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MPS. BR – MELHORIA DO PROCESSO DE SOFTWARE BRASILEIRO FACULDADES INTEGRADAS DE CARATINGA – 6° Período de Ciência da Computação Claudio Monteiro, Djully Flavia, Gloria Rayane, Grace Kelly, Tales Sathler ] Prof.ª.: Fabrícia Pires RESUMO Este trabalho tem como propósito definir, explicar e ilustrar um dos aspectos mais importantes no processo de construção de um software, descrevendo a respeito de dois modelos de maturidade de processo de software: o MPS (Melhoria de Processo de Software), criado de acordo com a realidade das empresas brasileiras, visando a melhoria do processo de software no Brasil. Tais modelos podem auxiliar empresas a atingir a maturidade pretendida através da qualidade do software. O artigo descreve uma pequena introdução dos dois modelos e a importância da qualidade e otimização do software no âmbito comercial atualmente. A metodologia utilizada foi uma revisão da literatura que resultou na identificação das principais vantagens e dificuldades na implementação do MPS.BR. O relacionamento entre maturidade empresarial, qualidade e o conceito de maturidade que é aplicado nas empresas também são descritos e exemplificados. PALAVRAS CHAVES: Maturidade de Processos, Qualidade, MPS.BR MPS. BR – Melhoria do Processo de Software Brasileiro 1 - INTRODUÇÃO O dia-a-dia dentro da área de desenvolvimento de software é caracterizado por uma grande pressão no que se refere a prazos de entrega, custos e qualidade daquilo que está sendo produzido. E o aumento da competitividade faz com que as organizações busquem cada vez mais a qualidade, de seus produtos de software e serviços correlatos. “Dessa forma a qualidade é um fator de alta criticidade para o sucesso na indústria de software” [G. M. FILHO, 2013]. A partir deste ponto, podemos observar que as empresas estão buscando cada vez mais a maturidade nos seus processos de software para atingir padronizações de qualidade e produtividade internacionais, que são essenciais para a sobrevivência no mercado de TI. Então, em uma parceria entre a Softex, o governo e algumas universidades, surgiu o projeto MPS. BR [WIKIPEDIA, 2016], visando tornar os softwares brasileiros compatíveis com os padrões de qualidades que são exigidos internacionalmente, tendo como foco as micro, pequenas e médias empresas [G. M. FILHO, 2013]. Logo, este artigo tem por objetivo o estudo do modelo de referência para melhoria do processo de software MPS. BR, apontando as principais vantagens e as dificuldades encontradas na sua implementação. Para tanto, foi feito uma análise do MPS. BR,cujo foco é apresentar a empresa o que é necessário para atingir a maturidade pretendida através da qualidade do software. O referencial teórico, bem como o estudo realizado, se deu através de livros de engenharia e qualidade de software, assim como em artigos e documentos relacionados aos modelos de maturidade. Além da introdução, este artigo contém mais nove tópicos. No tópico dois, os princípios e fundamentos a respeito do modelo MR-MPS-BR são apresentado, focando principalmente nas metas a serem alcançadas. No capítulo três, temos o histórico, quando surgiu e por que. O tópico quatro mostra como e onde obter certificações MPS-BR. Já o tópico cinco trata da descrição do funcionamento e as práticas. O tópico seis apresenta uma lista de benefícios e pontos negativos do modelo MPS-BR. No tópico sete temos exemplos de empresa que possuem certificações MPS-BR, no tópico oito, exemplos de produtos elaborados utilizando a metodologia. O tópico nove e dez contém as considerações finais do artigo e as referências bibliográficas respectivamente. 2 - PRINCÍPIOS DE FUNDAMENTOS O MPS. BR ou Melhoria de Processos do Software Brasileiro “é um programa, de longo prazo, coordenado pela “Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro” MPS. BR – Melhoria do Processo de Software Brasileiro (SOFTEX), que conta com apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), “Financiadora de Estudos e Projetos” (FINEP), “Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas” (SEBRAE) e “Banco Interamericano de Desenvolvimento” (BID). O objetivo do Programa MPR. BR (acrônimo) é a Melhoria de Processo de Software e de Serviços no Brasil, com duas metas a alcançar a médio e longo prazo” [SOFTEX, 2012]: Meta técnica, visando à criação e aprimoramento dos modelos MPS, com resultados esperados tais como: Guias dos modelos MPS; Instituições Implementadoras (II) credenciadas para prestar serviços de consultoria