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FUNGOS: myxomycota

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Myxomycota
Este filo compreende um grupo de cerca de 700 espécies, no Brasil existem cerca de 175 táxons específicos, distribuídos em 12 famílias e 32 gêneros. A maioria das espécies podem ser encontradas durante o ano todo e são visíveis na natureza, por meio de seus esporocarpos ou plasmódios. Esses seres como será descrito mais adiante podem ser unicelulares, coloniais, ou multicelulares, dependendo da fase de vida que se estude. E ainda estão presentes nos mais diferentes ecossistemas: desertos, florestas tropicais, caatinga...
Eles não parecem ter relação direta com organismos pseudoplasmodiais, fungos ou qualquer outro grupo. Muitos autores o enquadram como sendo fungos mas evidências moleculares demonstram que eles não têm relação aparente com esse grupo. Outros autores ainda denominam de fungos mucosos que não tem nenhuma relação com os fungos verdadeiros (Eumicetos) embora apresentem algumas características semelhantes a fungos, como por exemplo a produção de esporos dentro do espiorângio. Entretanto o estágio assimilativo em plasmódio é morfologicamente similar aquele de uma ameba (ingerindo seu alimento por meio de fagocitose). Até parecem não apresentar parentesco com nenhum outro grupo atual de seres vivos.
Os zoólogos ainda reclamam a inclusão do grupo no reino animal pelo nome de Myxozoa (motivo: ausência de parede celular e alimentação saprófita por osmose). Mas por estar mais relacionados a protozoários é considerado como do reino Protista. . Mas mesmo com essa problemática de que reino esse filo pertence, por tradição ainda são objetos de estudos dos micologistas ele possui algumas espécies fitopatógenos a plantas superiores – afetando as raízes de repolho, outras espécies podem causar sardas pulverulentas nos tubérculos da batata -, o que abre uma exceção entre os protozoários. Podendo ainda ser parasita de algas. Curiosidade: A designação protozoário (proto = primeiro + zoa = animal) começou a ser usada quando os mixomicetos eram incluídos no Reino Animalia.
Quando as condições são apropriadas, os mixomicetos vivem como massas finas e deslizantes de protoplasma (muco colorido) que se movem de forma amebóide por pseudópodes sob o substrato. Uma das características principais desse grupo é apresentar suas estruturas somáticas destituídas de parede celular, mas apenas uma membrana flexível, o que lhes permitem a movimentação. Sem parede celular essa massa de protoplasma “nu” é denominado de plasmódio (alguns livros o chamam de pseudoplasmódios).
Existem três tipos de plasmódios: - Protoplasmodio: só é visível ao microscópio, geralmente origina um único esporófito, e é carcterístico da ordem Echinosteliales. -Afanoplasmodio: Um pouco maior entretanto tão pouco visível macroscopicamete, apresenta ramificações muito estreitas e é típico da ordem Stemonitales. -Faneroplasmodio: Sempre visível macroscopicamente, tem aspecto ramificado, com cores vivas e variadas.
Um plasmódio em movimento ativo tem forma característica de leque, porções espessadas de citoplasma fluindo para trás a partir da barra do leque, ramificam-se e ficam mais finos nas bordas. Esse leque é formado por túbulos os quais são compostos de protoplasma ligeiramente solidificado, através do qual o protoplasma mais líquido movimenta-se rapidamente. A borda do plasmódio consiste em uma fina camada de gel separada do substrato somente pela membrana plasmática e uma bainha mucilaginosa. Este plasmódio é uma massa citoplasmática comum a muitos núcleos – multinucleada - contida num único envoltório citoplasmático, mantendo assim a sua qualidade cenocítica (células isoladas protegidas em tecas) no qual nunca existe uma unidade celular determinada, ou seja, sem separação celulares. Como ele cresce, os núcleos dividem-se repetida e sincronicamente, isto é, todos os núcleos do plasmódio dividem-se ao mesmo tempo. Centríolos estão presentes e a mitose é similar a das plantas e animais.
Após as sucessivas divisões o plasmódio pode atingir grandes tamanhos, chegando a pesar 30 gramas e cobrindo com uma fina camada vários metros quadrados. Enquanto as condições forem favoráveis ao desenvolvimento vegetativo, o plasmódio continua a crescer em volume com repetidas divisões nucleares simultâneas.
