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Unip – Universidade Paulista Departamento de Engenharia Curso: Engenharia Mecânica Disciplina: Processos de Conformação e Usinagem Prof. Me Willian Roberto Valicelli Sanitá Aula I PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO FORJAMENTO O QUE É CONFORMAÇÃO Conformação é o processo mecânico onde se obtém peças através da compressão de metais sólidos em moldes, utilizando a deformação plástica da matéria-prima para o preenchimento das cavidades dos moldes. O processo pode ou não ser executado com o aquecimento da matéria-prima, para facilitar o processo ou para modificar as características mecânicas da peça final. Forjamento O que é: Forjamento é o nome dado às operações de conformação mecânica efetuadas com esforço de compressão sobre um material dúctil entre duas ferramentas, de tal modo que ele tende a assumir o contorno ou perfil da cavidade na ferramenta de trabalho. Esforço de compressão: Sucessivos golpes ou Prensagem gradual para obtenção da peça Ferramentas: Na maioria das operações de forjamento emprega-se um ferramental constituído por um par de ferramentas de superfície plana ou côncava, denominadas matrizes. Usos: A maioria das operações de forjamento é executada a quente; contudo, uma grande variedade de peças pequenas, tais como parafusos, pinos, porcas, engrenagens, pinhões, etc., são produzidas por forjamento a frio. Histórico O forjamento é o mais antigo processo de conformar metais, tendo suas origens no trabalho dos ferreiros de muitos séculos AC. A substituição do braço do ferreiro ocorreu nas primeiras etapas da Revolução Industrial. Os processos de conformação mecânica tem sua origem na pré-história; Antes de 4000AC os homens das cavernas empregavam ouro e cobre nativos e meteoritos ricos em ferro, sem fundi-los, para a confecção de pequenos artefatos metálicos; Este metais eram martelados para adquirirem a forma desejada e endurecerem (encruarem); Parte do desenvolvimento que levaria aos métodos de soldagem empregados atualmente teve origem em tempos remotos. É bem possível que a origem dos metais tenha coincidido com a do fogo, tido como descoberto por volta do ano 8000 a.C; Há 5000 anos, na cidade de Ur, Caldéia, uniam-se peças de ouro, considerado o primeiro metal obtido e utilizado, por meio de uma técnica hoje conhecida como soldabrasagem; Há 3000 anos, o homem inventou o processo de forjar a quente, concentrando o calor na zona da peça que queria ligar, seguido de martelamento. os processos mais antigos de unir metais são a soldabrasagem e o forjamento; O advento do ferro, por volta de 2000 A.C., foi um passo importante para a metalurgia; Descobertas arqueológicas indicam que o início do desenvolvimento do metal deu-se na Mesopotâmia, de onde foi para a China e índia, e depois para o Egito, Grécia e Roma. Nesse período, o homem começou a fabricar utensílios de duas ou mais partes por meio de união por forjamento a quente, colocando uma peça contra a outra até que se soldassem; Uma das mais antigas notícias que se tem sobre a soldagem remonta ao forjamento da espada de Damasco, (1300 A.C.) e ao uso de uma espécie de maçarico soprado pela boca, usando álcool ou óleo como combustível; esta técnica, usada pelos egípcios para fundir e soldar bronze, foi transmitida a gregos e romanos; A arqueologia descobriu pilares de ferro de 20 metros de altura e 40 centímetros de diâmetro na cidade de Delhi, índia, datando da época de Cristo; Classificação O forjamento pode ser dividido em dois grandes grupos de operações: Forjamento em matriz aberta ou Forjamento livre Forjamento em matriz fechada Forjamento livre: - matriz aberta (Fig. 1, 2) Forjamento livre: - formas regulares (anéis, eixos) (Fig. 3) Forjamento livre: - Recalque em prensa horizontal (Fig. 4) Forjamento em matriz fechada: - formas complexas; (Fig. 5, 6, 7) - alta produtividade; - maior homogeneidade estrutural - prensas e martelos Forjamento a quente: Processos Básicos: recalque e ascensão Sequência de processamento: corte, aquecimento, forjamento, rebarbação, normalização, limpeza. Etapas de forjamento: esboçadora, formadora, calibradora (Fig. 5, 6 ) Recalque de eixos: recalcadoras