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FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS - FAL Curso de Direito Disciplina: Direito Civil I Período: 2º Prof.(a): Clarice Pereira ROTEIRO 08 AUSÊNCIA Direito Civil I AUSÊNCIA Procedimento para transmissão do patrimônio do ausente. Importante destacar que para que uma pessoa seja considerada ausente é necessário um procedimento especial, previsto nos Arts. 744 e 745, do CPC. Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. Não presença + falta de notícias + decisão judicial = AUSÊNCIA HIPÓTESES DA CONFIGURAÇÃO DA AUSÊNCIA Para se declarar a ausência de uma pessoa é necessário ultrapassar 03 fases: 1) Curatela dos Bens do Ausente (Arts. 22 a 25): o Arrecadação dos bens e nomeará um curador ( cônjuge ou companheiro ascendente descendente) para tomar conta desses bens. Em um ano, o juiz mandará publicar editais, de dois em dois meses, anunciando a relação de bens do ausente e convocando-o a retomar a posse de seus bens. 2) Sucessão Provisória ( Arts. 26 a 36): o Decorrido 1 ano da arrecadação dos bens ou 3 anos se ele deixou representante ou procurador (art. 26). A sentença que determina a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito 180 dias depois de publicada (art. 28). o Rol restrito de legitimados para requerer a abertura da sucessão provisória (art. 27). o O CC traz previsto que os herdeiros precisarão dar garantia para se imitirem na posse dos bens do ausente, a fim de que se possa proteger o patrimônio, salvo os herdeiros Paradeiro Desconhecido Sem Nomeação de procurador Com Nomeação de procurador Não quer/pode exercer o mandato. Não tem poderes suficientes. necessários (art. 30, § 2º CC). o Alienação dos bens imóveis só mediante autorização judicial, de modo a evitar a sua ruína (art. 31). o Destinação dos Frutos e Rendimentos (art. 33). 3) Sucessão Definitiva (Arts. 37 a 39): o Só será possível após 10 anos do trânsito em julgado da sentença que decretou aberta a sucessão provisória, ou, se contados cinco anos do trânsito, o ausente contar com mais de 80 anos de idade. o Com a sucessão definitiva: Reputa-se dissolvido o vínculo conjugal (art. 1.571, § 1º); Extingue-se o poder familiar. EFEITOS DO RETORNO DO AUSENTE: Na primeira fase: nada acontecerá, uma vez que nada foi feito com seus bens; Na segunda fase: receberá os bens no estado em que deixou, podendo levantar a caução prestada, se tiver havido depreciação do bem; se houver melhoria nos bens, deverá indenizar o herdeiro responsável pela mesma. Na terceira fase: receberá no estado em que se encontrarem os bens, ou os sub-rogados em seu lugar ou o preço recebido pelos bens alienados. Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. § 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.
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