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Apostila TCC

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13 
PTCC e DTCC 
Passo a Passo 
Organizado por Veronica Santos de Souza 
 
2 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
Sumário 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 5 
1. MONOGRAFIA .............................................................................................................................................. 6 
1.1. CONCEITUAÇÃO ................................................................................................................................................ 6 
1.2. DISSERTAÇÃO ................................................................................................................................................... 6 
1.3. TESE ............................................................................................................................................................... 6 
1.4. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) .......................................................................................................... 6 
1.5. ATIVIDADE DE FIXAÇÃO ...................................................................................................................................... 6 
2. MÉTODO DE PESQUISA ................................................................................................................................ 7 
2.1. MÉTODO DEDUTIVO .......................................................................................................................................... 7 
2.2. MÉTODO INDUTIVO ........................................................................................................................................... 7 
2.3. MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO ......................................................................................................................... 7 
2.4. MÉTODO DIALÉTICO .......................................................................................................................................... 8 
2.5. MÉTODO FENOMENOLÓGICO .............................................................................................................................. 8 
2.6. ETAPAS DO MÉTODO CIENTÍFICO .......................................................................................................................... 8 
2.7. ATIVIDADE DE FIXAÇÃO ...................................................................................................................................... 9 
3. PESQUISA ..................................................................................................................................................... 9 
3.1. PESQUISA QUANTO À TÉCNICA EMPREGADA .......................................................................................................... 10 
3.1.1. Documentação Indireta ...................................................................................................................... 10 
3.1.2. Documentação Direta ......................................................................................................................... 10 
3.2. PESQUISA QUANTO À NATUREZA ........................................................................................................................ 10 
3.2.1. Pesquisa Básica ................................................................................................................................... 10 
3.2.2. Pesquisa Aplicada ............................................................................................................................... 10 
3.3. PESQUISA QUANTO AOS OBJETIVOS .................................................................................................................... 10 
3.3.1. Pesquisa Exploratória ......................................................................................................................... 10 
3.3.2. Pesquisa Descritiva ............................................................................................................................. 11 
3.3.3. Pesquisa Explicativa ............................................................................................................................ 11 
3.4. PESQUISA QUANTO À ABORDAGEM DO PROBLEMA ................................................................................................ 11 
3.4.1. Pesquisa Quantitativa ......................................................................................................................... 11 
3.4.2. Pesquisa Qualitativa ........................................................................................................................... 11 
3.5. PESQUISA EM RELAÇÃO AS FONTES DE INFORMAÇÕES ............................................................................................ 11 
3.6. PESQUISA EM RELAÇÃO AOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS ........................................................................................ 11 
3.6.1. Pesquisa Bibliográfica ......................................................................................................................... 12 
3.6.2. Pesquisa Documental .......................................................................................................................... 12 
3.6.3. Pesquisa Experimental ........................................................................................................................ 12 
3.6.4. Pesquisa Ex-post Facto........................................................................................................................ 12 
3.6.5. Estudo de Corte ................................................................................................................................... 12 
3.6.6. Levantamento ..................................................................................................................................... 12 
3.6.7. Estudo de Campo ................................................................................................................................ 12 
3.6.8. Estudo de Caso .................................................................................................................................... 12 
3.6.9. Pesquisa-ação ..................................................................................................................................... 13 
3.6.10. Pesquisa Participante........................................................................................................................ 13 
3.7. ATIVIDADE DE FIXAÇÃO .................................................................................................................................... 13 
4. PLANEJAMENTO DA PESQUISA.................................................................................................................... 13 
4.1. ATIVIDADE ..................................................................................................................................................... 14 
5. PRÁTICAS DE LEITURA ................................................................................................................................. 14 
5.1. RECURSOS PARA UMA LEITURA MAIS PRODUTIVA ................................................................................................... 14 
5.2. OS TIPOS DE LEITURAS E SEUS OBJETIVOS .............................................................................................................. 15 
5.3. PROCEDIMENTOS ESTRATÉGICOS DE LEITURA ......................................................................................................... 15 
5.3.1. Estabelecer um objetivo claro ............................................................................................................. 15 
5.3.2. Identificar e sublinhar as palavras-chaves ..........................................................................................15 
5.3.3. Tomar notas ........................................................................................................................................ 15 
3 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
5.3.4. Estudar o vocabulário ......................................................................................................................... 15 
5.3.5. Identificação da coerência textual ...................................................................................................... 16 
5.3.6. Percepção da intertextualidade .......................................................................................................... 16 
5.4. ATIVIDADE ..................................................................................................................................................... 16 
6. FICHAMENTO .............................................................................................................................................. 16 
6.1. REQUISITOS PARA UM FICHAMENTO .................................................................................................................... 17 
6.2. CARACTERÍSTICA DO FICHAMENTO ...................................................................................................................... 17 
6.3. TIPO DE FICHAMENTO ...................................................................................................................................... 17 
6.3.1. Transcrição Direta ............................................................................................................................... 17 
6.3.2. Resumo ............................................................................................................................................... 18 
6.3.3. Comentário ......................................................................................................................................... 18 
6.4. ATIVIDADE ..................................................................................................................................................... 19 
7. EXECUSÃO DA PESQUISA ............................................................................................................................. 19 
7.1. DEFINIÇÃO DO TEMA ESPECÍFICO ........................................................................................................................ 19 
7.2. OBJETIVOS ..................................................................................................................................................... 19 
7.3. PROCEDIMENTOS ............................................................................................................................................ 19 
7.4. RECURSOS ..................................................................................................................................................... 20 
7.5. ÁREA DE PESQUISA .......................................................................................................................................... 20 
7.6. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................................. 20 
7.7. FONTES ......................................................................................................................................................... 20 
7.8. CRONOGRAMA ............................................................................................................................................... 20 
7.9. ATIVIDADE ..................................................................................................................................................... 20 
8. ELABORAÇÃO DO CONTEÚDO ..................................................................................................................... 21 
8.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................................................................. 21 
8.2. COLETA DE DADOS ........................................................................................................................................... 21 
8.3. ANÁLISE, ESTRATIFICAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ....................................................................... 21 
8.4. CONCLUSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS ................................................................................................. 21 
8.5. ATIVIDADE ..................................................................................................................................................... 21 
9. REDAÇÃO DO TEXTO CIENTÍFICO ................................................................................................................. 21 
9.1. IMPESSOALIDADE ............................................................................................................................................ 22 
9.2. OBJETIVIDADE ................................................................................................................................................ 22 
9.3. CLAREZA ........................................................................................................................................................ 22 
9.4. PRECISÃO ...................................................................................................................................................... 22 
9.5. COESÃO ........................................................................................................................................................ 22 
9.6. COERÊNCIA .................................................................................................................................................... 22 
9.7. CONCISÃO ..................................................................................................................................................... 23 
10. CITAÇÕES E NOTAS .................................................................................................................................... 23 
10.1. CITAÇÃO DIRETA ........................................................................................................................................... 23 
10.1.1. Citação Direta até três linhas ............................................................................................................ 23 
10.1.2. Citação direta acima de três linhas ................................................................................................... 23 
10.2. CITAÇÃO INDIRETA......................................................................................................................................... 24 
10.3. CITAÇÃO DA CITAÇÃO..................................................................................................................................... 24 
10.4. NOTAS DE RODAPÉ ........................................................................................................................................ 25 
11. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) ............................................................................................. 26 
11. 1. ESTRUTURA DE TCC ...................................................................................................................................... 26 
11.2. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ............................................................................................................................. 26 
11.2.1 Capa ................................................................................................................................................... 26 
11.2.2. Lombada ........................................................................................................................................... 2711.2.3. Folha de rosto ................................................................................................................................... 28 
11.2.4. Folha de aprovação........................................................................................................................... 28 
11.2.5. Dedicatória ....................................................................................................................................... 30 
11.2.6. Agradecimentos ................................................................................................................................ 30 
4 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
11.2.7. Epígrafe ............................................................................................................................................. 30 
11.2.8. Resumo na Língua Vernácula ............................................................................................................ 31 
11.2.9. Resumo na Língua Estrangeira ......................................................................................................... 32 
11.2.10. Lista de Tabelas .............................................................................................................................. 32 
11.2.11. Lista de Ilustrações.......................................................................................................................... 32 
11.2.12. Lista de Abreviaturas e Siglas ......................................................................................................... 32 
11.2.13. Sumário ........................................................................................................................................... 33 
11.3. ELEMENTOS TEXTUAIS .................................................................................................................................... 34 
11.3.1. Introdução......................................................................................................................................... 34 
11.3.2. Desenvolvimento .............................................................................................................................. 35 
11.3.2.1. Fundamentação Teórica ................................................................................................................ 35 
11.3.2.2. Procedimentos Metodológicos ...................................................................................................... 36 
11.3.2.3. Resultados de Pesquisa .................................................................................................................. 36 
11.3.2.4. Conclusões ..................................................................................................................................... 36 
11.4. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS ............................................................................................................................. 37 
11.4.1. Referências........................................................................................................................................ 37 
11.4.2. Glossário ........................................................................................................................................... 38 
11.4.3. Apêndice ........................................................................................................................................... 38 
11.4.4. Anexo ................................................................................................................................................ 38 
11.5. REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 38 
11.5.1. TIPO DE PAPEL E IMPRESSÃO ......................................................................................................................... 38 
11.5.2. FONTE...................................................................................................................................................... 38 
11.5.3. ESPACEJAMENTO ........................................................................................................................................ 39 
11.5.4. MARGENS DA FOLHA .................................................................................................................................. 39 
11.5.5. Rodapé .............................................................................................................................................. 39 
11.5.6. Paginação ......................................................................................................................................... 39 
11.5.7. Tabelas e Ilustrações ......................................................................................................................... 39 
11.6. ENTREGA IMPRESSA ....................................................................................................................................... 40 
12. APRESENTAÇÃO ORAL DO TCC .................................................................................................................. 40 
13. APRESENTAÇÃO VISUAL ............................................................................................................................ 41 
13.1. DICA PARA CONSTRUÇÃO DO CONTEÚDO ............................................................................................................ 42 
14. ENTREGA DO CD E DO TRABALHO ENCADERNADO .................................................................................... 42 
14.1 CD .............................................................................................................................................................. 42 
14.2. ENCADERNAÇÃO ........................................................................................................................................... 43 
15. A ÉTICA NA PESQUISA ............................................................................................................................... 43 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................................... 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
INTRODUÇÃO 
 
