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INFECÇÃO PUERPERAL

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GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Clara Conceição 
Douglas Almeida 
Fabiana Farias
Irene Machado
Marina Bruno 
Paloma Siqueira
 
Niterói- RJ
2017
Infecção Puerperal
A infecção puerperal é aquela que afeta o aparelho genital feminino no período pós-parto. Estima-se que entre 1% a 7,2% das gestantes apresentam esta afecção nesse período, sendo, no Brasil, uma das principais causas de morte materna.
 O conceito de infecção puerperal deve ser complementado com o de morbidade febril puerperal pela dificuldade de caracterizar a infecção que ocorre logo após o parto.
Infecção Puerperal: Causas
Dentre as causas e os fatores de risco envolvidos na infecção puerperal estão:
Infecção da ferida pós-operatória, tanto no caso de cesariana quanto de episiotomia;
IST`s: sífilis e gonorreia; 
Presença de celulite perineal;
Retenção de restos de membranas gestacionais no útero;
Infecção do trato urinário;
Sépse da flebite pélvica;
Mastite;
Deficiência nutricional;
Diabetes;
Obesidade.
Manifestações Clinicas e Sintomas
As manifestações clínicas desta condição variam de acordo com o local da infecção e com a extensão do processo infeccioso. 
A paciente pode apresentar: 
 -infecção sistêmica: febre, calafrios, mal-estar geral, palidez e frequência cardíaca acelerada, dor, desconforto...
 -Infecção localizada: Há dilatação uterina, útero flácido e dolorido, expulsão de secreção que, habitualmente, apresenta odor desagradável, lóquios purulentos e nos casos de infecção dos tecidos circunjacentes ao útero, há dor e febre intensas.
Complicações
Distintas complicações podem ocorrer em casos de infecção após o parto, como:
Peritonite;
Trombo flebite pélvica;
Embolia pulmonar;
Endotoxemia, que pode levar a um choque séptico;
Lesão renal grave;
Morte.
Diagnóstico 
O diagnóstico de infecção puerperal é obtido por meio de exame clínico, levando em consideração os sinais e sintomas que a paciente evidencia, como, febre dentro das primeiras 48 horas após o parto. 
O exame de sangue revela uma taxa elevada de leucócitos, e a cultura da secreção uterina ou vaginal (leucocitose) aumentada q aponta o agente causador da infecção.
 As possíveis complicações decorrentes da infecção puerperal podem ser identificadas através de exame clínico, podendo, em alguns casos, serem confirmadas através de exames de imagem.
Tratamento Medicamentoso
ANTIBIÓTICOS: 
1ª escolha - Associar:
Clindamicina 900mg, EV, 8/8 horas.
Gentamicina 1,5mg/kg, EV, 8/8horas ou 240mg, EV, dose única diária.
2ª escolha - Associar:
 Ampicilina, 2g, EV, 6/6 horas.
Gentamicina, 1,5mg/kg, EV, 8/8 horas.
Metronidazol, 500mg, EV, 8/8 horas.
 O tratamento deverá ser continuado até que a paciente esteja clinicamente bem e afebril por 24 a 48 horas. Não é necessária a manutenção da antibioticoterapia, por via oral , exceto em infecções estafilocócicas ou se presente hemocultura positiva. Neste caso, completar sete dias de tratamento. 
Tratamento não Medicamentoso 
O tratamento suporte consiste no repouso, ingestão adequada de líquidos, fluidoterapia (quando necessário) e medidas para abaixar a febre. Algumas medidas podem aliviar o desconforto causado por lesões locais, como é o caso dos banhos de assento.
Tratamento Cirúrgico 
Havendo membranas fetais remanescentes, a cirurgia pode ser necessária para removê-las, bem como pode ser necessária para drenar lesões locais. Outra opção é a realização de histeréctomia (remoção de parte ou da totalidade do útero, por via abdominal ou vaginal), quando necessário;
Na endometrite com restos ovulares é indicado a profilaxia de antibiótico de 24h a 72 h, antes do procedimento de curetagem ou a vaco.
Histeréctomia
Infecção Puerperal: 
Restos Ovulares - Endometrite
Restos ovulares são pequenas quantidades de material gravídico que permanecem no útero após um aborto espontâneo, sendo detectados pelo exame de ultrassom transvaginal. 
Causas e Complicações 
Os restos ovulares surgem a partir de restos embrionários ou fetais, além de outros materiais relacionados com a gravidez.
