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Slides IED prof:Leandro

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CONTINUAÇÃO AULA 08
Direito Subjetivo X Direito Adquirido
POSIÇÕES JURÍDICAS DOS INDIVÍDUOS
ATIVA:
Poder Jurídico
Faculdade Jurídica
Direito Subjetivo
Direito Potestativo
Passiva:
Dever Jurídico
Obrigação
Sujeição
Ônus
Direito Potestativo - também chamado de discricionário ou poder formativo. Representa uma situação subjetiva em que o titular do direito subjetivo pode unilateralmente constituir, modificar ou extinguir uma situação subjetiva interferindo diretamente na esfera jurídica de outro sujeito que a esse poder formativo não poderá se opor. Em outras palavras, é a prerrogativa jurídica de impor a outrem a sujeição ao seu exercício. Difere do direito subjetivo porque a este se contrapõe um dever, o que não ocorre com o direito potestativo.
SEMANA AULA 09 – FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
Fonte – indica as formas pelas quais o Direito surge e se manifesta.
Podem ser classificadas em:
Fontes Históricas
Fontes Materiais
Fontes Formais
FONTES HISTÓRICAS – indicam a gênese das modernas instituições jurídicas: o local, a época, as razões que determinaram sua formação. É fundamental para captar-se a finalidade de um instituto jurídico, sua essência e valores capitais.
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FONTES MATERIAIS – São constituídas pelos fatos sociais, pelos problemas que emergem na sociedade e que são condicionados pelos chamados fatores do Direito (moral, economia, geografia, etc).
Podem ser divididas em fontes diretas ou imediatas (criam diretamente as normas jurídicas – leis, jurisprudências, costumes, etc) e indiretas ou mediatas (fatos ou fenômenos sociais que ocorrem em determinada sociedade – comoção social, por exemplo)
FONTES FORMAIS – São as formas pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam. Para que o processo jurídico constitua fonte formal é necessário que tenha o poder de criar o Direito.
Segundo Miguel Reale, toda fonte pressupõe uma estrutura de poder. A lei é a emanação do Poder Legislativo; o costume é a expressão do poder social; a sentença, ato do Poder Judiciário; os atos-regras, que denomina por fonte negocial, são manifestações da autonomia da vontade. 
CONCEITO E FORMAÇÃO DA LEI
Lei é a fonte formal imediata do Direito. É ato do Poder Legislativo que estabelece normas de acordo com os interesses sociais.
O PROCESSO LEGISLATIVO
É o conjunto de atos preordenados visando à criação de normas de Direito.
Iniciativa da Lei (art. 60/61 da CF)
Votação (art. 65/66 da CF)
Sanção e veto
Promulgação e Publicação
Obs.: É errado falar em promulgação de projeto de lei. Promulgação é a declaração da existência da lei. A lei é perfeita antes de ser promulgada.
Lei Promulgada X Lei Outorgada
Exemplo de lei (sim, essa lei é de verdade!):
Artigo X Caput X Parágrafo Único X Inciso X Alínea X Item
O COSTUME
Deriva do latim consuetudine, que significa hábito, uso. É a prática social reiterada e considerada obrigatória.
O costume demonstra o princípio ou a regra não escrita que se introduziu pelo uso, com o consentimento tácito de todas as pessoas que admiram a sua força como norma a seguir na prática de determinados atos.
O Direito Costumeiro pode ser dividido em:
CONTRA LEGEM (CONTRA A LEI)
SECUNDUM LEGEM (SEGUNDO A LEI)
PRAETER LEGEM (NA FALTA DA LEI)
Exemplos: Cheque “pré datado”; jogo do bicho; pagamento do aluguel segundo “o costume do lugar”.
SEMANA AULA 10 – FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II
Jurisprudência – coletânea das decisões proferidas pelos juízes e tribunais. Tem como objetivo estabelecer a uniformidade e a constância das decisões para os casos idênticos.
Jurisprudência cria direito?
Súmula – é o resumo de vários julgamentos de um tribunal sobre determinada matéria, quando as decisões são no mesmo sentido.
Súmula Vinculante – Ato pelo qual o STF, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprova súmula que, a partir de sua publicação, tem efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta. Tem como objetivo evitar a divergência de entendimentos entre órgãos judiciários ou entre estes e a Administração Pública.
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Doutrina Jurídica – É uma das fontes subsidiárias do Direito. É uma forma expositiva e esclarecedora do direito feito pelo jurista, a quem cabe o estudo aprofundado do Direito. A doutrina serve para demonstrar a necessidade de evolução do Direito, sistematizar o ordenamento, análise e interpretação das normas, crítica ao conteúdo legislativo, etc.
PROCEDIMENTOS DE INTEGRAÇÃO DAS LEIS
Analogia - É a utilização de certo dispositivo legal adequado para certa situação, para regular outra semelhante. Assim, quando não existe uma lei expressa para a resolução de um caso, o julgador aplica a analogia.
Princípios gerais do Direito - São aqueles que decorrem dos próprios fundamentos do ordenamento positivo. São considerados essenciais ao Direito. Não existe um rol de quais são os princípios gerais do Direito.
Equidade – É a adequação da norma ao caso concreto para se chegar à solução justa. É a análise das particularidades do caso concreto.
Direito comparado – Ao confrontar ordenamentos jurídicos vigentes em diversos povos, o Direito Compara­do tem por finalidade apontar semelhanças e diferenças, buscando preparar resumos con­ceituais e aprontar o caminho para uma possível unificação de certos setores do Direito.
SEMANA AULA 11 – HERMENÊUTICA JURÍDICA
Hermenêutica – Estudo dos processos de interpretação da norma.
 
