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estudo dda placenta

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
Bacharelado Em Enfermagem
Disciplina: Assistência De Enfermagem Na Saúde Da Mulher E Da Criança Em Nível Hospitalar.
Docente: Conceição Socorro Damasceno Barros		21/11/2017
Discente: Erick Bruno Dos Reis Garcia 				Turma: Enf6 	
Estudo da Placenta	
INTRODUÇÃO
A placenta é um órgão materno-fetal que começa a se desenvolver a partir da nidação, ou seja, implantação do blastocisto e é expulsa com o feto no momento do nascimento. É durante esse período de nove meses que este órgão proporciona nutrição, a troca gasosa, remoção de resíduos, uma fonte de células-tronco hematopoiéticas, endócrino e imunológico JUNTO AO suporte para o feto em desenvolvimento.
Este órgão só existe durante a gestação e tem diversas funções, como aconchegar o bebê dentro do útero, transferir nutrientes e oxigênio do sangue da mãe para o bebê e secretar alguns hormônios fundamentais para esta fase. 
Existem essencialmente 3 sistemas separados da aorta / venosas circulatórios: umbilical, sistêmicas e vitelínicas. O sistema umbilical é perdido no momento do nascimento, o vitelina contribui para o sistema portal e sistêmica (embrionárias) é remodelado extensivamente para formar o sistema cardiovascular madura. A placenta humana tem cerca de 9 cm de diâmetro.
Os tipos de células mais importantes da placenta são os trofoblastos, que fornecem os principais componentes estruturais e funcionais necessários para trazer os sistemas de sangue fetais e maternos em contato próximo um do outro. A placenta excreta hormônios para a manutenção e qequi8çibrio da homeostase fetal-materna como uma preparação do organismo da mãe para o pós parto, os hormônios produzidos pela placenta são: a gonadotropina coriônica, lactogênio placentário, bem como os esteróides, estrogênios, progesterona e hormônios neuropeptídicos.
Desenvolvimento da placenta 
A placenta é formada por tecidos do útero e do feto. O crescimento inicial da placenta é rápido e no primeiro trimestre de gestação ela é maior que o bebê. Por volta das 16 semanas de gestação, a placenta e o bebê têm o mesmo tamanho, e no final da gravidez o bebê já está cerca de 6 vezes mais pesado que a placenta.
Logo após a formação da cavidade blastocística o volume do fluido aumenta na cavidade e ele separa os blastômeros em duas partes: o trofoblasto e o embrioblasto que dará origem ao embrião.
Funções da placenta 
A placenta desempenha inúmeras funções de notável magnitude durante curto espaço de tempo, funções que no adulto são cumpridas por diversos órgãos. A placenta serve como transporte de gases respiratórios, nutrientes e produtos de degradação entre a mãe e o concepto. É órgão endócrino de grande atividade, secretando ampla gama de hormônios esteroides e peptídicos, necessários para a manutenção da gravidez e o controle do crescimento e do amadurecimento fetal. Demais, também atua como interface imunológica entre a mãe e o aloenxerto fetal (REZENDE, 2016).
A placenta tem quatro funções principais: Metabólica, Endócrina, de trocas e imunológica. Explicadas como fornecer nutrientes e oxigênio ao bebê; Produção de hormônios; Proteção imunológica do bebê; Proteção do bebê contra impactos na barriga da mãe; Além disso, a placenta elimina os resíduos que o bebê produz, como a urina.
Circulação da placenta
 
A placenta provê área extensa onde substâncias podem ser intercambiadas entre a mãe e o feto. As circulações materna e fetal são independentes, não havendo, em condições normais, comunicação alguma entre elas (REZENDE, 2016).
A circulação placentária materna ou uteroplacentária se inicia quando O sangue, no espaço interviloso, está temporariamente fora do sistema circulatório materno; penetra, na área, através de 80 a 100 artérias espiraladas endometriais. O fluxo desses vasos é pulsátil e propulsionado em jatos ou correntes pela pressão sanguínea materna. O sangue que entra está submetido a uma pressão muito mais alta do que a existente no espaço interviloso e por isso se dirige em direção à placa corial.
