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AULA AGLOMERANTES 2017 aluno 20170927 1718

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AGLOMERANTES 
Profa. Cida Nogueira Campos 
A1-DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO: 
A2-GESSO: 
Aplicações e Propriedades 
A3-CAL: 
Fabricação, Aplicação e Estocagem 
A4-CIMENTO: 
Definição, Componentes, Adições, Tipos de Cimento, Estocagem, 
Propriedades (Finura, Pega, Expansibilidade, Resistência à 
Compressão, Calor de Hidratação, Resistência a Agentes 
Agressivos e Reação Álcali-Agregado) 
Os aglomerantes são definidos como produtos empregados para fixar ou 
aglomerar outros materiais entre si. 
Geralmente são materiais em forma de pó, que misturados com a água, 
formam uma pasta capaz de endurecer por simples secagem ou devido à 
ocorrência de reações químicas. 
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Profa. Cida Nogueira Campos, 2017 
Aglomerante ou ligante é um material geralmente 
pulverulento que tem a finalidade de aglutinação de outros 
materiais. 
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Só endurecem ao AR, 
e não fazem pega sob 
a água. 
Endurecem e fazem 
pega até mesmo 
embaixo d´agua. 
AGLOMERANTES INORGÂNICOS: 
EXEMPLOS: GESSO e CAL AÉREA 
Profa. Cida Nogueira Campos, 2017 
EXEMPLOS: CAL HIDRÁULICA E 
CIMENTO PORTLAND 
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AGLOMERANTES 
Gesso: 
• É encontrado livre na natureza; 
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É adicionado na 
Fabricação do Cimento • Produto da Desidratação parcial ou total da gipsita; 
• É aplicado em revestimento em forma de pasta em paredes e ornamentos; 
• Utilizado em placas para forros; 
• Utilizado em placas divisórias de gesso acartonado; 
• Não deve ser utilizado em áreas externas. 
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Aplicações do Gesso: 
 
 Revestimento em forma 
de pasta em paredes e 
tetos; 
 Molduras e ornamentos; 
 Placas para forros; 
 Placas divisórias de gesso 
acartonado; 
 Não pode ser aplicado em 
áreas externas. 
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AGLOMERANTES 
Propriedades do Gesso: 
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Cal: 
• Produto da Calcinação de pedras Calcárias; 
• Calcinação do calcário em fornos em temperatura entre 900 e 1200°C; 
• EXTINÇÃO DA CAL: transformação dos óxidos de cálcio e magnésio em 
hidróxidos, pela adição de água, que resulta em uma cal hidratada; 
• TIPOS DE CALES: 
 - Cal Virgem - aglomerante resultante da calcinação de rochas calcárias 
 (calcita e dolomita) 
 - Cal Hidratada – tem como seu principal uso, a Pintura. 
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Profa. Cida Nogueira Campos, 2017 
AGLOMERANTES 
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Cimento Portland: 
Depois da água é o 
Material mais consumido do mundo! 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 HISTÓRIA DO CIMENTO: 
Veja link completo: http://www.abcp.org.br/conteudo/basico-sobre-cimento/historia/uma-breve-historia-do-
cimento-portland 
1824 
O inglês Joseph Aspdin 
desenvolveu um cimento 
bem semelhante ao atual e 
registrando a patente, deu-
lhe o nome de Portland 
1845 
Isaac Johnson produziu um 
cimento semelhante ao 
Portland, queimando uma 
mistura de argila até a 
formação do clínquer. 
1924 
Primeira fábrica de 
Cimento Portland (em 
SP). 
CIMENTO PORTLAND CIMENT 
PORTLAND CIMENTO PORTL 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
CIMENTO PORTLAND é um aglomerante 
hidráulico obtido pela moagem do 
clínquer Portland 
É uma das principais mercadorias mundiais, servindo até mesmo como 
indicador econômico. 
É o principal material de construção usado 
como aglomerante. 
Durante a moagem é permitido adicionar a esta mistura 
materiais pozolânicos, escórias de alto forno e/ou 
materiais carbonáticos, em pequenos teores especificados 
(NBR 5732). 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
COMPÓSITOS do CIMENTO 
A Propriedade mais conhecida dos compósitos preparados 
a partir do Cimento Portland é a Resistência à Compressão. 
No entanto, fatores como: 
-a facilidade de uso, 
-a possibilidade de serem moldados em diferentes formas, 
-a boa interação do cimento com outros materiais, 
-e sua durabilidade; 
conferem ao Cimento Portland seu importante papel na 
construção civil. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 O CIMENTO é um pó cinza composto de 
partículas angulares com dimensões que variam 
normalmente de 1 a 50 µm. 
CLÍNQUER – é a 
mistura homogênea de 
vários compostos 
produzidos por reações 
a alta temperatura!! 
(óxido de cálcio, sílica, 
alumina e óxido de ferro) 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 COMPONENTES DO CIMENTO: 
CALCÁRIO + ARGILA 
QUEIMA 
CLÍNQUER 
+ 
ADIÇÕES 
Gesso 
Escória de Alto Forno 
Pozolana 
Calcário 
AS ADIÇÕES E SUAS % IRÃO DETERMINAR OS TIPOS DE CIMENTO NO MERCADO. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 COMPONENTES DO CIMENTO: 
CLÍNQUER 
 
