Buscar

APS 2 semestrE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA — UNIP
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS:
Direitos Humanos
Santana de Parnaíba
2017
NOME — RA
NOME — RA
NOME — RA
NOME — RA
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS:
Direitos Humanos
Santana de Parnaíba
2017
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	04
2. ONU: IMPUNIDADE POR TORTURA NAS PRISÕES É REGRA NO BRASIL	05
3. PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO	07
3.1. Vantagens e desvantagens da privatização dos presídios no Brasil	08
4. CONCLUSÃO	10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	11
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresenta uma análise sobre a questão da privatização penitenciária brasileira de uma forma geral, onde é possível observar que a situação carcerária no Brasil encontra-se a beira da falência, devido aos problemas estruturais, e as condições em que vive os presos no cárcere brasileiro, com o cerceamento de seus direitos fundamentais.
A maioria dos presídios brasileiros encontra-se em superlotação, além de faltar atendimentos gerais como saneamento básico, assistência jurídica, maus tratos entre os detentos sendo tanto físico quanto moral ou sexual. Desta forma, as prisões não conseguem chegar ao seu objetivo geral de melhorar a qualidade de vida tanto do detento quanto da sociedade, possibilitando um regresso à mesma.
No Brasil, os presídios nas grandes capitais se caracterizam em grandes complexos, onde a situação do sistema carcerário apresenta-se de forma bastante caótica, onde vários presos estão enfurnados em celas geralmente sujas, e em péssimo estado de conservação.
O objetivo geral do trabalho consiste em fazer uma contextualização sobre a privatização do sistema penitenciário brasileiro e suas implicações positivas e negativas.
2. ONU: IMPUNIDADE POR TORTURA NAS PRISÕES É REGRA NO BRASIL
Na cidade de São Paulo, a impunidade em casos de tortura praticados por agentes públicos contra presos se tornou a regra e não a exceção, afirmou o representante regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Amerigo Incalcaterra, em entrevista por e-mail a EXAME.com.
No Brasil, segundo Incalcaterra, o clima de impunidade nas prisões do Brasil se alimenta de extremas violações de direitos humanos nas prisões, onde a tortura é generalizada durante a detenção. Além disso, existe uma falta de esforço para documentar, investigar, processar e castigar delitos de tortura e tratamento cruel dos privados de liberdade no país. 
Incalcaterra fez fortes críticas em como o Brasil vem lidando com os atos desumanos e cobrou medidas das autoridades brasileiras para que melhores a vida nas prisões. “O Brasil precisa enfrentar a crise do sistema prisional, que vem de longa data, através de políticas públicas e legislação em linha com os padrões internacionais”, afirmou.
No dia 24 de novembro de 2016, o Subcomitê sobre a Prevenção da Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos e Degradantes (SPT), composto por especialistas da ONU, entregou ao governo brasileiro um relatório sobre violações de direitos e tortura praticados em presídios brasileiros. Neste relatório, os especialistas alertaram o Brasil sobre a gravidade dos casos violência nos presídios, onde a tortura é generalizada na qual afetam de modo desproporcional pessoas de estratos sociais mais baixos, negros e minorias; o risco de novas rebeliões, e superlotação.
No entanto, no relatório, é ressaltado que as informações sobre a incidência de tortura e tratamento cruel de pessoas privadas de liberdade não estão disponíveis.  Os especialistas também alertam que, por medo a represálias, detentos são frequentemente persuadidos a não denunciar casos de tortura e tratamento cruel. Outro aspecto importante ressaltado é a impunidade em casos de tortura por agentes públicos no Brasil que contribui para que se crie um clima de impunidade que alimenta a continuação de violações de direitos humanos.
Medidas tais como a investigação de mortes por agentes estatais, capacitação profissional em direitos humanos, a adoção de protocolos oficiais sobre o uso da força da polícia, a revisão dos salários da força policial, garantir a independência dos Institutos Médicos Legais e um controle eficaz de empresas privadas envolvidas na administração de funções policiais é algumas das medidas propostas pelos especialistas para combater a prática da tortura no Brasil.
3. PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO
A privatização tem por finalidade reduzir ou mudar a intervenção executada pelo Estado em benefício do setor privado da economia, ou seja, redefine o âmbito do próprio Estado, transformando as antigas em novas fronteiras, mediante uma revitalização das liberdades econômicas dos indivíduos.
O termo privatização é empregado para designar a subcontratação de serviços à iniciativa privada, como forma de terceirização para que o Estado realize a administração das atividades, possibilitando direcionar suas energias para as suas principais atividades e obrigações.
No Brasil, impera no campo da privatização de presídios o modelo de terceirização ou cogestão dos serviços penitenciários. A base legal para os contratos de terceirização é a Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93). Neste sistema, o Estado entrega por um período de um a cinco anos uma prisão já construída para uma empresa, que fica encarregada de toda a administração interna, da cozinha aos agentes penitenciários. O Brasil é um dos três países do mundo com maior aumento da população carcerária nos últimos vinte anos. 
Grande parte das prisões brasileiras está em crise, na qual, compreende também o objeto da pena privativa de liberdade, uma vez que grande parte dos questionamentos e críticas que são feitos à prisão referem-se à impossibilidade de obter algum efeito positivo sobre o detento. 
Alguns legisladores que atuam no âmbito federal e estadual tentam implantar a privatização no sistema penitenciário brasileiro. Entretanto, esta ideia é ainda considerada inconstitucional e encontra resistência por parte de alguns segmentos da sociedade, como o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil. Por não existir previsão legal de se privatizar as penitenciárias, alguns estados da federação vêm efetuando uma parceria entre o Estado e a iniciativa privada. Trata-se da terceirização, realizadas em alguns serviços. (FERREIRA, 2007, p. 38).
3.1. Vantagens e desvantagens da privatização dos presídios no Brasil
Se por um lado a lei impede o trabalho forçado ao preso, por outro, para a Lei de Execuções Penais, o labor constitui-se um dever, uma obrigação do preso atendido as suas aptidões e capacidades. Existem alguns fatores que contribuem de forma negativa para a privatização dos presídios, como por exemplo:
● A preocupação da iniciativa privada pode estar mais direcionada na visão do lucro e nem tanto com o interesse na reinserção social do delinquente.
● Em situações de faltas graves dos funcionários terceirizadas, como seria realizada a punição?
● Como se ajustaria a situação nos casos de greves ou falências destas empresas privadas?
● O alto custo desta parceira, onerando já os cofres combalidos dos estados, o qual provavelmente se reverteria em mais impostos para apara a sociedade para o custeio em larga escala deste novo procedimento.
Os favoráveis à privatização do sistema prisional se posicionam levando em consideração a melhoria na condição de vida dos familiares, o incremento da atividade produtiva na região, redução dos gastos com o funcionalismo público e o aumento de vagas na iniciativa privada. Considerando-se que, se o preso estiver trabalhando, certamente receberá um salário que poderá ajudar no sustento da família. Além disso, muitos presídios brasileiros não contam com trabalhos no seu interior, com isso o preso passa o tempo todo ocioso.
Destaca-se como fator positivo o baixo índice de evasão dos aprisionados nos presídios privados em comparação com as penitenciáriasestatais, pois em alguns contratos havendo fugas este poderá gerar a rescisão.
Assim, destacam-se como pontos positivos para a privatização:
● Assistência médica e odontológica, reforço escolar e o incentivo ao trabalho, que favorecem a ressocialização e fortalecem a dignidade da pessoa humana, principio constitucionais vilipendiados nas prisões estatais.
● Os baixos índices de fugas, rebeliões e mortes apresentadas nos presídios terceirizados em comparativo com administrados pelos estados.
● Atividade na empresa privada estaria liberada da morosidade e burocracia dos setores públicos em gerais, com maior celeridade os entraves administrativos.
● Diminuição da corrupção dos órgãos públicos ligados a esta função penitenciaria.