Interpretação – É formada pelos procedimentos técnicos, de que lança mão o profissional de direito na busca do sentido e alcance das regras jurídicas.
 
A hermenêutica é, portanto, a soma da interpretação e da construção do direito criada pelo intérprete.
HERMENÊUTICA
INTERPRETAÇÃO
CONSTRUÇÃO
O SENTIDO DA NORMA JURÍDICA
A construção do significado das normas jurídicas segue basicamente duas concepções teóricas:
1) Teoria Subjetiva – tem como preocupação central a busca pela vontade do legislador, a mens legislatoris, representando a primeira teoria sobre a interpretação das normas. Trata-se de uma teoria tendente a defender um apego excessivo à literalidade dos textos legais.
2) Teoria Objetiva – É a tendência predominante no direito contemporâneo, que vê o ponto de referência principal do processo hermenêutico na vontade da lei, a mens legis, como ente dotado de vida própria, cabendo ao intérprete buscar a adaptação da lei à dinâmica social.
 
OBS.: Art. 5º da LINDB: “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.”
MÉTODOS E PROCESSOS DE INTERPRETAÇÃO DO DIREITO
O estudo dos processos de interpretação das normas jurídicas é de fundamental importância para a formação dos profissionais de direito, uma vez que são eles uma ferramenta utilizada com frequência na prática jurídica.
PROCESSOS COM BASE NA ESCOLA DA EXEGESE
Surgiram no contexto do positivismo jurídico do século XIX, de perfil estritamente formal, sem uma conexão maior com o campo fático do direito. Para essa escola, a única interpretação correta seria a que traduzisse o pensamento de seu autor.
Processo gramatical, literal ou filológico
Representa o primeiro contato entre o intérprete e a norma. É de grande importância, pois a primeira tarefa do intérprete é compreender o texto jurídico em sua literalidade. Devem ser considerados no texto o sentido de todas as palavras utilizadas, a pontuação, a acentuação, uma vez que todos esses fatores influenciam a própria compreensão da norma.
 
Processo lógico
Relacionado ao plano lógico do conhecimento jurídico, recebe os seus fundamentos da lógica jurídica e trata das operações mentais do intérprete na correlação entre as normas no ordenamento jurídico e entre a norma e o fato.
Processo sistemático
Parte da premissa que o ordenamento jurídico é um sistema integrado de normas e que elas não podem ser interpretadas isoladamente. É importante que o intérprete observe a hierarquia das normas.
 