 
A iniciativa de organizar esta apostila nasceu da necessidade de juntar em um único 
material com todas as bases tecnológicas exigidas no curso de PTCC e DTCC. O objetivo desta 
apostila é oferecer aos alunos subsídios para construção, elaboração e apresentação do TCC, 
de forma que estejam dentro das especificações exigidas pela ABNT e pela instituição. 
Inicia-se com o conceito de monografia e a importância da entrega dos trabalhos de 
conclusão de curso. Seguido dos métodos de pesquisa que o aluno poderá escolher para o 
seu trabalho. Assim como o planejamento necessário para sua pesquisa. A preocupação com 
leitura e as diversas formas de pesquisa bibliográfica para levantamento de informações 
para elaboração da pesquisa, solicitado a criação do pré-projeto, com todas as 
especificações exigidas, como citações, notas, comentários, etc. 
A segunda parte abordará a efetivação do TCC, em sua forma escrita, com toda a 
estrutura exigida pela ABNT e pela instituição e sua forma oral para apresentação a banca. 
Também se fez necessário apontar algumas instruções sobre o código de ética do 
pesquisador científico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
1. MONOGRAFIA 
 
1.1. Conceituação 
 O termo “monografia” designa um tipo especial de trabalho científico. Considera-semonografia o trabalho científico que reduz sua abordagem a um único assunto, a um único 
problema, com um tratamento especificado (SEVERINO, 2002). 
 Monografia é um texto de primeira mão resultante da pesquisa científica e que deve 
conter a identificação, o posicionamento, o tratamento e o fechamento dos componentes de 
um tema/problema. Caracteriza-se por ser essencialmente analítica. Fundamentando-se na 
organização e na interpretação analítica e avaliativa de dados, conforme os objetivos 
propostos. 
 A estrutura de uma monografia deve conter: 
 Introdução; 
 Pesquisa Bibliográfica; 
 Materiais e métodos; 
 Análise e interpretação dos dados; 
 Conclusão; 
 Referências. 
Dissertações, Teses e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) são exemplos de 
monografias científicas. 
1.2. Dissertação 
 É um estudo teórico de natureza reflexiva, que consiste na ordenação de idéias sobre 
um determinado tema. A característica básica é o cunho reflexivo-teórico. A dissertação 
consiste na explanação ou discussão de conceitos ou idéias, podendo ser expositiva ou 
argumentativa. 
1.3. Tese 
 Uma tese (literalmente “posição” do grego) é uma proposição intelectual. Exigida nas 
conclusões de doutorados. 
 É um documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou 
exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com 
base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para especialidade em 
questão (ABNT NBR 14724:2005). 
1.4. Trabalho de conclusão de Curso (TCC) 
 É utilizado quando o aluno potencializa as habilidades e conhecimentos adquiridos 
durante seu curso. Deve possuir obrigatoriamente um Carter científico. 
1.5. Atividade de Fixação 
 1 - Complete a afirmação abaixo: 
 Trabalho de Conclusão de Curso é um tipo de ___________________ científica, com 
o objetivo de potencializar as habilidades e conhecimentos adquiridos pelos 
______________ durante o curso. 
 2 – Como você imagina que deve ser a estrutura do TCC do seu curso? 
___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
 
7 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
2. MÉTODO DE PESQUISA 
 
 Método1 é o caminho pelo qual se atinge um determinado objetivo, é um modo de 
proceder ou uma maneira de agir. No desenvolvimento de pesquisa científica, 
obrigatoriamente nos utilizamos de um método de pesquisa, que nada mais são que técnicas 
e instrumentos que determinam o modo sistematizado da forma de proceder num processo 
de pesquisa. 
2.1. Método Dedutivo 
 Método proposto pelos racionalistas2 Descartes, Spinoza e Leibniz que pressupõe que 
só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. O raciocínio dedutivo tem o 
objetivo de explicar o conteúdo das premissas, por intermédio de uma cadeia de raciocínio 
em ordem decrescente, de analise do geral para o particular chegando em uma conclusão. 
 
 
 
 
O método dedutivo, típico das ciências exatas: “É um processo sistemático de 
investigação, o qual envolve uma série de passos seqüenciais, a saber: identificação do 
problema, formulação de uma hipótese, estudo pilotos, obtenção de dados, teste da 
hipóteses, generalização de replicação” (HENDRICK, VERCRUYSSEN, 1989). 
2.2. Método Indutivo 
 Método proposto pelos empiristas3: Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Consideram que 
o conhecimento é fundamental na experiência, não levando em conta princípios 
preestabelecidos. No raciocínio indutivo, a generalização deriva de observações de casos da 
realidade concreta. As constatações particulares levam à elaboração de generalizações (GIL, 
1995, LAKATOS, MARCONI, 1993). 
 