Clínquer – Principal item na 
composição do cimento. 
O cimento composto de clínquer puro é denominado 
“Cimento Portland Comum-CPI”. 
 
A propriedade principal do clínquer 
no cimento é desenvolver uma 
característica ligante de forma a 
produzir uma resistência mecânica ao 
material, após a hidratação. LIGANTE HIDRÁULICO 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 COMPONENTES DO CIMENTO: 
As Adições ao 
cimento melhoram 
certas características 
do concreto e 
preservam o 
ambiente ao 
aproveitar resíduos 
e diminuir a 
extração de matéria-
prima. 
ADIÇÕES 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 COMPONENTES DO CIMENTO: 
ADIÇÕES: Gesso 
Gesso – É adicionado em quantidades geralmente inferiores a 
3% da massa de clínquer, tem função de estender o tempo de 
pega do cimento (tempo para início do endurecimento). 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 COMPONENTES DO CIMENTO: 
ADIÇÕES: Gesso 
Sem esta adição, o tempo de pega do cimento seria de poucos 
minutos, inviabilizando o uso. Devido a isto, o gesso é uma 
adição obrigatória, presente no Cimento. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 COMPONENTES DO CIMENTO: 
ADIÇÕES: Escória de Alto Forno 
Escória siderúrgica - de aparência semelhante a areia grossa, é 
um sub-produto de alto-fornos. 
Sendo um sub-produto, este material tem menor custo em relação 
ao clínquer e é utilizado também por elevar a durabilidade do 
cimento, principalmente em ambientes com presença de sulfatos. 
Porém, a partir de certo grau de 
 substituição de clínquer, 
a resistência mecânica passa a 
diminuir. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 COMPONENTES DO CIMENTO: 
ADIÇÕES: Material Pozolânico 
Materiais pozolânicos – São 
originalmente argilas contendo cinzas 
vulcânicas. 
Assim como a escória siderúrgica, as 
pozolanas frequentemente têm menor 
custo, se comparadas ao clínquer. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 FABRICAÇÃO: 
MATECO – MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
Materiais Não – Metálicos II 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 TIPOS DE CIMENTO: 
Cimento Portland Comum (CP I); 
Cimento Portland Composto (CP II); 
Cimento Portland de Alto Forno (CP III); 
Cimento Portland Pozolânico (CP IV); 
Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V); 
CimentoPortland Resistente aos Sulfatos (RS); 
Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC); 
Cimento Portland Branco (CP B); 
Cimento Portland para Poços Petrolíferos (CP P); 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO: 
Cimento Portland Comum (CP I e CP I – S) 
ADIÇÕES: CP I-S, 1 a 5 % de material pozolânico em massa, 
recomendado para construções em geral. 
Gesso – Retardador de Pega 
USO: construções de concreto em geral quando não há exposição a sulfatos do solo ou 
de águas subterrâneas (lançamento de pequenos volumes, uso adequado em ambientes 
não agressivos). 
Dificuldade de se encontrar no mercado para compra. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO: 
Cimento Portland Comum (CP I e CP I – S) 
As Classes de Resistência 25, 32 e 40 representam os valores mínimos 
de resistência à compressão aos 28 dias de idade, em (MPa). 
Teores dos componentes do cimento Portland comum 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO: 
Cimento Portland Composto (CP II-E, CPII-Z, CPII-F) 
Fíler 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO: 
Cimento Portland Composto (CP II-E, CPII-Z, CPII-F) 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO: 
Cimento Portland de Alto Forno (CP III) 
ADIÇÕES: 35 a 70 % de Escória. 
 Recomendável para estruturas em meios ácidos ou 
sujeitas a ataque de SULFATOS! 
 Aplicável também a concreto massa! 
 Sigla Classe de resistência 
Componentes (% em massa) 
Clinquer + Sulfatos 
de cálcio 
Escória granulada de 
alto-forno 
Material 
carbonático 
CP III 
25 
62-25 35-70 0-5 32 
40 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO: 
Principal USO em obras de concreto-massa, tais como: 
Barragens, 
 Peças de grandes dimensões, 
 Fundações de máquinas, 
E Obras em ambientes agressivos: 
Tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, 
Esgotos e efluentes industriais, 
 Pilares de pontes ou obras submersas, 
 Pavimentação de estradas e pistas de aeroportos. 
Cimento Portland de Alto Forno (CP III) 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO: 
 
