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Tudo sobre uva

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Grupo: Amanda C. Gonçalves, Evelise C. Machado,
Gabriela Faria, Ian Lucas e Maria Eduarda Murcia
Liotti
Histórico
• Origem:
― Período terciário;
― Provavelmente na Groenlândia dispersando
em duas direções principais: américa-asiática e
euro-asiática;
― Período quaternário: início da era glacial -
adaptação das variedades às condições
climáticas;
― Cultivo pelo homem: surgimento de milhares
de variedades espalhadas pelo mundo.
Histórico
• No Brasil:
―Primeira introdução: 1532, através de
Martin Afonso de Souza, na então Capitania
de São Vicente, hoje Estado de São Paulo.
• Século XIX:
― Importação de uvas da América do Norte;
― Decadência da viticultura colonial;
― Utilização da cultivar Isabel.
Histórico
• Século XX:
― Substituição da ‘Isabel’ por ‘Niágara’ e
‘Seibel 2’;
― Expansão da atividade vitivinícola para
outras regiões do sul e sudeste do país
(cultivares americanas e híbridas);
―1960: a partir daí a viticultura foi
efetivamente desenvolvida, com o plantio
de vinhedos comerciais de uva de mesa na
região do Vale do Rio São Francisco, no
nordeste semi-árido brasileiro.
Histórico
• Década de 70:
― Chegada de empresas multinacionais na Serra
Gaúcha e Fronteira Oeste. Incremento significativo
da área de parreirais com cultivares V. vinífera;
― Surgimento do pólo vitícola do Norte do Estado
do Paraná;
― Década de 1980: desenvolveram-se as regiões do
Noroeste do Estado de São Paulo e de Pirapóra no
Norte de Minas Gerais, todas voltadas à produção
de uvas finas para consumo in natura.
Importância econômica e social
• Envolve um número significativo de pequenos
empreendimentos:
― Participação de um grande contingente de pequenos
produtores;
― Pelo expressivo número de ocupações geradas na
dinâmica de serviços ao longo da cadeia de produção .
• A maioria dos pequenos produtores representam cerca de
75% dos viticultores e que detêm mais de 20% da área
cultivada com videira.
Importância econômica e social
• A vitivinicultura se concentra em poucas regiões:
• Rio Grande do Sul:
― Quase a totalidade da produção se destina à
agroindústria do suco e do vinho. Essencialmente
produzida por pequenos agricultores de agricultura
familiar.
• Rio Grande do Sul e Santa Catarina:
― São responsáveis por quase 90% da produção
doméstica de uva e vinho;
― O destaque é a produção de uvas e vinhos da
categoria dos comuns.
Importância econômica e social
• Vale do São Francisco (Pernambuco e Bahia):
― Destaca-se na produção de uvas de mesa;
― É destaque entre as culturas irrigadas da
região;
― Gera mais de 72 mil ocupações diretas ou
indiretas por ano;
―Chega a gerar até cinco empregos por
hectare/ano.
Área cultivada
• No Brasil, a videira é cultivada do
extremo Sul ao Nordeste, porém as
regiões de altitude possuem forte
potencial para produção de vinhos de
qualidade superior, como ocorre no
município de São Joaquim, onde as
condições climáticas são favoráveis à
videira, especialmente pela ocorrência de
alta insolação diurna e de noites frias no
período de maturação da uva.
Área cultivada
Produção 
• Em 2015 foram produzidas 1.499.353 t
de uvas no Brasil (Tabela 2), com
aumento de 4,41% em relação ao ano
de 2014. Ocorreu redução de
produção nos estados da Bahia, São
Paulo e Paraná. Nesses estados, além
de fatores climáticos terem afetado a
produtividade, também ocorreu
redução de área.
Produção 
Produção 
• A produção de uvas destinadas ao
processamento (vinho, suco e derivados)
foi de 781.412 milhões de quilos de uvas,
em 2015, representando 52,12% da
produção nacional. O restante da produção
(47,88%) foi destinado ao consumo in
natura (Tabela 3). A quantidade de uvas
processadas para elaboração de vinhos e
suco apresentou aumento de 16,03% em
2015, comparativamente ao ano de 2014.
Produção
Produção
• Vale do São Francisco:
―Entre vinhos e espumantes por ano,
são 1,3 milhões de litros. Nos 160
hectares plantados, as parreiras
produzem 25 tipos de uvas, como
Cabernet, Aragonês, Tempranillo e
Chenin Blanc. Além do consumo
doméstico, há exportação para
Portugal, Inglaterra, Holanda, Estados
Unidos e Canadá.
