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Bacia do Paraguai

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Bacia Hidrográfica do Paraguai
No Brasil, a Bacia do Paraguai está localizada na região centro-oeste do país, mais precisamente nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 
Ela possui cerca de 1.100.000 Km2 de extensão (donde 363.446 km2está localizada no Brasil, cerca de um terço da extensão total) e abrange os biomas do Pantanal (região de planícies) e do Cerrado(região de planaltos). A região a qual está inserida possui elevado índice pluviométrico, sendo o Pantanal a maior planície de inundação do mundo que regula a vazão do rio Paraguai.
A extração de minérios, e a expansão das atividades agrícolas e de pecuária na região são bastante exploradas, com o passar do tempo o local vem apresentando muitos problemas ambientais com o aumento da urbanização e industrialização, poluição e desmatamento excessivo, o que resulta na erosão do solo, além do assoreamento dos rios, os quais dificultam a navegação.
A Região Hidrográfica abriga importantes eco regiões, tanto na área de planalto como planície pantaneira (Pantanal). Existe uma relação estreita entre estas duas grandes regiões, que garante o funcionamento do ecossistema. Esta característica favoreceu o desenvolvimento de atividades turísticas significativas na Região Hidrográfica. Entretanto, o processo de uso e ocupação do solo é intenso, descaracterizando parte significativa da vegetação do planalto e porções da planície. 
Segundo o PAE (Programa de Ações Estratégicas para o Gerenciamento Integrado do Pantanal e da Bacia do Paraguai), a poluição das águas na Região Hidrográfica decorre dos despejos dos esgotos sanitários das cidades, da exploração mineral e do inadequado manejo do solo utilizado para o plantio extensivo de soja e para a pecuária de corte. 
Bacia Hidrográfica do Uruguai
A bacia do rio Uruguai está localizada na região sul do Brasil (sul de Santa Catarina, todo Rio Grande do Sul), norte do Uruguai e leste da Argentina. A Bacia ocupa uma área total de 385 mil Km2 de extensão, onde 180 mil km2 aproximadamente está localizada no Brasil, o que corresponde cerca de 2% do território nacional.
Essa região hidrográfica apresenta elevada importância econômica, com elevada atividade agrícola e industrial. O local possui grande potencial hidrelétrico, e por isso estão instaladas inúmeras usinas, das quais merecem destaque: a Usina Hidrelétrica Binacional de Salto Grande, a Usina Hidrelétrica de Itá, a Usina Hidrelétrica de Machadinho e Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó.
A bacia hidrográfica do Uruguai é de suma importância para a região, pois fornece, através de sistemas de irrigação, água para a agroindústria instalada na região sul do Brasil. Decorrente do crescimento das atividades agroindustriais na região, muitas áreas foram desmatadas, o que levou a um desequilíbrio ambiental, desde assoreamento de rios e poluição das águas. Dessa forma, a região apresenta pouca vegetação original dos biomas da Mata Atlântica e da Mata de Araucárias.
O rio Uruguai e muitos de seus afluentes sofrem com a poluição e contaminação de suas águas. Agrotóxicos e efluentes (oriundos, principalmente, da criação de aves e porcos), a expansão das áreas urbanas e das atividades agrícolas, em especial os cultivos de soja, arroz e trigo, tem provocado a redução da cobertura vegetal e a maior produção de esgoto que é lançado nos rios, alterando suas propriedades de forma negativa, são as principais fontes dos problemas ambientais.
Bacia Hidrográfica Atlântico Sul
A Região Hidrográfica Atlântico Sul destaca-se por abrigar um expressivo contingente populacional, pelo desenvolvimento econômico e por sua importância para o turismo. A região se inicia ao norte, próximo à divisa dos estados de São Paulo e Paraná, e se estende até o arroio Chuí, ao sul. Possui uma área total de 187.522 Km² e equivalente a 2,2% do País.
Os indicadores de saneamento de 2016 mostravam que 91% da população era abastecida por água, valor equivalente à média nacional. As unidades hidrográficas da região apresentavam índices de atendimento da população por esgoto, entre 37 e 70% e o nível de esgoto tratado era baixo apresentando valores entre 10 e 19%.
A Região Hidrográfica Atlântico Sul possui a Mata Atlântica como vegetação original predominante, que tem sofrido intensa ação do homem no habitat natural. A Mata Atlântica se estende desde São Paulo até o norte do Rio Grande do Sul.
O clima predominante da região é o Clima Temperado Chuvoso e os Biomas presentes são a Mata Atlântica, Mata das Araucárias e Manguezal, os quais vem sendo explorados e sofrendo grande impacto ambiental, tal qual a poluição dos rios. 
O turismo, a agricultura e a mineração são as atividades econômicas mais destacadas. No entanto, essas atividades têm provocado vários problemas ambientais, como a retirada da mata ciliar e a poluição dos rios, que ocorre principalmente através da extração de carvão mineral em alguns municípios de Santa Catarina.