Na circulação placentária fetal o sangue, pobre em oxigênio, deixa o feto e pelas artérias umbilicais segue em direção à placenta. O cordão umbilical, ao se inserir na placenta, tem suas artérias divididas em certo número de vasos, dispostos de modo radiado, e que se vão ramificar livremente na placa coriônica. Os vasos sanguíneos compõem extenso sistema arteríolo-capilar-venoso dentro das vilosidades, colocando o sangue fetal muito perto do materno.
Placenta pós-parto 
Depois do nascimento do concepto, a placenta, o cordão umbilical e as membranas (âmnio e cório liso) são expulsos do útero, durante o secundamento.
A forma placentária variável: achatada, pelo geral circular ou discoide ovalada. A placenta in situ apresenta uma face fetal, em correspondência com a cavidade amniótica e o cordão umbilical, e outra, face materna, que se confunde com a decídua; no órgão delivrado, o que se denomina face materna não corresponde exatamente ao limite da placenta, pois pequena porção, decidual, permaneceu intra utero. A face fetal é recoberta pelo âmnio, que a torna lisa e brilhante. Na face materna, como vista no órgão delivrado, notam-se 15 a 30 cotilédones, os sulcos intercotiledonários correspondem a septos deciduais, dilacerados pela dequitadura. A superfície dos cotilédones está coberta por fragmentos de material fino, acinzentado, da decídua basal, embora a maior parte dela fique retida no útero para ser eliminada posteriormente, com os lóquios.
As dimensões da placenta variam necessariamente com sua forma, peso e espessura. Em placentas de termo, delivradas, os diâmetros principais oscilam de 15 a 20 cm, e a espessura, de 1 a 3 cm.
PATOLOGIAS PLACENTÁRIAS
A gestação é um fenômeno fisiológico e, por isso mesmo, sua evolução se dá na maior parte dos casos sem intercorrências. 
Apesar desse fato, há uma parcela pequena de gestantes que, por serem portadoras de alguma doença, sofrerem algum agravo ou desenvolverem problemas, apresentam maiores probabilidades de evolução desfavorável, tanto para o feto como para a mãe.
 	Acretismo Placentário
É a denominação que se dá à placenta que se adere anormalmente à decídua ou à parede uterina. Subdividida em três partes como acreta, increta e percreta.
Placenta acreta: Denominação da placenta que penetra mais profundamente na decídua, atingindo o miométrio (músculo uterino) apenas superficialmente. A placenta "acreta" é aquela que atinge a camada basal da decídua. Quando alguma área da placenta está acreta, ela não descolará naturalmente, pois estará aderida anormalmente à decídua.
Placenta increta: Quando a placenta penetra mais profundamente no útero e atinge a camada muscular (miométrio) mais profundamente, é chamada de "increta".
Placenta percreta: Quando a placenta ultrapassa o miométrio e atinge a serosa (peritônio visceral). Poderá haver persistência de restos ovulares depois do parto em casos de acretismo placentário. Nestes casos, estará indicada a curagem uterina, a curetagem ou mesmo a retirada do útero (histerectomia).
 	Placenta Prévia 
Patologia obstétrica que ocorre quando há, na segunda metade da gestação, inserção total ou parcial da placenta na área do segmento inferior, isto é, entre o orifício interno do colo e o anel de Schröder, também chamado de Bandel, ou zona perigosa de Banes ou não estar à frente da apresentação fetal ou quando a placenta nasce primeiro que o feto
Quando a placenta recobre parcial ou totalmente a abertura interna do colo do útero, podendo impedir o parto normal. É comum a grávida ter placenta prévia no início da gravidez, mas se o problema persistir no 3° trimestre, pode causar hemorragia e parto prematuro.
Descolamento de Placenta 
O descolamento prematuro de placenta (DPP) é denido como a separação da placenta da parede uterina antes do parto. Essa separação pode ser parcial ou total é classificada em três graus, levando em conta os achados clínicos e laboratoriais,de acordo com classificação de Sher:
Grau 1: Sangramento genital discreto sem hipertonia uterina significativa. Vitalidade fetal preservada. Sem repercussões hemodinâmicas e coagulopatia. Geralmente diagnosticado no pós-parto com a identificação do coágulo retroplacentário.