de implementação dos modelos de referência MR-MPS-SW e MR- MPS-SV; Instituições Avaliadoras (IA) credenciadas para prestar serviços de avaliação seguindo o Método de Avaliação MA-MPS; Consultores de Aquisição (CA) certificados para prestar serviços de consultoria de aquisição de software e serviços relacionados; Meta de mercado, visando à disseminação e adoção dos modelos MPS-SW e MPS-SV, em todas as regiões do país, em um intervalo de tempo adequado, a um custo razoável, com resultados esperados tais como: Criação e aprimoramento do modelo de negócio MN-MPS; Cursos, provas e workshops; Organizações que implementaram os modelos MPS; Organizações com avaliação MPS publicada (prazo de validade de três anos). 3 – HISTÓRICO O MPS.BR ou Melhoria de Processos do Software Brasileiro iniciou-se em 2003,a partir de dezembro, contará com a participação de sete instituições brasileiras: a SOFTEX, coordenadora do projeto; três instituições de ensino, pesquisa e centros tecnológicos (COPPE / UFRJ, CESAR, CenPRA); uma sociedade de economia mista, a companhia de Informática do Paraná (CELEPAR), hospedeira do Subcomitê de Software da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); e duas organizações não governamentais integrantes do Programa SOFTEX: RIOSOFT - Sociedade Núcleo de Apoio à Produção e Exportação de Software do Rio de Janeiro Sociedade Núcleo SOFTEX 2000 de Campinas A Universidade Católica de Brasília também faz arte do projeto. MPS. BR – Melhoria do Processo de Software Brasileiro O MPS. BR serve como um selo que indica o nível de maturidade da empresa em relação às práticas relacionadas ao desenvolvimento de software. Esse selo possui níveis. Cada nível tem diversas práticas associadas. MPS. BR é um movimento importante e já está sendo exigido em algumas licitações. Assim, somente empresas certificadas podem participar de alguns processos licitatórios [SILVEIRA, 2016]. 4 - COMO OBTER CERTIFICAÇÃO O MPS. BR tem como base definir o nível de maturidade e capacidade dos processos de desenvolvimento de software e serviços correlatos. Funciona como uma espécie de selo, indicando o nível de maturidade da empresa. Cada nível possui diversas práticas associadas que medem o nível de qualidade dos processos. A obtenção da certificação determina que a organização teoricamente possui capacidade de desenvolver softwares de qualidade, com custos e prazos dentro do estimado, além de auxiliar no reconhecimento da empresa no âmbito nacional e internacional [G. M. FILHO, 2013]. A certificação MPS-BR também tem sido solicitada em licitações governamentais. Logo, empresas interessadas em participar de projetos conduzidos por órgãos do governo podem se utilizar desta metodologia para ampliar seu ramo de atuação. Pode-se considerar ainda o MPS- BR como um importante alternativo ao CMMI em organizações de médio e pequeno porte. Isto se justifica em virtude do alto investimento financeiro que o CMMI representa, o que torna o mesmo maisindicado às grandes empresas de desenvolvimento [JOSE, 2016]. A Softex realiza cursos para formação de consultores, compradores e avaliadores MPS.BR. São ao todo 4 cursos [WIKIPEDIA, 2016]: • Curso de Introdução - C1 • Curso de Implementação - C2 • Curso de Avaliação - C3 • Curso de Aquisição - C4 Periodicamente, são realizadas provas em nível nacional para certificar profissionais em cada um dos cursos descritos acima. Tanto os cursos e as provas são realizados nos Agentes SOFTEX em cada estado, por exemplo: • SOFTEX Campinas (SP) • ITS (São Paulo - SP) • FUMSOFT (Belo Horizonte - MG) • RIOSOFT (Rio de Janeiro - RJ) • SOFTSUL (Porto Alegre - RS) MPS. BR – Melhoria do Processo de Software Brasileiro 5 - DESCRIÇÕES DO FUNCIONAMENTO E AS PRÁTICAS O MPS-BR também estabelece um processo e um método de avaliação, o qual dá sustentação e garante que o MPS-BR está sendo empregado de forma coerente com as suas definições. “O programa MPS.BR está dividido em três (3) componentes” [SILVEIRA, 2013]: Modelo de Referência (MR-MPS); Método de Avaliação (MA-MPS); Modelo de Negócio (MN-MPS). Diagrama do Programa MPS. BR 5.1 MR-MPS (MODELO DE REFERÊNCIA) Maturidade é como uma extensão no qual o processo é definido, gerenciado, medido, controlado e eficaz. “O conceito básico sob o termo maturidade pode ser entendido através da forma sistemática como as organizações maduras realizam as tarefas, em contraposição a forma de atingir os resultados de organizações imaturas, que se dá graças aos esforços de indivíduos usando abordagens que eles criam mais ou menos espontaneamente” [FRANCISCANI- PESTILI,2016]. As empresas de desenvolvimento de software utilizam os Modelos de Maturidade de Processos como referenciais para: avaliar a capacidade de processos na realização de seus objetivos; localizar oportunidades de melhoria de produtividade e qualidade e de redução de custos; e planejar e monitorar as ações de melhoria contínua dos processos empresariais. 