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Introdução a Engenharia Ambiental Aula Ecossistemas e Biomas Professora: Ana Ghislane van Elk Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental Componentes do Ecossistema DE ACORDO COM O MEIO FÍSICO: ECOSSISTEMAS TERRESTRES: Caracterizado por um clima singular e espécies específicas, principalmente a vegetação adaptada a ela. Ex florestas, desertos e pastos. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS: partes aquosas da biosfera, cada uma contendo inúmeros sistemas. Ex. lagos, riachos (água doce); oceanos profundos, recifes de corais, estuários (vida oceânica). 3 Ecossistemas Terrestres Campos e pastagens Deserto ou dunas Florestas Tundras Ecossistemas terrestres: FLORESTAS Grandes áreas cobertas por densa vegetação; Grande variedade de tipos de vegetação; Várias condições de solo e de umidade; Tropicais, temperadas e de pinheiros. Ecossistemas terrestres FLORESTAS TROPICAIS Localizadas nas proximidades do equador; Existentes em ambientes úmidos e quentes; Situadas em regiões de alta pluviosidade; Solo pouco iluminado, úmido e coberto de folhas; Pobres em vegetação rasteira e em plantas que desenvolvem presas aos troncos das árvores (epífitas); Grande diversidade de espécies vegetais. 5 Ecossistemas terrestres FLORESTAS TROPICAIS Relativamente pobres em grandes espécies de mamíferos e feras; Grande quantidade de insetos, aves, roedores, lagartos, serpentes, macacos; Fertilidade do solo depende, geralmente, da presença de cobertura vegetal. Ecossistemas terrestres FLORESTAS TEMPERADAS Localizadas em ambientes de climas temperados, com as quatro estações bem definidas; Dominadas por árvores de folhas largas, que caem no fim do outono na primavera as árvores desenvolvem novas folhas; As plantas características são os carvalhos e as faias (na Europa) e os bordos (na América); A fauna é diversificada, com a presença de esquilos, veados, ursos, lobos, várias espécies de felinos, aves e insetos. 7 Ecossistemas terrestres FLORESTAS TEMPERADAS Ecossistemas terrestres FLORESTAS DE PINHEIROS (CONÍFERAS) Situadas em regiões de inverno muito rigoroso e prolongado (p.ex., Alaska e Canadá); São também denominadas de taiga; Quase não possuem plantas que se desenvolvem presas e plantas rasteiras; Fauna pouco diversificada, predominando os alces, lebres-do-ártico, lobos, linces, veados, raposas, visons, esquilos. 9 Ecossistemas terrestres FLORESTAS DE PINHEIROS (CONÍFERAS) 10 Ecossistemas terrestres CAMPOS E CAMPINAS: SAVANAS Arbustos e pequenas árvores esparsas além de gramíneas; Vegetação de clima tropical, adaptada às variações de clima, ocorrendo uma estação chuvosa e outra seca; África, Ásia, Austrália e América do Sul (cerrado na região Centro-Oeste do Brasil); Os solos nas savanas são geralmente pobres em nutrientes; Vivem grandes herbívoros (girafa, elefante, zebra, rinoceronte) e uma ampla variedade de invertebrados (formiga, gafanhoto, cupim). 11 Ecossistemas terrestres SAVANAS 12 Ecossistemas terrestres ESTEPES A vegetação é quase na sua totalidade constituída por capins, que se estendem por grandes planícies Pradarias na América do norte e pampas argentinos e do Sul do Brasil Herbívoros (bisão, antílope e vários roedores) Carnívoros (raposa, cobras, lobo, coiote, aves de rapina), diversos tipos de insetos 13 Ecossistemas terrestres DESERTOS Situados em regiões de clima muito seco, com baixa pluviosidade e altas temperaturas durante o dia e baixas durante a noite; A vegetação é rarefeita pequenos arbustos que desaparecem ou perdem as folhas durante os períodos secos, ou plantas com folhas na forma de espinhos (cactos) com capacidade de armazenar água nos tecidos de seus caules; África, Austrália, Estados Unidos e México 14 Ecossistemas terrestres DESERTOS Existência de poucos animais, geralmente de hábitos noturnos (roedores, escorpiões, lagartos, insetos); Ações antrópicas contribuem para a ampliação dos desertos • desmatamento em regiões áridas e semi-áridas; • algumas áreas de caatinga se encontram em processo de desertificação 15 16 Desertos Ecossistemas terrestres TUNDRA Típica de regiões polares a vegetação se desenvolve somente no período do verão (três meses); Pequenos arbustos e plantas rasteiras (predominância de musgos); Fauna reduzida • renas, raposa azul, aves e insetos • alguns animais migram para as tundras esquilos, ursos, linces, marmotas, ratos 17 Ecossistemas Terrestres BIOMAS BRASILEIROS Floresta Amazônica Cerrados Caatingas Pantanal Pampas Campus Sul Mata Atlântica 19 Floresta Amazônia Localiza-se na região Norte do Brasil (cerca de 49% do território nacional); Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima Maior reserva de biodiversidade do mundo (1/3 de todas as espécies do mundo) Maior bioma