Buscar

Prescrição e Decadência

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

FACULDADE DE DIREITO
DISCIPLINA: Direito Civil II
DOCENTE: Luis Alberto Teixera
Trabalho Conceitual relativo aos Temas de Prescrição e Decadência no Direito Civil.
Trabalho apresentado a título de avaliação parcial da disciplina, no 2º bimestre do 1º semestre de 2017.
ALUNO: Crassos Caio de Oliveira
PERÍODO: 3º Período 
LIBERTAS/MG
2017
PRESCRIÇÃO: CONCEITO, CONSEQÜÊNCIAS E REQUISITOS.
A Prescrição é uma extinção de direito que após um determinado período de tempo passado, previsto em lei, foi surgido em razão da inércia do titular do direito ou da pretensão.
Sob a ótica da Teoria Geral do Direito, a prescrição é o direito de ação que resulta atingido. Desse modo, tanto a ação como o direito que outrora era protegido ocasiona-se de forma simultânea. 
Sem embargo, a prescrição possibilita a interrupção ou a suspensão do transcurso de seu prazo sendo estas regidas e toleradas pela legislação atinente. Em outras palavras, a temporalidade para a geração da extinção do direito ou pretensão se vale de possíveis ações que suspendam ou interrompam a prescrição.
Mencionam-se, então, para dar alusão ao complexo de todo este entendimento, as palavras distintas do jurista HELY LOPES MEIRELLES (1992) enquanto à prescrição: 
“Prescrição é a perda da ação pelo transcurso do prazo para seu ajuizamento ou pelo abandono da causa durante o processo. Não se confunde com ‘decadência ou caducidade’, que é o perecimento do direito pelo não exercício no prazo fixado em lei. A prescrição admite suspensão e interrupção pelo tempo e forma legais; a decadência ou caducidade não permite qualquer paralisação da fluência de seu prazo, uma vez iniciado.”
Para tanto, na prescrição, o direito existe antes da ação e a ação serve para assegurar o direito quando este resultar danificado. Portanto, seu modo de invocação se refere à única via de fazê-la através do prescribente. 
A extinção da ação pelo decurso do tempo desmaterializa a existência do reclame ao direito. O Estado mediante seu efeito tutelar de garantir que o direito de ninguém seja lesado, ameaçado ou excluído determina que a vitalidade da pretensão e do interesse seja transformado em ação. Todavia, resulta que este meio protecionista não se posta eternamente, havendo limites de tempo para que um conflito resultado gere em uma ação. 
Assim sendo, ressalta-se aqui o Artigo 189 do CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO que reluz a ideia: 
“Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.”
 Por fim, a prescrição para adquirir toda a completude de seus requisitos que outrora foi citado acima de modo pulverizado, rejunta-se em síntese aqui tais requisitos como: a) pretensão exercitável, b) inércia do detentor do direito em não exercer, c) prolongamento temporal desta inércia, e d) ausência de fato ou ato que legalmente possa ser atribulada à eficácia impeditiva, suspensiva ou interruptiva do decurso temporal previsto. 
DAS CAUSAS QUE INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO
É fato que a interrupção da prescrição advém do surgimento de um obstáculo ocorrido enquanto o prazo corria normalmente. Desta forma, o prazo interrompido recomeçará a contar a partir da data do ato interrompido ou do ato do processo para interrupção mediante outro caminho que seja apropriado à sua auto-configuração. 
Há a previsão legal no CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO em seu Artigo 202, cujo determina que o acontecimento da interrupção somente possa ser em uma única vez (para que não haja eterna interrupção) de acordo com: 
Despacho Judicial desde que o interessado promova no prazo e forma da lei processual.
Por protesto, com as condições citadas anteriormente.
Por protesto cambial.
Pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores. 
Por qualquer ato judicial que detenha em mora o devedor.
Por qualquer ato inequívoco que importe reconhecimento do direito pelo devedor. 
DAS CAUSAS QUE SUSPENDEM E IMPEDEM A PRESCRIÇÃO
É declarado e previsto no CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO em seu Artigo 197, 198 e 199 quais são as causas que suspendem e/ou impedem a prescrição. As suspensivas funcionam em relação ao prazo como uma paralisação da prescrição e uma vez que a causa suspensiva seja datada em seu fim, o prazo volta a fluir. 
O autor CARLOS GONÇALVES (2012) salienta que: 
“(...) a justificativa para a suspensão da prescrição está na consideração legal de que certas pessoas, por sua condição ou pela situação em que se encontram estão impedidas de agir.”
