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1NOÇÃO DE TEORIA GERAL DO ESTADO

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NOÇÃO DE TEORIA GERAL DO ESTADO
O MÉTODO DA TEORIA GERAL DO ESTADO
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NOÇÃO DE TEORIA GERAL DO ESTADO
O interesse pelo Estado e a sua organização acompanha o pensamento científico e filosófico desde a antiguidade.
Aristóteles pode ser considerado o grande fundador da ciência do Estado, sendo que sua influência pode ainda ser notada naqueles que tentam explicar o fenômeno do Estado. Em sua obra “Política”, ele estudou o Estado real como existia em sua época, procurando descobrir seus princípios. Procurava a NOÇÃO de Estado1.
Já Platão descreveu um Estado ideal de acordo com a sua concepção do homem e do mundo, em sua obra “República”. Procurava a IDÉIA de Estado1.
Cícero, a partir da síntese dos pensadores gregos, escreve também uma República, em que faz a análise jurídica e moral do Estado Romano, do que ele era (noção) e o que devia ser (idéia)1.
Idade Média => As obras da Igreja, dentre as quais as de S. Tomás de Aquino, são uma fonte em que o jurista atual encontra ainda soluções de problemas de princípio que enchem de controvérsia a ciência jurídica de nossos dias.
Idade Moderna (Séc. XVI) Maquiavel promoveu a grande revolução dos estudos políticos, com o abandono dos fundamentos teológicos e a busca de generalizações a partir da própria realidade, observando a organização e atuação do Estado em sua época2. Em “O Príncipe” lança os fundamentos da política como arte de bem governar. 
Com o advento das constituições escritas, a ciência do Estado toma novo impulso. O estudo da organização é facilitado pela codificação de suas normas fundamentais. Assim decorria o interesse e a necessidade de indagar como surgiram e evoluíram os Estados e as instituições e como se articulam as sociedades políticas.
Se deve a Jellinek, no séc. XIX, na Alemanha, a criação da TGE como disciplina autônoma
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Ciência Política, Teoria Geral do Estado, Direito Constitucional 
a ciência política estuda o aspecto político do Estado
a TGE engloba neste estudo, principalmente, o aspecto jurídico, lembrando que estuda o Estado de forma geral. 
Já o Direito Constitucional estuda um Estado específico, como por exemplo, o Estado brasileiro, italiano, francês, etc. 
Métodos de análise da TGE: Tem sido tratada sob dois pontos de vista distintos:
Para alguns o aspecto jurídico predomina, pois o Estado é um sistema de Direito, uma ordem jurídica e portanto incumbe à TGE estudar esta organização jurídica sem se preocupar com os aspectos sociológicos ou políticos. 
Para outros prevalece a orientação sociológica e política, pois a opinião pública, sua influência sobre o governo não podem ser descartadas. 
Não obstante, a TGE deve ser analisada sob o método complexo, ou seja, o aspecto jurídico, social e político, pois não há como analisar um Estado sem levar em consideração todos estes aspectos que são relevantes para seu estudo.
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Conceito
“conjunto de ciências aplicadas à compreensão do fenômeno estatal” MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 1993. . 
“disciplina de caráter teórico e geral, que tem por objeto o estudo do Estado como fenômeno social e histórico, não só quanto ao seu conteúdo econômico-social como no tocante às suas formas jurídicas e, inclusive, às suas manifestações ideológicas”
“[...] é a ciência que investiga e expõe os princípios fundamentais da sociedade política denominada Estado, sua origem, estrutura, formas e finalidade”.[1]
	“A Ciência Política faz o estudo da organização política e dos comportamentos políticos, tratando dessa temática à luz da Teoria Política, sem levar em conta os elementos jurídicos. Tal enfoque é de evidente utilidade para complementar os estudos de Teoria Geral do Estado, mas, obviamente, é insuficiente para a compreensão dos direitos, das obrigações e das implicações jurídicas que se contêm no fato político ou decorrem dele”.[2]
[1][1] AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do estado. 41. ed. São Paulo: Globo, 2001. p. 10.
[2][2] DALLARI, Dalmo. Elementos de teoria geral do Estado. 23. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 6.
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Relação entre Ciência Política e Teoria Geral do Estado
Sobre a relação entre Ciência Política e Teoria Geral do Estado, transcrevemos o trecho abaixo de Dallari (op. cit., p. 4):
	“A questão do relacionamento da Teoria Geral do Estado com a Ciência Política é de interesse mais acadêmico do que prático. Entretanto, modificação recente imposta pela burocracia federal do ensino do Brasil pode dar a impressão de que algo de importante aconteceu e pode, eventualmente, suscitar dúvidas. Até recentemente era obrigatório o ensino da Teoria Geral do Estado nos cursos jurídicos e essa disciplina era expressamente referida como parte do Direito Constitucional. Por decisão do governo federal, a partir de dezembro de 1994 o ensino da Teoria Geral do Estado continuou a ser obrigatório, mas de maneira ambígua, o ato governamental menciona, entre as disciplinas fundamentais do curso jurídico, “Ciência Política (com Teoria Geral do Estado)”. Uma vez que são disciplinas diferentes, a conclusão lógica é que se tornou obrigatório ensinar Ciência Política junto com Teoria Geral do Estado. Apesar da obscuridade, fica fora de dúvida que continua sendo obrigatório o ensino de Teoria Geral do Estado.
	O que a realidade mostra é que, cada vez mais, não há possibilidade de desenvolver qualquer estudo ou pesquisa de Ciência Política sem considerar o Estado (...).”
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Objeto de estudo
O objeto de estudo da Teoria Geral do Estado, de maneira ampla, é o estudo do Estado sob todos os aspectos, incluindo a origem, a organização, o funcionamento e as finalidades, considerando no seu âmbito tudo que existe no Estado ou o influencia.
O Estado pode ser abordado de maneiras diversas, dependendo do ponto de vista de quem o observa.
Pela própria multiplicidade de aspectos que a TGE deve considerar é impossível a adoção de um modelo único.

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