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Revisão IED
REVOGAÇÃO TÁCITA / EXPRESSA 
Art. 2º, §1º, do Decreto-lei 4657/42
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
Exemplo? A- duas leis que tratam da preservação da restinga. B- duas leis que conferem tratamento prioritário ao idoso.
§ 3o Salvo disposição em contrário, à lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Revogação expressa
Exemplo? Art. 2045. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916 - Código Civil e a Parte Primeira do Código Comercial, Lei nº 556, de 25 de junho de 1850.
Revogação tácita
“Precisamos fazer o pressuposto que a lei posterior revogou a lei anterior, já que não vem expresso na lei.”
Quando a lei posterior regula inteiramente a matéria da lei anterior.
Exemplo? Um novo código civil, novo código florestal.
Quando a lei posterior é incompatível com a lei anterior; 
Exemplo? Uma nova lei altera a data da entrega do Imposto de Renda, do dia 30/04 para o dia 15/04 = revogação tácita. 
Conclusão
 A revogação de uma lei pode ser expressa ou tácita.
-revogação expressa ocorre quando está escrito na própria lei posterior (lei nova) a revogação da lei anterior.
Revogação tácita ocorre de duas maneiras:
Quando a lei posterior for incompatível com a lei anterior;
Quando a lei posterior regular inteiramente a matéria da lei anterior
Atenção: a lei nova que não contraria a lei anterior, não revoga nem modifica a lei anterior.
REVOGAÇÃO DA LEI
Revogação é a perda total (ab-rogação) ou parcial (derrogação) de vigência de uma lei, tal como é definido no art. 2º e §§ da LINDB.
DIREITO POSITIVO / NATURAL
O direito natural é a ideia abstrata do Direito; o ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior e anterior – trata-se de um sistema de normas que independe do direito positivo, ou seja, independe das variações do ordenamento da vida social que se originam no Estado. O direito natural deriva da natureza de algo, de sua essência. Sua fonte pode ser a natureza, a vontade de Deus ou a racionalidade dos seres humanos.
O direito natural é o pressuposto do que é correto, do que é justo, e parte do princípio de que existe um direito comum a todos os homens e que o mesmo é universal. 
Conclusão
Principais características do direito natural; Além da universalidade, são imutabilidade e o seu conhecimento através da própria razão do homem.
Anteriormente, o direito natural tinha o papel de regular o convívio social dos homens, que não necessitavam de leis escritas. Era uma visão objetiva. Com o surgimento do direito positivo, através do Estado, sua função passa a ser uma espécie de contrapeso às atividades legiferante do Estado, fornecendo subsídios para a reivindicação de direitos pelos cidadãos, passando a ter um caráter subjetivo.
O direito positivo pode ser definido como o conjunto de normas jurídicas escritas e não escritas, vigentes em um determinado território e, também internacionalmente, na relação entre os Estados. Embora apareça nos primórdios da civilização ocidental, o direito positivo se consolida como esquema de segurança jurídica a partir do século XIX.
Conclusão
Principais características do direito positivo; é o conjunto de normas que apresentam formulação, estrutura e natureza culturalmente construídas. É a instituição de um sistema de regras e princípios que ordenam o mundo jurídico.
VALIDADE DA NORMA (FORMAL/VIGÊNCIA – SOCIAL/EFETIVIDADE – ÉTICA/LEGITIMIDADE) MIGUEL REAL
Para Miguel Reale a validade de uma norma pode ser vista sob três aspectos: o da validade formal ou técnico jurídica (vigência), o da validade social (eficácia ou efetividade) e o da validade ética (fundamento). 
Validade formal
Órgão competente;
Competência ratione materiae;
Observância do processo de elaboração
Observações; 
O inicio da vigência da lei dá-se com a sua publicação no diário oficial.
O intervalo entre a data de sua publicação e sua entrada em vigor chama-se vocatio legis (abaixo explicação completa)
O Brasil adotou o principio da territorialidade moderada.
Validade social 
A norma terá validade fática se tiver condições concretas de produzir os seus efeitos.
A eficácia social seria a efetiva correspondência da norma ao querer coletivo ou dos comportamentos sócias ao seu conteúdo.
Conclusão 
Na doutrina dominante, a eficácia seria a ocorrência concreta dos fatos estabelecidos pela norma que condicionam a produção do efeito e a possibilidade de produzi-lo.
Validade ética
A norma jurídica deve corresponder aos ideias e aos sentimentos de justiça da comunidade que rege. É tão-somente o meio necessário para alcançar a finalidade de justiça almejada pela sociedade.
