunção de inocência (art. 5 º, LVII, CF) - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Enquanto não existir uma sentença definitiva que o condene, o réu é considerado inocente. Todo réu goza da presunção constitucional de inocência. 
O STF se refere a este princípio como o da não culpa, ou não culpabilidade. Há previsão expressa e m Lei e no pac to de São José da Costa Rica/Convenção Americana, em seu artigo 8º, nº 2. 
- Consequências: 
Qualquer restrição à liberdade do acusado, só ocorrera após condenação definitiva, uma vez que a regra no Brasil seja a liberdade. 
* Exceção: quando preenchido os requisitos das prisões cautelares (preventiva e temporária)
* OBS: inclusive, neste sentido, o STF no julgamento do HC 104339, declarou, incidentalmente, a inconstitucionalidade d e parte do artigo 44 da Lei 11.343/06 (Le i de drogas), no que se refere à vedação da liberdade provisória, eis que essa vedação violaria os princípios da presunção da inocência e processual penal.
Compete a acusação provar o fato impetrado, ou seja, o ônus da prova é daquele que o alega; 
Se o magistrado tiver dúvidas, deve absolver o acusado (In dubio pro reo). 
Princípio do in dubio pro reo (favor rei, do favor inocentiae ou favor libertatis) - toda vez que a lei penal ou a lei processual penal comportar mais de uma interpretação ou uma interpretação divergente, deve prevalecer aquela que seja mais benéfica para o réu. Se houver dúvida que se decida em favor do réu – in dubio pro reo. A condenação só pode existir quando houver a certeza da prova.
Princípio da oficialidade - é próprio apenas da ação penal pública. Só quem promove a ação penal pública é o Estado por intermédio do seu órgão oficial público, que é o Ministério Público (art. 129, I, CF). Compete privativamente ao Ministério Público o patrocínio da ação penal pública. 
Princípio da publicidade - os atos processuais no processo criminal são públicos, salvo exceções (art. 792, CPP). Quanto à imprensa o réu pode exigir que não tire fotos, por exemplo, mas a imprensa pode assistir o processo. 
Princípio da imparcialidade do juiz: O juiz deve ser neutro, isento e despido de qualquer vínculo com o processo. As causas de impedimento e hipóteses de suspeição estão previstas, respectivamente, nos artigos 252 a 254 do CPP. Ainda há previsão expressa na Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH), em seu artigo 8º, nº 1, do Pacto São José da costa Rica. 
Princípio do duplo grau de jurisdição: Direito de qualquer indivíduo de não se conformar com determinada decisão e dessa forma, busca re-analisar por órgãos mais experientes. 
- Exceção: crimes de competência originário do STF (jurisdição linear); 
- Previsão implícita na estrutura e competência d os tribunais na Con stituição Federal. 
Previsão expressa no pacto São José da Costa Rica, em seu artigo 8º, nº2, alínea “B”. 
INQUÉRITO POLICIAL 
- Inquérito Policial: é meramente investigativo. É um processo administrativo inquisitivo (não tem contraditório) e preparatório (que antecede a ação penal), com a finalidade de apurara a autoria e a materialidade de um crime. É realizado pela Polícia Investigativa, sendo o delegado, o titular do IP, só o delegado é autoridade Policial. 
- Conceito: trata-se de procedimento administrativo inquisitório e preparatório, consistente em um conjunto de diligencias realizada pela polícia investigativa para apuração da infração penal (gênero, cujas espécies são crimes) e sua autoria, presidido pela autoridade Policial (delegado) a fim de que o titular da Ação Penal possa ingressar em juízo. É um procedimento pré-processual, bem comum, porem existem outros; 
OBS: Termo circunstanciado: é instaurado nas infrações de menor potencial ofensivo, ou seja, naquelas cuja pena máxima seja igual ou inferior a 2 anos, cumulado ou não com multa, sujeita ou não a procedimento especial (crimes de menor potencial ofensivos estão sujeitos a leis especiais). 