Aplicável a Estruturas sujeitas a 
ataques ácidos fracos! 
 
 
Cimento Portland Pozolânico (CP IV) 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
 PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO: 
USO: É especialmente indicado em obras expostas à ação de 
água corrente. 
Se torna mais impermeável e durável. 
 
Possui baixo calor de hidratação, 
com isso aplicável tb em casos de 
grande volume de concreto. 
http://www.cimentoitambe.com.br/concretagem-da-
base-do-silo-de-clinquer-da-linha-3/ 
Cimento Portland Pozolânico (CP IV) 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO: 
Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CPV-ARI) 
O CP V-ARI é definido, 
para efeito da verificação de conformidade, 
segundo a Resistência à Compressão obtida aos 7 dias de 
idade, que é de no Mínimo 34 MPa. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO: 
Possui uma moagem mais fina (maior finura do clínquer) 
Assim, ao reagir com a água, o CP V ARI adquire 
elevadas resistências, com maior velocidade. 
Resistência inicial elevada rápida. 
USO: -É indicado para obras em que seja necessária a 
desforma rápida do concreto; principalmente na confecção 
de elementos pré-moldados: 
blocos, postes, tubos, entre outros. 
-É não recomendável para lançamento de grandes volumes. 
Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CPV-ARI) 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO: 
Cimento Portland Resistente aos Sulfatos (RS); 
Tipo de cimento mais usado no Brasil 
 
CP-RS 
Todos os sulfatos são potencialmente danosos ao concreto: 
SÃO AQUELES QUE TÊM A PROPRIEDADE DE OFERECER 
RESISTÊNCIA AOS MEIOS AGRESSIVOS SULFATADOS 
 
 
Exemplos: 
 -Nas Redes de Esgoto de águas servidas ou 
industriais, 
-Na água do mar e, 
-Em alguns tipos de solos 
-De 60 a 70% de Escória de alto-forno; 
-De 25 a 40% de Pozolana. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
EMBALAGEM: 
Quando o cimento é entregue em sacos, estes devem ter impressos em 
forma bem visível (mínimo 06 cm de altura), em cada extremidade: 
-AS SIGLAS E CLASSES CORRESPONDENTES (ex.: CP I-25, 
CP III-40, CP V-ARI); 
-No centro, o NOME e MARCA DO FORNEDOR. 
 
