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Aula 11

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AULA 12 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 
PROFESSOR CÉSAR FRADE 
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
Olá pessoal! 
 
Na verdade, ficou faltando alguns tópicos de aulas anteriores e estarei 
colocando esses tópicos nessa aula, além de falar das operações de Câmbio. 
 
Nesta aula, trataremos os seguintes itens: 
 
Aula 03 (06/02/2014): Bancos comerciais; caixas econômicas; 
cooperativas de crédito; bancos comerciais cooperativos; bancos de 
investimento; bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito, 
financiamento e investimento; sociedades de arrendamento mercantil; 
sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades 
distribuidoras de títulos e valores mobiliários; bolsas de valores; bolsas de 
mercadorias e de futuros; sociedades de crédito imobiliário; associações de 
poupança e empréstimo – Parte 1 
 
Aula 08 (21/02/2014): Mercado de capitais: ações – características e direitos, 
debêntures, diferenças entre companhias abertas e companhias 
fechadas, funcionamento do mercado à vista de ações, mercado de balcão. 
Mercado primário e mercado secundário. 
 
Aula 12 (06/03/2014): Mercado monetário. Mercado de crédito. Mercado de 
câmbio: instituições autorizadas a operar; operações básicas; 
contratos de câmbio – características; taxas de câmbio; remessas; 
SISCOMEX. 
 
Vamos à aula? 
 
Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. 
 
Prof. César Frade 
MARÇO/2014 
 
 
AULA 12 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 
PROFESSOR CÉSAR FRADE 
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 2 
 
55. CAIXA ECONÔMICA 
 
As Caixas Econômicas foram criadas com o intuito de captar poupança pública 
e financiar projetos interessantes ao Governo. Com o passar do tempo, essa 
nomenclatura ficou exclusiva da instituição chamada Caixa Econômica Federal. 
Portanto, nesse tópico iremos falar da Caixa Econômica Federal e devemos 
lembrar que essa instituição não é um Banco mas possui atributos 
semelhantes aos Bancos Comerciais. 
 
A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF é uma instituição financeira sob a forma 
de empresa pública, criada nos termos do decreto-lei nº. 759, de 12 de agosto 
de 1969, vinculada ao Ministério da Fazenda. 
 
A CEF tem sede e foro na capital da república e atuação em todo o território 
nacional, sendo indeterminado o prazo de sua duração. 
 
Instituição integrante do sistema financeiro nacional e auxiliar da execução da 
política de crédito do governo federal, a CAIXA submete-se às decisões e à 
disciplina normativa do órgão competente e à fiscalização do Banco Central do 
Brasil. Suas contas e operações estão sujeitas a exame e julgamento pelo 
Tribunal de Contas da União e Secretaria Federal de Controle do Ministério da 
Fazenda. 
 
A administração da CAIXA conta com quatro instâncias: o conselho de 
administração, o conselho diretor, a diretoria executiva e o conselho fiscal. 
 
O conselho de administração, órgão de orientação superior da CAIXA, é 
integrado por cinco membros indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, 
um membro indicado pelo ministro de estado do planejamento, orçamento e 
gestão mais o presidente da CAIXA, que exerce a vice-presidência do conselho. 
Os membros do conselho de administração são nomeados pelo presidente da 
república. 
 
A administração da CAIXA compete à diretoria executiva. Ela pode ter entre 
dez e trinta membros, sendo o presidente nomeado e demissível ad nutum 
(ser afastado pela simples vontade de quem o convidou) pelo presidente da 
república. Os vice-presidentes, nove ao todo, também serão nomeados e 
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 
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demissíveis ad nutum pelo presidente da república. Desses, um é responsável 
exclusivamente pela administração de ativos de terceiros e outro responsável 
exclusivamente pela gestão, administração ou operacionalização de fundos, 
programas e serviços delegados pelo governo federal. 
 
Também podem fazer parte até vinte diretores, indicados pelo presidente da 
CAIXA e nomeados pelo conselho de administração. 
 
O conselho diretor é formado pelo presidente e vice-presidentes, exceto o vice-
presidente responsável pela administração de ativos de terceiros e o vice-
presidente responsável pela gestão, administração ou operacionalização de 
fundos, programas e serviços delegados pelo governo federal. Um dos vice-
presidentes supervisiona exclusivamente as funções de controle. São indicados 
pelo Ministro da Fazenda, confirmados pelo conselho de administração e 
nomeados pelo presidente da república. O cargo de diretor é privativo de 
empregados da ativa do quadro permanente da CAIXA. 
 
O conselho fiscal é integrado por cinco membros efetivos e respectivos 
suplentes. Todos são escolhidos e designados pelo Ministro de Estado da 
Fazenda, dentre brasileiros diplomados em curso de nível superior, de 
reputação ilibada e reconhecida experiência em matéria econômico-financeira 
e de administração de empresas. 
 
Dentre os integrantes do conselho fiscal, pelo menos um membro efetivo e seu 
respectivo suplente são obrigatoriamente indicados pelo Ministro de Estado da 
Fazenda, como representantes do tesouro nacional. 
 
A CEF tem o monopólio do penhor, das loterias e também do recolhimento do 
FGTS. 
 
Importante ressaltar que a atividade de penhor é um tipo de operação de 
crédito em que os interessados colocam suas joias em garantia com o intuito 
de receber um recurso financeiro. Podem resgatar seus bens até um 
determinado período, pagando por isso a taxa de juros da operação. 
 
As loterias federais também são de exclusividade da Caixa Econômica Federal. 
A delegação de tal atividade ocorreu em 1962. Atualmente, quase metade do 
valor arrecadado é repassado para os beneficiários legais e entidades não-
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governamentais para investimentos em áreas prioritárias para o 
desenvolvimento do País. Participam dessa divisão de recursos os Comitês 
Olímpicos e Paraolímpicos brasileiros, o Programa de Financiamento Estudantil 
(FIES), o Fundo Nacional de Cultura, o Fundo Penitenciário Nacional, entre 
outros. 
 
 
56. COOPERATIVA DE CRÉDITO 
 
Cooperativas “são sociedades de pessoas com forma jurídica própria, de 
natureza civil, sem finalidade lucrativa, não sujeitas à falência, organizadas 
para prestação de serviços ou exercício de outras atividades de interesse 
comum dos associados”. Essas sociedades poderão “adotar por objeto qualquer 
gênero de serviços, operações ou atividades, respeitada a legislação em vigor”. 
 
Devem adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão 
“Cooperativa”, vedada a utilização da palavra “Banco”. Devem possuir o 
número mínimo de 20 cooperados e adequar a sua área de ação às 
possibilidades de reunião, controle, operação e prestação de serviço. 
 
O Conselho Monetário Nacional aprovou o regulamento que disciplina a 
constituição, a autorização para funcionamento, o funcionamento, as 
alterações estatutárias e o cancelamento de autorização para funcionamento 
de cooperativa de crédito, bem como a realização de auditoria externa em 
cooperativa singular de crédito. 
 
Entende-se como Cooperativa Singular aquela cooperativa que possui os seus 
cooperados e com ele serelaciona. A Cooperativa Central é uma instância 
superior que congrega as mais variadas cooperativas e é a instituição que se 
relaciona, em primeira instância, com o Banco Central. 
 
Imagine que exista uma Cooperativa que fosse uma espécie de Cooperativa 
mãe que, no final das contas, congregaria várias outras cooperativas afiliadas. 
Essa é a Cooperativa Central. Podemos fazer um paralelo entre uma 
Confederação e suas Federações afiliadas. Por exemplo, a Confederação 
Brasileira de Futebol – CBF é o órgão que se relaciona com a FIFA mas ela 
possui várias Federações dos Estados como suas filiadas, estando diretamente 
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ligadas a ela. É como se a CBF fosse a Cooperativa Central e as Federações 
Estaduais fossem as Cooperativas Singulares. 
 
Os pedidos envolvendo a constituição, a autorização, a alteração estatutária e 
outros de interesse de cooperativa de crédito serão objeto de estudo pelo 
Banco Central do Brasil com vistas a sua aceitação ou recusa. 
 
 
57. COOPERATIVAS CENTRAIS 
 
A Cooperativa Central de Crédito deve prever, em seus estatutos e normas 
operacionais, dispositivos que possibilitem prevenir e corrigir situações 
anormais que possam configurar infrações a normas legais ou regulamentares 
ou acarretar risco para a solidez das cooperativas filiadas e do sistema 
associado, inclusive a possibilidade de participar em fundo garantidor. 
 