Natureza Jurídica do IP: trata-se de procedimento administrativo; 
Finalidade do IP: apreciação dos crimes (materialidade) e sua autoria; 
Presidência do IP: é a autoridade policial (do local onde o crime se consumar). 
- Crimes de competência de a Justiça Militar Estadual: quem investiga é a própria polícia militar, por sua corregedoria. Quem preside o IPM é o encarregado; 
- Crimes de competência de a Justiça Militarda União: quem investiga são as forças armadas, por suas corregedorias, e quem preside o IPM é o oficial encarregado; 
- Crime s de competência da Justiça Federal: quem investiga é a Policia Federal, e quem presidirá será o Delegado de Polícia Federal; 
- Crimes de competência da Justiça Estadual: quem investiga é a Polícia Civil, porem há exceção onde a Polícia Federal também investiga (artigo 144, §1º da CF e Lei 10.446/02). 
- Diferença entre Polícia Investigativa e Judiciária: 
* Investigativa: é aquela que apura as infrações penais e suas autorias. Exemplo: Polícia Civil, Polícia Federal (artigo 144 da CF e parágrafos); 
* Judiciária: é aquela que auxilia o poder judiciário no cumprimento de suas ordens. 
Exemplo: cumprimento de mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal, Polícia 
Militar. 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL
1º- Formal: trata-se o IP de procedimento formal, escrito, conforme o artigo 9º do CPP. 
O Delegado de polícia, inclusive, em razão dessa característica consoante o artigo 405, §1º do CPP, pode/deve filmar e gravar todas as diligencias realizadas no IP; 
2º- Dispensável (art. 39, §5º CPP): se o titular da ação penal obTiver elementos de informação através de fonte autônoma, poderá dispensar a realização do IP, bem como de qualquer outro procedimento. 
3º- Instrumental: em regra, o IP é o instrumento usado pelo Estado para apurar elementos de informação acerca da autoria e materialidade do crime. 
4º- Sigiloso (artigo 20, CPP): trata-se de procedimento sigiloso, com tudo há exceções: 
Juiz, Ministério Público e Advogado, somente esses podem ter acesso aos autos do IP.
A cerca do Advogado, cabe registrar: a mitigação do sigilo é conferida pelo artigo 5º, 
inc. LXII I da CF; artigo 7º, inc. XIV da lei 8906/94 e pela Súmula Vinculante nº 14 do STF, que diz que o advogado terá acesso a o procedimento investigatório ressalvado as diligencias em andamento, ainda não juntadas aos autos do IP. 
* No caso de negativa de acesso ao IP, pode o advogado: 
a) Impetrar Mandado de Segurança (MS); 
b) ajuizar reclamação no STF, pois viola a súmula vinculante; 
c) Impetrar Habeas Corpus (HC) mesmo estando o paciente (cliente) solto, pois para o 
STF, sempre que puder resultar, ainda que de modo potencial, prejuízo a liberdade de locomoção do indivíduo, será cabível o Habeas Corpus (HC). 
5º- Inquisitivo ou Inquisitório: no IP não há contraditório, bem como ampla defesa, prevalecendo, portanto, o interesse do Estado na investigação. Além disto, como não há acusação, desnecessário em regra, defesa. Contudo, há exceções: se no curso do inquérito policial ocorrer ameaças, doação ilegal, bem como eventual constrangimento, deve-se assegurar o contraditório e ampla defesa. 
6º- Informativa: visa à colheita de elementos informativos a cerca da infração penal e sua autoria. 
OBS: diferença entre elementos informativos e provas (artigo 155 do CPP): 
- Elementos Informativos: aqueles colhidos na fase investigativa. São produzidos sem a participação do Juiz. Não há contraditório, bem como ampla defesa. Assim, são produzidos também sem a presença do ad vogado, é a regra! Os elementos informativos são importantes p ara convicção do titular da ação penal (finalidade), também servem para fundamentar medidas cautelares (exemplo: busca e apreensão). 