 
 
 
 
 
 
 O ponto de partida do método indutivo não são os princípios, como no método 
dedutivo, mas a observação dos fatos e dos fenômenos, da realidade objetiva. Na verdade, a 
indução não é um raciocínio único, mas um conjunto de procedimentos, uns empíricos, 
outros lógicos, outros, ainda, intuitivos. 
2.3. Método Hipotético-dedutivo 
 Proposto por Popper, consiste na adoção da seguinte linha de raciocínio: quando os 
conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação 
 
1
 Meta (depois) com hodos (caminho). Temos uma seqüência ordenada de procedimento para se chegar a um fim. 
2
 O racionalismo é a corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e 
lógica. Este usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou 
provável. 
3
 Na filosofia, Empirismo é um movimento que acredita nas experiências como únicas (ou principais) formadoras das ideias, 
discordando, portanto, da noção de ideias inatas. 
Todo homem é mortal (Premissa maior) 
Pedro é homem (Premissa menor) 
Logo Pedro é mortal (Conclusão) 
Antônio é mortal 
João é mortal 
Paulo é mortal 
Carlos é mortal 
Ora, Antônio, João, Paulo e Carlos são homens. 
Logo, (todos) os homens são mortais. 
8 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
de um fenômeno, surge o problema. Para tentar explicar as dificuldades expressas no 
problema, são formuladas hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se conseqüências 
que deverão ser testadas ou falseadas. (GIL, 1995, p.30). 
2.4. Método Dialético 
 Fundamenta-se na dialética proposta por Hegel, na qual as contradições se 
transcendem dando origem a novas contradições que passam a requerer solução. É um 
método de interpretação dinâmica e totalizante da realidade. Considera que os fatos não 
podem ser considerados fora de um contexto social, político, econômico, etc. Aplicado em 
pesquisa qualitativa (GIL, 1995; MAKATOS, MARCONI, 1993). 
2.5. Método Fenomenológico 
 Preconizado por Husserl, o método fenomenológico não é dedutivo nem indutivo. 
Preocupa-se com a descrição direta da experiência tal como ela é. A realidade é construída 
socialmente e entendida como o compreendido, o interpretado, o comunicado. Então, a 
realidade não é única: existem tantas quantas forem as suas interpretações e comunicações. 
(GIL, 1995; TRIVINOS, 1994). 
2.6. Etapas do Método Científico 
 Como vimos somente a observação sistêmica e metodológica não basta para o 
desenvolvimento de um trabalho científico. É necessário fazer diversos tipos de 
experiências, pesquisas, relatórios, para que os dados possam comprovar a resposta. O que 
caracteriza o método como tal é sua reprodutividade e o seu valor como verdade, baseado 
unicamente nas provas apresentadas. Neste sentido, a coleta de dados torna-se importante 
para comprovação daquilo que se pesquisa. 
 Resumidamente, podemos simplificar o método usando o esquema abaixo: 
 
 Etapa 1 – Observação 
A observação é que irá despertar a curiosidade ou interesse do futuro pesquisador. 
 Etapa 2 – Formulação da pergunta 
9 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
A pergunta é uma forma de tornar a observação mais restrita. É com ela que se pode, 
de fato, partir para o aprofundamento na pesquisa e na experimentação de alguma 
coisa. 
 Etapa 3 – Formulação da Hipótese 
Toda pergunta pressupõe que exista uma resposta e encontrá-la é objetivo do 
método científico. Para alcançá-la, é preciso formular o que chamamos de hipótese. 
Ela é uma possibilidade de resposta. Por isto é importante às vezes formular mais de 
uma hipótese, uma vez que ela irá precisar de uma confirmação que nem sempre 
será verdadeira. 
 Etapa 4 – Faça uma experiência 
Conduzir uma experiência é tentar provar como verdadeira a sua hipótese. Para tal, 
podemos fazê-la por meio de pesquisas. Neste ponto, teremos os dados necessários 
parapodermos confirmar a nos hipótese. 
 Etapa 5 – Analise os dados e a conclusão 
Com todos os dados necessários colhidos, é hora de analisar. Com base na análise 
realizada, podemos concluir se a nossa hipótese é verdadeira (nesse caso, aceitá-la) 
ou concluir que ela esta errada (e descartá-la, partindo para outra hipótese). Por isto 
é importante trabalhar com diversas hipóteses sempre que for possível. 
 
2.7. Atividade de Fixação 
 1 – Quais os métodos de pesquisas existentes? 
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
 2 – “Deus é amor. O amor é cego. Stivie Wonder é cego. Logo Stivie Wonder é Deus.” 
Qual o método utilizado para analise da conclusão desta frase? Podemos dizer que este 
método é completamente eficaz? Por quê? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 3 – Para trabalhar em grupo e entregar ao professor em uma folha a parte. Usando as 
etapas do método científico. Faça uma observação, elabore uma pergunta, elabore 
hipóteses, faça uma experiência, elabore a análise e conclusão. 
 