-Em sacos de 
Papel Kraft; 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
ESTOCAGEM: 
Devem ser armazenados em locais secos e bem protegidos para 
preservação da qualidade; 
Deve-se evitar qualquer risco de hidratação; 
Não deve ser armazenado por mais de 03 meses (90 dias); 
Evitar pilhas muito altas (não deve conter mais de dez sacos de 
altura); 
As pilhas devem ser colocadas sobre estrados secos, afastados 30cm 
do piso e das paredes; 
Não devem ser aceitos sacos 
rasgados, ou com sinais que 
tenham sido molhados. 
Os recebidos a mais tempo, devem 
ser utilizados primeiro. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
FINURA DO CIMENTO; 
PEGA DO CIMENTO; 
EXPANSIBILIDADE 
EXSUDAÇÃO; 
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO; 
As Propriedades do Cimento Portland são consideradas: 
-com relação ao Produto em sua condição natural, e 
-também quando utilizadas como Argamassas e em Concretos. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
FINURA DO CIMENTO: 
É o fator que governa a velocidade de reação de hidratação 
Quanto mais fino: 
•Maior trabalhabilidade 
•Pega mais rápida (mais rápido a água entra em contato com o grão) 
•Menor a exsudação (maior quantidade de grãos) 
•Maior a resistência mecânica nas primeiras idades 
•Maior desenvolvimento de calor de hidratação 
•Maior a impermeabilidade 
O Custo da Moagem e o Calor liberado na Hidratação 
estabelecem alguns limites para a FINURA. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
FINURA DO CIMENTO: 
 CIMENTO: 1 a 50 µm. 
Partículas menores que 2µm não são desejáveis, requerem mais 
água. 
Desejável entre 60% a 70% na faixa de 3µm a 30µm. 
+ FINO  ↓ O TAMANHO DO GRÃO  ↑ A SUPERFÍCIE EXPOSTA  + RÁPIDA A REAÇÃO 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
FINURA DO CIMENTO: 
A Norma NBR 11579, Determina a Finura do Cimento, na Peneira 75 µm. 
A finura é expressa em relação aos resíduos retidos nessa peneira. 
Caso o cimento possua muito resíduo, ele pode ser reprovado / rejeitado, por 
ser muito grosso. 
ÍNDICE DE FINURA (%): IF = r x 100; onde: r = resíduo do cimento (g) 
 m m = massa inicial do cimento (g); 
 Para o processo manual de peneiramento, o valor de m é igual a 50 g. 
 
 Finura 
(Resíduo na peneira 75µm) 
 
Unidade 
 
Limites 
25 32 40 
CPI e CPII % ≤ 12,0 ≤ 12,0 ≤ 10,0 
CPIII % ≤ 8,0 ≤ 8,0 ≤ 8,0 
CPV % ≤ 6,0 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
PEGA DO CIMENTO: 
Cimento de Pega Normal, t > 1 hora (Início Pega) 
TEMPO DE INÍCIO PEGA: é o intervalo de 
tempo transcorrido desde a adição de água ao 
cimento até o inicio das reações com os 
componentes do cimento. 
FIM DE PEGA: a pasta deixa de ser 
deformável para pequenas cargas e se 
torna um bloco rígido. 
Ocorre aumento brusco de viscosidade da pasta e aumento da temperatura. 
ACELERA A PEGA: 
RETARDA A PEGA: 
-O Gesso (na composição doCimento); 
-Quanto + Alta Temperatura  mais longa 
a pega; 
-Quanto + Água  Maior o Tempo de Início 
Pega 
-Aditivos / Açúcar / Água do Mar 
-Quanto mais Fino  Início Pega + rápido 
-Aditivos; 
A NBR NM 65 estabelece o Método que 
Determina o Tempo de Pega da Pasta de 
Cimento Portland. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
EXPANSIBILIDADE: 
A NBR 11582 Cimento Portland – 
Determinação da Expansibilidade Le Chatelier; 
prescreve o método que determina as expansibilidades da pasta de cimento. 
É a variação volumétrica que decorre do processo de hidratação 
de alguns componentes da pasta de cimento. 
Tem-se o processo de Expansibilidade a Quente e a Frio. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
EXSUDAÇÃO: 
Consiste na separação espontânea da água da mistura. 
Os grãos de cimento sendo mais pesados que a água que os 
envolve, são forçados por gravidade a uma sedimentação. 
Assim, a água se deposita na superfície. 
 