horizontais (Fig. 8) Forjamento matriz fechada: (Fig. 5, 6, 7) https://pt.scribd.com/doc/27628960/41/Forjamento-rotativo Forjamento matriz fechada - Recalque em prensa horizontal (Fig. 8) Forjamento a quente: Comparação do forjamento a quente convencional e de precisão (Fig. 5 e 6) Controle da temperatura e do aquecimento de tarugos e matrizes, Controle do corte e das dimensões do tarugo, Precisão dimensional e geométrica de matrizes e insertos, Características dos equipamentos de conformação. Forjamento a frio Sequência de processamento: corte, lubrificação, forjamento, limpeza. Etapas de forjamento: recalque e extrusão (Fig. 9 ) Forjamento de precisão A quente, a frio, morno ou isotérmico, Menores sobremetais, sem rebarba, sem ângulos de extração e raios de arredondamento menores (Fig. 9) Equipamentos de forjamento Martelos (queda livre e auxiliados) Prensas (excêntricas, por fricção, hidráulicas) Recalcadoras. Forjamento a frio (Fig. 9) ftp://ftp.cefetes.br/Cursos/EngenhariaMetalurgica/Marcelolucas/Disciplinas/Conformacao/Forjamento/Apres_Forjamento.pdf Martelo em queda livre Este equipamento consiste de uma base que suporta colunas, nas quais são inseridas as guias do suporte da ferramenta, e um sistema para a elevação da massa cadente até a altura desejada. ftp://ftp.cefetes.br/Cursos/EngenhariaMetalurgica/Marcelolucas/Disciplinas/Conformacao/Forjamento/Apres_Forjamento.pdf Martelo de dupla ação Neste equipamento, a massa cadente é conectada a um pistão contido em cilindro no topo do martelo. ftp://ftp.cefetes.br/Cursos/EngenhariaMetalurgica/Marcelolucas/Disciplinas/Conformacao/Forjamento/Apres_Forjamento.pdf Martelo de contragolpe Vantagens (em relação aos outros martelos) - Maior rendimento; maior velocidade de acionamento. Desvantagens: Maior desalinhamento entre as partes superior ou inferior da matriz; Necessidade da força de forjamento estar localizada no meio da matriz para evitar grandes atritos entre massas e as guias; Impossibilidade de manipulação da peça durante o movimento; Maiores despesas de manutenção. Capacidade – 500 – 15.000 kgm Tratamentos térmicos (produtos de aços forjados ) Recozimento: aquecimento a uma temperatura de 750 a 900°C, dependendo de seu teor de carbono, seguido por resfriamento lento. Possibilita refinar o grão (obtido no forjamento a altas temperaturas), remover as tensões internas introduzidas durante o trabalho a quente do metal e provocar certo amolecimento. Propriedades mecânicas e a usinabilidade dos forjados são melhoradas. Normalização: aquecimento do aço forjado em um forno, como o recozimento, e resfriamento ao ar livre. Obtém estrutura refinada em grau bem maior que a obtida no recozimento. Propriedades mecânicas também são melhoradas e as tensões internas removidas. Forjamento – Defeitos Falta de redução – caracteriza-se pela penetração incompleta do metal na cavidade da ferramenta. Isso altera o formato da peça e acontece quando são usados golpes rápidos e leves do martelo. Trincas superficiais - causadas por trabalho excessivo na periferia da peça em temperatura baixa, ou por alguma fragilidade a quente. Trincas nas rebarbas - causadas pela presença de impurezas nos metais ou porque as rebarbas são pequenas. Elas se iniciam nas rebarbas e podem penetrar na peça durante a operação de rebarbação. Trincas internas - originam-se no interior da peça, como consequência de tensões originadas por grandes deformações. Forjamento – Defeitos Gotas frias - são descontinuidades originadas pela dobra de superfícies, sem a ocorrência de soldagem. Elas são causadas por fluxos anormais de material quente dentro das matrizes, incrustações de rebarbas, colocação inadequada do material na matriz. Incrustações de óxidos - causadas pela camada de óxidos que se formam durante o aquecimento. Essas incrustações normalmente se desprendem mas, ocasionalmente, podem ficar presas nas peças. Descarbonetação - caracteriza-se pela perda de carbono na superfície do aço, causada pelo aquecimento do metal. Queima - gases oxidantes penetram nos limites dos contornos dos grãos, formando películas de óxidos. Ela é causada pelo aquecimento próximo ao ponto de fusão.
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