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Hidrologia Prof. Dr. Hugo Mozer Barros Eustáquio CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX Engenharia Civil Aula 05: Infiltração. I - Conceitos Iniciais INFILTRAÇÃO É o fenômeno de penetração da água nas camadas de solo próximas à superfície do terreno, movendo-se para baixo, através de vazios, sob a ação da gravidade, até atingir uma camada-suporte, que a retém, formando então a água do solo. Aula 06 Fase de intercâmbio – água próxima a superfície do terreno, sujeita a retornar à atmosfera por uma ascensão capilar, provocada pela ação da evaporação ou absorvida pelas raízes das plantas e em seguida transpirada pelo vegetal. FASES DA INFILTRAÇÃO: a) Fase de intercâmbio; b) Fase de descida; c) Fase de circulação. Fase de descida – ocorre o deslocamento vertical da água quando a ação de seu próprio peso supera a adesão e a capilaridade. Esse momento ocorre até atingir uma camada-suporte de solo impermeável. Fase de circulação – Devido ao acúmulo de água, são constituídos os lençóis subterrâneos, cujo o movimento se deve também a ação da gravidade, obedecendo as leis do escoamento. Aula 06 I - Conceitos Iniciais Lençol freático, quando a sua superfície é livre e está sujeira à pressão atmosférica; Lençol cativo ou confinado, quando esta confinado entre duas camadas impermeáveis, sendo a pressão da superfície superior diferente da atmosférica. Os dois tipos de lençóis podem ser definidos: Nos lençóis freáticos podem ser distinguidas duas zonas. Parte superior Zona de aeração: ocupada pela água de capilaridade formando um franja, nela ocorre as fases de intercâmbio e de descida; Parte inferior Zona de Saturação: ocupada pela água do lençol compreendido entre a franja e a superfície da camada-suporte impermeável. I.1 - Grandezas Características do fenômeno CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO; -É capacidade máxima de água que um solo, sob uma dada condição, pode absorver na unidade de tempo por unidade de área horizontal; -A penetração da água no solo, na razão da sua capacidade de infiltração, verifica-se somente quando a intensidade da precipitação excede a capacidade do solo em absorver a água, isto é, quando a precipitação é excedente; - Capacidade de infiltração pode ser expressa em milímetro por hora, milímetros por dia ou em metros cúbicos por metro quadrado e por dia. Aula 06 I - Conceitos Iniciais Área da secção transversal de região de infiltração DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA DO SOLO ; - Representada por curvas granulométricas; - Diâmetro efetivo, dimensão correspondente a um grão maior que 10% dos grâos da amostra em peso, D10; - Coeficiente de uniformidade – relação entre os tamanhos D60 e D10, aquele definido da mesma forma que o tamanho efetivo. POROSIDADE; - Relação entre o volume de vazios de um solo e o seu volume total, expressa geralmente em porcentagem. Aula 06 I.1 - Grandezas Características do fenômeno VELOCIDADE DE INFILTRAÇÃO; Velocidade média de escoamento da água através de um solo saturado, determinada pela relação entre a quantidade de água que atravessa a unidade de área do material do solo e o tempo. SUPRIMENTO ESPECÍFICO; É quantidade máxima que pode ser obtida de um solo por drenagem natural sob a ação exclusiva da gravidade. Expressa em porcentagem de volume do solo. Aula 06 I.1 - Grandezas Características do fenômeno RETENÇÃO ESPECÍFICA ; É a quantidade de água que fica no solo por adesão e capilaridade, após a drenagem natural. Também expressa em porcentagem do volume de solo A soma dos valores do suprimento e retenção específicos da como resultado a porosidade do solo. NÍVEIS ESTÁTICOS E DINÂMICOS; - Nível estático em um dado ponto, é o nível piezômetro nesse ponto em determinado instante, quando o lençol de água não esta sob a ação de obras de aproveitamento ou controle de águas. - Nível dinâmico é o nível em um ponto, em determinado instante, decorrente da atuação daquelas obras. TIPO DE SOLO; ALTURA DE RETENÇÃO SUPERFICIAL E ESPESSURA DA CAMADA SATURADA; GRAU DE UMIDADE DO SOLO; AÇÃO DA PRECIPITAÇÃO