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Alavancagem Operacional Para entendermos o que é uma Alavancagem Operacional, primeiro precisamos relembrar o que é o lucro operacional segundo o custeio variável. Nesse sistema de mensuração, os dispêndios são separados em elementos fixos e variáveis. Isto é, aqueles que sofrem alteração com a quantidade transacionada (as variáveis) e os que não sofrem alterações (os fixos). Pois bem, o lucro operacional então seria aquele valor que resultaria do confronto entre a receita total auferida e o dispêndio total (gasto fixo + gasto variável), o que, por sua vez, nos leva novamente à curva neoclássica do lucro que foi trabalhada nas aulas 1 e 5 (Figura 01): Figura 01 – Receita, Custo e Lucro segundo a visão neoclássica. Portanto, o comportamento do lucro dependente tanto da curva da receita como da curva do custo, sendo maior ou menor conforme o distanciamento existente entre essas duas curvas. Nesse sentido, se isolarmos e ampliarmos apenas a curva do lucro que é vista na Figura 01 na curva azul, poderemos entender melhor o que significa uma alavancagem operacional (Figura 02): Figura 02 – Curva do Lucro Conforme demostra a Figura 02, à medida que a quantidade de produto transacionado aumenta, temos uma variação do lucro. Vamos considerar nossa análise a partir do ponto de equilíbrio (quando o prejuízo já foi sanado). Quando a quantidade varia do PE a Q1, nosso lucro aumenta de zero a L1, perceba que o lucro aumenta mais que a variação da quantidade. O mesmo ocorre quando Q1 varia para Q2, contudo, a diferença no lucro, apesar de maior, não é tão grande quanto foi no momento anterior. Por fim, quando Q2 aumenta para Q3, temos agora que a variação da quantidade supera o incremento do lucro de L2 para L3. Esses três momentos já bastam para entendermos a alavancagem operacional. Em síntese, temos que à medida que a quantidade vai aumentando o mesmo ocorre com o lucro, inicialmente em proporções maiores que vão caindo gradativamente. Portanto, fica evidente que temos a necessidade de analisar quanto que o incremento da quantidade de venda impulsiona o lucro da empresa e, além disso, quanto é esse grau de alavancagem. Para tanto usamos um cálculo que considera as variações da quantidade e do lucro em escala percentual. Por quê? Simplesmente, para evitarmos as possíveis distorções que surgirem devido ao uso de escalas diferentes na mensuração. Dito de outra forma, quando tratamos ambos os elementos em base métrica de 100 unidades, temos uma melhor compreensão sobre o impacto de uma variável em relação a outra, nesse caso, como a variação percentual da quantidade pode alavancar percentualmente o lucro. AO = L% / Q% Onde: AO: Alavancagem Operacional L%: Variação % do lucro => (L2 – L1) / L1 x 100 Qt: Variação % da Quant. => (Q2 –Q1) / Q1 x 100 Portanto, a Alavancagem Operacional nos apresenta o impacto percentual que a variação de 1% na quantidade de venda pode gerar de variação percentual no lucro da empresa. Bem, bacana, não acha? Ainda mais agora que já sabemos que, embutido nesse valor, está o comportamento de toda uma estrutura de custo que foi planejada para gerar valores estrategicamente favoráveis à empresa, mas é nesse ponto que precisamos ter muito cuidado porque muitas vezes ao buscarmos esse cenário favorável na gestão dos custos, infelizmente, nos distanciamos dele. O motivo? Porque muitas vezes não enxergamos as restrições que nos cercam quando estamos em uma operação sistêmica. O que será tema de nosso próximo estudo, a teoria das restrições. Vamos reforçar um pouco esse conteúdo? Então confira, a seguir, videoaula com o professor Ernani. http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.grupouninter.com.br/2015/A BR/MT50029-A06-P03.mp4
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