Corretivos e fertilizantes
• Calagem:
―Para a videira, o pH do solo deve estar
próximo de 6,0 e os teores de cálcio e
magnésio devem ser maiores que 40 e 20
cmolc, respectivamente. Recomenda-se a
saturação de bases de 80 % como critério
para determinar a dose de calcário a ser
aplicada.
―A aplicação do calcário deve ser realizada,
pelo menos, três meses antes do plantio,
distribuindo-se em toda área. Normalmente
três a quatro anos após a implantação do
vinhedo há necessidade de fazer uma nova
calagem.
Corretivos e fertilizantes
• Tipos de adubação:
Existem três tipos fundamentais de adubação:
― Correção, efetuada antes do plantio;
― Plantio ou crescimento, realizada na ocasião do
plantio do porta-enxerto ou da muda até 3 anos;
― Manutenção, realizada durante a vida produtiva da
planta.
Corretivos e fertilizantes
• Adubação de correção:
―A quantidade de nutrientes a ser
aplicada baseia-se em análise de solo e
segue-se a Tabela 4 para fósforo e
potássio e a Tabela 5 para boro. Os
fertilizantes devem ser aplicados 10 dias
antes do plantio e devem ser distribuídos
em toda área.
Corretivos e fertilizantes
Corretivos e fertilizantes
• Adubação de plantio ou crescimento:
―Essa adubação tem a finalidade de fornecer nitrogênio às
plantas durante os dois e três primeiros anos após a
implantação. Utiliza-se a adubação orgânica (esterco) e/ou
fertilizante químico à base de nitrogênio.
Corretivos e fertilizantes
• Adubação de manutenção:
―Tem a finalidade de repor os nutrientes que
são exportados para os frutos. A
recomendação para nitrogênio, fósforo e
potássio é feita na expectativa da
produtividade a ser alcançada e se utiliza
duas classes de produtividade que são: < 15
e 15 a 35 t ha-1.
Corretivos e fertilizantes
Corretivos e fertilizantes
Corretivos e fertilizantes
Tratos culturais
• Poda de formação: seu
objetivo é conduzir a planta.
Poda de formação, com desponte dos ramos 
para formação dos ‘netos’ e poda dos ‘netos’.
Tratos culturais
• Poda de produção: elimina
excesso de ramos fracos,
doentes ou mal posicionados.
Poda de produção com varas e ‘netos’.
Tratos culturais
• Poda verde: realizada nas fases de
desenvolvimento da videira, são elas:
• Desbrota: elimina excesso de brotos,
promovendo melhor distribuição e
evitando sobreposição de brotos e
melhor distribuição da seiva.
Seleção de brotações na
madeira velha;
Eliminação do excesso de
brotos.
Tratos culturais
• Desponta: para direcionar o
fluxo da seiva aos cachos,
melhorar aeração e
luminosidade no interior da
parreira.
Desponte de ramos
Tratos culturais
• Desfolha: para evitar o
abafamento dos cachos,
manter a relação foliar/área,
melhorando a ventilação e
insolação no interior da
parreira.
Tratos culturais
• Eliminação de gavinhas e “netos”:
o crescimento excessivo pode
causar desequilíbrio nutricional.
Tratos culturais
• Eliminação de cachos: retirada de
cachos florais deficientes, doentes
ou com desenvolvimento atrasado
comparado as demais.
Tratos culturais
• Amarração de ramos: fixar as varas e
brotos aos arames de condução,
evitando sobreposição, ação do vento e
para direcioná-los corretamente.
Tratos culturais
• Proteção dos cachos: com saco de
plástico ou papel, protege de ataque de
pássaros e insetos, acumulo de poeira e
danos causados pelo sol.
Principais pragas e doenças
• Cochonilhas: são insetos que danificam as plantas
através da sucção de seiva, provocando fitotoxicidade
devido às enzimas digestivas, depositam excreçõesaçucaradas nas folhas, resultando no de fumagina e, as
vezes, são responsáveis pela transmissão de agentes
patogênicos.
• Sintomas: as brotações com a presença do inseto
crescem menos, reduzem a produção e podem secar,
sobre os excrementos açucarados da cochonilha e na
ausência de formigas doceiras, desenvolve-se a
fumagina.
• Controle: realizar poda de inverno, inseticida associado
a 1% de óleo mineral/vegetal.
• Danos: até 100% perda de qualidade e produção.
Principais pragas e doenças
• Tripes: são pequenos insetos que se alimentam da seiva.