SOBRE O SOLO; Compactação da superfície, pela chuva direta e carreamento de partículas. I.2 – Fatores Intervenientes COMPACTAÇÃO DEVIDA AO HOMEM E AOS ANIMAIS; MACROESTRUTURA DO TERRENO; Escavações de animais ; decomposição das raízes; ação de geadas do sol; cultivo da terra. COBERTURA VEGETAL; TEMPERATURA; PRESENÇA DO AR I.2 – Fatores Intervenientes DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO Baseado na medida direta da precipitação e do escoamento superficial resultante, o que possibilita a determinação da curva da capacidade de infiltração em função do tempo MÉTODOS DE HORNER E LLOYD (Pequenas bacias) Estudado para bacias de pequeno porte. Sejam três precipitações A, B e C que ocorrem em sucessão na bacia. As suas alturas pluviométricas h1, h2 e h3 foram determinadas por um pluviógrafo. Ao mesmo tempo, em um posto fluviométrico, determinaram-se os deflúvios correspondentes, representados pelas curvas D, E e F. Quando expressos em na mesma unidade das alturas pluviométricas, milímetros, tem os valores a1, a2 e a3. As diferenças h1 – a1, h2 – a2 e h3 – a3 ; representam com aproximação a infiltração; Na verdade elas também incluem também a água interceptada e retida nas depressões MÉTODOS DE HORNER E LLOYD (Pequenas bacias) O início da infiltração ocorre quando começa a precipitação excedente e permanece por algum tempo; Quando cessa a precipitação a infiltração tem lugar sobre toda a área da bacia e a medida que o tempo decorre, área vai diminuindo até que cessando o escoamento da água por todo o terreno, cessa também a infiltração; De acordo com o método: A duração da infiltração é o intervalo de tempo desde o inicio de escoamento superficial até o término da precipitação excedente, somado a um terço de período compreendido entre o fim da precipitação e o escoamento superficial. MÉTODOS DE HORNER E LLOYD (Pequenas bacias) Para determinar a taxa de infiltração, as diferenças deve ser divididas pelo intervalo de tempo médio durante o qual a precipitação se verifica, com essa taxa por toda a bacia. A capacidade de infiltração deve considerar as taxas encontradas e a área destinada para o deslocamento vertical. h1 – a1 t1 f1 = h2 – a2 t2 f2 = h3 – a3 t3 f3 = Locando-se cada um desses valores f obtém a curva capacidade de infiltração em função do tempo MÉTODOS DE HORNER E LLOYD Horton observou que essa curva tende para um valor constante após um período de 1 a 3 hora, podendo ser representada pela equação: MÉTODOS DE HORNER E LLOYD MÉTODOS DE HORNER E LLOYD EXERCÍCIO 1 I.3 - DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO INFILTRÔMETOS Aparelhos para determinação direta da capacidade de infiltração locas dos solos; a) Por aplicação de água por inundação; b) Por aplicação da água por aspersão ou simuladores de chuvas; https://www.youtube.com/watch?v=RDNv8uNZ868 https://www.youtube.com/watch?v=5i-7jVxtteY https://www.youtube.com/watch?v=WCdRZBJMzAA https://www.youtube.com/watch?v=CEOyC_tGH64 https://www.youtube.com/watch?v=60_ARn6IEcs INFILTRÔMETOS I.3 - DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO CONCEITOS TEÓRICOS IMPORTANTES I.3 - DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO INFILTRÔMETOS I.3 - DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO INFILTRÔMETOS Aparelhos paradeterminação direta da capacidade de infiltração locas dos solos; https://www.youtube.com/watch?v=RDNv8uNZ868 O teste termina quando a taxa de infiltração (TI) permanecer constante. Assim é atingida a velocidade de infiltração básica. Na prática, considera-se que isto ocorra quando TI variar menos que 10% no período de 1 (uma) hora. Neste momento, considera-se que o solo atingiu a chamada taxa de infiltração estável. I.3 - DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO EXERCÍCIO 2 Referências SOUZA PINTO, N. L.; HOLTZ, A. C. T.; MARTINS, J. A.; GOMIDE, F. L. S. Hidrologia básica. 11. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2008. GRIBBIN, J. Introdução à hidráulica, hidrologia e gestão de águas pluviais. Tradução da 4ª Edição. Cengage Learning, 2015. 28
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