Com vistas ao cumprimento das atribuições de que trata o presente capítulo, a 
cooperativa central de crédito deve desempenhar as seguintes funções, com 
relação às cooperativas filiadas: 
 
I – supervisionar o funcionamento, com vistas ao cumprimento da legislação e 
regulamentação em vigor e das normas próprias do sistema associado; 
 
II – adotar medidas para assegurar o cumprimento das normas em vigor 
referentes à implementação de sistemas de controles internos e à certificação 
de empregados; 
 
III – promover a formação e a capacitação permanente dos membros de 
órgãos estatutários, gerentes e associados, bem como dos integrantes da 
equipe técnica da cooperativa central; 
 
IV – realizar auditoria de demonstrações contábeis, conforme disposições do 
capítulo v; 
 
V – recomendar e adotar medidas com vistas ao restabelecimento da 
normalidade do funcionamento, em face de situações de inobservância da 
regulamentação aplicável ou que acarretem risco imediato ou futuro. 
 
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A cooperativa central deve comunicar ao Banco Central do Brasil: 
 
I – requisitos e critérios adotados para admitir a filiação e proceder a 
desfiliação de cooperativa singular, abordando a estratégia de viabilização da 
filiação de cooperativas recém constituídas que ainda não atendam a possíveis 
requisitos relativos a porte patrimonial e estrutura organizacional, com vistas 
ao provimento dos serviços tratados neste capítulo; 
 
II – irregularidades ou situações de exposição anormal a riscos, identificadas 
em decorrência do desempenho das atribuições de que trata o presente 
capítulo, inclusive medidas tomadas ou recomendadas e eventuais obstáculos 
para sua implementação, destacando as ocorrências que indiquem 
possibilidade de futuro desligamento; 
 
III – ato de desligamento de cooperativa filiada, com a correspondente 
justificativa, fazendo referência às comunicações exigidas no inciso ii; 
 
IV – indeferimento de pedido de filiação de cooperativa singular de crédito em 
funcionamento ou em constituição, abordando as razões que levaram a essa 
decisão; 
 
V – admissão de cooperativa singular de crédito, com histórico relativo à 
respectiva situação econômico-financeira e eventual filiação anterior a outra 
cooperativa central. 
 
A cooperativa central deve designar, entre seus administradores, responsável 
perante o Banco Central do Brasil pelas atividades tratadas neste capítulo. 
 
Constatado o não atendimento de quaisquer disposições deste capítulo, por 
parte de cooperativa central de crédito, o Banco Central do Brasil, no 
desempenho de suas atribuições de fiscalização, pode adotar as seguintes 
medidas: 
 
I – exigir plano de adequação, inclusive quanto à formação e capacitação de 
equipe técnica própria, à contratação de serviços de auditoria externa, à 
implantação de novos procedimentos de supervisão e controle e medidas afins; 
 
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II – aplicar, às cooperativas singulares filiadas, os limites operacionais e outros 
requisitos relativos às cooperativas singulares não filiadas a centrais, mediante 
estabelecimento de cronograma de adequação; 
 
III – determinar a suspensão da filiação de novas cooperativas singulares, até 
que sejam sanadas as irregularidades. 
 
O Banco Central do Brasil, com vistas ao cumprimento das disposições deste 
capítulo, pode estabelecer requisitos em relação a: 
 
I – freqüências, padrões, procedimentos e outros aspectos a serem adotados 
para inspeção, avaliação, elaboração de relatórios e envio de comunicações à 
referida autarquia, inclusive definição de procedimentos específicos com 
relação a determinadas cooperativas singulares; 
 
II – condições a serem observadas com vistas à prestação de serviços a 
cooperativa de crédito não filiada, bem como à contratação de serviços 
especializados no mercado; 
 
III – prazos de adequação aos requisitos estabelecidos, bem como outras 
condições operacionais julgadas necessárias à observância das presentes 
disposições. 
 
 
58. Banco Comercial Cooperativo 
 
O Banco Central do Brasil possibilitou a constituição de bancos comerciais e 
bancos múltiplos sob controle acionário de Cooperativas Centrais de Crédito. 
 
As cooperativas centrais de crédito integrantes do grupo controlador devem 
deter, no mínimo, 51% (cinqüenta e um por cento) das ações com direito a 
voto destas instituições financeiras. 
 
Os bancos múltiplos assim constituídos devem possuir, obrigatoriamente, 
carteira comercial. Ou seja, a carteira obrigatória para que um Banco 
Cooperativo seja Múltiplo é a carteira Comercial. 
 
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A denominação dessas instituições financeiras devem incluir a expressão 
“banco cooperativo”. É dessa forma, que é possível diferenciar, já na análise 
do nome da instituição, a existência ou não de um Banco Cooperativo. Não 
importa se ele é apenas Comercial ou Múltiplo, essa denominação é 
obrigatória. 
 
Na constituição de bancos cooperativos, somente as pessoas jurídicas 
controladoras devem publicar declaração de propósito e comprovar situação 
econômico-financeira compatível com o empreendimento. 
 
A constituição e o funcionamento de bancos cooperativos subordinam-se, nos 
aspectos aqui não definidos, à legislação e à regulamentação em vigor 
aplicáveis aos bancos comerciais e aos bancos múltiplos em geral. 
 
 
59. Companhia Aberta e Companhia Fechada 
 
A Lei 6.404/76 regula o mercado de ações no Brasil e é, atualmente, o marco 
regulatório principal das companhias abertas. 
 
A Lei define que uma sociedade anônima terá o seu capital dividido em ações,seja ela uma companhia aberta ou fechada. O artigo 10 da Lei 6.404/76 define 
que: 
 
“Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em 
ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao 
preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.” 
 
Este mesma Lei define uma companhia aberta e uma companhia fechada. 
 
Uma companhia será considerada aberta se os valores mobiliários de sua 
emissão forem admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. 
Será fechada se esses valores não puderem ser negociados no mercado. 
 
Importante ressaltar que somente os valores mobiliários registrados no órgão 
fiscalizador competente – Comissão de Valores Mobiliários – podem ser 
negociados no mercado de valores mobiliários, podendo ser nas bolsas ou em 
balcão. 
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Cabe acrescentar que para se negociar um valor mobiliário publicamente há a 
necessidade de registro prévio na CVM. 
 
O artigo 4º e seus parágrafos define bem esse tema, conforme mostrado 
abaixo: 
 
“Art. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada 
conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou 
não admitidos à negociação no mercado de valores 
mobiliários. (grifo meu) 
 
§ 1o Somente os valores mobiliários de emissão de companhia 
registrada na Comissão de Valores Mobiliários podem ser 
negociados no mercado de valores mobiliários. (grifo meu) 
 
§ 2o Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será 
efetivada no mercado sem prévio registro na Comissão de 
Valores Mobiliários. (grifo meu) 
 
§ 3o A Comissão de Valores Mobiliários poderá classificar as 
companhias abertas em categorias, segundo as espécies e classes 
dos valores mobiliários por ela emitidos negociados no mercado, e 
especificará as normas sobre companhias abertas aplicáveis a cada 
categoria. 
 
§ 4o O registro de companhia aberta para negociação de ações no 
mercado somente poderá ser cancelado se a companhia emissora de 
ações, o acionista controlador ou a sociedade que a controle, direta 
ou indiretamente, formular oferta pública para adquirir a totalidade 
das ações em circulação no mercado, por preço justo, ao menos igual 
ao valor de avaliação da companhia, apurado com base nos critérios, 
adotados de forma isolada ou combinada, de patrimônio líquido 
contábil, de patrimônio líquido avaliado a preço de mercado, de fluxo 
de caixa descontado, de comparação por múltiplos, de cotação das 
ações no mercado de valores mobiliários, ou com base em outro 
critério aceito pela Comissão de Valores Mobiliários, assegurada a 
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revisão do valor da oferta, em conformidade com o disposto no art. 
4o-A. 
 
§ 5o Terminado o prazo da oferta pública fixado na regulamentação 
expedida pela Comissão de Valores Mobiliários, se remanescerem em 
circulação menos de 5% (cinco por cento) do total das ações emitidas 
pela companhia, a assembléia-geral poderá deliberar o resgate 
dessas ações pelo valor da oferta de que trata o § 4o, desde que 
deposite em estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de 
Valores Mobiliários, à disposição dos seus titulares, o valor de 
resgate, não se aplicando, nesse caso, o disposto no § 6o do art. 44. 
 