Interpretação lógico-sistemática
Representa uma espécie de fusão
entre o processo lógico e o sistemático, de vez que a lógica hermenêutica vai se operacionalizar exatamente na correlação sistêmica entre as normas que compõem o ordenamento jurídico, examinando as suas diferenças de conteúdo e seu alcance material, a fim de determinar o direito aplicável ao caso concreto.
PROCESSO COM BASE NA ESCOLA HISTÓRICA
Processo histórico-evolutivo
Parte da premissa que a lei surge em função de determinadas circunstâncias, mutáveis com o tempo, que devem ser levadas em consideração no momento da sua interpretação. Esse processo reconhece a necessidade de adaptar a interpretação das normas às mudanças ocorridas na vida social desde a sua entrada em vigor.
CONCEPÇÃO ATUAL
 
Processo finalístico ou teleológico
Enxerga o significado da lei em sua finalidade social, sendo esta obviamente a do presente e não da época em que a lei entrou em vigor, devendo a norma ser interpretada em função de sua capacidade de alcançar os resultados esperados a seu respeito pela sociedade. Incorporação dos elementos valorativo e fático à interpretação da norma.
SEMANA AULA 12 – HERMENÊUTICA JURÍDICA II
Espécies de interpretação
EM FUNÇÃO DA AMPLITUDE
Interpretação extensiva
É tida como aquela em que o intérprete ultrapassa os limites da literalidade do texto da norma. Utilizada para concretizar a finalidade social da norma. Ex.: Art. 5, XI da CF(conceito de “casa”).
Interpretação restritiva (estrita)
Aplicável naqueles casos em que a realização da finalidade social da norma exige uma exegese quase literal do seu texto. Ex.: Art. 843 do CC (transação).
EM FUNÇÃO DA FONTE DE INTERPRETAÇÃO
Interpretação autêntica
É aquela dada pelo próprio legislador e ocorre quando a lei interpreta o próprio texto legal. Obs.: Só pode ser considerada interpretação autêntica aquela dada pelo mesmo órgão que elaborou a norma. Ex.:art. 150, §§4º/5º CP – conceito de “casa”.
Interpretação jurisprudencial
Entendimento majoritário dos tribunais a respeito de uma questão jurídica (jurisprudência).
Interpretação administrativa
Aquela cuja fonte elaboradora é a própria Administração Pública. Tal interpretação vincula as autoridades administrativas que estiverem no âmbito das regras interpretadas, mas não impede que os particulares adotem interpretações diversas. Ex.: Decisões,pareceres, despachos.
 
Interpretação doutrinária
Vem a ser a realizada cientificamente pelos doutrinadores e juristas em suas obras e pareceres. Há livros especializados de Direito que comentam artigo por artigo de uma lei, código ou consolidação, dando o sentido do texto comentado, com base em critérios científicos.
ANTINOMIAS JURÍDICAS
Antinomia é a existência, no ordenamento jurídico, de duas normas conflitantes, das quais uma permite e outra proíbe, por exemplo. Para que ocorra, as duas normas devem incidir total ou parcialmente sobre o mesmo caso e naturalmente apresentar comandos incompatíveis entre si.
Antinomias solúveis (aparentes) X Antinomias insolúveis (reais)
Critérios para solução das antinomias aparentes
CRONOLÓGICO
HIERÁRQUICO
ESPECIALIDADE
As antinomias reais (insolúveis) são assim denominadas porque não podem ser solucionadas pelos critérios das antinomias aparentes ou porque podem ser utilizados dois ou mais critérios para sua solução.
 
Ex.: Choque entre duas normas contemporâneas, de nível hierárquico idêntico e de mesmo grau de especialidade.
 
Na falta de critérios (cronológico, hierárquico e de especialidade) para a solução da antinomia, pode-se adotar o critério com respeito à forma ou com respeito ao caso concreto.
 
O critério com respeito à forma é aquele onde será analisada a forma da norma – permissiva, proibitiva ou imperativa. Assim, no conflito entre normas proibitivas/imperativas e permissivas, prevalecerá esta última.
 
O critério com respeito ao caso concreto, a solução pode ser eliminar uma norma, eliminar as duas normas ou conservar as duas normas (modificando a interpretação destas).
SEMANA AULA 13 E 14 – A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DE DIREITO BRASILEIRO
A Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro (antiga Lei de Introdução ao Código Civil – LICC) é um conjunto de parâmetros de interpretação e aplicação do Direito, a ser seguido por todo o ordenamento jurídico, ressalvados os casos em que a própria legislação específica assim determine.
Princípio da obrigatoriedade e continuidade das leis
 
A obrigatoriedade da lei se encontra estampada no art. 3º da LINDB, vez que todas as normas são públicas e o seu descumprimento não pode ter como justificativa o desconhecimento do texto legal.
 