- Provas: aquela produzida na fase judicial, destarte (portanto), na presença do Juiz. É aquela colocada sob o crivo contraditório e ampla defesa, logo na presença também da defesa. 
OBS: no artigo 155 d o CPP “EXCLUSIVAMENTE”: elementos informativos isoladamente não são considerados idôneos a fundamentar um decreto condenatório (STFRE 287658; RE AGR 425734). 
7º- Indisponível (artigo 17 do CPP): o delegado de polícia não pode arquivar o inquérito policial. Uma vez instaurado a regra é que só o Juiz pode mandar arquivar.
Exceção: 
Artigo 28 do CPP, ocasião em que o MP manda arquivar os autos do inquérito policial. 
8º- Temporário (artigo 10 do CPP): 
- Indiciado preso (art. 10 CPP): prazo 10 dias. Trata-se de prazo próprio, logo, doutrina e jurisprudência majoritariamente sempre entenderam que caso desrespeitado referido prazo, a prisão tornar-se- ia ilegal, cabendo, dessa forma, o seu relaxamento. 
OBS: vide alterações da Lei 12.403/11. 
- Indiciado solto (art. 10 do CP P): prazo 30 dias. Referido artigo, todavia, não prevê a prorrogação desse prazo, porém doutrina e jurisprudência majoritariamente sempre entenderam que se tratava de prazo impróprio e, portanto, cabível a prorrogação. 
Entretanto, a dilação desse prazo não pode ser (in) razoável, tendo o STJ entendido inclusive, em inquérito policial que tramitava há 07 anos, a ocorrência de violação aos princípios da razoabilidade e duração razoável d o processo, ocasião em que concedeu o trancamento do inquérito policial, pois evidente o constrangimento legal. 
OBS: Com relação ao indiciado preso, verifica -se que o artigo 10 do CPP, perdeu parcialmente sua eficácia com o advento da lei 12.403/11, uma vez que mesmo se desrespeitado o prazo para conclusão do IP (que é de 10 dias), não há que se falar em ilegalidade da prisão, pois a prisão preventiva será legal até a definitividade da ação ou até que o motivo que a autorizou cesse. AINDA CAUSA DIVERGENCIA NA DOUTRINA E NA JURISPRUDENCIA. 
- As alterações mencionadas anteriormente, dizem respeito aos artigos 306, §1º e 310 do 
CPP, dos quais, respectivamente, dizem que o IP /APF, deverá ser emitido a o Juiz em 24 horas, o qual terá como opções: 
a) soltar o preso, se a prisão for ilegal; 
b) soltar o preso, mesmo sendo legal a prisão quando ausentes os requisitos da prisão preventiva ou; 
c) converter a prisão em flagrante em preventiva quando presentes os motivos autorizadores da prisão. 
OBS: Lei 11.343/06, l ei de drogas, artigo 51: 30 dias para indiciado preso e 90 dias para indiciado solto. Referidos prazos poderão ser duplicados após pedido justificado. 
OBS: Crimes de competência da Justiça Federal: indiciado preso 15 dias; indiciado solto 30 dias, sendo que referidos prazos podem ser duplicados. 
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (I.P.) 
Depende da ação penal do crime investigado – iniciativa é o que diferencia 
Artigo 129 da CF – Funções do MP 
PÚBLICA INCONDICIONADA: MP é obrigado a agir independente de provocação ou impulso (terceiro ou vítima), age de ofício – sempre que a autoridade policial tiver conhecimento da ocorrência de um crime de ação penal pública. 
PÚBLICA CONDICIONADA: depende de condição – representação da vítima ou requisição do ministro da justiça 
PRIVADA: ajuizada pela vítima, particular (crimes contra a honra...) 