§ 6o O acionista controlador ou a sociedade controladora que adquirir 
ações da companhia aberta sob seu controle que elevem sua 
participação, direta ou indireta, em determinada espécie e classe de 
ações à porcentagem que, segundo normas gerais expedidas pela 
Comissão de Valores Mobiliários, impeça a liquidez de mercado das 
ações remanescentes, será obrigado a fazer oferta pública, por preço 
determinado nos termos do § 4o, para aquisição da totalidade das 
ações remanescentes no mercado.” 
 
O dicionário da BOVESPA1 informa que uma companhia aberta é uma: 
 
“Companhia com valores mobiliários registrados na CVM, admitidos à 
negociação no mercado de títulos e valores mobiliários, de bolsa ou 
de balcão. (grifo meu) 
A CVM pode classificar as companhias de capital aberto em 
categorias, conforme as espécies e classes dos valores mobiliários por 
ela emitidos, negociados nesses mercados. 
 
A companhia aberta sujeita-se ao cumprimento de uma série de 
normas quanto a: 
a) natureza e periodicidade de informações a divulgar 
b) forma e conteúdo dos relatórios de administração e demonstrações 
financeiras 
 
1
 Estou optando por colocar alguns conceitos que estão no dicionário da BOVESPA porque se por acaso cair alguma 
questão da Lei que você não teve a oportunidade de ler, esses conceitos podem dar uma dica tendo em vista o fato de 
que são um resumo do que há de mais importante. 
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c) padrões contábeis, relatório e parecer de auditores independentes 
d) informações prestadas por diretores e acionistas controladores, 
relativos à compra, permuta ou venda de ações emitidas pela 
companhia, sociedades controladas e controladoras 
e) divulgação de deliberações de assembléia de acionistas, órgãos da 
administração, fatos relevantes ocorridos nos negócios, que 
possam influir de modo ponderável na decisão de comprar ou 
vender ações, por parte de investidores. 
 
Nota: companhias abertas existentes antes da edição da lei 
10.303/2001 podem ter seu capital social com até dois terços de 
ações preferenciais.” 
 
 
60. Debêntures 
 
As debêntures são títulos que podem ser emitidos pelas companhias abertas 
não financeiras e estão regulamentados na Lei 6.404/76. 
 
Vamos imaginar uma situação em que uma empresa não-financeira necessita 
de uma quantidade vultuosa de recursos, por exemplo, para construir um 
estádio de futebol para a Copa de 2014 ou o Estádio Olímpico para 2016. Essa 
empresa poderá captar um empréstimo via BNDES, poderá emitir ações para 
captar recursos ou mesmo emitir debêntures. 
 
No caso da emissão de debêntures, a empresa emite um título em que o 
comprador desse título passa a ter direitos contra a empresa emissora, tanto 
de receber seus recursos de volta quanto de obter uma remuneração sobre os 
recursos emprestados. 
 
Após a sua emissão, elas podem ser negociadas no pregão da BOVESPA como 
se fossem ações. 
 
A empresa que emitir debêntures estará dando ao titular da mesma direito de 
crédito contra ela, podendo assegurar juros fixos ou variáveis, participação no 
lucro da companhia e prêmio de reembolso. 
 
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Importante salientar que a Lei determina que somente a Assembléia-Geral 
poderá tem competência para deliberar acerca da emissão de debêntures. 
 
Importante salientar que o valor total da emissão das debêntures, exceto em 
alguns casos que constam em Lei, não poderá ultrapassar o valor do capital 
social da companhia. Esse é um limitador do montante a ser captado pela 
empresa por meio da emissão de debêntures. 
 
A Lei determina também que caso a empresa opte por emitir debêntures no 
exterior, tal emissão somente poderá ser feita após prévia aprovação do Banco 
Central. 
 
Vamos para a Lei6.404/76, então. No capítulo de debêntures2, as informações 
mais importantes são as seguintes: 
 
“Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos 
seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições constantes 
da escritura de emissão e, se houver, do certificado. 
 
Art. 53. A companhia poderá efetuar mais de uma emissão de 
debêntures, e cada emissão pode ser dividida em séries. 
 
Parágrafo único. As debêntures da mesma série terão igual valor 
nominal e conferirão a seus titulares os mesmos direitos. 
 
Art. 54. A debênture terá valor nominal expresso em moeda nacional, 
salvo nos casos de obrigação que, nos termos da legislação em vigor, 
possa ter o pagamento estipulado em moeda estrangeira. 
 
§ 1o A debênture poderá conter cláusula de correção monetária, com 
base nos coeficientes fixados para correção de títulos da dívida 
pública, na variação da taxa cambial ou em outros referenciais não 
expressamente vedados em lei. 
 
Art. 55. A época do vencimento da debênture deverá constar da 
escritura de emissão e do certificado, podendo a companhia estipular 
 
2
 Me reservei o direito de não copiar os artigos na íntegra e saltar alguns deles, os quais julgava ser de menor 
importância. 
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amortizações parciais de cada série, criar fundos de amortização e 
reservar-se o direito de resgate antecipado, parcial ou total, dos 
títulos da mesma série. 
 
Art. 56. A debênture poderá assegurar ao seu titular juros, 
fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e 
prêmio de reembolso. (grifo meu) 
 
Art. 57. A debênture poderá ser conversível em ações nas condições 
constantes da escritura de emissão, que especificará: 
 
I - as bases da conversão, seja em número de ações em que poderá 
ser convertida cada debênture, seja como relação entre o valor 
nominal da debênture e o preço de emissão das ações; 
 
II - a espécie e a classe das ações em que poderá ser convertida; 
 
III - o prazo ou época para o exercício do direito à conversão; 
 
IV - as demais condições a que a conversão acaso fique sujeita. 
 
§ 1º Os acionistas terão direito de preferência para subscrever a 
emissão de debêntures com cláusula de conversibilidade em ações, 
observado o disposto nos artigos 171 e 172. 
 
Art. 59. A deliberação sobre emissão de debêntures é da 
competência privativa da assembléia-geral, que deverá fixar, 
observado o que a respeito dispuser o estatuto: (grifo meu) 
 
I - o valor da emissão ou os critérios de determinação do seu limite, e 
a sua divisão em séries, se for o caso; 
 
II - o número e o valor nominal das debêntures; 
 
III - as garantias reais ou a garantia flutuante, se houver; 
 
IV - as condições da correção monetária, se houver; 
 
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V - a conversibilidade ou não em ações e as condições a serem 
observadas na conversão; 
 
VI - a época e as condições de vencimento, amortização ou resgate; 
 
VII - a época e as condições do pagamento dos juros, da participação 
nos lucros e do prêmio de reembolso, se houver; 
 
VIII - o modo de subscrição ou colocação, e o tipo das debêntures. 
 
§ 1o Na companhia aberta, o conselho de administração poderá 
deliberar sobre a emissão de debêntures simples, não conversíveis 
em ações e sem garantia real, e a assembléia-geral pode delegar ao 
conselho de administração a deliberação sobre as condições de que 
tratam os incisos VI a VIII deste artigo e sobre a oportunidade da 
emissão. 
 
§ 2º A assembléia-geral pode deliberar que a emissão terá valor e 
número de séries indeterminados, dentro de limites por ela fixados 
com observância do disposto no artigo 60. 
 
§ 3º A companhia não pode efetuar nova emissão antes de colocadas 
todas as debêntures das séries de emissão anterior ou canceladas as 
séries não colocadas, nem negociar nova série da mesma emissão 
antes de colocada a anterior ou cancelado o saldo não colocado. 
 
Art. 60. Excetuados os casos previstos em lei especial, o valor 
total das emissões de debêntures não poderá ultrapassar o 
capital social da companhia. (grifo meu) 
 
§ 1º Esse limite pode ser excedido até alcançar: 
 
a) 80% (oitenta por cento) do valor dos bens gravados, próprios ou 
de terceiros, no caso de debêntures com garantia real; 
 
b) 70% (setenta por cento) do valor contábil do ativo da companhia, 
diminuído do montante das suas dívidas garantidas por direitos reais, 
no caso de debêntures com garantia flutuante. 
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§ 2º O limite estabelecido na alínea a do § 1º poderá ser determinado 
em relação à situação do patrimônio da companhia depois de 
investido o produto da emissão; neste caso os recursos ficarão sob 
controle do agente fiduciário dos debenturistas e serão entregues à 
companhia, observados os limites do § 1º, à medida em que for 
sendo aumentado o valor das garantias. 
 