Bacia Hidrográfica do Atlântico Sudeste
A Bacia Hidrográfica do Atlântico Sudeste ocupa uma área de 229 mil Km2, o que corresponde a aproximadamente 2,7% do território do Brasil. Está presente na região sudeste, nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro; e ainda abrange uma pequena parte na região sul do país no litoral do estado do Paraná.
 
A Região Hidrográfica Atlântico Sudeste é conhecida nacionalmente pelo elevado contingente populacional e pela importância econômica de sua indústria. O grande desenvolvimento da região, entretanto, é motivo de problemas em relação à disponibilidade de água. Isso ocorre porque, ao mesmo tempo em que apresenta uma das maiores demandas hídricas do País, a bacia também possui uma das menores disponibilidades relativas.
A Região Hidrográfica do Atlântico Sudeste apresenta paisagens litorâneas, mata atlântica (bastante desmatada) e manguezais. Os principais problemas registrados são a ocupação irregular do solo e de encostas, retirada da mata ciliar, além da intensa poluição hídrica, causada pelo lançamento de efluentes sem o devido tratamento.
As maiores preocupações atualmente são os diversos problemas ambientais que a região apresenta, causados sobretudo, pelo desmatamento, acelerada urbanização e industrialização, os quais desequilibram o ecossistema como o assoreamento dos rios, a perda da fauna e flora e a contaminação hídrica.
O lançamento do esgoto doméstico tem causado grandes perdas ambientais e restringido o uso para o abastecimento. O impacto dos esgotos são mais expressivos na área litorânea, pelo fato de conter o maior contingente populacional aumentando a propagação de doenças de veiculação hídrica. 
A degradação ambiental se completa com a elevada captação de água dos rios da região, para transposição com a finalidade de gerar energia e abastecer grande parte do litoral do Rio de Janeiro e São Paulo. Essa captação no período de estiagem contribui para agravar a redução da qualidade da água dos rios nos trechos à jusante devido a diminuição da capacidade de diluição de afluentes. 
Complemento
No Brasil, devido à sua extensão continental e diversidade, existem situações distintas em termos de disponibilidade hídrica regional. Uma simples análise superficial revela muitos casos de escassez hídrica e uma quase que generalizada degradação, dada a poluição de origem doméstica, industrial e agrícola (FELICIDADE, MARTINS E LEME; 2001). Assim como na maioria dos países em desenvolvimento e pobres, o Brasil detém baixo índice de cobertura de saneamento básico e altas taxas de perdas físicas no abastecimento de água tratada/potável. Parte significativa da população brasileira não é atendida pelos sistemas de abastecimento, resultando em esgoto não tratado lançado nas calhas dos rios, lagos e mar.
As reservas de água dos rios, lagos e subterrâneas sempre foram de livre acesso, onde se podia fazer captações, lançar efluentes, etc., sem pagar tarifa alguma.Entretanto, quando se faz uma captação, outros consumidores deixam de usufruir deste recurso. O mesmo acontece quando algum agente lança dejetos diluídos, uma vez que pode ser prejudicada a captação dos demais agentes que se localizam "abaixo" no rio. Este prejuízo acontece quando a água no seu ponto de captação não se presta às necessidades do agente (p. ex.: a água captada é muito poluída, de tal forma que não serve para o processo de determinada indústria). Isso influencia o custo de tratamento da água, além do que essas externalidades podem comprometer o abastecimento para gerações futuras (SANTOS, 2003). Complementarmente, existem as demandas inter-regionais (entre bacias) de produtos que implicam demandas in-ter-regionais de água incorporadas a esses produtos, bem como águas demandadas diretamente por transposição de águas entre diferentes bacias hidrográficas.
No Brasil, alguns comitês de bacias hidrográficas têm avançado na questão da cobrança pelo uso dos recursos hídricos. Isto se dá tanto pela questão da escassez atual do recurso, quanto por uma preocupação futura, e daí a necessidade de implementação de mecanismos de gestão de águas. Estas políticas de gestão têm sido implementadas em várias regiões brasileiras, inclusive no estado de São Paulo, que tem grande importância econômica a exemplo dos comitês das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), Paraíba do Sul (PBS), Alto Tietê (AT) e Sorocaba e Médio Tietê (SMT), que tem avançado em termos de base de dados e cobrança pelo recurso água.
Um dos principais problemas ambientais do Brasil é a deterioração dos rios nos grandes centros urbanos. Isto ocorre porque na maioria das cidades brasileiras o esgoto é jogado na natura por não existir uma rede de tratamento de esgoto e quando esta existe não há estação de tratamento adequada, agravando ainda mais as condições dos rios. A maioria das cidades cobra pela coleta do esgoto cloacal (basicamente, o esgoto doméstico), mesmo sem que haja rede ou estação de tratamento, porém a tarifa é muito baixa sendo insuficiente para prestar o serviço e fazer investimentos em infraestrutura.
No Brasil podem-se observar vários históricos de seca severas e escassez de água, como por exemplo, área do polígono das secas. A região nordeste e mais recente a região sudeste, temos o destaque o estado de são Paulo, onde os reservatórios da capital secaram significantemente nos últimos anos.