Se o crime for de ação penal privada ou condicionada, a instauração somente será possível se houver anuência ou requerimento da vítima, seu representante legal ou de quem tenha qualidade para ajuizar a ação penal, na falta destes, como o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão do ofendido. É indispensável um fato típico determinado, pois não se abre inquérito com a finalidade de apurar ilícitos civil, administrativos, etc. 
A – Ação Penal Pública Incondicionada 
1. De Oficio: Chamada cognição imediata. (Art. 5°, I). 
2. Mediante requisição do MP ou do Juiz: Cognição mediata. (art. 5°, 
CPP). 
Esta requisição pode ser desatendida? 
1° correte diz que não pode ser desatendida porque tem caráter de ordem. (Não estamos falando que existe hierarquia). 
2° corrente fundamenta -se no princípio da obrigatoriedade. (Havendo justa causa o delegado abrirá o I.P. caso contrário não). 
Obs.: Inciso II (mediante requisição judicial), Doutrinadores entende que esta parte não foi recepcionada pela Constituição. O juiz está agindo e não pode agir. Fere a imparcialidade do Juiz. 
3. Requerimento do Ofendido: Cognição mediata. (Art. 5°, II segunda parte). O requerimento, diferentemente da requisição (para aqueles que são adeptos da 1 ° corrente) não obriga o delega do a instaurar o I.P. O delegadopode indeferir o requerimento de abertura do I.P. (Art. 5°, §2° do CPP). 
Obs.: Art. 5°, §2°. “... Chefe de Polícia”. Quem é o Chefe de Polícia? 
1° Corrente: É o Delegado Geral. 
2° Corrente: É o Secretário de Estado de Defesa Social (Secretaria de 
Segurança Pública do Estado). Na esfera federal é o Ministro da Justiça. 
4. Auto de Prisão em Flagrante: É a chamada de cognição coercitiva. 
Aqui o inquérito policial é inaugurado mediante a A.P.F. e não através de portaria. A investigação é o próprio auto de prisão em flagrante. 
5. Comunicação de qualquer do povo: Chamada “Delatio Criminis”. (art. 5°, §3°). É possível instauração de I.P. provocada por denúncia anônima /Apócrifa? Sim, a jurisprudência entende possível desde que autoridade policial receba a notícia com reservas, verificando preliminarmente a procedência das informações. 
B - Pública Condicionada à representação: ~
1. Representação (manifestação expressa da vítima para desdobramento penal, nos casos que a lei permite);
BO – Não pode ser feito por terceiros 
Por escrito – com ou sem advogado, por terceiro por procuração;
Não pode delação anônima;
5. Auto de prisão em flagrante (a vítima tem 6 meses para representar a partir do conhecimento do fato). 
Privada: 
 Vontade expressa da vítima – requerimento da vítima;
 Prisão em flagrante é igual à pública condicionada.
PRAZOS PARA O ENCERRAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL 
a) Normal: 10 dias sem prorrogação para réu preso (conta -se o d ia do início); 30 dias prorrogáveis por mais 30 em caso de réu solto (não inclui o dia do início); 
b) Lei de Drogas: 30 dias para réu preso e 90 dias para réu solto, ambos prorrogáveis (uma vez por igual período); 
c) Justiça Comum federal: 15 dias prorrogados por mais 15, mesmo para réu preso; 
d) Crimes contra a economia popular: 10 dias estando o réu preso ou solto; 
e) Militar: 20 dias p ara réu preso e 40 dias para réu solto. 
Excesso de prazo para encerramento do inquérito 
* Quem prorroga o prazo do inquérito policial é o juiz. 
ENCERRAMENTO DO IP 
- Ao fim do inquérito policial, é feito um relatório, a história útil do procedimento. O relatório é encaminhado para o juiz. 
- Se o crime for de ação penal pública ele encaminha o inquérito ao MP; se for de ação penal privada, ele deixa em cartório aguardando a manifestação do ofendido. 