do Brasil, Clima equatorial úmido; Vegetação: árvores altas, matas de várzeas (periodicamente inundadas) e as matas de igapó (permanentemente inundadas) Espécies: • mais de 1,5 milhão de espécies vegetais catalogadas • 3 mil espécies de peixes; 950 tipos de pássaros • insetos, répteis, anfíbios e mamíferos 20 Impactos das ações antrópicas garimpo de ouro mineração (ferro, manganês, cobre, bauxita) erosão, assoreamento e poluição dos cursos d’água contaminação por mercúrio com conseqüências sobre a pesca e a população degradação da paisagem assoreamento e poluição dos cursos d’água FLORESTA AMAZÔNICA 21 Impactos das ações antrópicas grandes usinas hidrelétricas pólos industriais impacto cultural e sócio- econômico (povos indígenas) inundações de áreas florestais, agrícolas, vilas poluição do ar, água e solo geração de resíduos perigosos FLORESTA AMAZÔNICA 22 Impactos das ações antrópicas grandes projetos agropecuários incêndios destruição da fauna e flora erosão, assoreamento e poluição dos cursos d’água por agrotóxicos destruição de reservas extrativistas FLORESTA AMAZÔNICA 23 Impactos das ações antrópicas caça e pesca predatória FLORESTA AMAZÔNICA Cerrados Segundo maior bioma da América do Sul 22% do território brasileiro. Região do Planalto Central Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e áreas menores de outros seis Estados. Elevado potencial aquífero grande biodiversidade mais de 6,5 mil espécies de plantas já catalogadas. Savana, clima tropical quente subúmido, planaltos (com extensas chapadas), mata ciliar, mata ribeirinha e vereda. Impactos das ações antrópicas grandes projetos agropecuários desmatamento de áreas nativas e grandes queimadas erosão alteração dos cursos d’água assoreamento uso de grandes quantidades de agrotóxicos poluiçãodos cursos d’água 25 CERRADO Impactos das ações antrópicas expansão urbana desordenada destruição de nascentes de cursos d’água que formam a bacia do Pantanal destruição da paisagem natural poluição por falta de saneamento básico destruição da rede natural de drenagem 26 CERRADO 27 Pantanal Cobre 25% de Mato Grosso do Sul e 7% de Mato Grosso e seus limites coincidem com os da Planície do Pantanal, mais conhecida como Pantanal mato-grossense. Inundações de longa duração (devido ao solo pouco permeável) Savana. A cobertura vegetal original foi em grande parte substituída por lavouras e pastagens. Impactos das ações antrópicas pecuária extensiva pesca predatória competição com a fauna nativa diminuição dos estoques pesqueiros risco de extinção de algumas espécies 28 PANTANAL Impactos das ações antrópicas turismo e migração desordenada aproveitamento dos cerrados esgotos de hotéis de turismo que se estabelecem nas suas margens manejo agrícola inadequados resultando em erosão dos solos e assoreamento contaminação dos rios com biocidas e fertilizantes 29 PANTANAL 30 Campos do Sul - Pampas No clima temperado do extremo sul do pais, desenvolvem-se os campos do sul, ou pampas, que já representaram 2,4% da cobertura vegetal do pais; Os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchos, são colonizados por espécies pioneiras campestres que formam uma vegetação tipo savana aberta; Pampa O bioma pampa está presente somente no Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território do Estado. Ele constitui os pampas sul- americanos, que se estendem pelo Uruguai e pela Argentina e, internacionalmente, são classificados de Estepe. O pampa é marcado por clima chuvoso, sem período seco regular e com frentes polares e temperaturas negativas no inverno. Formações florestais não são comuns nesse bioma e, quando ocorrem, são do tipo floresta ombrófila densa (árvores altas) e floresta estacional decidual (com árvores que perdem as folhas no período de seca). 31 32 Matas de Araucárias No Planalto Meridional Brasileiro, com altitudes superiores a 500m, destaca-se a área de dispersão do pinheiro-do-paraná, Araucária angustifolia, que já ocupou cerca de 2,6% do território nacional; Nestas florestas, coexistem representantes da flora tropical e temperada do Brasil, sendo dominadas, no entanto, pelo pinheiro-do-paraná; Devido ao seu alto valor econômico a Mata de Araucária vem sofrendo forte pressão de desmatamento; 33 Impactos das ações antrópicas campos e araucárias criação de gado plantio de soja e trigo deterioração dos solos pelo pisoteio excessivo erosão e desertificação desaparecimento dos campos e derrubada das matas erosão diminuição da fertilidade dos solos perda de matéria orgânica 34 Impactos das ações antrópicas campos e araucárias queimadas plantio de espécies vegetais arbóreas exóticas erosão e desertificação perda da fertilidade do solo descaracterização da vegetação primitiva alteração da fauna e flora Caatinga 35 A área principal