3. PESQUISA 
 
 A busca da necessidade humana de conhecer leva o homem a pesquisar. Uma 
pesquisa é um processo de construção do conhecimento que tem como meta principal gerar 
novos conhecimentos ou refurtar algum conhecimento preexistente. É basicamente um 
processo de aprendizagem tanto do individuo que realiza quando da sociedade na qual esta 
se desenvolvendo. 
 Pesquisar tem como finalidade principal, resolver problemas, formular teorias ou 
ainda testar teorias. 
 Para Eco (1988), são requisitos básicos para se tornar um pesquisador: a curiosidade 
intelectual, entusiasmo, independência, capacidade de trabalho e ambição acadêmica ou 
profissional, paciência e muita determinação. 
10 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
3.1. Pesquisa quanto à técnica empregada 
 Uma pesquisa científica pode ser caracterizada ou classificada em função de um 
determinado parâmetro. Assim sendo, se considerarmos como parâmetro a técnica 
empregada conforme Lakatos (2003), pode ser classificada em Documentação Indireta e 
Documentação Direta. 
3.1.1. Documentação Indireta 
 Caracteriza-se por utilizar o processo de coleta de dados através de uma pesquisa 
documental (fonte primária) ou pesquisa bibliográficas (fonte secundaria). 
 Fonte Primária é um documento ou qualquer fonte cuja origem remonta, de forma 
geral, à época que se está pesquisando, freqüentemente produzida pelas próprias 
pessoas estudadas. 
 Fonte Secundária consiste em todo trabalho que se baseia em outro, este sendo a 
fonte original ou primária. Tem como característica o fato de não produzir uma 
informação original, mas sobre ela trabalhar, procedendo a análise, a ampliação, a 
comparação, etc. 
3.1.2. Documentação Direta 
 Caracteriza-se pela coleta de dados no próprio local onde os fenômenos ocorrem, 
podendo ser obtido através da pesquisa de campo ou em laboratório. A pesquisa de campo 
permite um contato maior com a realidade. A pesquisa em laboratório permite o controle de 
variáveis. 
3.2. Pesquisa quanto à Natureza 
 Do ponto de vista da sua natureza, a pesquisa pode ser, conforme SILVA e MENEZES 
(2005, p.20): Básica ou Aplicada. 
3.2.1. Pesquisa Básica 
 Objetiva gerar conhecimentos novos e úteis para o avanço da ciência em aplicação 
prevista. Envolve verdades e interesses universais. Como a pesquisa básica visa à geração de 
conhecimento, não resultará em um produto de aplicação direta para atendimento de 
necessidades humanas. 
3.2.2. Pesquisa Aplicada 
 Objetiva gerar conhecimento para aplicação prática e dirigida à solução de problemas 
específicos. Envolve verdades e interesses locais, tendo como propósito resolver um 
problema específico, que provavelmente resultará em um produto diretamente aplicado, 
buscando atender demandas sociais. 
3.3. Pesquisa quanto aos Objetivos 
 Na classificação em relação aos objetivos, segundo SANTOS (2000) e GIL (2002), 
cabem as pesquisas: Exploratória, Descritiva ou Explicativa. 
3.3.1. Pesquisa Exploratória 
 Consistem em explorar um tema buscando criar familiaridade em relação a um fato 
ou fenômeno, geralmente feita através de um levantamento bibliográfico. Para GIL (2002), 
visa proporcionar maior familiaridade com o problema no intuito de explicitá-lo ou construir 
hipóteses. 
11 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
3.3.2. Pesquisa Descritiva 
 Trata-se da descrição do fato ou do fenômeno através de levantamento ou 
observação. Conforme GIL (2002), as características de determinada população, fenômeno 
ou estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve a utilização de técnicas 
padronizadas de coleta de dados, questionários e observação sistemática. Em geral, assume 
a forma de levantamento. 
3.3.3. Pesquisa Explicativa 
 Cria uma teoria aceitável a respeito de um fato ou fenômeno, ocupando-se dos 
“porquês” dos fatos e fenômenos, buscando aprofundar o conhecimento da realidade para 
além das aparências do que é observado. Visa identificar os fatos que determinam ou 
contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Para GIL (2002), aprofunda o conhecimento 
da realidade porque explica a razão e o porquê das coisas. 
3.4. Pesquisa quanto à Abordagem do Problema 
 Do ponto de vista da forma de abordagem do problema pode ser, conforme SILVA e 
MENEZES, quantitativo ou qualitativo, embora na atualidade se observam uma combinação 
dessas duas formas de se coletar informações a respeito do mundo (2005, p.20). 
3.4.1. Pesquisa Quantitativa 
 Considera-se tudo que pode ser quantificável, o que significa traduzir em números 
opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de 
técnicas estatísticas. A principal qualidade é a precisão dos resultados, sobre tudo utilizando 
estudos descritivos, que procuram descobrir e classificar a relação de casualidade entre as 
variáveis da hipótese estabelecida, bem como estabelecer casualidade entre os fenômenos. 
A principal desvantagem esta no fato de que, apenas dados numéricos podem ser 
quantificados. 
3.4.2. Pesquisa Qualitativa 
 Considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um 
vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser 
traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são 
básicos no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas 
estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o 
instrumento chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados 
indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. 
3.5. Pesquisa em Relação as Fontes de Informações 
 Classificação em relação às fontes de informação. Segundo SANTOS (2000), 
classificam-se em: Campo, Laboratório e Bibliografia. 
 Campo: consistem na coleta de informações no local natural onde os 
fatos/fenômenos acontecem; 
 Laboratório: referem-se à reprodução artificial e controlada do fato/fenômeno em 
laboratório, permitindo, assim, a coleta de informações para descrição e análise; 
 Bibliografia: é a coleta de informações sobre os fatos/fenômenos a partir de material 
impresso ou publicado na mídia. 
3.6. Pesquisa em Relação aos Procedimentos Técnicos 
 Em relação aos procedimentos técnicos ou procedimentos para a coleta de dados, 
segundo GIL (2002), classificam-se em: Bibliográfica, Documental, Experimental, Ex-post 
12 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
Facto, Estudo de Corte, Levantamento, Estudo de Campo,Estudo de Caso, Pesquisa-ação e 
Pesquisa Participante. 
3.6.1. Pesquisa Bibliográfica 
 Consiste da obtenção de dados através de fontes secundárias, utiliza como fontes de 
coleta de dados materiais publicados como: livros, periódicos científicos, revistas, jornais, 
teses, dissertações, materiais cartográficos e meios audiovisuais, etc. 
3.6.2. Pesquisa Documental 
 Assemelha-se à pesquisa bibliográfica. A natureza essencial esta na natureza das 
fontes. A pesquisa documental fundamenta-se na utilização de materiais impressos e 
divulgados que não receberam ainda tratamento analítico. Exemplo: documento de arquivo 
público ou privado, documentos pessoais como cartas, diários fotográficos, gravações, 
documento de empresas como ofícios, memorando, relatório de atividades, dados 
estatísticos, etc. 
3.6.3. Pesquisa Experimental 
 A pesquisa experimental se dá por tentativa e erro, pode ser realizada em qualquer 
ambiente. São investigações de pesquisa empírica que tem como principal finalidade testar 
hipóteses que dizem respeito a relação de causa e efeito. Pode ser realizada no laboratório 
ou em campo. 
3.6.4. Pesquisa Ex-post Facto 
 A tradução da expressão ex-post facto significa “a partir do fato passado”. Consiste 
em pesquisar após a ocorrência do fato/fenômeno o objeto de estudo. Busca verificar a 
existência de relações entre variáveis. 
3.6.5. Estudo de Corte 
 Pesquisa que consiste em estudar um grupo de pessoas que possuem algumas 
características comuns, constituindo, dessa forma, uma amostra a ser acompanhada por um 
determinado intervalo de tempo. Podem, ainda, ser: contemporâneo ou históricas. 
3.6.6. Levantamento 
 É o tipo de pesquisa que consiste na interrogação direta das pessoas cujo 
comportamento se deseja conhecer. Fundamentalmente, recorre-se à solicitação de 
informações a um determinado grupo de pessoas sobre um determinado problema 
levantado, na seqüência, através de um processo de análise detalhado, a questão é 
quantificada e, dessa forma obtém as conclusões relativas ao fato ou fenômeno estudado. 
3.6.7. Estudo de Campo 
 Uma pesquisa de campo é elaborada em campo aberto, junto à natureza ou a 
sociedade. Basicamente, a pesquisa é desenvolvida por meio da observação direta das 
atividades do grupo estudado e de entrevistas com possíveis informantes para levantar suas 
explicações e interpretações do que ocorre no grupo. 
3.6.8. Estudo de Caso 
 É a pesquisa que se caracteriza por um estudo aprofundado e exaustivo de um caso 
específico, que seja relevante pelo potencial de abrangência, de forma a permitir, um amplo 
e detalhado conhecimento do caso, fato ou fenômeno estudado, através do processo de 
análise e interpretação. 
13 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
3.6.9. Pesquisa-ação 
 Pesquisa que envolve a participação efetiva do pesquisador e a ação por parte das 
pessoas ou grupos envolvidos no problema objetivo do estudo, muito utilizada para 
otimizações de programas para melhoria da eficácia organizacional e eficácia de processos 
industriais. 
3.6.10. Pesquisa Participante 
 Assim como na pesquisa ação, caracteriza-se pela interação entre pesquisador e 
componentes das situações fatos ou fenômenos investigados. O propósito deste tipo de 
pesquisa é trabalhar na perspectiva da práxis, assim como da inserção da ciência popular na 
produção do conhecimento científico. Isto coloca o pesquisador frente a contradições às 
quais os próprios fundamentos da pesquisa participante estão sujeitos. 
3.7. Atividade de Fixação 
 1 – Identifique os tipos de pesquisas de acordo com os parâmetros de classificação. 
 
 
Parâmetros de Classificação Tipos de Pesquisa 
Técnica Empregada 
 
Natureza 
 
Objetivos 
 
 
Abordagem do Problema 
 
Fontes de informação 
 
 
Procedimentos Técnicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. PLANEJAMENTO da PESQUISA 
 
 A etapa do planejamento consiste na construção do pré-projeto de pesquisa. A partir 
de um tema de pesquisa, o pesquisador define o problema a ser investigado e formula a 
hipótese ou as prováveis hipóteses, que são as possíveis respostas ao problema levantado na 
pesquisa proposta, isto é, a priori, a explicação ou justificativa para o estudo do problema. 
 O planejamento pode ser subdividido em cinco passos básicos: 
1. Definição do tema 
Primeiro passo da caminhada científica, cujo êxito pode depender muito desse 
momento. Deve-se considerar: a Importância do assunto; Tempo para elaboração do 
14 
 
 
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Trabalho; Interesses pessoais; Existência e acessibilidade de fontes para consulta; 
Necessidade de equipamentos; Exeqüibilidade. 
2. Revisão da Literatura 
Identificar e localizar os textos escritos sobre o tema ou que tratem do assunto. 
3. Pergunta de Pesquisa 
A pergunta de pesquisa ou problematização é a transformação de uma necessidade 
humana em um problema. Com base na curiosidade científica criam-se perguntas e 
possíveis respostas a respeito do assunto que se quer investigar. 
4. Delimitação do Campo de Estudo 
Deve-se delimitar o problema que se quer ou se precisa estudar, para investigá-lo 
com a devida profundidade. 
5. Geração de Hipóteses 
A hipótese se caracteriza como a verdade provisória, uma tentativa de resposta 
científica. Consiste no lançamento de uma afirmação a respeito de fato ou fenômeno 
a ser estudado, isto é, algo ainda desconhecido. Na prática a hipótese deve ser 
formulada juntamente com o conteúdo da resposta em uma frase afirmativa e estes 
devem ser verificáveis, isto é, podem-se desenvolver estudos, testes, ensaios a 
respeito destas hipóteses. 
 
