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* FÍSICA APLICADA AO ESTETOSCÓPIO * A INVENÇÃO DO ESTETOSCÓPIO O francês René Laënnec (1781-1826), médico e músico * PRIMEIRO ESTETOSCÓPIO Replica do estetoscópio criado do Laënnec em 1816 * FUNCIONAMENTO DO ESTETOSCÓPIO Do grego stêthos (peito) e skopéo (olhar) O funcionamento do estetoscópio é explicada pela física dos tubos acústicos PRINCIPAL CARACTERÍSTICA Evitar a atenuação da onda sonora por espalhamento e ampliar o som por ressonância * FUNCIONAMENTO DO ESTETOSCÓPIO ESPALHAMENTO É um tipo de modificação da onda sonora durante sua propagação ALTERAÇÃO DA INTENSIDADE: a medida que se propaga a onda sonora perde intensidade A Intensidade Sonora decai com o quadrado da distância existente entre o observador e a FS. * EVOLUÇÃO DOS PRIMEIROS ESTETOSCÓPIOS Tipos de estetoscópio monoauriculares rígidos * EVOLUÇÃO DOS PRIMEIROS ESTETOSCÓPIOS Estetoscópio Biauricular – Dr. George Cammann (1855, EUA) * EVOLUÇÃO DOS PRIMEIROS ESTETOSCÓPIOS Estetoscópio Folding 1920 * PARTES DO ESTETOSCÓPIO FLEXÍVEL Tubos de conexão flexível Receptor sonoro * ESTETOSCÓPIO FLEXÍVEL ATUAL * TIPOS DE RECEPTORES Receptores tipo diafragma e campânula * TIPOS DE RECEPTORES DIAFRAGMA Tipo Bowles - membrana circular rígida (baquelita) com diâmetro de 3 a 3,5 cm - utilizado para ausculta em geral. - apropriado para captação de sons de baixa intensidade e de alta freqüência (por ex. murmúrios diastólicos da insuficiência aórtica e sons agudos dos bronquíolos) - atuam como filtros passa-alta atenuando a transmissão de sons graves. * TIPOS DE RECEPTORES - mais apropriado para percepção de sons de baixa freqüência - não possui membrana, diâmetro de 2,5 cm e profundidade da câmara é rasa (não inferior a 4 ± 1 mm) - atuam como filtros passa-baixa - a pele atua como um diafragma- efeito diafragma CAMPÂNULA * EFEITO DIAFRAGMA EFEITO DIAFRAGMA A freqüência de ressonância de uma membrana desloca-se para valores mais altos sempre que a membrana é estirada e para valores mais baixos quando deixa de ser tensionada. Toda membrana possui uma freqüência de ressonância onde as vibrações são mais intensas – FREQÜÊNCIA ÓTIMA DE VIBRAÇÃO * COMPORTAMENTO DOS DIAFRAMAS E CAMPÂNULAS quanto mais esticada estiver a membrana ↑a FR quanto maior o diâmetro do diafragma ↓ sua FR (facilita a ausculta de sons graves) quando, por pressão, se altera a FR do diafragma, há uma perda de sensibilidade desse receptor para todas as freqüências * COMPORTAMENTO DOS DIAFRAMAS E CAMPÂNULAS O receptor de campânula aplicado sobre a pele também está sujeito ao efeito diafragma Portanto, quanto maior for a pressão com que se aplica a campânula sobre o tórax do paciente, menor será a intensidade com que se escutam as bulhas cardíacas e mais agudos se tornam esses sons * EFEITO DA PRESSÃO EXERCIDA PELO DIAFRAMAS E CAMPÂNULAS A elevada FR das campânulas e diafragmas pequenos é facilitada porque geralmente se produz uma grande pressão ao aplicá-la na pele do paciente Quanto menor a área sobre a qual se aplica uma força, maior será a pressão desenvolvida * EFEITO DAS DIMENSÕES DOS TUBOS DE CONEXÃO Eficiência do estetoscópio diminui: Tubos com diâmetros muito pequenos: Pressão da coluna de ar é aumentada -Estreitamento do tubos aumenta o atrito com ar; Tubos de grandes diâmetros ou muito compridos: muito volume de ar no seu interior * EFEITO DAS DIMENSÕES DOS TUBOS DE CONEXÃO Experimentalmente Rappaport e Sprague concluem: Abaixo de 100 Hz a eficiência do estetoscópio não é afetada pelo comprimento do tubo; De 100 a 1000HZ a eficiência diminui como aumento do comprimento desses tubos. a maioria dos sons clinicamente importantes situam-se na faixa de 60 a 400Hz * ESTETOSCÓPIO ELETRÔNICO Dispositivos eletrônicos encarregados de ampliar e filtrar as vibrações sonoras captadas pelo diafragma * O auscultador é a única parte ativa do estetoscópio. O resto, só ressoa o barulho * AUSCULTA Principais fontes sonoras: CORAÇÃO e PULMÕES Ausculta é o método semiológico básico no exame físico dos pulmões e coração realizada com o auxílio de um estetoscópio * FOCOS DE AUSCULTA REGIÃO DA PELE ONDE O SOM É OUVIDO COM MAIOR INTENSIDADE Entre a região e a fonte sonora existe um trajeto acústico com atenuação mínima * FOCOS DE AUSCULTA PULMONAR REGIÕES ANTERIOR, POSTERIOR E LATERAIS DO TÓRAX Abaixo das escápulas e nas regiões paravertebrais Fossas supra e subclaviculares * * CARACTERISTICAS FÍSICAS DOS SONS PULMONARES Têm, em relação aos sons cardíacos, uma quantidade menor