• Sintomas: queda das folhas, provocando o dobramento
dos bordos para, os maiores danos são provocados pela
transmissão do vírus vira-cabeça, que os tripes liberam
ao sugarem a seiva da planta, causam folhas
bronzeadas, caule com faixas escuras, frutos com
manchas amareladas e curvamento dos ponteiros das
plantas.
• Controle: plantar na época de menor incidência da
praga, arrancar e queimar as plantas com sintomas,
manter área sempre limpa e pulverizações com
inseticidas específicos.
• Danos: grande perda econômica.
Principais pragas e doenças
• Mosca da fruta: as fêmeas alimentam-se de substâncias
à base de proteínas e açúcares depois fazem a
ovoposição no interior dos cachos.
• Sintomas: danifica principalmente uvas para mesa,
tendo queda prematura dos frutos, nas uvas brancas,
observa-se galerias formadas pela alimentação das
larvas de coloração marrom.
• Controle: Não existem informações específicas de
manejo e controle da praga para a cultura da videira,
porém, pode fazer o monitoramento dos adultos,
aplicar isca toxica, inseticida de cobertura total e
ensacamento dos cachos.
• Danos: perda na produção, prejuízo até 100% na
qualidade.
Principais pragas e doenças
• Míldio: doença fúngica de áreas tropicais.
• Sintomas: nas folhas, inicialmente “mancha de
óleo” na parte superior, posteriormente mancha
mofo branco correspondente na parte inferior,
queda prematura das folhas, nos cachos provoca
deformação das bagas e há destruição das flores.
• Controle: manter boa aeração, diminuição de
molhamento foliar e aplicação de fungicidas.
• Danos: destruição parcial ou total dos frutos e
podendo também produzir efeitos negativos sobre
uma futura produção.
Principais pragas e doenças
• Ferrugem: ocorre principalmente em áreas tropicais,
subtropicais e são mais severos em clima temperado.
• Sintomas: lesões amarelas a castanhas de várias
formas e tamanhos nas folhas, pode aparecer
manchas cloróticas em áreas correspondentes na
face superior, em ataques severos do fungo causam
senescência e queda prematura de folhas.
• Controle: controle químico e aplicação de fungicidas.
• Danos: prejudica os frutos e reduz o vigor das plantas
no ciclo seguinte.
Principais pragas e doenças
• Antracnose: é a principal doença fúngica da videira,
podendo infectar todas as partes verdes da planta.
• Sintomas: nos brotos, gavinhas e netos, lesões
arredondadas de cor cinza e bordas pretas, nas folhas
manchas escuras e circulares, com tecido necrótico
virando um furo, quando nas bagas frutos ficam
mumificados, e escuras, e no período de floração causa
escurecimento e destruição de flores.
• Controle: tratamento químico, uso de quebra-ventos,
fungicidas, medidas que melhorem a aeração e
insolação da copa, objetivando diminuir o tempo de
molhamento foliar.
• Danos: 100% da produção, qualidade e valor comercial.
Plantio 
• Escolha da localização do vinhedo:
― Clima;
―Características físicas, químicas e a
declividade do solo;
―Possibilidade de mecanização;
― Solo preferencialmente de textura
média;
― Ficar localizado próximo à fonte de
água e estradas, para o escoamento das
uvas.
Plantio 
• Posição do vinhedo: preferencialmente
virado para o lado norte, caso não seja
possível, dar preferência à exposições
nordeste, noroeste e oeste.
• Escolha da variedade.
Merlot
Pinot Noir
Plantio 
• Preparo do solo:
―Fazer a limpeza da área,
eliminando ou retirando os restos
culturais;
―Fazer a marcação dos terraços e
curvas de nível;
―Arar e gradear;
―Caso necessário fazer as
correções da acidez e dos teores
de fósforo e potássio;
Plantio 
• Escolha do modo de
Instalação:
1 Espaldeira
2
3
Latada
Manjedoura
Plantio 
• Preparo das covas:
―Máximo 1 mês antes do plantio;
― Dimensões em torno de 50cmx50cmx50 cm.
• Adubação:
―Aplicação de calcário em área total de 0-30cm.
• Plantio das mudas:
―Muda ou semente nua: julho à agosto;
―Muda enxertada: qualquer período, havendo
irrigação, caso contrário, de outubro à
dezembro.
Colheita
• Ponto da colheita:
― Não climatérica;
― Depende da variedade, condições
climáticas e praticas de manejo;
― Coloração;
― Textura;
― Sabor igual/superior que 15°Brix.