4.1. Atividade 
 1 – Defina o Tema a ser pesquisado 
___________________________________________________________________________ 
 2 – Defina a pergunta de pesquisa 
___________________________________________________________________________ 
 3 – Defina uma ou mais hipóteses 
___________________________________________________________________________ 
 
 5. PRÁTICAS DE LEITURA 
 
 Freqüentemente ouvimos falar sobre a importância da leitura na nossa vida, sobre a 
necessidade de se cultivar o hábito de leitura entre crianças e jovens. Para elaboração de 
qualquer trabalho, a prática da leitura é fundamental para produção de um trabalho coeso e 
coerente. (GARDEZ, 2008). Dessa forma, vamos conhecer alguns recursos que possam 
colaborar para a qualidade da leitura. 
5.1. Recursos para uma leitura mais produtiva 
 A leitura não se esgota no momento em que se lê. Expande-se por todo o processo 
de compreensão que antecede o texto, explora-lhe as possibilidades e prolonga-lhe o 
funcionamento além do contato com o texto propriamente dito, produzindo efeitos na vida 
e no convívio com as pessoas. 
 Há procedimentos específicos de seleção e hierarquização de informação como: 
 Observar título e subtítulo 
 Reconhecer elementos paratextuais importantes (parágrafos, negritos, sublinhados, 
deslocamento, legenda, etc. 
 Reconhecer e sublinhar palavras-chaves 
 Identificar e sublinhar ou marcar margens de fragmentos significativos 
15 
 
 
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 Relacionar e integrar, sempre que possíveis esses fragmentos a outros 
 Decidir se deve consultar o glossário ou o dicionário ou adiar temporariamente a 
dúvida a ser esclarecida no texto 
 Tomar nota sintética de acordo com os objetivos. 
5.2. Os tipos de leituras e seus objetivos 
 O objetivo da leitura determina de que forma lemos um texto: 
 Por prazer, em busca de diversão, de emoção estética ou evasão 
 Para obter informações gerais, esclarecimentos, em busca de atualização 
 Para obter informações precisas e exatas, analisá-las e escrever um texto relativo a 
leitura 
 Para estudar,em busca de qualificação profissional 
 Para revisar um texto, etc. 
5.3. Procedimentos estratégicos de leitura 
 Um texto para estudo, em geral, exige do leitor uma grande concentração, uma 
atenção voluntária e controlada. Essa leitura deve ser detalhada, minuciosa. Há muitos 
recursos e procedimentos para uma leitura produtiva. Alguns vocês já usam naturalmente, 
outros podem incorporar ao seu acervo de habilidades. 
5.3.1. Estabelecer um objetivo claro 
Sempre que temos um objetivo claro para leitura vamos mais atento para o texto. Já 
sabemos o que queremos e ficamos mais atentos às partes mais importantes em relação ao 
nosso objetivo. Existem algumas perguntas que ajudam a controlar o objetivo e a atenção: 
 Qual é a opinião do autor? 
 Quais as informações novas que o texto veicula? 
 O que este autor pensa sobre esse assunto? Em que discorda dos que já conheço? 
 O que acrescenta à discussão? 
 O que é mais importante nesse texto? 
 O que eu devo anotar para utilizar depois no meu trabalho? 
5.3.2. Identificar e sublinhar as palavras-chaves 
 As palavras que sustentam a maior carga de significado em um texto são chamadas 
de palavras-chaves. Elas podem apresentar uma pequena variação de leitura para leitura, de 
leitor para leitor, pois cada um imprime sua visão do que lê. Estas palavras devem ser 
grifadas ou sublinhadas a lápis para que sua identificação seja rápida dentro do texto. 
5.3.3. Tomar notas 
 Uma ajuda técnica imprescindível, principalmente para quem lê com o objetivo de 
estudar, é tomar notas. A partir das palavras-chaves, o leitor pode ir destacando e anotando 
pequenas frases que resumem o pensamento principal dos períodos, dos parágrafos e dos 
textos. 
5.3.4. Estudar o vocabulário 
 Durante a leitura de um texto, temos que decidir a cada palavra nova que surge se é 
melhor consultar o dicionário, o glossário ou se podemos adiar esse consulta, aceitando 
nossa interpretação temporária da palavra a partir do contexto. 
16 
 
 
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5.3.5. Identificação da coerência textual 
 Diante de cada novo texto temos de identificar as estruturas básicas para 
compreender seu funcionamento. Assim, identificamos imediatamente o que é um poema, o 
que é uma fábula, o que é um texto dissertativo. Durante a leitura é preciso conferir as 
interpretações, fazendo perguntas ao texto, como: 
 Quem escreve? 
 Que tipo de texto é? 
 A quem se destina? 
 Onde é veiculado? 
 Qual o objetivo? 
 Com que autoridade foi escrito? 
 O que eu já sei sobre o tema? 
 Quais são os outros textos que estão sendo citados? 
 Quais as idéias principais? 
 Quais são as partes do texto que apresentam objetivos, conceitos, definições, 
conclusões? Quais são as relações com estas partes? 
 Com que argumentos as idéias são defendidas? 
 Onde e de que maneira a subjetividade está evidente? 
 Quais são as outras vozes de perpetuam o texto? 
 Quais são os testemunhos utilizados? 
 Quais são os exemplos citados? 
 Como são tratadas as idéias contrárias? 
Além destas, há muitas outras perguntas que o leitor vai propondo à medida que lê e 
de acordo com seus objetivos. 
5.3.6. Percepção da intertextualidade 
 Um texto trás em si marcas de outros textos, explícitas ou implícitas. A esse 
fenômeno chamamos intertextualidade. Essa ligação entre textos pode ir de uma simples 
citação explicita a uma leve alusão, ou até mesmo a uma paródia completa, em que a 
estrutura do texto inicial é utilizada como base para o novo texto. 
5.4. Atividade 
 1 – Utilizando-se das técnicas de leitura, pesquise um texto pertinente ao tema 
escolhido para desenvolvimento do TCC e pratique. Fazendo a leitura do mesmo grifando as 
palavras-chaves, tomando notas, respondendo pelo menos 10 das perguntas para 
identificação da coerência textual. 
Texto: ___________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
6. FICHAMENTO 
 
 No meio acadêmico é comum a expressão “fazer um fichamento sobre tal livro”. 
Trata-se da leitura de um livro ou texto, seguida da transposição do conteúdo lido para uma 
ou mais fichas, dependendo da proposta. 
17 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
6.1. Requisitos para um fichamento 
 Antes de iniciar um fichamento, o estudante-pesquisador deve verificar se algumas 
necessidades preliminares estão supridas: 
 Ter um projeto próprio que justifique a leitura e o fichamento do texto-base: 
acréscimo de conhecimento, estudo para uma avaliação, redação de um trabalho 
acadêmico. 
 Dispor de material para consulta das informações (texto-base): texto condizente 
com os objetivos do leitor, pois neste estágio já se faz presente a capacidade de 
seleção. Exemplo: livro completo, partes de livros, periódicos, artigos, etc. 
 Dispor de material auxiliar para compreensão do texto-fonte: dicionário de 
sinônimos, dicionários especializados, gramática ou outro tipo de manual apropriado 
ao tema da pesquisa. 
 Dispor de material para registro das informações: fichas. 
6.2. Característica do Fichamento 
 Não é resultado final de uma pesquisa: é resultado parcial 
 É texto didático de consulta 
 Não é texto criativo, ficcional, original: constituí-se a partir de outros textos 
 Pode conter comentários do leitor 
 É transitivo, pois deve fazer transitar entre o texto lido e o texto do projeto. 
 Deve provocar reflexão, critica sobre o tema em estudo. 
 Deve provocar atitudes de relacionamento entre idéias internas e texto-fonte e as 
idéias externas ao texto. 
Resumidamente, o fichamento serve para: 
 ELUCIDAR textos lidos 
 TRANSMITIR informações (suncitamente) 
 PROVOCAR reflexão 
 AUXILIAR na produção de outros textos 
 PRESERVAR documentação 
6.3. Tipo de Fichamento 
 Um fichamento pode ser: de transcrição direta, de resumo, de comentário avaliativo. 
Todo fichamento deve ser apresentado com cabeçalho contendo tipo de fichamento, título e 
bibliografia, conforme exemplo abaixo: 
 
 
 
 
 
 
6.3.1. Transcrição Direta 
 Trata-se de cópia fiel de um trecho de algum texto. A transcrição deve ser feita entre 
aspas e caso no texto transcrito, tenha aspas, estas devem virar aspas simples (‘), bem como 
indica-se o número da página de onde foi extraído o texto. 
 