Como ocorre ANTES DO INICIO DA PEGA, pode prejudicar 
a uniformidade, a resistência e a durabilidade dos concretos. 
Causas PRINCIPAIS: 
-Excesso de Água; 
-Excesso de Aditivo Plastificante; 
-Carência de Finos nos Agregados Miúdos. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
EXSUDAÇÃO: 
O fenômeno da exsudação pode ser diminuído com o aumento da 
finura do cimento, pois quanto mais fino é o cimento, menor é o 
número de espaços vazios, o que dificulta o caminho da água para a 
superfície do concreto. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO: 
A resistência mecânica do cimento utilizado para o concreto 
depende de uma série de características, tal como a 
reatividade do clínquer, 
Conforme a Norma Brasileira NBR 7215. 
 ↑ ÁREA ESPECÍFICA DO CIMENTO(mais fino)  ↑ RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO: 
NBR 7215 Cimento Portland 
Determinação da Resistência à Compressão: 
 
Para a realização deste ensaio são utilizados os materiais: 
 
-Areia (do IPT) específica para este ensaio, 
-Água Potável, 
-Cimento; 
 
 *São preparados 12 corpos de Prova 
 Cilíndricos (Ø 50 e Altura 100mm). 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO: 
Após o preparo dos cps, 
são realizados os ensaios de 
resistência à compressão, 
nas diferentes idades. 
A resistência final é a média 
das resistências individuais 
dos 04 cps ensaiados na 
mesma idade. 
 σc = P/A [MPa] 
 
σc = Resistência à Compressão 
 
P = força máxima de ruptura (N) 
 
A = área (mm²). 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO: 
Ruptura Característica de Compressão, 
do c.p. de Cimento! 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
RESISTÊNCIAS: 
O Gráfico mostra a evolução média de Resistência à Compressão dos distintos tipos 
de Cimento Portland. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO: 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
EXERCÍCIO: -Verificar se a Argamassa analisada atende ao Critério de Conformidade 
especificado para o Cimento CPIII-40; e -Desenhar a Curva Tensão x Tempo do respectivo 
Cimento analisado: 
σc = P/A [MPa] 
 
σc = Resistência à Compressão; 
P = força máxima de ruptura (N); 
A = área (mm²). 
IDADE DO 
ENSAIO 
(Dias) 
CARGA MÁXIMA 
RUPTURA (N) 
DIÂMETRO MÉDIO 
 (mm) 
 
RESISTÊNCIA 
(MPa) 
3 22.550 49,99 
3 23.100 50,12 
3 22.980 50,06 
3 22.920 50,08 
7 46.800 49,97 
7 47.010 50,11 
7 46.950 50,08 
7 46.770 50,08 
28 78.710 49,97 
28 79.020 50,09 
28 78.820 50,04 
28 78.930 50,08 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
Exigências Físicas e Mecânicas do CPI 
Exigências físicas e mecânicas do CPI 
*(A) – Critérios de conformidade aos 28 dias: Classes de Resistência 
Fim de pega <= 10 hora 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
Exigências Físicas e Mecânicas do CPIII 
Exigências físicas e mecânicas do CPIII 
 Características e Propriedades Unidade 
Limites 
CP III-25 CP III-32 CP III-40 
Finura (Resíduo na peneira 75µm) % ≤ 8,0 ≤ 8,0 ≤ 8,0 
Tempo de Início de Pega h ≥ 1 ≥ 1 ≥ 1 
Expansibilidade a quente mm ≤ 5 ≤ 5 ≤ 5 
Resistência a 
Compressão 
3 dias de idade MPa ≥ 8,0 ≥ 10,0 ≥ 12,0 
7 dias de idade MPa ≥ 15,0 ≥ 20,0 ≥ 23,0 
28 dias de idade MPa ≥ 25,0 ≥ 32,0 ≥ 40,0 
Tempo de fim de pega h ≤ 12 ≤ 12 ≤ 12 
Resistência à compressão aos 91 dias 
de idade MPa ≥ 32 ≥ 40 ≥ 48 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
Exigências Físicas e Mecânicas do CPV 
Exigências físicas e mecânicas do ARI 
Fim de pega <= 10 horas 
Critério de conformidade – o CP V-ARI é definido, para efeito da verificação de conformidade, segundo a 
resistência à compressão obtida aos 7 dias de idade. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
PROPRIEDADES QUIMICAS 
CALOR DE HIDRATAÇÃO; 
RESISTÊNCIA A AGENTES AGRESSIVOS; 
REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO. 
 As Propriedades Químicas do Cimento Portland 
estão relacionadas ao 
processo de endurecimento por hidratação. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
CALOR DE HIDRATAÇÃO: 
É a quantidade de calor desenvolvida na hidratação completa 
a uma dada temperatura 
3 dias 50% do calor desenvolvido 
7 dias 60% do calor desenvolvido 
28 dias 90% do calor desenvolvido 
TEM GRANDE 
IMPORTÂNCIA EM 
OBRAS VOLUMOSAS 
Durante o processo de endurecimento do cimento, considerável 
quantidade de calor se desenvolve nas reações de hidratação. 
Essa energia térmica produzida, gera elevação de temperatura, 
em obras volumosas, a qual conduz ao aparecimento de trincas de contração ao 
fim do resfriamento da massa. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
RESISTÊNCIA A AGENTES AGRESSIVOS: 
Nos concretos em contato com a água e com o solo, podem ocorrer 
fenômenos de agressividade. 
As águas, como os solos, podem conter substâncias químicas suscetíveis 
a reações com certos constituintes do cimento presente nos concretos. 
O cimento é o elemento do 
concreto mais suscetível ao 
ataque de agentes 
agressivos. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
REAÇÃO ALCALI-AGREGADO: 
A reação álcali-agregado é um fenômeno que ocorre 
no concreto endurecido e que se desenvolve devido à 
combinação de três agentes: álcalis do cimento, 
agregado reativo ou potencialmente reativo e a 
presença constante de umidade. 
Essa combinação causa danos de grandes proporções 
e às vezes irreversíveis, geralmente, em obras de 
grande volume de concreto, tais como: 
barragens, blocos de fundação, pavimentação de 
estradas, aeroportos, cais e pontes. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
REAÇÃO ALCALI-AGREGADO: 
É um dos fenômenos que mais interfere na 
durabilidade do concreto 
Como existe uma dependência 
da umidade, este tipo de reação 
é mais comum em obras 
hidráulicas(ou expostas a 
umidade). 
 Também recomenda-se maior 
preocupação em obras de 
estruturas especiais, mesmo que 
sejam maciças e secas. 
Ex.: Rachaduras típicas relacionada com a reação 
álcali-sílica ao longo de rodovia nos EUA. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
REAÇÃO ALCALI-AGREGADO: 
É um termo usado principalmente para se referir 
à reação que ocorre no concreto no estado 
endurecido em idades tardias. 
 