§ 3º A Comissão de Valores Mobiliários poderá fixar outros 
limites para emissões de debêntures negociadas em bolsa ou 
no balcão, ou a serem distribuídas no mercado. (grifo meu) 
 
Art. 62. Nenhuma emissão de debêntures será feita sem que tenham 
sido satisfeitos os seguintes requisitos: 
 
I - arquivamento, no registro do comércio, e publicação da ata da 
assembléia-geral, ou do conselho de administração, que deliberou 
sobre a emissão; 
 
II - inscrição da escritura de emissão no registro do comércio; 
 
III - constituição das garantias reais, se for o caso. 
 
§ 1º Os administradores da companhia respondem pelas perdas e 
danos causados à companhia ou a terceiros por infração deste artigo. 
 
Art. 71. Os titulares de debêntures da mesma emissão ou série 
podem, a qualquer tempo, reunir-se em assembléia a fim de deliberar 
sobre matéria de interesse da comunhão dos debenturistas. 
 
§ 1º A assembléia de debenturistas pode ser convocada pelo agente 
fiduciário, pela companhia emissora, por debenturistas que 
representem 10% (dez por cento), no mínimo, dos títulos em 
circulação, e pela Comissão de Valores Mobiliários. 
 
§ 2º Aplica-se à assembléia de debenturistas, no que couber, o 
disposto nesta Lei sobre a assembléia-geral de acionistas. 
 
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§ 3º A assembléia se instalará, em primeira convocação, com a 
presença de debenturistas que representem metade, no mínimo, das 
debêntures em circulação, e, em segunda convocação, com qualquer 
número. 
 
§ 4º O agente fiduciário deverá comparecer à assembléia e prestar 
aos debenturistas as informações que lhe forem solicitadas. 
 
§ 5º A escritura de emissão estabelecerá a maioria necessária, que 
não será inferior à metade das debêntures em circulação, para 
aprovar modificação nas condições das debêntures. 
 
§ 6º Nas deliberações da assembléia, a cada debênture caberá um 
voto. 
 
Art. 73. Somente com a prévia aprovação do Banco Central do 
Brasil as companhias brasileiras poderão emitir debêntures no 
exterior com garantia real ou flutuante de bens situadosno 
País. (grifo meu) 
 
§ 1º Os credores por obrigações contraídas no Brasil terão 
preferência sobre os créditos por debêntures emitidas no exterior por 
companhias estrangeiras autorizadas a funcionar no País, salvo se a 
emissão tiver sido previamente autorizada pelo Banco Central do 
Brasil e o seu produto aplicado em estabelecimento situado no 
território nacional. 
 
§ 2º Em qualquer caso, somente poderão ser remetidos para o 
exterior o principal e os encargos de debêntures registradas 
no Banco Central do Brasil. (grifo meu) 
 
§ 3º A emissão de debêntures no estrangeiro, além de observar os 
requisitos do artigo 62, requer a inscrição, no registro de imóveis, do 
local da sede ou do estabelecimento, dos demais documentos 
exigidos pelas leis do lugar da emissão, autenticadas de acordo com a 
lei aplicável, legalizadas pelo consulado brasileiro no exterior e 
acompanhados de tradução em vernáculo, feita por tradutor público 
juramentado; e, no caso de companhia estrangeira, o arquivamento 
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no registro do comércio e publicação do ato que, de acordo com o 
estatuto social e a lei do local da sede, tenha autorizado a emissão. 
 
§ 4º A negociação, no mercado de capitais do Brasil, de 
debêntures emitidas no estrangeiro, depende de prévia 
autorização da Comissão de Valores Mobiliários”. (grifo meu) 
 
 
61. Underwriting 
 
A palavra “underwriting” significa subscrição. Na verdade, quando um empresa 
precisa lançar suas ações no mercado financeiro, na bolsa, ela deve procurar 
uma corretora, uma distribuidora ou um banco de investimento para que este 
possa auxiliá-la na tarefa. 
 
Esses agentes especializados no mercado financeiro irão fazer com que haja 
uma adequação da empresa às normas da CVM e auxiliar na distribuição dos 
valores mobiliários quando do seu lançamento. Essa organização e auxílio da 
operação é que é a subscrição da operação. Enquanto isso, os agentes são 
chamados de subscritores (“underwriter”). 
 
Segundo Newlands Jr: 
 
“Por ser uma regra da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, 
nenhuma empresa pode vender diretamente suas ações no mercado 
quando a emissão é pública. É necessária a intermediação de uma 
instituição financeira por meio de uma operação de underwriting.” 
 
Essas operações podem ser feitas das mais diversas formas. Uma operação de 
underwriting pode ser do tipo firme, melhores esforços ou stand-by. 
 
Quando há um lançamento do tipo Garantia Firme, o underwriter da 
operação, antes mesmo do lançamento, garante à empresa a venda da 
totalidade da emissão. Caso, o subscritor não consiga colocar a totalidade no 
mercado, ele terá adquirido o restante. Logo, o risco da empresa emissora é 
bastante baixo, pois antes mesmo da emissão já sabe o valor que conseguirá 
levantar. 
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Quando o lançamento for do tipo Melhores Esforços, o underwriter da 
operação garante à empresa emissora que irá fazer o maior esforço possível 
para efetuar a colocação da operação pela melhor taxa ou preço. No entanto, 
não irá garantir nenhum valor previamente. 
 
Quando o lançamento for do tipo Stand-By, a instituição subscritora se 
compromete a colocar junto ao público o restante dos valores mobiliários em 
determinado espaço de tempo e caso isso não ocorra, ela mesma irá adquirir 
esses títulos. 
 
Importante destacar que alguns autores colocam o bookbuilding como uma 
forma de subscrição. Entretanto, quando há uma subscrição por melhores 
esforços ou mesmo uma firme, o subscritor liga para todos os potenciais 
compradores com o objetivo de anunciar a operação que irá fazer e levantar a 
demanda existente para tal operação. Dessa forma, ele poderá determinar ou 
avaliar, dependendo do caso, o valor de venda do título. Portanto, após ele 
perguntar a quantidade demandada de cada investidor a um determinado 
preço, o subscritor anota esse valor em um “caderno” e assim vai construindo 
esse “caderno” de preço. 
 
Segundo o dicionário da BOVESPA, as operações de Underwriting podem ser as 
seguintes: 
 
Underwriting Firme (straight): Subscrição em que a instituição 
financeira subscreve integralmente a emissão para revendê-la 
posteriormente ao público. Selecionando esta opção a empresa 
assegura a entrada de recursos. O risco de mercado é do 
intermediário financeiro. 
 
Underwriting de Melhores Esforços (Best efforts): Subscrição 
em que a instituição financeira se compromete a realizar os melhores 
esforços para a colocação junto ao mercado das sobras do 
lançamento. Não há comprometimento por parte do intermediário 
para a colocação efetiva de todas as ações. A empresa assume os 
riscos da aceitação ou não das ações lançadas por parte do mercado. 
 
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Underwriting de standby: Subscrição em que a instituição 
financeira se compromete a colocar as sobras junto ao público em 
determinado espaço de tempo, após o qual ela mesmo subscreve o 
total das ações não colocadas. Decorrido o prazo, o risco de mercado 
é do intermediário financeiro. 
 
 
62. Mercado de Câmbio 
 
Antes de começarmos a falar sobre mercado de câmbio é fundamental que 
consigamos entender o que significa câmbio. Eu, particularmente, gosto muito 
de um exemplo que coloco em sala e, praticamente, retira todos os mitos 
acerca desse mercado. 
 
Quando você vai a um mercado e verifica que a batata está custando R$2,00, 
o que aquilo significa? Significa que um quilo de batata pode ser trocado por 
R$2,00, concorda? 
 
Então. No câmbio é a mesma coisa. Quando eu te digo que a taxa de câmbio 
está custando R$2,00, isso significa que você pode trocar R$2,00 por US$1,00 
ao invés de um quilo de batata. Isso que acabei de explicar se chama taxa de 
câmbio. No entanto, câmbio é a troca de uma moeda por outra qualquer. O 
preço dessa troca é a taxa de câmbio. 
 
Segundo o dicionário de Finanças da BOVESPA, câmbio é: 
 
“relação entre valores de duas ou mais moedas nacionais.” 
 
O normativo vigente do CMN define que o mercado de câmbio brasileiro 
compreende as operações de compra e de venda de moeda estrangeira e as 
operações com ouro-instrumento cambial, realizadas com instituições 
autorizadas pelo Banco Central do Brasil a operar no mercado de câmbio, bem 
como as operações em moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com 
sede no País e residentes, domiciliados ou com sede no exterior. 
 