Ao deslocar-se, o plasmódio engloba (fagocita) partículas, bactérias, leveduras, esporos, e pequenas partículas de material em decomposição de origem vegetal ou animal. Mas experiências demonstram que em meios de cultura, os quais não contêm partículas, sugerindo que também podem alimenta-se diretamente por absorção de compostos orgânicos dissolvidos. Uma vez que o alimento é engolido é cercado por um vacúolo por onde enzimas hidrolíticas são secretadas para a digestão do alimento. Em fungos o estágio assimilativo é micélio, no qual é cercado por uma rígida parede e obtém seu alimento por absorção, sendo este mais um dos motivos para os micologistas pôr os mixomicetos no reino protista.
Se não existir água suficiente no meio, o plasmódio pode formar uma espécie de quisto (cavidade fechada onde se acumulam secreções que anormalmente não podem escoar-se), designado esclerócio, que lhe permitirá sobreviver a condições muito agrestes, tal como desertos, onde estes seres são abundantes.
A parte tem a importância desses organismos como recicladores da matéria orgânica. Já a importância econômica do grupo é pequena, mas torna-se relevante academicamente, constituindo-se em excelente material de estudo para os pesquisadores de várias áreas, principalmente para a pesquisa do ciclo mitótico (por a mitose ser semelhante a das plantas e animais), morfogênese, mudanças químicas que interferem na reprodução, movimento do protoplasma,entre outros. Curiosidade: tanto larvas como adultos de insetos da família adephaga se alimentam dele.
Ciclo de Vida
Os mixomicetos têm um ciclo de vida no qual a reprodução sexuada faz parte, podendo ser um dos grupos mais antigos dos protistas que adquiriram sexos. O crescimento plasmodial continua por longo tempo, desde que esteja disponível adequado suprimento de alimento, umidade e em algumas espécies a luz . Geralmente quando há pouca disponibilidade de um deles, o plasmódio migra para fora da área de alimentação. Em muitas espécies, quando o plasmódio cessa o movimento, dividem-se em minúsculos pequenos montículos. Os montículos (esporângios primitivos) são similares em tamanho e volume, e sua formação é, provavelmente, controlada por efeitos químicos dentro do plasmódio.
Cada montículo, inicialmente alongados, porque ainda haverá um desenvolvimento na base, pois esta dará origem a haste e diminui de tamanho quando a parcela superior transforma-se em esporângio. No desenvolvimento desse montículo, que na verdade é o esporângio primordial, começa a desenvolver o corpo frutífero que consiste num pé ou hipotalo e num esporângio comumente no topo de um pedúnculo (que alcançam um altura máxima de 30 cm mas a maioria têm apenas poucos milímetros), no interior do esporângio encontra-se o capilício, massa filamentosa (constituídos por finos fios que podem conter substâncias calcárias) entremeada de esporos. O esporângio maduro é freqüentemente ornamentado. Da mesma forma que os plasmódios os esporângios têm cores e formatos variadas. Quando existe a formação dos esporângios o plasmódio torna-se mais denso e dar-se forma a uma folha grossa denominada hipotalo.
Em muitos membros do grupo não são produzidos esporângios definitivos se o plasmódio inteiro pode se transformar em um plasmodiocarpo, no qual os esporângios crescem tão juntos que parecem que são um só, típico dos gêneros Dictydiaethalium e Brefeldia; ou então em etálio, este tem tamanho maior no qual o plasmódio forma um grande montículo que é, essencialmente, apenas um grande esporângio, de gêneros como Lycogala, Fuligo o Mucilago.
O protoplasma de um esporângio jovem contém muitos núcleos que aumentam em número por mitose. Progressivamente, o protoplasma divide-se em grande quantidade de esporos, tais esporos tem forma arredondada, e cada um contémum núcleo diplóide. A meiose então ocorre dando origem a quatro núcleos haplóides por esporo. Três dos quatro núcleos se desintegra deixando cada esporo com apenas um núcleo haplóide, estes ainda são globosos e unicelulares.