Essa reação normalmentecausa expansão pela formação de um 
gel expansivo (gel sílico-alcalino) que absorve água por osmose e 
se expande entre os poros do concreto, até que os espaços 
vazios terminem e leve a um aumento de tensão. 
 
Esse aumento nos esforços internos pode causar a fissuração, e 
perda de resistência do concreto. 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
REAÇÃO ALCALI-AGREGADO: 
O surgimento está relacionada a: 
•Presença de sílica reativa; 
•Presença de álcalis; 
•Umidade suficientemente alta; 
•Temperatura. 
A presença de álcalis 
eleva o PH. 
Tem origem no clinquer. 
A água pode ser considerada como danosa para o concreto se: 
-o fator água/cimento for superior ao necessário para que ocorra o processo de 
hidratação do concreto, 
-se a estrutura tem contato externo direto com água, nível de lençol freático na face dos 
blocos de fundação. 
-ou ainda se a umidade relativa do ar for superior a 85% , que associada à temperatura 
(superior a 20°C), podem ter seu nível elevado. 
Sílica (no agregado) 
CIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos 
A produção de cimento é responsável por cerca de 7% 
das emissões artificiais totais de dióxido de carbono no 
mundo, um número que sobe para além dos 10% em 
países que se vêm desenvolvendo rapidamente, como a 
China, que atualmente produz uma em cada três 
toneladas de cimento empregadas no mundo. 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
*Baseado nas características e classificação dos cimentos que você estudou, indique qual o tipo de 
cimento mais adequado para ser utilizado em cada uma das situações descritas a seguir: 
 
1. Imagine que a obra na qual você está trabalhando está atrasada e você precisa acelerar a execução das 
estruturas de concreto. O uso de qual tipo de cimento seria o mais adequado nessa situação? 
a. CP II – E / b. CP III / c. CP IV / d. CP V – ARI 
 
4. A argamassa armada é uma técnica de revestimento normalmente executado em mais de uma camada. Para 
garantir a estabilidade do revestimento, a argamassa é reforçada por telas metálicas. O ideal é que este tipo de 
revestimento seja executado com um cimento que desenvolva uma resistência maior nas primeiras idades, 
fator que garantirá a aderência necessária. O tipo mais adequado de cimento a ser utilizado nessa situação é o 
a. CP I. / b. CP IV. / c. CP V. / d. CPB. 
 