Por sua vez, o princípio da continuidade da lei encontra guarida no art. 2º da LINDB, pois a lei terá vigor até que uma outra lei a modifique ou a revogue.
Vigência e conhecimento da lei
 
No direito brasileiro a vigência da lei ocorre com sua publicação em órgão oficial de imprensa. Importante ressaltar o disposto no art. 1ª da LINDB, restando ressalvado que, salvo disposição em contrária, a lei começa a vigorar 45 (quarenta e cinco) dias após sua publicação.
Revogação da lei
 
O termo “revogação” se refere a um critério temporal entre as normas de direito no qual prevalecerá a norma que entrou em vigor mais recentemente.
 
A revogação poderá ocorrer de duas formas:
A revogação de uma lei poderá ocorrer de forma expressa ou tácita – art. 2º §1º da LINDB.
 
Obs.: Repristinação – trata-se de uma hipótese onde a lei revogada volta a ter vigência após a norma revogadora ter perdido sua própria vigência. Exemplo: A lei “X” é revogada pela lei “Y”. Após, a lei “Z” revoga a lei “Y”. Assim, poderia se pensar que a lei “X” voltaria a vigorar, pois a lei que a revogou não mais existe. Contudo, a repristinação é um fenômeno não admitido no direito brasileiro – art. 2º, §3º LINDB.
Retroatividade, irretroatividade e ultratividade das leis
 
A mudança do texto da lei, em regra, somente terá efeitos a partir do momento em que se tornou acessível à sociedade, em razão do princípio da segurança jurídica, não podendo ser aplicada a fatos anteriores.
 
Contudo, excepcionalmente, os efeitos jurídicos se projetam no tempo, como no caso da irretroatividade da lei.
 
- Princípio da irretroatividade – previsto no art. 5º, XXXVI da CF. A lei não retroage, salvo em situações excepcionais. Por exemplo, no direito penal, a lei retroage para beneficiar o réu, inclusive desconstituindo sentenças penais condenatórias. A lei também retroage quando houver interpretação autêntica (aqui há uma divergência doutrinária). Via de regra, leis com efeito retroativo devem ser de caráter benéfico, não gerando prejuízos aos particulares.
Direito Adquirido X Ato Jurídico Perfeito X Coisa julgada
(art. 6º, §§ 1º, 2º e 3º da LINDB)
Aplicação imediata da lei
 
As leis de aplicação imediata atingem as relações jurídicas em curso no estado em que se encontram, sendo preservados os atos jurídicos perfeitos praticados na vigência da legislação revogada, mas adequados os atos subsequentes aos ditames do novo regime jurídico. Exemplo: normas processuais.
Leis temporárias e perpétuas, comuns e especiais
 
Vigora no direito brasileiro que a lei terá validade até que outra a modifique ou a revogue. Portanto, via de regra, as leis são perpétuas. Existem, todavia, leis com “prazo de validade”, que possuem prazo ou condição para expiração de sua vigência.
 
Por sua vez, leis comuns são aquelas de conteúdo mais geral, mais aberto, que em muitos casos são a expressão de princípios de direito em forma de regras. Leis especiais são as que tratam de certos temas de forma pontual ou mais detalhada.
SEMANA AULA 15 – O PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO
É o poder estatal que exerce a jurisdição.
 
Jurisdição – é o poder/dever estatal de formular e tornar efetiva a norma jurídica concreta que deve regular determinada situação jurídica. Em outras palavras, significa “dizer o direito”. É ao mesmo tempo poder, dever, função e atividade.
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO
Investidura: quem exerce esta função deve estar investido
no cargo de juiz – art. 93, I da CF.
Aderência: a jurisdição não se divide e só pode se manifestar em um território (é una e indivisível).
Indelegabilidade: não pode ser delegado a terceiros o poder de solucionar os conflitos.
Inevitabilidade: a jurisdição é inevitável na medida em que a autoridade dos seus órgãos é imposta às partes mesmo conta a vontade delas.
Inafastabilidade ou Princípio do Controle Jurisdicional: dirige-se aos três Poderes do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário) e veda que a lei suprima do controle jurisdicional qualquer lesão ou ameaça a direito – art. 5º, XXXVII da CF.
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
A ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO
ORGANOGRAMA DA ESTRUTUDA DO PODER JUDICIÁRIO
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

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