Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maquinas e equipamentos utilizados na construção de Estradas Etapas terraplenagem As etapas de terraplenagem são todas importantes, para isso, o conhecimento das máquinas, do material e dos ensaios de laboratório são fundamentais para um trabalho de qualidade. 1° Passo: Corpo de Aterro ou Corte Corpo de aterro: A locação topográfica que vai dizer os pontos que sofrerão corte ou aterro. Nos pontos que devem ser aterrados as camadas de aterro de material de 1° categoria que devem ser de no máximo 30cm compactadas, possuírem GC (grau de compactação) >= 95% Proctor Normal e desvio de umidade de +/- 2%. A função do corpo de aterro é aterrar o terreno da cota primitiva até a cota de projeto, ou cota de terraplenagem. A etapa seguinte são as camadas finais. Observação: Ao lançar uma camada deve-se considerar o empolamento do material, ou seja, se o material possui 27% de empolamento, ao lançar o material para conseguir uma camada de 30cm compactada, deve-se lançar 30,0cm X 1,27 = 38,1cm. Uma camada de 38,1cm de material solto. Alguns equipamentos utilizados nessa etapa: Escavadeira Hidráulica Tem a função de aterro e desaterro, conformação de taludes, carregamento de caminhões e escavação de redes de diâmetro maior que DN800. É uma máquina alta produtividade. Manutenção apenas por um especialista devido aos componentes eletrônicos Pá-carregadeira Tem a função de carregamento de caminhões em pátio de estocagem, trabalhos de carregamento em Usina de Asfalto, Usina de Solos e terraplenagem. Retroescavadeira É uma das máquinas mais utilizadas em obras. Tem a função de escavar valas e redes, transportar materiais e carregar caminhões. Caminhão caçamba Transporte de agregados como terra, areia, brita, pedra (rachão, rachinha, pedra-de-mão), asfalto, material detonado, bota-fora, material de demolição, material para ciclo ambiental, etc. A partir do Passo 2 já estamos no Pavimento Pavimento é toda estrutura apoiada sobre a Camada Final de Terraplenagem (CFT) e destinada a receber o tráfego proporcionando conforto e segurança ao usuário. 2° Passo: Camadas Finais São as 3 últimas camadas de MS – material selecionado – de 1° categoria, espessura de 20cm compactadas, possuírem GC (grau de compactação) >= 100% Proctor Normal e desvio de umidade de +/- 2%. Observação: As camadas finais são divididas em 1° final, 2° final e 3° final (ou subleito). Em todas as camadas é preciso “correr linha”. Correr linha é a atividade para verificar se a camada está executada de acordo com o greide locado pela topografia. Essa atividade que vai dizer se há a necessidade de cortar ou aterrar em alguns pontos ao longo do trecho executado. Observação: A partir do subleito, 3° camada final, é preciso “correr viga”, Viga de Benkelman, para determinar a deflexão do pavimento. Observação: Ao correr a Viga de Benkelman verificar a distância em que devem ser medidos os pontos em relação ao bordo de pavimento ou da faixa de rolamento. Observação: Nas camadas finais é preciso fazer o controle de umidade das camadas para que elas não percam a umidade e, assim, não precisem ser retratadas. Alguns equipamentos utilizados nessa etapa: Motoniveladora ou Patrol Equipamento específico para terraplenagem. Tem a função cortar ou aterrar sub-leitos, sub-bases e bases de acordo com as estacas Rolo compactador pé-de-carneiro Equipamento para terraplenagem. Depois que a Patrol deixa a camada de material pronta, ou no greide, passa-se o rolo para compactar o material no número de feixes (ida e volta) necessários para atingir o “grau de compactação” de projeto. de marcação topográfica. Equipamento de muita força que consegue espalhar ou cortar grandes volumes de