A norma não é um DEVER SER, mas um SER, visto que – sendo objeto cultura – tem por fim dirigir a atividade humana.
A norma é um SER DEVIDO, não um valor, pois este não é um objeto, mas sim uma qualidade desse objeto, por isso lhe dá significado. 
REPRISTINAÇÃO
A lei posterior revoga a anterior quando trata da mesma matéria de forma contrária. Uma vez revogada a lei nova, volta a vigorar a lei antiga?
Art. 2º, parágrafo 3º, da LICC: “Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. 
Repristinação seria o restabelecimento da lei revogada após a perda da vigência da lei revogadora. 
Tal fato, como vimos, não é possível em nosso ordenamento jurídico, salvo disposição expressa em contrário. 
Tal dispositivo não se aplica às leis temporárias. - art. 2º, caput: “Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue”.
Conclusão
No Brasil não há a Repristinação automática da lei, exceto se estiver expressa na própria lei
O normativismo de Hans Kelsen (direito como ciência)
A Teoria Pura do Direito, desenvolvida por Hans Kelsen, a fim de conferir cientificidade ao ramo do direito, busca isolar as normas jurídicas dentro de um sistema onde uma ganha validade na relação que estabelece com as demais normas do sistema, de acordo com critério de hierarquia e subordinação.
Assim, afasta do direito qualquer compreensão sociológica, metafísica ou política, abstraindo de tais elementos e torna sua teoria pura porque concentrada na fonte primordial por meio da qual o sistema se formaliza: a norma jurídica.
Conforme anotado linhas acima, Kelsen desenvolve um sistema escalonado de normas (pirâmide) em que a noção de validade concebe-se na correta inserção da norma no ordenamento jurídico, tornando-se assim vigente e eficaz. Toda norma deve obediência à Constituição Federal – norma maior dentro do sistema positivo de determinado Estado – e, a partir dela, depreendem-se as normas infraconstitucionais, distribuídas em um sistema piramidal.
Os órgãos do poder judiciário
Os diversos tribunais do país
Direito subjetivo / adjetivo 
Ultratividade
Conclusão 
É quando uma lei, ou dispositivo da lei que já foi revogada é aplicada para os casos que ocorreram durante a sua vigência.
VIGÊNCIA E CONHECIMENTO DA LEI 
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
Até o advento da LC 95/98, alterada pela LC 107/01, a cláusula de vigência vinha expressa, geralmente, na fórmula tradicional: “Esta lei entra em vigor na data de sua publicação”.
A partir da LC nº 95, a vigência da lei deverá vir indicada de forma expressa, estabelecida em dias, e de modo que contemple prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, passando a cláusula padrão a ser: “ Esta lei entra em vigor após decorridos (número de dias) de sua publicação”.
No caso de o legislador optar pela imediata entrada em vigor da lei, só poderá fazê-lo se verificar que a mesma é de pequena repercussão.
Nafalta de disposição expressa da cláusula de vigência, aplica-se como regra supletiva a do art. 1º da LINDB, que dispõe que a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada.
Chama-se VACATIO LEGIS o período que medeia a data de publicação da lei e a de sua entrada em vigor. Com o período da vacatio legis (vacância da lei), o próprio legislador procura facilitar ao cidadão o cumprimento da lei, facultando o seu conhecimento prévio. Nada impede, contudo, que a vigência da lei nova seja imediata, dispensando-se a vacatio legis, como se observa na Introdução ao Código Civil.
A forma de contagem do prazo da vacatio legis é a dos dias corridos, com exclusão do de começo e inclusão do de encerramento, computados domingos e feriados. 
Nesse caso, observar-se-ão as seguintes situações:
– correção da norma em seu texto, por conter erros substanciais, durante a vacatio legis ensejando nova publicação: nova vacatio será iniciada a partir da data da correção, anulando-se o tempo decorrido;
– várias publicações diferentes de uma mesma lei, motivadas por erro: a data da publicação será uma só e deverá ser a da publicação definitiva, ou seja, a última. 
- As emendas ou correções em lei que já esteja em vigor são consideradas leis novas, ou seja, para corrigi-la é preciso passar por todo o processo de criação de uma lei, devendo para isso obedecer aos requisitos essenciais e indispensáveis para a sua existência e validade.
Conclusão: 
Uma lei pode ser permanente ou temporária, sendo que a permanência é a regra (principio da continuidade).
As leis temporárias podem caducar por:
Advento do termo;
Consecução dos seus fins;
Implemento da condição resolutiva.
A lei permanente terá vigor até que outra lei a modifique ou a revogue.

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