Os restos ovulares podem ser expelidos pelo útero durante um aborto incompleto, no qual apenas uma parte do conteúdo uterino é eliminado. Porém, uma parte deles pode ficar retida na cavidade uterina e causar infecções, sangramento, febre e dores abdominais.
Tratamento 
Ao verificar a presença de restos ovulares na ecografia (ultrassonografia) , normalmente realiza-se uma curetagem, que é uma raspagem da camada interna do útero para esvaziar a cavidade uterina.
Curetagem Uterina
Infecção Puerperal: Restos Placentários
Causas
Na grande maioria dos casos este sangramento acontece nas primeiras 24 horas após o parto, mas isto também pode acontecer até mesmo 12 semanas depois do nascimento do bebê devido a fatores como retenção de restos da placenta após o parto normal, infecção uterina, ou problemas na coagulação sanguínea como púrpura, hemofilia ou Doença de Von Willebrand (é uma doença hemorrágica, hereditária causada por uma diminuição ou uma disfunção da proteína chamada de fator de Von Willebrand), embora estas causas sejam mais raras.
Restos da placenta podem ficar colados ao útero mesmo após uma cesariana e por vezes, basta que fique uma quantidade muito pequena, como por exemplo 8mm de placenta para que haja um grande sangramento e infecção uterina.
Sinais e Sintomas
Após o parto a mulher deve estar atenta a alguns sinais e sintomas que podem indicar complicações e uma situação chamada retenção placentária como : 
Perda de grande quantidade de sangue pela vagina, sendo preciso trocar o absorvente a cada hora;
Corrimento com mau cheiro;
Tontura, suor frio e fraqueza;
Dor de cabeça muito forte e persistente;
Febre e abdômen muito sensível;
Palpitação no peito.
Com o aparecimento de qualquer um destes sintomas, a mulher deve ir rapidamente ao hospital, para ser avaliada e tratada de forma adequada. 
Tratamento 
O tratamento da hemorragia causada pelos restos da placenta deve ser orientado pelo obstetra e pode ser feito com uso de medicamentos que induzem a contração uterina como o Misoprostol e Ocitocina, mas o médico pode ter que realizar uma massagem específica no fundo do útero e por vezes, pode ser necessário recorrer à uma transfusão sanguínea.
Para remover os restos da placenta o médico poderá realizar uma curetagem uterina guiado por ultrassom para limpar o útero, removendo totalmente todos os tecidos da placenta, além de indicar a tomar de antibióticos.
Cuidados De Enfermagem 
O fundamental para que uma infecção puerperal seja evitada, são os cuidados a serem tomados desde o pré-natal até o puerpério. São eles:
 Suprimir os focos de infecção da gestante;
Observar os sinais vitais de 4 em 4 horas;
Observar a curva de temperatura de 4 em 4 horas;
Monitorar as características do lóquios, se estão purulentos e fétidos;
 Uso rigoroso de técnicas assépticas durante o parto e o puerpério;
 Cultura dos lóquios da puérpera com Hipertemia após as primeiras 24 horas de parto;
 Isolamento das puérperas febris para evitar contaminação de outras pacientes;
Referências
http://www.manualmerck.net/?id=276&cn=2058
http://boasaude.uol.com.br/realce/showdoc.cfm?libdocid=15865&ReturnCatID=1806
http://www.febrasgo.org.br/?op=300&id_srv=2&id_tpc=5&nid_tpc=&id_grp=1&add=&lk=1&nti=799&l_nti=S&itg=S&st=&dst=3
http://www.health-diseases.org/diseases/puerperal-infection.htm
JESUS, N.R. et al.(Col.). Recomendações para uso de antimicrobianos em obstetrícia. Rio de Janeiro: Maternidade Escola/CCIH, 2011. 10p.
 - MAHARAJ, D. Puerperal pyrexia: a review.part II. Obstet. Gynecol. Surv., v.62, n.6, p.400- 406, 2007.
15. Xarli VP, Steele AA, Davis PJ, Buescher ES, Rios CN, Garcia-Bunuel R. Adrenal hemorrhage in the adult. Medicine (Baltimore) 57:211-221, 1978.   
16. Wood TF, Potter MA, Jonasson O. Streptococcal toxic shock-like syndrome. The importance of surgical intervention. Annals of Surgery 217:109-114,
1993. 
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