Para fazer-se melhor entender qual é o funcionamento da suspensão, imagina-se o cenário que o direito de ação surgiu no momento de Guerra ao qual o titular serve a Marinha do Brasil, portanto, o prazo prescricional somente poderá iniciar-se quando este cidadão retorne da Guerra, pois estava impedido de buscar ação e sua ausência deve ser respeitada. (DINIZ, 2012).
Mencionar-se-á todas as causas que podem impedir ou suspender a prescrição segundo o CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO: 
Entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
Entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
Entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela;
Contra os incapazes de que trata o art. 3o do Código Civil;
Contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
Contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra;
Pendendo condição suspensiva;
Não estando vencido o prazo;
Pendendo ação de evicção.
PRAZOS PRESCRICIONAIS E AÇÕES IMPRESCRITÍVEIS
Em referência aos prazos prescricionais, tem-se que conforme o Artigo 205 do CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO tudo aquilo que a lei não houver fixado prazo menor, terá como prazo de prescrição a longevidade de 10 anos. 
Por outro lado, no Artigo 206 do CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO se pode entender melhormente quais são as especificidades relativas à prescrição que estão relatadas neste artigo: 
EM UM ANO: pretensão para pagamento de débitos de hospedagem e alimentos; pretensão do segurado contra o segurador; pretensão de tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos para recebimento de emolumentos, custas e honorários; pretensão contra peritos em relação à avaliação de bens que entrara para formação do capital de sociedade anônima; pretensão de credores não pagos contra sócios ou acionistas de sociedades em encerramento.
EM DOIS ANOS: pretensão para causas de prestações alimentares.
EM TRÊS ANOS: pretensão sobre direito de aluguel de prédios urbanos e rurais; pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias; pretensão para receber juros, dividendos ou prestações acessórias sendo estas pagáveis; pretensão de ressarcimento de enriquecimento indevido; pretensão para reparação civil; pretensão para restituição de lucros ou dividendos recebidos de má fé; pretensão contra pessoas que violem leis ou estatutos.
EM QUATRO ANOS: pretensão em relação à tutela aprovando as contas.
EM CINCO ANOS: pretensão de cobrança de dívidas constantes de instrumento público ou particular; pretensão de profissionais liberais ou procuradores judiciais ou curadores ou professores para cobrar seus honorários; pretensão do vencedor para recuperar do vencido aquilo que foi definido em juízo. 
Todavia, existem vários tipos de ações que são imprescritíveis, mas entende-se que a prescrição é a regra e a imprescritibilidade é a exceção. Desse modo citaremos aqui o abranger dos estados da coisa que a deixa em forma imprescritível segundo as circunstâncias:
Pretensões relativas aos direitos da personalidade como: a vida, a honra, a liberdade, a propriedade intelectual, e outros.
Pretensões relativas ao estado de vida como: filiação, qualidade de cidadania, condição conjugal.
Pretensões relativas ao exercício facultativo ou potestativo que não se encontra com violação do direito de fato.
Pretensões relativas aos bens públicos de qualquer natureza.
Pretensões relativasà propriedade, que é perpetuada por sua natureza. 
Pretensões relativas para reaver bens confiados à guarda de outros, como modo de depósito, penhor ou mandato. 
Pretensões relativas aos direitos da família como: pensão alimentícia, vida conjugal, regime de bens. 
DECADÊNCIA: CONCEITO, OBJETO E PRAZOS DECADENCIAIS. 
Primando pelo entendimento e ensejando o prisma magnificente da Decadência, tem-se que o é um instituto jurídico que consiste na perda efetiva de um direito potestativo por faltar seu exercício dentro do prazo estabelecido em lei (decadência legal), ou bem como, pode ser por vontade firmada entre as partes, em seu animus particular feito de modo acordado em contrato (decadência convencional). 
Sobretudo, leva-se como fundamentação holística a descrição mais que pontuada do Sr. JOSÉ CARLOS MOREIRA ALVES (1986) a respeito da decadência e suas denotações e implicações: 
“(...) ocorre a decadência quando um direito potestativo não é exercido, extrajudicialmente ou judicialmente (no casos em que a lei – como sucede em matéria de anulação, desquite etc, - exige que o direito de anular, o direito de desquitar-se só possa ser exercido em Juízo, ao contrário, por exemplo, do direito de resgate, na retrovenda, que se exerce extrajudicialmente), dentro do prazo para exercê-lo, o que provoca a decadência desse direito potestativo. Ora, os direitos potestativos são direitos sem pretensão, pois são insuscetíveis de violação, já que a eles não se opõe um dever de quem quer que seja, mas uma sujeição de alguém (o meu direito de anular um negócio jurídico não pode ser violado pela parte a quem a anulação prejudica, pois esta está apenas sujeita a sofrer as conseqüências da anulação decretada pelo juiz, não tendo, portando, dever algum que possa descumprir).”