do Semi-Árido compreende todos os estados do Nordeste brasileiro, além do norte de Minas Gerais, ocupando cerca de 11% do território nacional; O Sertão nordestino, é caracterizado pela ocorrência da vegetação mais rala do semi- árido, a Caatinga; As áreas mais elevadas sujeitas a secas menos intensas, localizadas mais próximas do litoral, são chamadas de Agreste; Grande parte do Sertão nordestino sofre alto risco de desertificação devido à degradação da cobertura vegetal e do solo; Impactos das ações antrópicas grandes latifúndios cerâmicas formação de pastagens desmatamento da vegetação nativa êxodo rural para as capitais prospecção e exploração dos lençóis d’água subterrâneos corte da vegetação nativa devastação da cobertura vegetal, erosão, perda progressiva da matéria orgânica do solo 36 CAATINGA 37 Mata Atlântica A Mata Atlântica já cobriu cerca de 11% do território nacional. Hoje, porém a Mata Atlântica possui apenas 4% da cobertura original; A variabilidade climática ao longo de sua distribuição é grande, indo desde climas temperados super úmidos no extremo sul a tropical úmido e semi-árido no nordeste; O relevo acidentado da zona costeira adiciona ainda mais variabilidade a este ecossistema; Impactos das ações antrópicas grandes concentrações urbanas degradação da paisagem poluição de águas interiores e costeiras contaminação do solo escassez de espaço problemas sócio-econômico poluição sonora MATA ATLÂNTICA Impactos das ações antrópicas grandes concentrações industriais atividades portuárias poluição do ar, das águas e do solo degradação da paisagem geração de resíduos perigosos poluição das águas costeiras poluição atmosférica geração de resíduos perigosos 39 MATA ATLÂNTICA Impactos das ações antrópicas transporte de combustíveis em oleodutos e gasodutos expansão urbana desordenada na faixa litorânea desmatamento erosão risco de acidentes com prejuízos para a fauna, a flora e a vida humana poluição das praias destruição de ecossistemas fundamentais à vida marinha - manguezais e restingas 40 MATA ATLÂNTICA 41 Ecossistemas Aquáticos LAGOS (represas) - Ecossistemas de águas paradas ou lênticos. RIOS (riachos e mananciais) – Ecossistemas lóticos (de água corrente). MARES E OCEANOS - principais características destes ecossistemas estão relacionadas as correntes, provocadas pelos ventos e a própria rotação da Terra e a salinidade; Ecossistemas aquáticos ZONA EUFÓTICA • profundidade até 30 a 100m • bem iluminada • densamente povoada por algas unicelulares e por diversos consumidores (maioria dos cardumes) 42 MARINHO 43 Zona Eufótica Ecossistemas aquáticos ZONA DISFÓTICA • 100m a 500m • fracamente iluminada • região fria • habitada por consumidores 44 MARINHO Ecossistemas aquáticos ZONA AFÓTICA • abaixo de 500m • ausência de produtores e consumidores primários • detrívoros, carnívoros e decompositores • região escura e muito fria 45 MARINHO 46 Ecossistemas aquáticos Plâncton • organismos que vivem em suspensão na água, deslocando-se com a mesma, pelas ondas e correntes marinhas • autótrofos fitoplâncton (algas microscópicas) • heterótrofos zooplâncton (protozoários, microcrustáceos, medusas e larvas de diversos animais) MARINHO 47 Plâncton Maré Vermelha Água Viva Ecossistemas aquáticos BÊNTON • organismos que habitam o leito do mar podendo ser fixos ao fundo ou se locomoverem sobre o mesmo • algas multicelulares, mexilhões, estrelas do mar 48 Ecossistemas aquáticos NÉCTON • organismosque conseguem se deslocar ativamente no ambiente aquático • peixes, crustáceos, moluscos (polvos e lulas) e mamíferos (baleia, golfinho, foca) 49 50 Ecossistemas aquáticos ÁGUA DOCE os ecossistemas de água doce são também chamados de ecossistemas límnicos, por isso o seu estudo é chamado limnologia os ambientes de água doce podem ser classificados em dois tipos: • lóticos (águas correntes) • lênticos (águas paradas) 51 Ecossistemas aquáticos ÁGUA DOCE 52 Ecossistemas aquáticos de água doce 53 impactos das ações antrópicas ecossistemas costeiros expansão urbana desordenada pesca excessiva degradação de ecossistemas degradação de paisagens (enseadas, falésias, penínsulas e ilhas) poluição das praias prejuízos para o turismo e pesca esgotamento dos estoques pesqueiros desequilíbrio ecológico da biota 54 Outros Ecossistemas Regiões que não poderiam ser enquadradas nem como ecossistemas aquáticos, e nem como terrestres. MANGUEZAL - Ecossistema pantanoso, constantemente alagado com uma vegetação arbustiva. PAREDÕES ROCHOSOS E PRAIAS - esses ecossistemas são fortemente influenciados pela água do mar (através das marés ou da pressão exercida pela água). BREJOS - área que fica coberta por água doce, pelo menos em alguma época do ano é considerado um alagado.
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