Cabe ressaltar que as taxas de câmbio praticadas no mercado de câmbio 
brasileiro são livremente negociadas entre os agentes e seus clientes e são 
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amplamente divulgadas pela imprensa. O Banco Central divulga as taxas de 
câmbio praticadas no mercado interbancário, não fazendo, atualmente, 
nenhum tipo de fixação desta. 
 
 
62.1. Instituições Autorizadas a Operar 
 
O Conselho Monetário Nacional, em seu normativo, elenca quais as instituições 
estão autorizadas a operar em câmbio e que tipos de operação cada uma delas 
pode fazer. Importante ressaltar que grande parte da Regulamentação 
foi alterada em 01/02/2014.Entretanto, o Edital saiu antes dessa 
data. Portanto, eu irei colocar a regra válida na data do Edital dado 
que é esta que poderá cair na prova. 
 
As autorizações para a prática de operações no mercado de câmbio podem ser 
concedidas pelo Banco Central do Brasil a 
• bancos múltiplos; 
• bancos comerciais; 
• caixas econômicas; 
• bancos de investimento; 
• bancos de desenvolvimento; 
• bancos de câmbio; 
• sociedades de crédito, financiamento e investimento; 
• sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; 
• sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários; e 
• sociedades corretoras de câmbio. 
 
É importante destacar que desde 2009 as agências de turismo e os hotéis não 
podem negociar no mercado de câmbio. 
 
Os agentes autorizados a operar no mercado de câmbio podem realizar as 
seguintes operações: 
 
a) bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Econômica Federal: todas as 
operações previstas para o mercado de câmbio; 
 
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b) bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito, financiamento e 
investimento e agências de fomento: operações específicas autorizadas pelo 
Banco Central; 
 
c) sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades 
distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de 
câmbio: 
 
c1.) operações de câmbio com clientes para liquidação pronta de até 
US$100 mil ou o seu equivalente em outras moedas; e 
 
c2.) operações no mercado interbancário, arbitragens no País e, por meio 
de banco autorizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem com o 
exterior. 
 
 
62.2. Operações Básicas 
 
As operações básicas no mercado de câmbio devem ser registradas por meio 
de contrato de câmbio pois desta forma o Banco Central tem condições de 
saber como estão sendo cursadas as operações. 
 
Normativo do CMN dispõe que: 
 
“Art. 80 – As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e 
vender moeda estrangeira ou realizar transferências internacionais 
em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo 
contraparte na operação agente autorizado a operar no mercado de 
câmbio, observada a legalidade da transação, tendo como base a 
fundamentação econômica e as responsabilidades definidas na 
respectiva documentação. 
 
§ 1º O disposto no caput compreende as compras e as vendas de 
moeda estrangeira, por pessoas físicas ou jurídicas, residentes, 
domiciliadas ou com sede no País, para fins de constituição de 
disponibilidades no exterior e do seu retorno. 
 
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§ 2° As transferências financeiras relativas às aplicações no exterior 
por instituições financeiras e demais instituições autorizadas a 
funcionar pelo Banco Central do Brasil devem observar a 
regulamentação específica. 
 
§ 3º Os fundos de investimento podem efetuar transferências do e 
para o exterior relacionadas às suas aplicações fora do País, 
obedecida a regulamentação editada pela Comissão de Valores 
Mobiliários e as regras cambiais editadas pelo Banco Central do 
Brasil. 
 
§ 4° As transferências financeiras relativas a aplicações no exterior 
por entidades de previdência complementar devem observar a 
regulamentação específica 
 
§ 5º Sem prejuízo do dever de identificação dos clientes de que trata 
o artigo 18 desta Resolução, nas operações de compra e de venda de 
moeda estrangeira até US$ 3.000,00 (três mil dólares dos Estados 
Unidos), ou do seu equivalente em outras moedas, é dispensada a 
apresentação da documentação referente aos negócios jurídicos 
subjacentes às operações de câmbio.” 
 
 
62.3. Contratos de Câmbio 
 
O contrato de câmbio é o documento que formaliza a operação de compra ou 
de venda de moeda estrangeira. 
 
Nele deverão constar informações sobre a moeda estrangeira transacionada, a 
taxa de câmbio contratada, o valor correspondente em moeda nacional e os 
nomes do comprador e do vendedor. Os contratos de câmbio devem ser, 
obrigatoriamente, registrados no Sisbacen pelo agente autorizado a operar no 
mercado de câmbio. Tal fato permite ao Banco Central o acompanhamento de 
todas as operações cursadas nesse mercado. 
 
Nas operações de compra ou de venda de moeda estrangeira de até US$ 3 mil, 
ou seu equivalente em outras moedas estrangeiras, não é obrigatória a 
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utilização do contrato de câmbio, mas o agente do mercado de câmbio deve 
identificar seu cliente e registrar a operação no Sisbacen. 
 
 
62.4. SISCOMEX 
 
O Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX, instituído pelo Decreto 
n° 660, de 25.9.92, é a sistemática administrativa do comércio exterior 
brasileiro, que integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior - 
SECEX, da Secretaria da Receita Federal - SRF e do Banco Central do Brasil - 
BACEN, no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das 
operações de exportação. 
 
A partir de 1993, com a criação do SISCOMEX, todo o processamento 
administrativo relativo às exportações foi informatizado. As operações 
passaram a ser registradas via Sistema e analisadas "on line" pelos órgãos que 
atuam em comércio exterior, tanto os chamados órgãos "gestores" (SECEX, 
SRF e BACEN) como os órgãos "anuentes", que atuam apenas em algumas 
operações específicas (Ministério da Saúde, Departamento da Polícia Federal, 
Comando do Exército etc.). 
 
Na concepção e no desenvolvimento do Sistema, foram harmonizados 
conceitos, códigos e nomenclaturas, tornando possível a adoção de um fluxo 
único de informações, tratado pela via informatizada, que permite a eliminação 
de diversos documentos utilizados no processamento das operações. 
 
O sistema de registro de exportações totalmente informatizado permitiu um 
enorme ganho em agilização, confiabilidade, rápido acesso a informações 
estatísticas, redução de custos etc. 
 
O acesso ao SISCOMEX IMPORTAÇÃO é feito por meio de conexão com o 
Serpro a fim de que as operações que necessitam de Licenciamento de 
Importação possam ser efetuadas. 
 
O SISCOMEX tem sido constantemente aprimorado, tendo incorporado o 
Módulo Drawback Eletrônico, em novembro de 2001. 
 
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A Instrução Normativa da Receita Federal que normatiza o SISCOMEX dispõe 
que: 
 
“Art. 1 º A habilitação da pessoa física responsável por pessoa 
jurídica importadora, exportadora ou internadora da Zona Franca de 
Manaus (ZFM), para a prática de atos no Sistema Integrado de 
Comércio Exterior (Siscomex), e o credenciamento dos respectivos 
representantes para a prática de atividades relacionadas com o 
despacho aduaneiro, perante a Secretaria da Receita Federal do 
Brasil (RFB), deverão ser formalizados com observância do disposto 
nesta Instrução Normativa. 
 
Parágrafo único. As disposições desta Instrução Normativa aplicam-se 
também aos órgãos da administração pública direta, autarquias, 
fundações públicas, órgãos públicos autônomos, organismos 
internacionais e a outras instituições extraterritoriais, bem como às 
pessoas físicasem seus próprios nomes. 
 
CAPÍTULO I 
DAS MODALIDADES DE HABILITAÇÃO 
 
Art. 2 º A habilitação, de que trata o art. 1 º , será requerida pelo 
interessado, e poderá ser deferida para uma das seguintes 
modalidades: 
I - pessoa jurídica, nas seguintes submodalidades: 
a) expressa, no caso de: 
1. pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade anônima de 
capital aberto, com ações negociadas em bolsa de valores ou no 
mercado de balcão, bem como suas subsidiárias integrais; 
2. pessoa jurídica autorizada a utilizar o Despacho Aduaneiro 
Expresso (Linha Azul), nos termos da Instrução Normativa SRF 
n º476, de 13 de dezembro 2004 ; 
3. empresa pública ou sociedade de economia mista; 
4. órgãos da administração pública direta, autarquia e fundação 
pública, órgão público autônomo, organismo internacional e outras 
instituições extraterritoriais; 
5. pessoa jurídica habilitada para fruir dos benefícios fiscais 
previstos na Lei n º 12.350, de 20 de dezembro de 2010 ; e 
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6. pessoa jurídica que pretende atuar exclusivamente em 
operações de exportação; 
 
b) ilimitada, no caso de pessoa jurídica cuja estimativa da capacidade 
financeira a que se refere o art. 4 º e seus parágrafos seja superior a 
US$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil dólares dos Estados Unidos 
da América); ou 
 
c) limitada, no caso de pessoa jurídica cuja estimativa da capacidade 
financeira a que se refere o art. 4 º e seus parágrafos seja igual ou 
inferior a US$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil dólares dos Estados 
Unidos da América); ou 
 
II - pessoa física, no caso de habilitação do próprio interessado, 
inclusive quando qualificado como produtor rural, artesão, artista ou 
assemelhado. 
 