de componentes de baixa freqüência, são portanto mais AGUDOS. Sons da respiração brônquica estão entre 240 a 1000 Hz Cavidades bucal, nasal, faríngea e laríngea apresentam ressonância entre 300 e 500 Hz * ORIGENS DOS SONS DA RESPIRAÇÃO Escoamento dos fluídos LAMINAR silenciosa TURBULENTO ruidoso N = v. d. μ / η * Origem dos sons da respiração Quanto maior a velocidade do turbilhão mais agudo e mais intenso será o som produzido Quanto maior o diâmetro do tubo menor será a frequência do som Tubos acústicos longos e grossos ressoam em baixa frequência Altura, intensidade e timbre do som produzido pelo fluido dependem da energia cinética do fluido e das características ressonantes do tubo * Sons normais Som bronquial Traquéia – 800Hz Brônquios primários – 1000Hz Brônquios secundários – 1200Hz Som broncovesicular (ápices pulmonares) Som vesicular Alvèolos pulmonares – devido pequena velocidade do fluxo – som grave * Sons anormais Estertores Secos: sibilos e roncos Úmidos: Creptantes e subcreptantes Sopros Atrito Pleural * Sibilos = longos, agudos e musicais. Roncos = ruídos longos, graves e musicais Estertores creptantes = a nível alveolar Inspiratórios Monofônicos (possuem a mesma intensidade e timbre) Não são alterados pela tosse Estertores subcreptantes = bronquíolos Inspiratórios e expiratórios Polifônicos A tosse pode alterar o timbre ou abolir os estertores * Diminuição dos sons pulmonares Obstruções brônquicas totais – o som não é produzido O som não chega à superfície devido existência de alguma barreira de alta impedância (empiema, pneumotórax, etc) * Sons cardíacos normais Bulhas cardíacas Frequências entre 16 e 110Hz Primeira bulha – melhor audível no foco mitral Segunda bulha – melhor audível nos focos da base Gênese das bulhas Teoria hemodinâmica Teoria valvular * Primeira bulha – válvula mitral e tricúspide Segunda bulha – válvula aórtica e pulmonar Terceira bulha – ruído mais grave, fraco. Vibrações da parede ventricular durante o enchimento ventricular. Normal em crianças Quarta bulha – impacto do sangue que passa do átrio para o ventrículo durante a sístole atrial . Pode ser normal em crianças e adolescentes Sons cardíacos normais * * * Sons cardíacos anormais Aparecem durante o silêncio sistólico ou diastólico – proto, meso, tele ou holo Alteração da intensidade das bulhas (hiperfonese ou hipofonese) Desdobramentos das bulhas Sopros (em estenoses valvares ou insuficiências valvares).Podem ser sistólicos, diastólicos ou sistólicos-diastólicos * Física aplicada à ultra-sonografia Ultra sons = velocidade nos tecidos moles de 1540m/s Reflexão especular e difusa (espalhamento) Interface acústica = duas estruturas de densidades diferentes. Quanto maior a diferença de densidade entre os dois meios maior será a intensidade do eco produzido Interface tecido mole e bolha de ar = 99% de reflexão * Os ultra-sons são freqüências acima de 20kHz (20.000Hz), que é o limite da audição humana. Na ultra-sonografia usam-se ultra-sons na faixa de 2 a 20MHz (2.000.000 a 20.000.000Hz). * Interação dos ultra-sons com os tecidos biológicos: • o feixe de ultra-sons se propaga nos tecidos com velocidade constante de 1.540m/s • Quando o feixe incide perpendicularmente sobre uma superfície que reflete de forma especular, a maioria das ondas incidentes volta à fonte de ultra-som. • * Quando a reflexão é difusa, o feixe refletido se espalha por todas as direções (espalhamento). Isso ocorre quando o objeto é pequeno, ou de superfície irregular: * RESOLUÇÃO É a habilidade de distinguir dois objetos próximos e, assim, definir detalhes. Quanto mais próximos estiverem, maior será a resolução do sistema. No caso dos ultra-sons resolução é a capacidade que possui o equipamento de distinguir duas interfaces refletoras situadas muito próximas * Resolução axial * Resolução lateral * Outros efeitos ultra-sonográficos Efeitos térmicos Efeitos não térmicos Micromassagem Aumento da condutância de potássio Variação do diâmetro arteriolar Cavitação * * Reflexão do Som Persistência acústica : menor intervalo de tempo para que dois sons não se separem no cérebro. A persistência acústica do ouvido humano é de 0,1s. Um ouvinte consegue distinguir dois sons distintos desde que os receba em intervalos de tempo maiores (ou iguais) a 0,1s. Esse fato possibilita ao observador perceber o fenômeno da reflexão do som em três níveis: eco, reverberação e reforço. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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