material (terra, bica corrida). Uma ida e volta do rolo é chamada de “feixe Caminhão Pipa Tem a função de umedecer o material para que ele atinja a umidade ótima para compactação. Também tem a função de molhar a obra em épocas de seca, quando o movimento de máquinas levanta muita poeira. O Caminhão Pipa também auxilia distribuindo água para toda a obra (enchendo tambores), lavando peças que serão concretadas, e molhando lajes e tabuleiros já concretados e que estão em processo de cura. 3° Passo: Sub-base A sub-base em rodovias e grandes avenidas é, geralmente, formada por uma composição de materiais dosados em uma usina de solos. Esses materiais atendem a uma faixa granulométrica A, B ou C. Para atender a essa faixa granulométrica faz-se a composição de materiais como: MS (material selecionado) + Brita 0 + Brita 1 + Areia. As vezes alguns projetos são compostos apenas de MS e Brita 1, em percentuais, por exemplo 70% MS e 30% Brita 1. Quando sai da usina em caminhões o material já está na umidade ótima, pronto para ser aplicado. Assim, não há a necessidade de ser “gradeado”. Caso ele perca a umidade ótima será necessário “gradear” para colocá-lo novamente na umidade ótima. A usina de solos é calibrada para uma produção em toneladas por hora (t/h), de acordo com a produção planejada por dia. A espessura da camada depende do projeto, deve possuir GC (grau de compactação) 100% PI (proctor intermediário). Na sub-base também é necessário “correr linha” e “correr viga”. Observação: Ao finalizar a sub-base é preciso dar o acabamento nela, ou seja, dê uma raspada de leve com a motoniveladora e passe o rolo liso (ou rolo chapa) sem vibrar. Alguns equipamentos utilizados nessa etapa: Motoniveladora ou Patrol Equipamento específico para terraplenagem. Tem a função cortar ou aterrar sub-leitos, sub-bases e bases de acordo com as estacas de marcação topográfica. Equipamento de muita força que consegue espalhar ou cortar grandes volumes de material (terra, bica corrida Rolo compactador liso Também é um equipamento para terraplenagem. Tem a função de compactar materiais mais finos como bica corrida, acabamento de Base para imprimação ou CAUQ (asfalto) e que precisam de uma superfície bem lisa e compactada. O grau de compactação também é determinado pelo número de “feixes” que o equipamento faz sobre o material. 4° Passo: Base A base tem a função de resistir e distribuir a sub-base a os esforços do tráfego sobre o revestimento ou capa (no caso de asfalto/CBUQ). A espessura da camada depende do projeto, deve possuir GC (grau de compactação) 100% PIm (proctor intermodificado). Também pode ser dosada em usina de solos de acordo com a faixa e com os materiais mais nobres em maiores percentuais. Por exemplo 70% Brita 1 e 30% MS (uma inversão da sub-base proposta anterior). Na Base também corre-se linha, corre-se viga com muito critério em relação a qualidade do serviço porque é na base se será aplicado o revestimento ou, capa. Observação: é necessário dar o acabamento na Base com uma raspada com Patrol, rolo de pneu e uma final com rolo chapa sem vibrar.Finalizada essas etapas entra-se na aplicação do CBUQ, conhecido porpularmente como Asfalto Alguns equipamentos utilizados nessa etapa: Motoniveladora ou Patrol Equipamento específico para terraplenagem. Tem a função cortar ou aterrar sub-leitos, sub-bases e bases de acordo com as estacas de marcação topográfica. Equipamento de muita força que consegue espalhar ou cortar grandes volumes de material (terra, bica corrida). Rolo compactador liso Também é um equipamento para terraplenagem. Tem a função de compactar materiais mais finos como bica corrida, acabamento de Base para imprimação ou CAUQ (asfalto) e que precisam de uma