 
 
Tipo 
Título 
Bibliografia 
 
 Texto... 
18 
 
 
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6.3.2. Resumo 
 O fichamento de resumo é uma redação que reduz um texto às suas idéias principais, 
sem fazer comentários. A ficha de resumo apresenta uma síntese das idéias do autor. Não é 
um sumário ou índice das partes da obra. As idéias contidas no resumo devem ser expostas 
abreviadamente, sem citações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.3.3. Comentário 
 Por se tratar de um texto com a inferência do acadêmico, para a elaboração da ficha 
de comentário, devem-se analisar os aspectos quantitativos e qualitativos do texto. 
Para MEDEIROS (1997, p.108), os aspectos quantitativos relacionam-se com a 
“extensão do texto; sua constituição-ilustração, exemplos bibliografias, citações, conceitos 
abordados. Nos aspectos qualitativos tem-se a análise, detectando a hipótese do autor, 
objetivo, motivo pelo qual escreveu o texto e as idéias que fundamentam. Assim, antes de 
sua elaboração faz-se avaliação criteriosa, preconizando pela: 
 Organização (se o comentário é claro, lógicoe consistente); 
 Exemplificação (se é genérico ou específico) 
 Exposição (se é formal ou informal) 
 Argumentação (se há pontos fortes e fracos) 
 Terminologia (se é preciso) 
 
 
Transcrição Direta 
 Economia e Sociedade 
WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. 
Brasília, DF: Ed. Universidade de Brasília, 1999. 
 “Enquanto originalmente eram as próprias ações que nobilitavam o homem, 
este passa a ser ‘legitimado’ somente pelas ações de seus entepassados”. 
Resumo 
O Sal da Terra 
RATZINGER, Joseph. O Sal da Terra: o cristianismo e a Igreja católica no limiar do 
terceiro milênio. Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1997 
 Nos últimos anos, milhares de pessoas voltaram as cotas à Igreja. A tentativa 
de adaptação à modernidade não consegue convencer muitas pessoas. Estará a Igreja 
fracassando em sua missão, na presente crise de orientação? O divórcio, a ordenação 
das mulheres, a abolição do celibato, as exigências populares manifestadas nas 
“petições” católicas são praticadas a muito nas igrejas protestantes, sem que por isso 
estas estejam imunes a ameaças à sua existência. Em um dialogo crítico com o 
jornalista Peter Seewald, o cardeal Joseph Ratzinger, sem receio de temas tabu, é 
confrontado pela idéia de que muitos pontos de vista, hoje ainda tidos como 
essenciais, não podem mais ser aproveitados, incluindo o próprio conceito de Igreja 
de massas. Suas teses são surpreendentemente pouco convencionais. Segundo esse 
cardeal enérgico e controverso, as grandes igrejas de massas ameaçam ficar 
sufocadas pelo peso do poder institucional. O livro é um desafio não só para quem 
ocupa cargos na Igreja e para cristãos com uma vivência rotineira da fé, mas também 
para todos os que vivem somente de acordo com o espírito do tempo. 
19 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.4. Atividade 
 1 – Com base no tema de pesquisa escolhido elabore fichamentos para composição 
bibliográfica de seu TCC. 
 2 – Escolha um texto pertinente ao tema de pesquisa e faça um fichamento de 
transcrição deste texto, o fichamento de resumo do mesmo texto e o fichamento de 
comentário. 
7. EXECUSÃO da PESQUISA 
 
 A partir da etapa de planejamento se inicia a consolidação do projeto de pesquisa, 
isto é, a complementação do planejamento, que também pode ser ajustado ou alterado no 
decorrer do desenvolvimento da pesquisa em função do enfrentamento de dificuldades e 
falta recursos de qualquer ordem. 
 Devem estar absolutamente claros para o pesquisador os seguintes momentos 
distintos: 
7.1. Definição do tema específico 
 Desenvolvido a partir da hipótese e deve refletir obrigatoriamente o tema de estudo. 
Deve estabelecer uma orientação clara e objetiva da área de estudo a ser abordada com a 
finalidade de se buscar as respostas ao problema de investigação proposto. 
7.2. Objetivos 
 Nesse momento, explicitam-se os objetivos gerais e específicos a serem utilizados na 
investigação do problema formulado. 
 Objetivo Geral: o pesquisador define a coluna estrutural do projeto, o que pretende 
atingir com sua investigação científica. São os objetivos de uma pesquisa que irão 
delimitar e dirigir os raciocínios a serem desenvolvidos no trabalho de investigação. 
 Objetivo Específico: cada um dos objetivos específicos deve ser uma parte distinta na 
futura redação do relatório final, indicando capítulo, seção ou partes do conteúdo do 
relatório final. 
7.3. Procedimentos 
 Denominam-se procedimentos ou métodos as atividades práticas necessárias para a 
coleta dos dados com os quais o pesquisador irá conduzir seu trabalho de analise e as 
Comentário 
O Momento de Aprender 
GALVADON, Luiza Laforgia. Desnudando a Escola. São Paulo: Pioneira, 1997. 
 O texto de Galvadon aborda a aprendizagem da criança, chamando a atenção de 
educador para ensinar no momento certo. Algumas vezes esquecemos destes fatos e 
comparamos a idade da criança com a nossa, e não percebemos que ela tem fases de 
desenvolvimento. Quando temos que ensinar um determinado conteúdo para as 
crianças, além da metodologia a ser empregada, leva-se em consideração se elas estão 
no momento certo para aprender esse conteúdo. Em fim, falar a linguagem delas e não a 
nossa, verificando se o que vamos repassar para elas é compreensível para sua idade 
mental. Quando isso acontecer, com certeza o rendimento da aprendizagem será bem 
melhor. 
20 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
possíveis inferências sempre em consonância com o que foi estabelecido no objetivo geral e 
específico. 
7.4. Recursos 
 Consiste em se relacionar e quantificar tudo o que se pretende utilizar no 
desenvolvimento para investigação proposta, podendo ser ou não discriminados por 
categorias, isto é, recursos humanos, materiais e financeiros. 
7.5. Área de Pesquisa 
 Importante definir, também, a grande área do conhecimento na qual a proposta está 
inserida, permitindo uma clara visão do contexto onde o tema será desenvolvido. 
7.6. Justificativa 
 Justificar significa apresentar bons motivos para o desenvolvimento da pesquisa, em 
outras palavras, deve-se responder à pergunta, “por que se deseja fazer esta pesquisa?”. O 
conteúdo de uma justificativa deve contemplar aspectos importantes para sua execução, tais 
como relevância social ou acadêmica do tema, originalidade do trabalho, abrangência do 
assunto, experiência do pesquisador em relação ao tema. 
 Justifica-se a pertinência do tema com a área de estudo e com as intenções de 
trabalho. Os argumentos para as justificativas podem ter caráter histórico, contextual, 
conceitual, técnico e outros. A utilização de um tipo de argumento não impede o uso dos 
demais, desde que a integração argumentativa tenha uma ordenação lógica e consistente. 
7.7. Fontes 
 Definição da origem das prováveis fontes de informações e devem ser relacionadas 
de acordo com os padrões definidos pela norma técnica vigente. 
7.8. Cronograma 
 Em um projeto de pesquisa, a elaboração do cronograma é fundamental, pois orienta 
temporalmente as atividades a serem desenvolvidas. O cronograma estabelece as metas de 
realização do projeto, pois se trata de um instrumento que situa os procedimentos e os 
objetivos no tempo, prevendo períodos de desenvolvimento de cada etapa. 
 