§ 1 º Para fins do disposto nas alíneas "b" e "c" do inciso I do caput , 
a estimativa da capacidade financeira para operações de comércio 
exterior com cobertura cambial, em cada período consecutivo de 6 
(seis) meses, será apurada mediante a sistemática de cálculo definida 
em ato normativo expedido pela Coordenação-Geral de Administração 
Aduaneira (Coana). 
 
§ 2 º A pessoa física habilitada nos termos do inciso II 
do caput poderá realizar tão somente: 
 
I - operações de comércio exterior para a realização de suas 
atividades profissionais, inclusive na condição de produtor rural, 
artesão, artista ou assemelhado; 
II - importações para seu uso e consumo próprio; e 
III - importações para suas coleções pessoais. 
 
§ 3 º Para fins do disposto no § 2 º , considera-se produtor rural a 
pessoa física que explore atividade rural, individualmente ou sob a 
forma de parceria, arrendamento ou condomínio, comprovada 
documentalmente. 
 
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CAPÍTULO IV 
DO CREDENCIAMENTO DE REPRESENTANTES PARA ACESSO AO 
SISCOMEX 
 
Art. 11. Poderá ser credenciado a operar o Siscomex como 
representante de pessoa física ou jurídica, no exercício das atividades 
relacionadas com o despacho aduaneiro: 
 
I - despachante aduaneiro; 
II - dirigente ou empregado da pessoa jurídica representada; 
III - empregado de empresa coligada ou controlada da pessoa 
jurídica representada; e 
IV - funcionário ou servidor especificamente designado, nos casos de 
órgão da administração pública direta, autarquia e fundação pública, 
órgão público autônomo, organismo internacional e outras 
instituições extraterritoriais. 
 
§ 1 º O credenciamento e o descredenciamento de representantes da 
pessoa jurídica para a prática das atividades relacionadas com o 
despacho aduaneiro no Siscomex serão efetuados diretamente nesse 
sistema pelo respectivo responsável habilitado, no módulo "Cadastro 
de Representante Legal" do Siscomex Web , acessível no sítio da RFB 
na Internet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br> => 
Aduana e Comércio Exterior => Siscomex => Acesso aos Sistemas 
Web). 
 
§ 2 º O credenciamento e o descredenciamento de representante de 
pessoa física poderá ser efetuado na forma do § 1 º ou mediante 
solicitação à unidade da RFB de despacho aduaneiro. 
 
§ 3 º O credenciamento de que trata o § 2 º poderá ser requerido 
mediante a indicação do despachante aduaneiro, na forma no Anexo 
Único a esta Instrução Normativa, acompanhado do respectivo 
instrumento de outorga de poderes, quando for o caso. 
 
§ 4 º A pessoa física com a inscrição no Cadastro de Pessoa Física 
(CPF) enquadrada em situação cadastral diferente de regular, não 
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poderá ser credenciada para exercer atividades relacionadas com o 
despacho aduaneiro. 
 
§ 5 º A pessoa física credenciada, como representante, na forma 
deste artigo poderá atuar em qualquer unidade da RFB em nome da 
pessoa física ou jurídica que represente. 
 
§ 6 º O responsável legal da pessoa física ou jurídica, habilitado nos 
termos desta Instrução Normativa, deve se assegurar, nos termos do 
art. 810 do Decreto n º 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 - 
Regulamento Aduaneiro, da regularidade do registro das pessoas 
credenciadas para atuar como despachante aduaneiro. 
 
Art. 12. O representante credenciado a operar o Siscomex fica sujeito 
à comprovação de sua condição à fiscalização aduaneira, quando 
exigido, relativamente ao disposto nos incisos I a IV do caput do art. 
11. 
 
§ 1 º Na hipótese de o representante não dispor de poderes previstos 
no contrato social ou estatuto, deverá manter o respectivo 
instrumento de outorga para ser apresentado à fiscalização 
aduaneira, quando exigido. 
 
§ 2 º No caso de o representante ser dirigente ou empregado da 
pessoa jurídica ou de empresa coligada ou controlada, deverá 
manter, além do instrumento de mandato referido no § 1 º , cópia 
autenticada ou original do documento que comprove o exercício da 
função ou o vínculo empregatício, para apresentação à fiscalização 
aduaneira, quando solicitada. 
 
Art. 13. A identificação do responsável pela pessoa jurídica, para fins 
de acesso ao módulo referido no § 1 º do art. 11, será efetuada por 
meio de certificado digital emitido por autoridade certificadora, em 
conformidade com o disposto na Instrução Normativa RFB n º 1.077, 
de 29 de outubro de 2010 . 
 
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§ 1 º Quando o responsável habilitado pela pessoa jurídica estiver 
impossibilitado de providenciar o certificado digital referido no caput , 
ou na hipótese a que se refere o item 5 da alínea "a" do inciso I do 
art. 2 º , o chefe da unidade da RFB poderá autorizar o 
credenciamento, de ofício, de representante da pessoa jurídica para a 
prática de atividades vinculadas ao despacho aduaneiro. 
 
§ 2 º Salvo a hipótese a que se refere o item 5 da alínea "a" do inciso 
I do art. 2 º , para fins da autorização referida no § 1 º deverá ser 
comprovada a existência concomitante de: 
I - carga para importação ou exportação pendente de realização de 
despacho; 
II - instrumento de outorga de poderes para o representante; e 
III - motivo de força maior que justifique a impossibilidade de o 
responsável habilitado obter seu certificado digital.”62.5. Remessas de Câmbio 
 
A pessoa interessada em fazer uma remessa de moeda estrangeira para o 
exterior deve se dirigir a uma instituição autorizada pelo Banco Central do 
Brasil a operar no mercado de câmbio ou uma empresa conveniada e 
apresentar a documentação necessária para a remessa. Caberá ao agente 
informar a taxa de câmbio praticada, as tarifas que serão cobradas pela 
operação e os procedimentos adicionais necessários. 
 
A empresa conveniada referida pode ser uma instituição financeira ou uma 
pessoa jurídica qualquer, contratada por uma instituição do sistema financeiro 
autorizada a operar no mercado de câmbio especificamente para efetuar esse 
tipo de transação. 
 
As empresas conveniadas financeiras podem realizar operações cujo valor, por 
operação, não exceda a US$ 3 mil e que sejam relativas a turismo 
internacional e a transferências unilaterais, como, por exemplo, manutenção 
de residentes, doações, aposentadorias e pensões, indenizações e multas, 
patrimônio. 
 
 
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62.6. Perguntas e Respostas 
 
Nos últimos anos, as questões de Mercado de Câmbio que, em geral, são 
cobradas pelo CESPE acabam sendo extraídas do site do BACEN. Exatamente 
por esse motivo, eu optei em colocar alguns pontos importantes que aparecem 
no site do Banco Central do Brasil. 
 
 
1. O que é câmbio? 
 
Câmbio é a operação de troca de moeda de um país pela moeda de outro país. 
Por exemplo, quando um turista brasileiro vai viajar para o exterior e precisa 
de moeda estrangeira, o agente autorizado pelo Banco Central a operar no 
mercado de câmbio recebe do turista brasileiro a moeda nacional e lhe entrega 
(vende) a moeda estrangeira. Já quando um turista estrangeiro quer converter 
moeda estrangeira em reais, o agente autorizado a operar no mercado de 
câmbio compra a moeda estrangeira do turista estrangeiro, entregando-lhe os 
reais correspondentes. 
 
 
2. O que é mercado de câmbio? 
 
No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente onde se realizam as operações 
de câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central e entre estes e 
seus clientes, diretamente ou por meio de seus correspondentes. 
 
O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central e 
compreende as operações de compra e de venda de moeda estrangeira, as 
operações em moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no 
País e residentes, domiciliados ou com sede no exterior e as operações com 
ouro-instrumento cambial, realizadas por intermédio das instituições 
autorizadas a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central, diretamente 
ou por meio de seus correspondentes. 
 