A superfície dos esporos podem de quase liso a reticular. A parede do esporo é composta primeiramente de celulose e é somente um dos dois estágios onde uma parede de pilha (celular?) é formada.
Uma observação importante é que quando há a formação do corpo de frutificação o plasmódio migra para uma região seca do substrato.
Os esporos dos mixomicetos são também resistentes a condições ambientais extremas, podendo sobreviver por longos períodos (alguns germinam até depois de 60 anos em laboratório). Assim, a formação de esporos, nesse grupo, propicia não somente a recombinação genética, mas também a sobrevivência em condições adversas.
Sob condições favoráveis, os esporos, se rompem e o protoplasto emerge. O protoplasto pode permanecer amebóide ou desenvolver de um a quatro flagelos lisos (também chamado de mixoflagelados ou até mesmo mixomônadas). Este pode viver algum tempo e multiplicar-se por divisão de seu corpo plasmático o qual antecede a divisão mitótica do núcleo. Em geral depois de um certo tempo os mixoflagelados perdem seus flagelos e voltam a ser simples amebas pequenas e com um núcleo, as mixamebas. Os estádios amebóide e flagelado são intercambiáveis. As amebas se alimentam pela ingestão de bactérias e material orgânico de bactérias e material orgânico e multiplicam-se por mitose e clivagem celular.
Se o suprimento de alimento escassear ou as condições forem desfavoráveis, as amebas cessam o movimento, adquirem a forma arredondada, secretam uma fina parede e formam microcistos. Esses microcistos podem permanecer viáveis por um ano ou mais, retornando as atividades quando as condições forem adequadas.E ainda se houver muita água livre estiver disponível essas mixoamebas podem torna-se flagelados e nadar.
Se houver condições favoráveis os mixoflagelados ou a mixamebas de populações diferentes se reúnem dois a dois e fundem os citoplasmas (plasmogamia) e em seguida fundem o núcleo (cariogamia), funcionando como gametas isogaméticos. Resulta dessa fecundação um corpo plasmático ambóide sem membranas e um único núcleo diplóide chamado zigoto ou plasmódio novo, este é diplóide. Portanto até podemos pensar que as mixamebas e os mixoflagelados são gametas..
Após um período de multiplicação das amebas, o plasmódio novo começa a aumentar de tamanho e dividir o núcleo e realmente aparecer na população. Os núcleos resultantes dividem-se, sucessivamente, até resultar em um plasmódio com vários núcleos. A divisão do núcleo sempre ocorre simultaneamente, parece que a divisão dos núcleos incita os outros núcleos a dividirem-se ao mesmo tempo. Os plasmódios são capazes de se unir com outros plasmódios da mesma espécie ou de dividir a sua substância em partes. Da mesma forma que as mixoamebas os plasmódios adquirem seu alimento por fagocitose. Como dito anteriormente a aparência do plasmódio é variável.
Se as condições tornam-se mais adversas, o plasmódio pode rapidamente formar uma estrutura encistada, o esclerócito. Esclerócitos podem ser vistos facilmente em pilhas de madeira queimada porque essas estruturas têm coloração amarela ou alaranjada. São de grande importância pra a sobrevivência dos mixomicetos principalmente em habitats sujeitos a dessecação, tais como cactos mortos ou nos solos dos desertos, onde esses organismos são abundantes. E se observado ao microscópio pode observar que é composto por pilhas menores e multinucleadas denominados macrocistos (plasmódios novos em estágios de vida latente) e em condições favoráveis novamente esses macrocistos podem tornar-se plasmódios novos novamente.
O aparecimento do plasmódio é governado por vários fatores inclusive idade celular, condições ambientais, densidade das amebas e presença de AMPc. Um dos modos de formação dos plasmódio é pela fusão dos gametas. Os gametas são na maioria das vezes geneticamente diferente um dos outros e, em última instância, derivados de esporos haplóides diferentes.Esses gametas são simplesmente alguma das amebas ou flagelados que agora têm nova função. Em muitas espécies e linhagem, sabe-se que o plasmódio se forma diferente de apenas uma ameba. Tais plasmódios são haplóides como as amebas que lhes deram origem.

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