7.9. Atividade 
 1 – Elabore o Pré-projeto de sua pesquisa de TCC. 
21 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
8. ELABORAÇÃO DO CONTEÚDO 
 
Após a definição do pré-projeto, o pesquisador deve centrar suas atividades na 
elaboração do conteúdo, isto é, elementos textuais do trabalho, onde serão apresentados as 
fundamentações teórica, os procedimentos de coleta, a análise e interpretação dos dados, a 
conclusão e discussão dos resultados. 
8.1. Fundamentação Teórica 
 É a fundamentação teórica que poderá atribuir credibilidade ao trabalho de pesquisa. 
O pesquisador deve ter bem claro a definição das fontes relevantes (livros, periódicos, 
revistas, artigos de eventos científicos e internet), e acessibilidade às mesmas. Dar 
preferência às fontes de primeira mão, usar de forma adequada as bibliotecas e estruturar 
corretamente dentro do padrão vigente as referências utilizadas. 
8.2. Coleta de dados 
 Coletar os dados consiste em juntar as informações necessárias ao desenvolvimento 
dos raciocínios previstos nos objetivos do projeto de investigação científica. Na prática, a 
coleta de dados que é parte essencial da pesquisa trata de pôr em andamento os 
procedimentos planejados para os objetivos do trabalho de pesquisa, obedecendo ao 
cronograma estabelecido pelo pesquisador. Pode ser executada no campo, em laboratório 
ou, ainda, em bibliotecas ou documentos. 
8.3. Análise, estratificação dos dados e discussão dos resultadosEtapa subseqüente à coleta de dados é analisar, estratificar, interpretar e apresentar 
uma discussão científica, interpretar e apresentar uma discussão científica dos resultados do 
procedimento final de uma pesquisa, a analise deve ser direcionada com o propósito de 
atender o que foi determinado no objetivo da pesquisa e para comparar e confrontar dados 
e provas com a finalidade de confirmar ou rejeitar a hipótese, pressuposta no processo de 
investigação. 
8.4. Conclusão e análise dos resultados obtidos 
 Nessa etapa o pesquisador já tem condições de sintetizar os resultados obtidos com a 
pesquisa. Deverá explicar se os objetivos foram atingidos, se as hipóteses ou os pressupostos 
foram confirmados ou rejeitados. E, principalmente, deve-se ressaltar a contribuição da sua 
pesquisa para o meio acadêmico ou para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. 
8.5. Atividade 
 1 – Organize os fichamentos classificando o que será usado em cada parte da sua 
pesquisa científica. Exemplo, o que fará parte da fundamentação teórica, o que fará parte do 
levantamento de dados, etc. 
 
9. REDAÇÃO DO TEXTO CIENTÍFICO 
 
A parte final de um trabalho científico consiste na sua redação. Nesta fase, busca-se 
coerência lógica no desenvolvimento do raciocínio investigativo. Estruturar a linguagem de 
forma a permitir ser entendido, buscando simplicidade, clareza, objetividade e coerência 
lógica. 
22 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
 Um documento acadêmico visa apresentar evidência de que alguns fatos 
correlacionados com certos acontecimentos, mostrar algo novo ou relata um caso de 
interesse. Deve ser claro, mas não didático, deve ser pobre em adjetivos, mas o autor deve 
assumir uma posição. Deve ter inicio, meio e fim bem definidos. 
9.1. Impessoalidade 
 Trabalhos acadêmicos são impessoais, daí o uso da 3ª pessoa. Referências pessoais 
como “meu projeto” e “minha opinião” devem ser evitadas. São preferíveis, por exemplo, as 
expressões “este projeto” e o “presente estudo”. 
9.2. Objetividade 
 O texto deve ser escrito em linguagem direta, sem considerações irrelevantes, e 
argumentação deve respeitar dados e provas concretas e não opiniões pessoais. 
9.3. Clareza 
 Devem evitar expressões com duplo sentido, geradora de mais de uma interpretação 
(ambigüidade), bem como palavras supérfluas e repetições. 
Exemplo: Durante o jogo, Lucio deu varias caneladas em Ronaldinho. Depois entrou o 
Adriano e ele levou vários empurrões e pontapés. 
Não fica claro para o leitor quem levou vários empurrões e pontapés. 
9.4. Precisão 
 Cada palavra ou expressão deve traduzir com exatidão o que se quer transmitir. 
Deve-se evitar o uso de adjetivos, advérbios e expressões que não indiquem com clareza a 
proporção dos objetos (pequeno, médio, grande), a quantidade (quase todos ou uma boa 
parte) e que não explicitem com exatidão circunstâncias como tempo, modo e lugar 
(antigamente, provavelmente). É preferível o uso de termos que possam ser quantificados, 
pois estes conferem maior precisão ao texto. 
9.5. Coesão 
 É a articulação gramatical existente entre palavras, orações, frases, parágrafos e 
partes maiores de um texto, garantindo sua conexão seqüencial. 
 Considerando que o texto é um todo organizado, coesão e coerência não se 
dissociam. Para efeito didático, porém, costumam-se atribuir à coerência o universo de 
idéias e a coesão, a sua concretização formal. 
Exemplo: Desde o fim dos anos 50, o mais conhecido porta-voz do movimento negro era o 
reverendo Martim Luther King. A partir de 64, porém, a postura pacífica pregada pelo 
reverendo começou a desagradar a parcela do movimento negro. Parcelas radicais, como 
Black Panthers, passaram a pregar a violência, contrariando a tática defendida pelo 
reverendo. 
Comentário: As expressões “movimento negro”, “reverendo” e “parcelas” foram repetidas, 
quando poderiam ser substituídas por sinônimos ou pronomes. 
9.6. Coerência 
 É o resultado da articulação das idéias de um texto; é a estruturação lógica semântica 
que faz com que, numa situação discursiva, palavras e frases acompanham todo significativo 
para os interlocutores. Existem dois níveis de coerência: 
 Coerência interna: articulação de dados pertinentes ao contexto criado no interior 
do texto. Obtém-se por meio de expedientes sintáticos semânticos que asseguram: 
 Unidade ao tipo de discurso (descritivo, narrativo, dissertativo) 
23 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
 Progressão – continuidade lógica das idéias para cumprir o objetivo do texto. 
 Não contradição – ausência de elementos que contrariam os anteriores. 
 Coerência externa: entrosamento dos dados inscritos no texto com o universo 
cultural exterior a ele. Obtém-se por meio da sintonia entre o contexto textual e o 
contexto cultural: 
 À propriedade e aceitabilidade dos dados selecionados para o texto, que 
encontram respaldo no universo cultural em que se inserem. 
 Ao conhecimento de mundo partilhado pelo emissor e receptor (o texto deve 
ser produzido respeitando a área em que há interseção do repertório de 
ambos. 
9.7. Concisão 
 Um texto conciso é que eliminou tudo aquilo que não era necessário, tendo um 
máximo de informação com um mínimo de palavras. Muito estudantes e pesquisadores, no 
entanto, permeiam os textos de observações e assuntos supérfluos em detrimentos ao 
número mínimo de páginas, tornando a redação prolixa e cansativa ao leitor. 
 
10. CITAÇÕES E NOTAS 
 
 São menções de outras fontes: livro, apostila, manual, dicionário, caderno, 
monografia, dissertação, tese, revista, jornal, CD-ROM, internet e outros. Classificam-se em 
citações diretas e indiretas ou citação da citação, além das notas de rodapé, de referencia e 
explicativa. Além do reconhecimento da autoria, a citação auxilia o autor na argumentação, 
explicação, refutação de idéias. 
10.1. Citação Direta 
 É a transcrição textual de parte da obra do autor consultado. As citações podem ter 
até três linhas ou acima de três linhas. 
10.1.1. Citação Direta até três linhas 
 Devem ser contidas entre aspas duplas, com a indicação do autor, ano e página. 
 
Exemplo 1: Autor antes da citação 
 
 
 
 
 
Exemplo 2: Autor depois da citação 
 
 
 
 
 
10.1.2. Citação direta acima de três linhas 
 Devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letras e 
espacejamentos menor que a do texto utilizado e sem aspas. Indicar autor, ano e página. 
Stone e Freeman (1999, p. 300) definem a mudança planejada, como sendo 
“a tentativa sistemática de reformular uma organização de modo a ajudá-la a se 
adaptar às mudanças no ambiente externo e a alcançar novos objetivos”. 
“*...+ Contabilidade Gerencial é o processo de identificar, mensurar, 
acumular, analisar, interpretar e comunicar informações que auxiliam os gestores a 
atingir objetivos organizacionais”. (HORNGREN, SUNDEM; STRATTON, 2004, p. 4). 
24 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.2. Citação Indireta 
 É a síntese das idéias de um autor. Difere-se da citação direta pela não-transcrição 
literal do texto, contudo, o teor do texto original deve ser rigorosamente preservado. É 
redigido de modo textual, com a identificação do autor e do ano. 
Exemplo 1: Autor no inicio da citação 
 
 
 
Exemplo 2: Autor no final 
 
 
 