Grau 2: Sangramento genital moderado e contrações tetânicas. Presença de taquicardia materna e alterações posturais da pressão arterial. Alterações iniciais da coagulação com queda dos níveis de brinogênio. Batimentos cardíacos fetais presentes, porém, com sinais de comprometimento de vitalidade.
Grau 3: Sangramento genital importante com hipertonia uterina. Hipotensão arterial materna e óbito fetal.
Grau 3A: Sem coagulopatia instalada.
Grau 3B: Com coagulopatia instalada.
Pode ocorrer hipertonia uterina com sangramento oculto, uma vez que a instabilidade hemodinâmica pode ocorrer mesmo sem a exteriorização do sangramento.
Quando a placenta se descola da parede do útero, causando sangramento e redução da quantidade de nutrientes e oxigênio enviados para o bebê. 
Esse problema em geral acontece após as 20 semanas de gestação e pode levar ao parto prematuro.
2.4	Placenta calcificada ou envelhecida
O envelhecimento precoce da placenta é uma condição séria que pode ocorrer na gravidez. Esse envelhecimento pode levar à má nutrição do bebê, que não recebe os nutrientes necessários para a sua sobrevivência e então precisa ser retirado prematuramente do útero. Frequentemente a placenta é calcificada, levando a morte de parte da placenta, e ela não será mais útil quando envelhecer prematuramente. 
Existem algumas razões para que ela envelheça mais rápido do que deveria, embora em alguns casos não exista uma causa desse envelhecimento prematuro da placenta. 
Causas do envelhecimento da placenta: Fumar durante a gravidez pode causar a calcificação da placenta. Quando isso ocorre, a placenta começa a envelhecer mais rápido, porque partes dela morrem. Estudos têm mostrado que pequenas bactérias chamadas de Nano bactérias podem também levar à calcificação da placenta. Este é o mesmo tipo de bactéria que pode ocasionar a formação de pedras nos rins. Enquanto a calcificação ocorre, a placenta irá envelhecer prematuramente, colocando mãe e bebê em risco. Outros riscos para o envelhecimento precoce são diabetes e hipertensão materna.
Infarto da placenta
 
Ocorre quando existe trombose, que é o entupimento de algum vaso sanguíneo da placenta, causando diminuição da quantidade de sangue que vai para o bebê. Apesar de essa complicação poder causar abortos, ela também pode não causar problemas à gravidez e passar despercebida. 
2.6	 Rotura Uterina 
É o rompimento da musculatura uterina durante a gravidez ou o parto, podendo causar parto prematuro e morte materna ou fetal. A rotura uterina é uma complicação rara, tratada com cirurgia durante o parto, e seus sintomas são dor intensa, sangramento vaginal e diminuição dos batimentos cardíacos do feto.
Para prevenir e identificar alterações na placenta antes do aparecimento de problemas graves, deve-se seguir as consultas de rotina com o obstetra e fazer os exames de ultrassom necessários em cada etapa da gestação. Em casos de sangramento vaginal ou dor uterina intensa, deve-se procurar o médico.
PROFILAXIA PLACENTÁRIA 
Para servir simultaneamente a necessidades diretas do feto e a necessidades da mãe, a placenta é um órgão misto, formado por tecidos fetais e por tecidos maternos, que funcionam a serviço de cada um dos dois seres no período da gravidez. 
Entretanto, durante a gravidez podem ocorrer alterações indesejadas da placenta ocasionando patologias que antes não eram identificadas, trazendo riscos e complicações para a mãe e o bebê. Manter preocupação entre fatores desencadeantes de complicações placentárias está ligado as boas práticas alimentares, e estilo de vida visitando regulamente o médico.
Em relação ao profissionalismo e atuação de enfermagem frente ao pré-natal atenta se aos sinais e sintomas que podem ser desencadeantes de hemorragias, tanto no primeiro como na segunda metade da gestação.
REFERÊNCIAS 
MONTENEGRO CAB, REZENDE JF; Obstetrícia Fundamental/. - 12.ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.Gestação de alto risco: Manual Técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 302 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

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