Colheita
• Colheita:
― Nas horas mais fresca do dia;
― Cortar pedúnculo com uma tesoura
rente ao ramo de produção;
― Segurar pelo pedúnculo e não pelo
cacho;
― Colhedores devem evitar: unhas
grandes e acessórios;
― Primeira limpeza;
― Acomodar os cachos em contentores.
Pós colheita
• “Packing House”:
― Galpão de embalagem;
― 20°C;
― Cobrir os contentores com
plástico branco;
• Limpeza.
• Classificação dos cachos: grupo,
subgrupo, classe, subclasse e
categoria;
• Pesagem dos frutos.
Pós colheita
• Embalagem:
― Proteção; 
― Individualmente em sacos 
plásticos/papel;
― Posteriormente em caixas, a 
definição das caixas depende do 
mercado de destino.
Pós colheita
• Paletização
• Armazenamento:
― Pré – resfriamento (8 horas à 4°C);
― Envolver paletes com plástico;
― Câmara fria até a comercialização.
Beneficiamento
• O que é?
― O beneficiamento é um processo que
visa manter a qualidade do fruto após a
sua colheita, garantindo que este esteja
em boas condições para chegar ao
consumidor final, seja ele interno ou
externo.
Beneficiamento
Fases do beneficiamento:
O processo normalmente se divide nas seguintes fases:
―Recebimento;
― Seleção;
― Limpeza;
― Aplicação de cera;
― Classificação;
― Embalagem;
― Resfriamento;
― Carregamento;
―Transporte;
― Consumidor.
Beneficiamento
• Fases do beneficiamento:
― Recebimento: local com condições
favoráveis, adaptações, identificação;
― Seleção: Eliminação dos cachos que não
se enquadram no padrão exigido;
Beneficiamento
• Fases do beneficiamento:
―Limpeza: realizada cacho a
cacho eliminando bagas
imaturas e com aspectos
indesejados.
―Deve ser realizada
periodicamente assim como as
ferramentas e equipamentos
envolvidos no processo.
Beneficiamento
• Fases do beneficiamento:
―Classificação: Baseada em
Instruções Normativas do MAPA
que usa critérios para o
agrupamento de acordo com as
características toleráveis e danos
em graus de severidade.
Cachos com defeitos graves.
Cachos de qualidade.
Beneficiamento
• Fases do beneficiamento:
―Embalagem: A embalagem adequada deve
ser nova, limpa, com fácil abertura,
resistente a umidade, ajustável ao tamanho
e peso dos cachos, resistente ao transporte
e empilhamento e que seja de custo
compatível com o valor agregado a uva.
―Normalmente são usadas caixas de papelão
simples para o transporte interno e em caso
de exportação recomenda-se o uso de
papelão de parede dupla. Pode-se utilizar
outros materiais.
Beneficiamento
• Fases do beneficiamento:
―Resfriamento: São submetidas a um
resfriamento rápido.
―O processo deve ser realizado sob
temperatura e umidade consideradas
ideais para conservar as frutas.
―Leva de 8 a 14 horas para sua
conclusão.
Beneficiamento
• Fases do beneficiamento:
―Carregamento: utiliza-se do método de
paletização que é o empilhamento das
caixas em colunas sobre um estrado
resistente de madeira.Beneficiamento
• Fases do beneficiamento:
―Transporte: O veículo utilizado
para transporte deve oferecer
condições adequadas de
temperatura, umidade a fim de
manter a qualidade das frutas
durante o seu transporte e
assim manter a sua integridade
até o consumidor final.
Beneficiamento
• Fases do beneficiamento:
―Consumidor: Todos os processos
relacionados no beneficiamento
são feitos visando suprir
principalmente as necessidades e
desejos do consumidor, de forma a
estabelecer um padrão de
qualidade das frutas.
Referencias 
• CHOUDHURY, M; COSTA, TATIANA. Colheita e pós-colheita. Disponível
em:
<http://www.cpatsa.embrapa.br:8080/sistema_producao/spvideira/co
lheita.htm>. Acesso em 23 de outubro de 2017;
• Redação Embrapa, Uva. Coleção 500 perguntas, 500 respostas, p. 43-
169, 2008;
• Redação Toda Fruta, Como planta uva. Disponível em:
<https://www.comoplantar.net/como-plantar-uva/>. Acesso em 23 de
outubro de 2017;
• SCOTTÁ, D. Manual de produção de uva viníferas de alta qualidade,
Bento Gonçalves, p. 11-13, 2015;

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