superfície bem lisa e compactada. O grau de compactação também é determinado pelo número de “feixes” que o equipamento faz sobre o material. Caminhão Munck Equipamento de muita versatilidade e fundamental para a obra. O Munck tem a função de fazer movimentação de cargas na obra com o braço hidráulico. O Munck faz a distribuição de blocos de concreto; Distribuição e assentamento de manilhas de concreto; Leva e traz as ferramentas do almoxarifado; Faz o transporte de equipamentos como Bobcat, compressor de ar, gerador; Transporte de materiais na obra e para a obra como madeiras,sacos de cimento, peças de andaime, escoramentos; Pode ser utilizado com gaiola para fazer serviços em altura; Içar peças para o alto (para uma laje, por exemplo); 5º Passo: Asfalto O Asfalto, tecnicamente falando, é conhecido como CBUQ – Concreto Betuminoso Usinado à Quente. Sua produção é feita em uma Usina de Asfalto. A temperatura que o CBUQ sai da usina é em torno de 165 a 168 graus Celsius, já a sua aplicação é entre 150 e 160 graus. Existem várias misturas betuminosas com funções diferentes para a aplicação de Asfalto (CBUQ) e outros tipos de pavimentação asfáltica. Em resumo, o CBUQ é composto de CAP, injetado no balão da usina junto com os agregados em percentual de acordo com o traço. O CM, geralmente CM-30, é o material utilizado na imprimação da base. Sua função é de impermeabilização para evitar que infiltração de água da base para o CBUQ. Após a aplicação do CM é necessário um tempo de, pelo menos, 48h de cura para que ele “rompa”, ou seja, evapore todo o querosene presente na sua composição. Observação: CM não deve ser aquecido devido ao seu baixo ponto de fulgor e risco de incêndio.A taxa de imprimação varia de 0,9l/m2 a 1,2l/m2. O RR, geralmente RR-2c ou RR-1C, é a Pintura de Ligação, ou seja, é o material que vai fazer a ligação entre a Base Imprimada com o CBUQ que será aplicado. Sua aplicação é imediatamente antes de iniciar a aplicação do CBUQ. Não devem ser aquecidos acima de 70 graus celcius. Caso a aplicação de CBUQ seja de uma capa sobre Binder, aplica-se apenas a Pintura de Ligação com RR. Alguns equipamentos utilizados nessa etapa: Acabadora de Asfalto: equipamento responsável por aplicar o CBUQ em faixa e espessura determinados pelo operador. O responsável por operar a acabadora de asfalto é o Mesista. Rolo Pneumático: realizar a compactação da camada de CBUQ. Observação: O rolo de pneus possui um lastro (sobrepeso) e atenção pela calibragem uniforme dos pneus. Rolo Chapa ou Tandem: equipamento responsável pelo acabamento da faixa aplicada, retirando as marcas do rolo de pneus, e complementando, também, a compactação do CBUQ. Caminhão Espargidor: equipamento responsável por aplicar as misturas betuminosas, CM e RR.Não utilizar o mesmo caminhão para aplicar CM e RR, porque são materiais que tem comportamentos diferentes e a contaminação de um com o outro vai gerar problemas. Normas Técnicas de Referência DNIT 104/2009-ES – Terraplenagem – Serviços preliminares DNIT 105/2009-ES – Terraplenagem – Caminhos de serviço DNIT 106/2009-ES – Terraplenagem – Cortes DNIT 107/2009-ES – Terraplenagem – Empréstimos DNIT 108/2009-ES – Terraplenagem – Aterros DNER-ES 385/99 (#) – Pavimentação – concreto asfáltico com asfalto polímero DNER-ES 386/99 (#) – Pavimentação – pré- misturado a quente com asfalto polímero – camada porosa de atrito DNER-ES 387/99 (#) – Pavimentação – areia asfalto a quente com asfalto polímero DNER-ES 388/99 (#) – Pavimentação – micro pré-misturado a quente com asfalto polímero DNER-ES 395/99 (#) – Pavimentação – Pavimentação – pintura de ligação com asfalto polímero Anexos Caminhão Pipa Rolo compactador pé de carneiro Insira o texto
Compartilhar