● Melhor imagem do apenado para a sociedade a qual o verá como um cidadão útil, podendo favorecer o aumento de esforços comunitários em seu favor.
● Abertura de mais vagas prisionais no país, diminuindo o superpovoamento das prisões.
De fato, é imprescindível a análise aprofundada das duas posições, aqueles que são a favor e aqueles que são contra a privatização, especialmente à luz do ordenamento jurídico brasileiro, que não é absolutamente consentâneo ao fenômeno da privatização.
4. CONCLUSÃO
Com o desenvolvimento deste trabalho, é possível perceber que a situação carcerária brasileira, em grande parte está em situação severa, descumprindo os direitos humanos, afrontando os artigos elencados na Constituição Federal e Declaração Universal dos Direitos Humanos e demais legislações, que regulamentam e identificam princípios da dignidade humana e direitos inerentes aos seres humanos.
A situação presente nas prisões brasileiras encontra-se à beira do caos, onde apresentam os mais diversos problemas. Grande parte dos estabelecimentos encontra-se superlotados, com problemas estruturais, de saneamento básico, possuindo também falta de assistências e profissionais. Também ocorrem relatos de maus tratos, abusos físicos morais sexuais entre os detentos de forma que possibilite um regresso da sociedade por não atingir o objetivo de ressocialização do detento.
Provavelmente a privatização não resolveria todos os problemas dentro das prisões brasileiras, porém seria uma forma de melhorar a situação; devido ao fato dos presídios privados possuírem em sua grande maioria resultados satisfatórios, em relação à ressocialização dos presos.
Há ainda muita discussão sobre o preço da privatização, levando em consideração quanto vale uma vida, os direitos dos seres humanos, e a ressocialização dos indivíduos em conflito com a lei. Diante a ineficácia em relação aos presídios, é necessária a privatização para cumprir a Lei de Execuções Penais.
Ao terminar o estudo deste trabalho, foi possibilitado o entendimento mais amplo em relação à situação carcerária do Brasil, no entanto o assunto não está esgotado, uma vez que deixa espaço para futuros acadêmicos que desejem interessar-se por tal questionamento, como um aprofundamento da real situação em que estão submetidos os prisioneiros, ressaltando um contraponto entre os presídios privados e os presídios públicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO JUNIOR, João Marcelino. Privatização das prisões. São Paulo: Editora Revista dos tribunais, 1995.
BRASIL. Lei 2.848/1940. Código Penal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm>. Acesso em: 11 de nov. de 2017.
EXAME DIGITAL. ONU: impunidade por tortura nas prisões é regra no Brasil Disponível em: <https://exame.abril.com.br/brasil/onu-impunidade-por-tortura-nas-prisoes-e-regra-no-brasil/ >. Acesso em: 25 out. 2017.
FERREIRA, Paula Guimarães. A estrutura do sistema prisional brasileiro frente aos objetivos da teoria da pena. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12093>. Acesso em: 11 de nov. de 2017.
GELINSKI NETO, Francisco; FRANZ, Giovane. A crise carcerária e a privatização do sistema prisional. Disponível em: <http://www.apec.unesc.net/V_EEC/sessoes_tematicas/Temas%20Especiais/A%20CRISE%20CARCER%C3%81RIA%20E%20A%20PRIVATIZA%C3%87%C3%83O%20DO%20SISTEMA%20PRISIONAL.pdf>. Acesso em: 11 de nov. de 2017.
MATOS, Cícero Gonçalves. Sistema progressivo de cumprimento de pena: a eficácia de sua aplicação (2011). Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,sistema-progressivo-de-cumprimento-de-pena-a-eficacia-de-sua-aplicacao,32874.html>. Acesso em: 11 de nov. de 2017.
ORTIGARA, Elcio Cândigo; PELISSARO, Elizângela Jackowski. A privatização dos presídios - um avanço necessário para a solução da crise no sistema penitenciário. Disponível em: <http://artigocientifico.com.br/uploads/artc_1260646899_30.pdf>. Acesso em: 11 de nov. de 2017.

Outros materiais