8. Em uma fábrica de tubos de concreto para esgoto, a escolha do cimento a ser utilizado deve proporcionar a 
rapidez de produção e resultar num material que atenda aos requisitos de qualidade no momento de sua 
aplicação. Com base nos dois critérios citados, o cimento mais adequado é o 
a. CP III – RS / b. CP IV / c. CP V – ARI / d. CP V – ARI – RS 
 
9. Quando uma estrutura de concreto está submetida à ação de águas correntes, a impermeabilidade do 
material é um fator muito importante para garantir seu bom desempenho. Cimentos que contêm adição de 
pozolanas ajudam na obtenção de concretos com menor permeabilidade. Entre os cimentos com esta 
característica estão os seguintes: 
a. CP II – F e CP – V / b. CP II – Z e CP IV / c. CP III – RS e CP IV / d. CP I – S e CP III 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
 
1) Defina Aglomerante: 
2) Cite as 03 Propriedades principais do Gesso. 
3) Conceitue Pega, e descreva sobre o Início e fim de Pega. 
4) Cite duas matérias primas do cimento Portland. 
5) Como se obtém o clinquer ? 
6) Que aglomerante é adicionado ao cimento para controlar o tempo de pega? 
7) Qual é aproximadamente o volume (em m3) ocupado por 40 sacos de cimento (de 50 kg cada)? 
8) O aumento da finura do cimento tem que efeito na velocidade da reação de hidratação? na resistência do 
concreto? na exsudação? na impermeabilidade do concreto? 
9) Que é exsudação do concreto? 
10) Como ocorre o processo de pega, do ponto de vista microscópico? 
11) Cite um caso em que é desejável que se aumente o tempo de pega. 
12) O ensaio de resistência à compressão para o cimento CPIII é feito com corpos de prova com que idades? 
13) O ensaio de resistência à compressão para o cimento CPV é feito com corpos de prova com que idades? 
14) Como a finura do cimento influi na exsudação? 
15) Cite um tipo de obra em que o calor de hidratação assume grande importância. 
16) Por que o calor de hidratação está relacionado com trincas de retração? 
17) Qual é o constituinte do concreto mais suscetível ao ataque de agentes agressivos? 
18) Cite cinco tipos de cimento Portland produzidos no Brasil. 
19) Descreva resumidamente as etapas da fabricação do cimento Portland. 
20) Qual é o produto obtido imediatamente após a queima, na fabricação do cimento? 
21) Por que são necessários cuidados especiais no armazenamento do cimento? 
22) Cite vantagens do uso de cimento RS. 
EXERCÍCIOS 
Conforme os conceitos estudados, classifique como V (verdadeiro) ou F (falso) e justifique as 
afirmativas que julgar falsas. 
A. O cimento é um tipo de aglomerante hidráulico. Isto significa que, em 
presença de água, ele aglutina os demais componentes, formando uma rocha 
artificial quando endurece. 
VERDADEIRO 
B. Materiais pozolânicos são materiais carbonáticos, que atuam como 
preenchedores de vazios. 
. FALSO. Materiais pozolânicos são originalmente argilas que contêm cinzas vulcânicas 
C. O uso da escória de alto forno em cimentos CPIII pode reduzir a resistência 
final do cimento. Porém, é aplicada na indústria do cimento para que se evite 
sua deposição em aterros sanitários. 
D. O gesso é uma adição de pouca importância ao cimento. Apesar de regular o 
tempo de pega, ele é adicionado ao cimento apenas para auxiliar na redução 
de custos de fabricação. 
FALSO. 
FALSO. O gesso é adição obrigatória na produção de cimentos. 
E. O concreto feito com materiais pozolânicos se torna mais impermeável, mais 
durável, apresentando resistência mecânica à compressão superior à do 
concreto feito com Cimento Portland Comum em idades avançadas. 
Entretanto, em função de sua pega muito rápida, não é recomendável para 
obras de concreto massa. FALSO. O tempo de pega é maior, em função do baixo 
calor de hidratação.

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