5.2 MA-MPS – MÉTODO DE AVALIAÇÃO PARA MELHORIA DO PROCESSO DE SOFTWARE É composto basicamente pelo processo de avaliação MPS, método de avaliação MPS e características da qualificação dos avaliadores. Este método permite a realização de avaliações segundo o Modelo MPS.O MA-MPS foi definido em conformidade com os requisitos para MPS. BR – Melhoria do Processo de Software Brasileiro modelos de referência de processo e métodos de avaliação de processos estabelecidos na norma ISO/IEC 15504-2 e atende aos requisitos específicos do Programa MPS.BR. Desta forma, o método está em conformidade com a ISO/IEC 15504 e é compatível com o método SCAMPI para avaliação segundo o modelo CMMI, também definido com base na ISO/IEC 15504.O processo de avaliação é composto por quatro subprocessos[SILVEIRA, 2013]: Contratar a avaliação; Preparar a realização da avaliação; Realizar a avaliação; Documentar os resultados da avaliação. 5.3 MN-MPS – MODELO DE NEGÓCIO PARA MELHORIA DO PROCESSO DE SOFTWARE Instituições que se propõem a implantar os processos MPS.Br (Instituições Implementadoras) podem se credenciar através de um documento onde é apresentada a instituição proponente, contendo seus dados com ênfase na experiência em processos de software, estratégia de implementação do modelo, estratégia para seleção e treinamento de consultores para implementação do MR.MPS, estratégia para seleção e treinamento de avaliadores, lista de consultores de implementação treinados no modelo e aprovados em prova específica, lista de avaliadores treinados no modelo e aprovados em prova específica [SILVEIRA, 2013]. 5.4 COMOÉ REALIZADA A COMUNICAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO FEEDBACK PARA USUÁRIOS, CLIENTES E DESENVOLVEDORES 5.4.1 NÍVEIS DE MATURIDADE Os níveis de maturidade estabelecem patamares de evolução de processos, caracterizando estágios de melhoria da implementação de processos na organização [SILVEIRA, 2013]. Com isso é possível prever o seu desempenho futuro ao executar um ou mais processos. O MR-MPS define sete níveis de maturidade: A (Em Otimização); B (Gerenciado Quantitativamente); C (Definido); D (Largamente Definido); E (Parcialmente Definido); F (Gerenciado); MPS. BR – Melhoria do Processo de Software Brasileiro G (Parcialmente Gerenciado). A figura abaixo representação dos níveis do MPS.br A escala de maturidade se inicia no nível G e progride até o nível A. Para cada um destes sete níveis de maturidade é atribuído um perfil de processos que indicam onde a organização deve colocar o esforço de melhoria. “O progresso e o alcance de um determinado nível de maturidade MPS se obtêm, quando são atendidos os propósitos e todos os resultados esperados dos respectivos processos e dos atributos de processo estabelecidos para aquele nível” [SILVEIRA, 2013]. 5.4.1.1 NÍVEIS DE MATURIDADE E SEUS PROCESSOS [FERREIRA, 2009]: NIV EL TIPO OBJETIVO Nível G – Parcialment e Gerenciado Gerência de projetos – GPR Identificar, estabelecer, organizar e submeter o controle das atividades e recursos necessários para que o projeto apresente o resultado esperado, atendendo aos seus requisitos e restrições. Gerência de Requisitos – GRE: Gerenciar os requisitos do projeto, bem como a possíveis inconsistências entre os requisitos e os planos e produtos de trabalho. Nível F – Gerenciado Gerência de Configuração – GCO: Manter a integridade dos produtos do projeto e gerenciar a disponibilização a todos os envolvidos. Garantia de Qualidade – GQA: Garantir que os produtos do trabalho e processos permaneçam nos moldes dos planos e requisitos definidos. Medição – MED: Recolher e esmiuçar os dados relativos aos produtos produzidos e aos processos implementados na unidade organizacional e em seus projetos, dessa forma apoiando os objetivos MPS. BR – Melhoria do Processo de Software Brasileiro organizacionais. Aquisição – AQU: Estabelecer critérios para aquisição de produtos e serviços que satisfaçam ao cliente. Nível E – Parcialment e Definido Treinamento – TER: Disponibilizar nos projetos da organização, profissionais capacitados para executar as atividades de forma competente. Definição