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PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
Conceito. São as causas primeiras. Valores fundamentais que inspiram a criação e manutenção de um sistema jurídico.
2. Função: 
		- Limitar o poder punitivo do Estado.
		- Nortear o legislador e o operador do DP. 
		- Garantia do cidadão.
O PRINCÍPIO VETOR DO DP é o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana (PDPH). 
Trata-se de um valor espiritual e moral inerente ao indivíduo que lhe confere a capacidade de se autodeterminar em sociedade e de forma consciente e ostentanto um rol de direitos diante do estado. Visa garantir a liberdade do indivíduo frente ao Estado legislador. 
 PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL ou ESTRITA LEGALIDADE 
 - art. 5º XXXIX da CF e 1º do CP. 
 
 - Exclusividade da lei para criação de infração penal.
	- Vedação por medida provisória(art.62, I, alínea b, CF)
	- Vedação do uso da analogia in malam partem
 
 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE.
 - art. 5º XXXIX da CF e 1º do CP.
O crime e a pena devem ser estabelecidos previamente ao fato cuja punição pretende.
A lei somente é aplicável a fatos praticados depois da sua vigência(tempus regit actum)
 Lei em sentido material – matéria reservada a lei
 Formal – construída de acordo com processo legislativo previsto na CF
PRINCÍPIO DA INTRANSCEDÊNCIA
Pessoalidade da pena
Personalidade da pena
Intransmissibilidade da pena(art. 5º XLV da CF)
“Ninguém pode ser responsabilizado por fato cometido por terceiros”
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA 
Art. 5º LXVI da CF.
 
A pena não pode ser padronizada. 
A cada condenado cabe a exata medida punitiva pelo que fez.
	- Sistema trifásico (Art. 59 e 68 do CP)
	- Fixação do regime de cumprimento de pena
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE DAS PENAS
Art. 5º, III, XLVII, XLVIII, XLIX e L da CF
não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados;
d) de banimento; e) cruéis
- a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
 - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
- às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA
Quando a criminalização de um fato se constituir meio indispensável para proteção de determinado bem ou interesse, não podendo ser tutelado por outros ramos do direito
 PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE 
Nem todos os ilícitos configuram infrações penais, mas apenas os que atentam contra valores fundamentais para manutenção e progresso do ser humano e da sociedade
 
SUBSIDIARIEDADE OU DA ULTIMA RATIO 
o DP só deve atuar quando os outros ramos do Direito e os demais meios estatais de controle social tiverem se revelado impotente para o controle da ordem pública.
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
A criação de tipos penais incriminadores deve constituir-se em atividade vantajosa para os membros da sociedade, eis que impõe um ônus a todos os cidadãos.
A sanção deve ser proporcional à conduta incriminada. 
O juiz ao fixar a pena em concreto deve dar uma resposta penal justa e suficiente para cumprir o papel de reprovação do ilicito.
PRINCÍPIO DA CONFIANÇA
Todos devem esperar por parte das outras pessoas comportamentos responsáveis e de acordo com as regras do ordenamento jurídicos. 
 O interlocutor vai seguir seu papel social, e as regras de conduta inerentes ao seu papel social e por causa disto o agente não comete fato típico.
PRINCÍPIO DA ALTERIDADE
“NINGUÉM PODE SER PUNIDO POR CAUSAR MAL A SI PRÓPRIO”
IMPOSSIBILIDADE DE PUNIR A AUTOLESÃO. 
“SÓ PODE SER PUNIDO AQUELE COMPORTAMENTO QUE LESIONE DIREITOS DE OUTRAS PESSOAS E QUE NÃO SEJA IMORAL ”
PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE OU RESPONSABILIDADE SUBJETIVA
Culpabilidade como possibilidade de aplicação de pena ao autor de fato típico
Culpabilidade como limite da pena
Culpabilidade como conceito contrário à responsabilidade objetiva 
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇAO SOCIAL
Comportamento humano que, embora tipificado em norma penal, não afronta o sentimento social de justiça. 
A sociedade considera injusta a punição da conduta
PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE OU LESIVIDADE
Condição - Existência de perigo concreto, real e efetivo de dano ao bem jurídico para punição. .
Limitação ao legislador e ao aplicador da lei. 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICANCIA OU DA BAGATELA
 A tipicidade penal exige um mínimo de lesividade ao bem jurídico protegido. (Tipicidade material).
Critérios para aferição de acordo com o STF :
 Mínima ofensividade da conduta do agente.
 Nenhuma periculosidade social da ação.
 Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento.
Inexpressividade de lesão jurídica provocada 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICANCIA OU DA BAGATELA
Não se aplica o princípio:
 Agente reincidente;
 Crime contra fé pública( ex: moeda falsa)
 Crime praticado com ameaça ou violência.
 Crime de tráfico de drogas
 
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PELO FATO
Não se admite o Direito Penal do autor, mas comportamento.
PRINCÍPIO DA COCULPABILIDADE 
Sociedade corresponsável pela prática de infração penal.
NORMA PENAL
1. Introdução
2. Estrutura: 
	2.1 Preceito primário - conduta
	2.2 Preceito secundário – pena cominada
3. Características :	
	3.1. Exclusividade (principio da reserva legal)
	3.2. Imperatividade - descumprimento impõem-se pena.
 
3.3. Generalidade – aplica-se a todas as pessoas.
3.4. Impessoalidade – pune conduta independente da pessoa.
 
4. Classificação:
	4.1. Normas penais incriminadoras
	4.2. Normas penais não incriminadoras
		4.2.1. Permissivas( art. 24 CP)
		4.2.2. Explicativas, finais ou complementares(Art. 1º, 2º, 327 do CP)
Norma Penal em Branco ou cega 
Aquela que possui preceito secundário completo e o preceito primário incompleto, necessitando de complemento.
2. Classificação:
	2.1 Homogêneo ou em sentido lato.
 	Ex: art. 236 do CP. Art. 1521 e 1522 do CC
	2.2. Heterogêneo ou em sentido estrito.
		Ex: Lei 11343/2006. Portaria da ANVISA

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