10.3. Citação da Citação 
 Trata-se da menção de um texto, cujo original não se conseguiu ter acesso, mas se 
tomou conhecimento por intermédio de outro trabalho. A indicação da fonte é apresentada 
pelo nome do autor original, seguido da expressão apud – citado por, conforme, segundo – e 
do autor da obra consultada. 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
10.4. Citação tirada da Internet 
As referências de informações retiradas da internetpodem ser indicadas no texto nas 
seguintes formas: 
 
1ª. Se forem retiradas de uma obra, artigo ou trabalho que já foi publicado (em papel) 
anteriormente; coloca-se a referência do original, indicando o endereço eletrônico (entre os 
sinais < >), precedido da expressão [disponível em:] e a data completa (dia, mês e ano) em 
que o documento foi copiado, precedido da expressão [acesso em:], porque em um ano, as 
páginas podem mudar muitas vezes. Ou seja, o que se acessa em janeiro de 2009, por 
exemplo, pode não estar mais naquela página em março do mesmo ano. Exemplos: 
O vocábulo comédia vem do "Grego komodia, que derivou de kômos (= festim 
popular), ou de komas (= aldeia), pois, segundo Aristóteles, os comediantes tiravam 
seu nome de "andarem os atores de aldeia em aldeia, por não serem prezados na 
cidade" (Aristóteles, Poética, tr. De Paulo Costa Galvão, s.d., p.1448. Disponível em: 
 Senge (1999, p. 32) argumenta que: 
O fato é que as ameaças à sobrevivência das organizações e das 
sociedades não provêm de eventos súbitos, repentinos, e sim de 
processos lentos e graduais; a corrida argumentista, a 
degeneração do meio ambiente, a decadência do sistema 
educacional público, a obsolescência do capital físico e o declínio 
da qualidade dos produtos, são todos processos lentos e graduais. 
 No entendimento de Bowditch e Buono (1992), os valores organizacionais 
compreendem as crenças e os valores subjacentes de uma organização. 
 A ironia seria, assim, uma forma implícita de heterogeneidade mostrada, 
conforme a classificação proposta por Authier-Reinz (1982). 
 Conforme Kalberg (1980 apud LANER; CRUZ JUNIOR, 2004, p. 236), “quatro 
são os tipos de racionalidade discutidos no trabalho de Weber: racionalidade 
prática, racionalidade teorética, racionalidade substantiva e racionalidade formal”. 
25 
 
 
PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
<http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/2172890> Acesso em: 09 outubro 
2009). 
"As personagens planas, normalmente, são caracterizadas como tipo ou 
caricatural." (BRAIT, Beth. A Personagem. São Paulo, 1985. <http://groups-
beta.google.com/group/digitalsource>. Acesso em: 19 outubro 2009). 
Observação: a indicação do endereço eletrônico e da data de acesso pode ser 
colocada em nota de rodapé, e não na própria referência: 
O vocábulo comédia vem do "Grego komodia, que derivou de kômos (= festim 
popular), ou de komas (= aldeia), pois, segundo Aristóteles, os comediantes tiravam 
seu nome de "andarem os atores de aldeia em aldeia, por não serem prezados na 
cidade" (Aristóteles, Poética, tr. De Paulo Costa Galvão, s.d., p.1448.)¹ 
No rodapé: 
_______________________________ 
1 Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/2172890> Acesso 
em: 09 outubro 2009 
2ª. Quando o artigo ou texto retirado da internet, nunca foi publicado em papel (ou quando 
não se conhece se foi ou não publicado) a referência se realiza pelo nome do autor, o título, 
o endereço eletrônico (entre os sinais < >), precedido da expressão [em:] e a data de acesso 
(dia, mês e ano). Exemplo: 
(SÉRGIO, Ricardo. Como Fazer Citações. Em: <http://recantodasletras.uol. 
com.br/teorialiteraria/638805>. Acesso em: 09 outubro 2009.) 
3ª. Algumas vezes, os autores não são citados, mas os textos e artigos estão vinculados ao 
"site" responsável pela informação ali apresentadas. Dessa forma, a referência da citação é 
feita com o endereço do "site": 
(Em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Cita%C3%A7%C3%A>. Acesso em: 09 outubro 
2009.) ®Sérgio. 
10.5. Notas de Rodapé 
 São indicações, observações ou aditamentos ao texto feitos pelo autor. Deve-se 
utilizar o sistema autor-data para as citações no texto e o numérico para notas explicativas. 
As notas de rodapé devem ser alinhadas, a partir da segunda linha da mesma nota, abaixo 
da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço entre 
elas e com fonte menor. E quando se tratar de dados obtidos por informação verbal 
(palestras, debates, comunicações, etc.), indicar, entre parênteses a expressão informal 
verbal, mencionando os dados disponíveis em rodapé. Observe que tanto no texto como no 
rodapé o número é sobrescrito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O medicamento mais esperado pelo homem a aspirina D1, promete a cura 
imediata de males como dor de cabeça gerada por enxaquecas. 
O novo medicamento estará disponível até o final deste semestre 
(informação verbal)2. 
__________________________ 
1
 Medicamento com uma concentração maior de analgésicos. 
2
 Notícia fornecida por John A. Smith no Congresso Internacional de Engenharia Genética, em Londres, 
em outubro de 2001. 
26 
 
 
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11. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) 
 
 Um trabalho de conclusão curso é um texto escrito para apresentar os resultados de 
uma pesquisa. 
11. 1. Estrutura de TCC 
 
 
 
 A estrutura física do TCC está baseada na NBR14724 – informação e Documentação – 
Trabalhos Acadêmicos – Apresentação (ABNT, 2005). 
 
11.2. Elementos Pré-Textuais 
 São aqueles que antecedem o texto, identificando e auxiliando a utilização de 
trabalho. 
11.2.1 Capa 
 Elemento obrigatório, onde as informações são transcritas na seguinte ordem: 
1º - Nome da Instituição 
2º - Nome do autor 
3º - Título 
4º - Subtítulo 
5º - Número do volume (se houver mais de um) 
6º - Local (cidade da instituição) 
7º - Ano de Entrega. 
8º - Cor Preta 
9º - Cor da Fonte Prateada – Tipo Arial 
 
 
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PTCC e DTCC Passo a Passo – Organizado por Veronica Santos de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11.2.2. Lombada 
 Elemento onde as informações devem ser impressas, conforme a ABNT NBR 
12225:2004. Também chamada de dorso. 
 
NOME DA INSTITUIÇÃO (fonte:16) 
(2 espaços de 1,5) 
 
CURSO (fonte: 14) 
(2 espaço de 1,5) 
 
NOME DO AUTOR (fonte: 14) 
NOME DO AUTOR (fonte: 14) 
NOME DO AUTOR (fonte: 14) 
NOME DO AUTOR (fonte: 14) 
NOME DO AUTOR (fonte: 14) 
NOME DO AUTOR (fonte: 14) 
NOME DO AUTOR (fonte: 14) 
 
 
(3 espaços de 1,5) 
 
 
TÍTULO DO TRABALHO (fonte:16 em negrito C/A) 
Subtítulo (fonte:16 negrito C/B) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cidade (fonte: 14) 
Ano (fonte: 14) 
 
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Sigla do Curso (5 cm traço) 
 
 
 
Título do Trabalho em Caixa Alta 
 
 
 
 
 
Ano de entrega do trabalho. 
 
11.2.3. Folha de rosto 
 Elemento obrigatório. Folha que contém os elementos essenciais à identificação do 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11.2.4. Folha de aprovação 
 Elemento obrigatório, folha que contém as informações essenciais para aprovação do 
trabalho. Localizada após a folha de rosto. 
 
Sigla 
TI
TU
LO
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 
Ano 
NOME DO AUTOR (fonte: 14) 
NOME DO AUTOR (fonte: 14) 
NOME DO AUTOR (fonte: 14) 
NOME DO AUTOR (fonte: 14) 
NOME DO AUTOR (fonte: 14) 
(3 espaço de 1,5) 
 
 
TÍTULO DO TRABALHO (fonte: 16 em negrito C/A) 
Subtítulo (fonte: 16 em negrito C/B) 
(3 espaço de 1,5) 
 
TCC apresentado à ETEC......, 
como requisito parcial para 
obtenção de título de Técnico 
em ....., sob a orientação do(a) 
professor(a) ... (fonte: 12; 
entrelinhas simples) 
 
Cidade 
Ano 
29 
 
 
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