Incluem-se no mercado de câmbio brasileiro as operações relativas aos 
recebimentos, pagamentos e transferências do e para o exterior mediante a 
utilização de cartões de uso internacional, bem como as operações referentes 
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às transferências financeiras postais internacionais, inclusive vales postais e 
reembolsos postais internacionais. 
 
À margem da lei, funciona um segmento denominado mercado paralelo. São 
ilegais os negócios realizados no mercado paralelo, bem como a posse de 
moeda estrangeira oriunda de atividades ilícitas. 
 
 
3. Qualquer pessoa física ou jurídica pode comprar e vender moeda 
estrangeira? 
 
Sim, desde que a outra parte na operação de câmbio seja agente autorizado 
pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio (ou seu correspondente 
para tais operações) e que seja observada a regulamentação em vigor, 
incluindo a necessidade de identificação em todas as operações. É dispensado 
o respaldo documental das operações de valor até o equivalente a US$ 3 mil, 
preservando-se, no entanto, a necessidade de identificação do cliente. 
 
 
4. Que instituições podem operar no mercado de câmbio e que 
operações elas podem realizar? 
 
Podem ser autorizados pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio: 
bancos múltiplos; bancos comerciais; caixas econômicas; bancos de 
investimento; bancos de desenvolvimento; bancos de câmbio; agências de 
fomento; sociedades de crédito, financiamento e investimento; sociedades 
corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos 
e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio. 
 
Esses agentes podem realizar as seguintes operações: 
a) bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Econômica Federal: todas as 
operações previstas para o mercado de câmbio; 
b) bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito, financiamento e 
investimento e agências de fomento: operações específicas autorizadas pelo 
Banco Central; 
c) sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades 
distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de 
câmbio: 
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c1.) operações de câmbio com clientes para liquidação pronta de até US$100 
mil ou o seu equivalente em outras moedas; e 
c2.) operações no mercado interbancário, arbitragens no País e, por meio de 
banco autorizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem com o exterior. 
Além desses agentes, o Banco Central também concedia autorização para 
agências de turismo e meios de hospedagem de turismo para operarem no 
mercado de câmbio. Atualmente, não se concede mais autorização para esses 
agentes, permanecendo ainda apenas aquelas agências de turismo cujos 
proprietários pediram ao Banco Central autorização para constituir instituição 
autorizada a operar em câmbio. Enquanto o Banco Central está analisando tais 
pedidos, as agências de turismo ainda autorizadas podem continuar a realizar 
operações de compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e 
cheques de viagem, relativamente a viagens internacionais. 
 
As instituições financeiras autorizadas a operar em câmbio podem contratar 
correspondentes (pessoas jurídicas em geral) para a realização das seguintes 
operações de câmbio: 
 
a) execução ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa a transferência 
unilateral (ex: manutenção de residentes, transferência de patrimônio, prêmios 
em eventos culturais e esportivos ) do ou para o exterior, limitada ao valor 
equivalente a US$ 3 mil dólares dos Estados Unidos, por operação; 
b) compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de 
viagem, bem como carga de moeda estrangeira em cartão pré-pago, limitada 
ao valor equivalente a US$ 3 mil dólares dos Estados Unidos, por operação; e 
c) recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio. 
 
As operações realizadas pelos correspondentes são de total responsabilidade 
da instituição contratante (para mais informações sobre correspondentes, 
consulte: Perfis > Cidadão > Perguntas frequentes, cartilhas e notícias > 
Perguntas frequentes > Correspondentes no país). 
 
A ECT também é autorizada pelo Banco Central a realizar operações com vales 
postais internacionais, emissivos e receptivos, destinadas a atender 
compromissos diversos, tais como: manutenção de pessoas físicas, 
contribuições previdenciárias, aposentadorias e pensões, aquisição de 
medicamentos para uso particular, pagamento de aluguel de veículos, multas, 
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doações. Por meio dos vales postais internacionais, a ECT também pode dar 
curso a recebimentos ou pagamentos conduzidos sob a sistemática de câmbio 
simplificado de exportação ou de importação, observado o limite de US$50 mil, 
ou seu equivalente em outras moedas, por operação. 
 
A relação dos agentes autorizados a operar no mercado de câmbio pode ser 
consultada em: Câmbio e Capitais Internacionais > Instituições que atuam no 
mercado de câmbio. 
 
 
5. Que operações podem ser realizadas no mercado de câmbio? 
 
Quaisquer pagamentos ou recebimentos em moeda estrangeira podem ser 
realizados no mercado de câmbio, inclusive as transferências para fins de 
constituição de disponibilidades no exterior e seu retorno ao País e aplicações 
no mercado financeiro. As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem 
comprar e vender moeda estrangeira ou realizar transferências internacionais 
em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, observada a 
legalidade da transação, tendo como base a fundamentação econômica e as 
responsabilidades definidas na respectiva documentação. 
 
Embora do ponto de vista cambial não exista restrição para a movimentação 
de recursos, os agentes do mercado e seus clientes devem observar eventuais 
restrições legais ou regulamentares existentes para determinados tipos de 
operação. Como exemplo, relativamente à colocação de seguros no exterior, 
devem ser observadas as disposições dos órgãos e entidades responsáveis pela 
regulação do segmento segurador. 
 
 
6. Os bancos são obrigados a vender moeda em espécie? 
 
Não. Normalmente, os agentes autorizados a operar em câmbio, por questão 
de administração de caixa e estratégia operacional, procuram operar com o 
mínimo possível de moeda em espécie. 
 
 
 
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7. Posso fazer aplicações no exterior no mercado de capitais ou de 
derivativos? 
 
Veja a seção Investimentos e empréstimos. 
 
 
8. O que é mercado primário e mercado secundário? 
 
A operação de mercado primário implica o recebimento ou a entrega de moeda 
estrangeira por parte de clientes no País, correspondendo a fluxo de entrada 
ou de saída da moeda estrangeira do País. Esse é o caso das operações 
realizadas com exportadores, importadores, viajantes, etc. Já no mercado 
secundário, também denominado mercado interbancário quando os negócios 
são realizados entre bancos, a moeda estrangeira é negociada entre as 
instituições integrantes do sistema financeiro e simplesmente migra do ativo 
de uma instituição autorizada a operar no mercado de câmbio para o de outra, 
igualmente autorizada, não havendo fluxo de entrada ou de saída da moeda 
estrangeira do País. 
 
 
9. O que é posição de câmbio? 
 
A posição de câmbio é representada pelo saldo das operações de câmbio 
(compra e venda de moeda estrangeira, de títulos e documentos que as 
representem e de ouro-instrumento cambial) prontas ou para liquidação 
futura, realizadas pelas instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil a 
operar no mercado de câmbio. 
 
 
10. O que é posição de câmbio comprada? 
 
A posição de câmbio comprada é o saldo em moeda estrangeira registrado em 
nome de uma instituição autorizada que tenha efetuado compras, prontas ou 
para liquidação futura, de moeda estrangeira, de títulos e documentos que as 
representem e de ouro-instrumento cambial, em valores superiores às vendas. 
 
 
 
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11. O que é posição de câmbio vendida? 
 
A posição de câmbio vendida é o saldo em moeda estrangeira registrado em 
nome de uma instituição autorizada que tenha efetuado vendas, prontas ou 
para liquidação futura, de moeda estrangeira, de títulos e documentos que as 
representem e de ouro-instrumento cambial, em valores superiores às 
compras. 
 
 
12. O que é operação pronta? 
 
A operação de câmbio (compra ou venda) pronta é a operação a ser liquidada 
em até dois dias úteis da data de contratação. 
 
 
13. O que é operação para liquidação futura? 
 
A operação de câmbio (compra ou venda) para liquidação futura é a operação 
a ser liquidada em prazo maior que dois dias. 
 
 
14. O que é contrato de câmbio? 
 
Contrato de câmbio é o documento que formaliza a operação de compra ou de 
venda de moeda estrangeira. Nele são estabelecidas as características e as 
condições sob as quais se realiza a operação de câmbio. Dele constam 
informações relativas à moeda estrangeira que um cliente está comprando ou 
vendendo, à taxa contratada, ao valor correspondente em moeda nacional e 
aos nomes do comprador e do vendedor. Os contratos de câmbio devem ser 
registrados no Sistema Integrado de Registro de Operações de Câmbio 
(Sistema Câmbio) pelo agente autorizado a operar no mercado de câmbio. 
 