As causas da falta de água no estado de São Paulo são inúmeras e variáveis, pois há um consumo excessivo da população e das atividades econômicas. A degradação dos rios e reservas de água, a remoção de vegetação também são as causas da crise da água, que influenciam no ciclo de infiltração da água da chuva no solo e proteger os mananciais também auxiliar na evaporação garantindo todo o ciclo da água. 
No ano de 2014, a Cantareira sofreu uma crise hídrica intensa na obtenção de água devido a falta da chuva, causada segundo os estudos pela ineficiência de transpiração das arvores, a interrupção foi causada diretamente pela mão do homem ao meio ambiente ocorrendo um atraso no caminho das nuvens mais densas para a região metropolitana.
Uma gestão sólida é muito importante para se ter uma vista ampla da distribuição dos recursos hídricos do planeta. O Brasil sofre internamente com a desigualdade da distribuição de água potável exigindo um gerenciamento com intuito de aliviar os problemas de escassez hídrica, sabendo-se que o país e detentor de aproximadamente 14% da água potável do mundo. 
A região norte com a população de aproximadamente 5% da população do país possui 70% da distribuição de recursos hídricos e somente 30 % desse recurso abastece 95% da população da região. Estudos realizados pela Universidade da Califórnia (UCI) utilizando a base de dados da NASA, indica que cerca de 33% das bacias hidrográficas da terra já estão atingindo o nível crítico devido ao uso descontrolado. Neste levantamento foram obtidos poucos dados precisos sobre o nível de água existente nas bacias hidrográfica do planeta.
A mais preocupante é a Bacia Guarani que abrange parte do Uruguai, Argentina, Paraguai e Brasil encontra-se em estado preocupante, em situação diferente estão as Bacia do Maranhão e Bacia Amazonas que estão em nível tolerável, mas não se sabe quanto se tem em cada um desses aquíferos, segundo a coautora do estudo Alexandra richey o armazenamento pode sofrer variações durante décadas ou milênios.
Em 2014, começaram a surgir indícios de crise hídrica no país, mesmo sabendo que o Brasil e considerado a maior potência hídrica do mundo, onde leva a considerar que há uma má distribuição dos recursos natural para a população.
De acordo com os estudos realizados os principais fatores que contribui diretamente para a baixa dos reservatórios de água são os desmatamentos de florestas, o uso excessivo da água, as queimadas, a má gestão dos recursos hídricos, a falta de chuvas e questões demográficas. Muitas das vezes a fragilidade hídrica são causadas pelo desmatamento agregado das queimadas de áreas verdes, que por sua vez sem a cobertura da floresta a água não consegue infiltrar no solo e chegar ao lençol freático acarretando a diminuição da quantidade água.
O desmatamento é um termo geral para diferentes mudanças de cobertura. Segundo Bruijnzeel (1990), é necessário definir o desmatamento de acordo com o nível de alteração que ocorre na área. Jordan (1985) classificou em pequeno, intermediário e alto, de acordo com o impacto que produz na mata natural. Os principais elementos do desmatamento são: o tipo de cobertura pelo qual a floresta é substituída e o procedimento utilizado para o desmatamento.
 
É comum as pessoas dizerem que a falta de chuva no país é que proporciona uma baixa dos reservatórios, não se pode dizer que a seca seja o principal fator dessa escassez que vem afetando o Brasil, mas sim, que a seca é apenas uma decorrência de outros fatores que geram a escassez de água e a fragilidade ambiental no país.
A maior reserva ambiental de água doce está localizada na região norte, que é o rio amazonas, complementado pela grande reserva florestal são responsável pelos ciclos que ocorrem em outras regiões.
Durante alguns anos a floresta amazônica vem sofrendo com a ação do homem em relação ao desmatamento para a criação dos animais, fabricação de moveis, venda ilegal de madeira e agricultura, fatores que contribuíram e contribui com a fragilidade do ciclo hídrico da região.
Referências:
- www.uesc.br/editora/livrosdigitais2015/conceitos_de_bacias.pdf;
- https://www.climatempo.com.br/verao/noticia/2017/06/03/surpreendente-chuva-de-maio-de-2017-no-brasil-4137;
- revistagalileu.globo.com/.../maiores-bacias-hidrograficas-do-mundo-estao-secando.ht;
- brasilescola.uol.com.br/geografia/oriente-medio-escassez-agua.htm;
- http://www.abrh.org.br - ABRH Associação Brasileira de Recursos Hídricos;
- Hidrologia: Ciência E Aplicação; Editora Ufrgs; Organizador: Carlos Eduardo Morelli Tucci
Histórico do desenvolvimento da gestão integrada dos recursos hídricos no Brasil; Plano Nacional de Recursos Hídricos: Panorama e estado dos recursos hídricos do Brasil. Brasília: MMA, 2006.
- VELLOSO, T. R. A gestão dos recursos hídricos em um contexto regional: a trajetória do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). 2000. 105 f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 2000.
- VELLOSO, T. R. A gestão dos recursos hídricos em um contexto regional: a trajetória do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). 2000. 105 f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 2000

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