A decadência legal deve estritamente ater-se em realizar sua declaração por ofício, enquanto que para a decadência convencional isto não é algo mandatório para que haja seu cumprimento.
Sob tal ótica, a decadência define que será perdido um direito potestativo não impondo a outra parte um dever de dar, fazer ou deixar de fazer, porém age para tornar a outra parte em um estado de sujeição ao direito potestativo. 
Portanto, a decadência leva ao fim das ações constitutivas, mas também se observa que não é toda ação constitutiva que deva ter o prazo de exercício regulado como é o caso do Divórcio. 
É importante relevar que a decadência pode ser invocada a qualquer momento ao que se refere às instâncias ordinárias. Entretanto, a decadência é algo que somente terá seu mérito apreciado em instâncias extraordinárias quando a alegação for embasada por pré-questionamentos. 
O desfalecimento do próprio direito é característica raiz da decadência, que se postula sobre a concomitância entre a ação e o direito que desaparecem. 
A anterioridade em termos de clarificar os envolvidos sobre a decadência é o preceito legal para que a extinção do direito valha-se de segurança jurídica mediante a oficialidade. 
Na decadência não existe possibilidade ou admissão de suspensão ou interrupção durante seu curso. Em outras palavras pode-se dizer que não há ou haverá permissividade para qualquer paralisação da fluência do prazo de caducidade se o mesmo já foi iniciado, isto é tido como regra. 
Um caminho inflexível é sentido do fluxo temporal da decadência, e isto é conformado de acordo com a visão de MARIA HELENA DINIZ (2012):
“A decadência é a supressão do direito pela inatividade de seu titular que deixou escoar o prazo legal ou voluntariamente determinado para seu exercício, sendo esse seu principal efeito.” 
Ao que tange os prazos decadenciais, reitera-se a idéia que os mesmo estão dispersos no CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO, e são tocantes cada um destes prazos à parte de institutos distintos servindo de função auxiliar, complementária, para a conformatação do entendimento do título exposto. 
Coexistindo dessa maneira os prazos decadenciais e a que eles servem diretamente em sua especificidade, ir-se-á citar alguns destes prazos decadenciais aqui como fonte enriquecedora de explanação e substância à referida temática do trabalho em questão segundo sua aparição dentro do CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO:
ARTIGO 119, PARÁGRAFO ÚNICO: “cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo de decadência para pleitear-se a anulação prevista neste artigo.
ARTIGO 178: “de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade”
ARTIGO 445: “O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade”
ARTIGO 516: “Inexistindo prazo estipulado, o direito de preempção caducará, se a coisa for móvel, não se exercendo nos três dias, e, se for imóvel, não se exercendo nos sessenta dias subseqüentes à data em que o comprador tiver notificado o vendedor”.
Exemplos foram relatados em sua integra, porém cabe também citar aqui por alto outros exemplos que podem ser encontrados de prazos decadenciais como o: ARTIGO 45 (PARÁGRAFO ÚNICO), ARTIGO 68, ARTIGO 504, ARTIGO 505, ARTIGO 513 (PARÁGRAFO ÚNICO), ARTIGO 618 (PARÁGRAFO ÚNICO), ARTIGO 745, ARTIGO 1.078 (PARÁGRAFO QUARTO), ARTIGO 1.122, ARTIGO 1.302, ARTIGO 1.555, ARTIGO 1.1560, ARTIGO 1.614, ARTIGO 1.859 DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO (2002). 
BIBLIOGRAFIA: 
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Teoria Geral do Direito Civil. 29. ed. v. 1. São Paulo: Saraiva, 2012.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Parte Geral. 10. ed. v. 1. São Paulo: Saraiva, 2012.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro, 17ª edição, atualizada por:
Eurico de Andrade Azevedo, Délcio Balestero Aleixo e José Emmanuel Burle Filho. São Paulo: Malheiros, 1992.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil: Parte Geral. 5. ed. v. 1. São Paulo: Saraiva, 2012.
ALVES, José Carlos Moreira. A parte geral do projeto do Código Civil brasileiro. São Paulo: Saraiva, 1986.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/leis/2002/ L10406.htm > Acesso em: 14 de Junho de 2017.

Continue navegando