Nas operações de compra ou de venda de moeda estrangeira de até US$ 3 mil, 
ou seu equivalente em outras moedas estrangeiras, não é obrigatória a 
formalização do contrato de câmbio, mas o agente do mercado de câmbio deve 
identificar seu cliente e registrar a operação no Sistema Câmbio. 
 
 
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15. O que é política cambial? 
 
É o conjunto de ações governamentais diretamente relacionadas ao 
comportamento do mercado de câmbio, inclusive no que se refere à 
estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de 
pagamentos. 
 
 
16. Qual é o papel do Banco Central no mercado de câmbio? 
 
O Banco Central executa a política cambial definida pelo Conselho Monetário 
Nacional. Para tanto, regulamenta o mercado de câmbio e autoriza as 
instituições que nele operam. Também compete ao Banco Central fiscalizar o 
referido mercado, podendo punir dirigentes e instituições mediante multas, 
suspensões e outras sanções previstas em lei. Além disso, o Banco Central 
pode atuar diretamente no mercado, comprando e vendendo moeda 
estrangeira de forma ocasional e limitada, com o objetivo de conter 
movimentos desordenados da taxa de câmbio. 
 
 
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
 
Questão 113 
 
 (NCE – CVM – Analista – 2008) – Nos termos da Lei nº 6404 de 15 de 
dezembro de 1976, a companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido 
em ações e a responsabilidade dos sócios ou acionistas está limitada ao 
seguinte parâmetro: 
 
a) valor do patrimônio líquido da companhia; 
b) valor de mercado das suas ações; 
c) preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas; 
d) sua participação no capital social da sociedade; 
e) valor econômico da companhia. 
 
 
Questão 114 
 
 (NCE – CVM – Analista – 2008) – A legislação societária brasileira define a 
companhia aberta como aquela que: 
 
a) possui mais de dois acionistas e o seu capital social está dividido em ações 
ordinárias e preferenciais; 
b) os valores mobiliários de sua emissão estejam admitidos à negociação no 
mercado de valores mobiliários; 
c) publica seus atos societários e demonstrativos financeirosem jornal de 
grande circulação; 
d) possui uma carteira de investimento diversificada em valores mobiliários; 
e) do seu quadro societário podem participar acionistas estrangeiros. 
 
 
Questão 115 
 
(Cesgranrio – BB – Escriturário – 2010) – As Companhias ou Sociedades 
Anônimas podem ser classificadas como abertas ou fechadas. São classificadas 
como abertas quando 
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a) seu passivo está atrelado a opções de mercado futuro. 
b) seus principais ativos são ações de outras companhias de capital aberto. 
c) sua estrutura de capital permite a entrada de sócios estrangeiros. 
d) suas ações são negociadas na Bolsa de Valores ou no mercado balcão. 
e) suas ações são propriedade dos sócios fundadores e não estão à venda. 
 
 
Questão 116 
 
(NCE – CVM – Agente – 2005) – Considerando-se uma empresa regida pela Lei 
6404/76 e alterações posteriores, analise as afirmativas a seguir: 
I – As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da 
companhia aberta e fechada podem ser apenas de uma única classe. 
II – Uma companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de 
sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores 
mobiliários. 
III – O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a 
restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 70% (setenta por 
cento) do total das ações emitidas. 
 
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são somente: 
a) II; 
b) I e II; 
c) I e III; 
d) II e III; 
e) I, II e III. 
 
 
Questão 117 
 
(NCE – CVM – Agente – 2005) – As sociedades anônimas são: 
a) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital 
não se divide em ações, de livre negociabilidade, limitando-se a 
responsabilidade dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações 
por eles subscritas ou adquiridas; 
b) pessoas jurídicas de direito público em que o capital não se divide em 
ações; 
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c) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital 
se divide em ações de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade 
dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações por eles 
subscritas ou adquiridas; 
d) associações de empresas ou conglomerados que têm por finalidade compor 
determinadas companhias; 
e) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital 
se divide por cotas, de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade 
dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações por eles 
subscritas ou adquiridas. 
 
 
Questão 118 
 
(NCE – CVM – Agente – 2005) – As debêntures são: 
a) ativos lançados no mercado financeiro sem autorização da Comissão de 
Valores Mobiliários – CVM, que conferem aos seus detentores o direito de 
crédito contra a empresa, nos termos da escritura de emissão e do certificado, 
conforme art. 52 da Lei 6404/76; 
b) títulos de dívida de médio ou longo prazos, emitidos pelas sociedades 
anônimas não-financeiras de capital aberto, que conferem aos seus detentores 
o direito de crédito contra a empresa, nos termos da escritura de emissão e do 
certificado, conforme art. 52 da Lei 6404/76; 
c) emitidas pelas companhias fechadas com prévia autorização do Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que conferem aos 
seus detentores o direito de crédito contra a empresa, nos termos da escritura 
de emissão e do certificado, conforme art. 52 da Lei 6404/76; 
d) títulos cuja emissão no mercado independe de deliberação da assembléia 
geral; 
e) títulos que não podem ser recomprados pelo emissor. 
 
 
Questão 119 
 
(Fundação Carlos Chagas – BB – Escriturário – 2010) – As debêntures, 
segundo a Lei no 6.404/76, são títulos nominativos ou escriturais emitidos por 
sociedades por ações. Asseguram ao seu titular direito de crédito contra a 
companhia emissora e 
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a) devem ser registradas para negociação em Bolsa de Valores. 
b) podem ser emitidas por bancos de investimento. 
c) são adquiridas por investidores no mercado internacional. 
d) podem ser emitidas pelo prazo máximo de 360 dias. 
e) têm as suas garantias, se houver, especificadas na escritura de emissão. 
 
 
Enunciado para as Questões 120 a 125 
 
Julgue os itens a seguir, que tratam do mercado de câmbio, das instituições 
autorizadas a operar nesse mercado e das suas operações básicas. 
 
Questão 120 
 
(CESPE – BASA – 2012) – No mercado flutuante, são realizados diversos tipos 
de operações com moedas estrangeiras, tais como contribuições a entidades 
associativas e pagamentos de tratamentos de saúde. 
 
 
Questão 121 
 
(CESPE – BASA – 2012) – No mercado secundário de câmbio, a moeda 
estrangeira é negociada entre as instituições integrantes do sistema financeiro 
e migra do ativo de uma instituição para o de outra, não havendo, nesse caso, 
fluxo de entrada da moeda estrangeira no país nem de saída. 
 
 
Questão 122 
 
(CESPE – BASA – 2012) – O mercado de câmbio representa a relação entre 
vendedores e compradores com o objetivo de realizar transações cambiais. 
 
 
Questão 123 
 
(CESPE – BASA – 2012) – A estrutura do mercado cambial é composta por 
bancos, exportadores e importadores, não incluindo a bolsa de valores. 
 
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Questão 124 
 
(CESPE – BASA – 2012) – O BACEN é responsável tanto por propor a política 
cambial quanto por fiscalizar o mercado de câmbio. 
 
 
Questão 125 
 
(CESPE – BASA – 2012) – São exemplos de operação de câmbio manual — 
definida como a compra e venda de divisas estrangeiras: letras de câmbio, 
cheques e ordens de pagamentos. 
 
 
Enunciado para as Questões 126 a 132 
 
Acerca dos contratos de câmbio, das taxas de câmbio, bem como do 
SISCOMEX, julgue os itens subsequentes. 
 
Questão 126 
 
(CESPE – BASA – 2012) – Há quatro modalidades de habilitação de pessoa 
física ou jurídica para a prática de atos no SISCOMEX: ordinária, simplificada, 
especial e irrestrita. 
 
 
Questão 127 
 
(CESPE – BASA – 2012) – Tratando-se de atividades relacionadas ao despacho 
aduaneiro, poderão ser credenciados a operar no SISCOMEX como 
representantes de pessoa jurídica o dirigente de pessoa jurídica ou o servidor 
especificamente designado, conforme o caso específico. 
 
 
Questão 128 
 
(CESPE – BASA – 2012) – Nas operações de compra ou venda de moeda 
estrangeira no valor de até US$ 3 mil, ou seu equivalente em outras moedas 
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estrangeiras, não é obrigatória a formalização do contrato de câmbio nem é 
necessário que o agente do mercado de câmbio identifique e registre o cliente 
no Sistema Câmbio. 
 
 
Questão 129 
 
(CESPE – BASA – 2012) – A taxa contratada, o nome do comprador e o do 
vendedor são informações que devem constar de um contrato

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