- Se o MP já tem provas da materialidade, propõe a ação penal, oferece a denúncia. Caso não haja provas suficientes, o MP pode requerer ao juiz que requisite diligências (reabrir o inquérito, o juiz não pode negar). O MP também pode pedir o arquivamento (o juiz pode não arquivar) o prazo para pedir o arquivamento é de 5 dias, se o réu estiver preso e 15 dias se estiver solto. 
* Súmula 524 do STF, esta súmula não se aplica quando o arquivamento se dá pela atipicidade do fato, caso em que a decisão gera coisa julgada material. 
Arquivado o inquérito por despacho do juiz a requerimento do MP, não pode a ação penal ser iniciada sem novas provas. 
- Se o juiz não concorda com o arquivamento ele envia o inquérito par a o Procurador Geral de Justiça (chefe do MP Estadual). Se for na Justiça Federal ele envia o inquérito para a Câmara de Coordenação e Revisão Criminal do MPF (LC 75/93). Eles podem concordar com o promotor e insistir no arquivamento (o juiz fica obrigado a arquivar) ou ele mesmo oferece a denúncia ou designa outro membro do MP para oferecer a denúncia (não pode designar o mesmo membro do MP que pediu o arquivamento – o membro do MP que for designado não pode se recusar a oferecer a denúncia). 
DESARQUIVAMENTO DE IP 
a) pode: se houver prova nova (substancialmente nova), Art. 18 e súmula 524 do STF. b) Exceção: não pode desarquivar se o fundamento for atipicidade da conduta. 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
“NOTITIA CRIMINIS” 
É a fase preliminar do Inquérito policial. Conforme leciona o professor Fernando Capez, dá -se o nome de notitia criminis (notícia do crime) ao conhecimento espontâneo ou provocado, por parte da autoridade policial, de um fato aparentemente criminoso. É com base nesse conhecimento que a autoridade dá início às investigações. 
• CLASSIFICAÇÂO 
1. NOTITIA CRIMINIS DE COGNIÇÃO DIRETA OU IMEDIATA: 
Também chamada de espontânea ou inqualificada. Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento direto do ilícito através de suas atividades de rotina, de jornais, pela descoberta do corpo do delito, por comunicação da polícia preventiva, por investigações da polícia judiciária, etc. Caracteriza-se pela inexistência de um ato jurídico formal de comunicação da ocorrência do delito. É importante ressaltar que se enquadra, ainda, como notitia criminis inqualificada, a delação apócrifa (denúncia anônima). Nestes casos, embora válida a denúncia, a autoridade policial deve proceder a uma investigação preliminar, com a máxima cautela e discrição, a fim de verificar a verossimilhança da informação, somente devendo instaurar o inquérito na hipótese de haver um mínimo de consistência nos dados informados. 
2. NOTITIA CRIMINIS DE COGNIÇÃO INDIRETA OU MEDIATA: 
Também chamada de notitia criminis provocada ou qualificada. Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento do ilícito por meio de algum ato jurídico de comunicação formal do delito. A notitia criminis de cognição indireta pode dar-se por: 
• Delatio criminis → é a comunicação por escrito ou verbal, prestada por pessoa identificada. (CPP, art. 5º, II). Somente autorizará a instauração do inquérito policial nos crimes de ação penal pública Incondicionada. 
• Requisição da autoridade judiciária, do Ministério Público→ (CPP, art. 5º, II) 
• Requisição da autoridade judiciária, do Ministro da Justiça→ (CP, art. 7º, §3º, b) 
• Representação do ofendido→ (CPP, art. 5º, §4º) 
3. NOTITIA CRIMINIS DE COGNIÇÃO COERCITIVA: Ocorre no caso de prisão em flagrante. Nesta hipótese a comunicação do crime é feita mediante a própria apresentação de seu autor por servidor público no exercício de suas funções ou por particular. (CPP, art. 301 e 302)

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