do Processo Organizacional – DFP: Instituir os processos ativos, que serão empregados nas necessidades de negócio da organização. Avaliação e Melhoria do Processo Organizacional – AMP: Instituir se os processos definidos na organização auxiliam na obtenção de resultados e no planejamento das ações futuras. Adaptação do Processo Gerência de Projetos – APG Gerenciar o projeto abrangendo os interessados, através dos processos-padrão definidos. Nível D – Largamente Definido Desenvolvimento de Requisitos – DRE: Especificar os requisitos dos subprodutos, do produto e do cliente. Solução Técnica – STE: Construir e implementar a solução técnica para o atendimento dos requisitos. Validação – VAL: Verificar se o produto ou subproduto desenvolvido atende às necessidades do negócio Verificação – VER: Checar se cada produto do trabalho atende aos requisitos especificados. Integração do Produto – ITP: Demonstrar que os requisitos funcionais e não funcionais estejam integrados no ambiente. Instalação do Produto – ISP: Instalar no ambiente o produto integrado. Liberação do Produto – LIP: Entregar ao cliente o produto que atenda aos requisitos especificados. NívelC – Definido Gerência de Risco – GRI: Gerenciar continuamente os riscos na organização. Análise de Decisão e Resolução – ADR: Definir processos formais para tomada de decisão, de maneira a avaliar as alternativas identificadas. Nível B – Gerenciado Quantitativa mente Desempenho do Processo Organizacional – DEP: Apoiar as metas de qualidade e de desempenho do processo, através de uma análise quantitativa do desempenho do processo-padrão. Gerência Quantitativa do Projeto – GQP Gerenciar quantitativamente o projeto de forma a atender aos objetivos. Nível A – Em Otimização Inovação e Implantação da Organização – IIO: Selecionar e implantar inovações para melhorar e aperfeiçoar os processos e tecnologias da organização. Análise e Resolução de Causas – ARC: Identificar a causa de problemas, para prevenir futuras ocorrências. MPS. BR – Melhoria do Processo de Software Brasileiro 5.4.2 PROCESSOS Cada nível de maturidade possui suas áreas de processo, onde são analisados os processos fundamentais (aquisição, gerência de requisitos, desenvolvimento de requisitos, solução técnica, integração do produto, instalação do produto, liberação do produto), processos organizacionais (gerência de projeto, adaptação do processo para gerência de projeto, análise de decisão e resolução, gerência de riscos, avaliação e melhoria do processo organizacional, definição do processo organizacional, desempenho do processo organizacional, gerência quantitativa do projeto, análise e resolução de causas, inovação e implantação na organização) e os processos de apoio (garantia de qualidade, gerência de configuração, validação, medição, verificação, treinamento) [SILVEIRA, 2013]. 5.4.2.1 CAPACIDADE DO PROCESSO A capacidade do processo é representada por um conjunto de atributos de processo descrito em termos de resultados esperados. “A capacidade do processo expressa o grau de refinamento e institucionalização com que o processo é executado na organização. No MPS, à medida que a organização evolui nos níveis de maturidade, um maior nível de capacidade para desempenhar o processo deve ser atingido pela organização" [SILVEIRA, 2013]. A capacidade do processo no MPS possui cinco (5) atributos de processos (AP) que são: AP 1.1 - O processo é executado; AP 1.2 - O processo é gerenciado; AP 2.2 - Os produtos de trabalho do processo são gerenciados; AP 3.1 - O processo é definido; AP 3.2 - O processo está implementado. Fernandes e Abreu (2012, p. 333) afirma que o MPS-BR possui dezenove processos, distribuídos entre os níveis de maturidade. E afirma que o MPS-BR possui nove atributos de processos (AP). MPS. BR – Melhoria do Processo de Software Brasileiro O quadro abaixo apresenta os Atributos de Processo do modelo MR-MPS. 6 - LISTA DE BENEFÍCIO EPONTOS NEGATIVOS 6.1. VANTAGENS DO MPS-BR O MPS-BR foi criado com o objetivo de ser um modelo de processo em que as empresas conseguem atingir os níveis de maturidade mais rápidos. Este é mais adequado a realidade brasileira, além de ser mais accessível do que o modelo de projeto CMMI. Além dessas vantagens, pode-se citar: • Maior número de níveis: possui sete níveis de maturidade, onde a implantação é mais gradual e adequada a pequenas e médias empresas; • Compatibilidade com CMMI: o que facilita a obtenção do certificado; • Avaliação periódica: as empresas são avaliadas a cada 2 anos, para manter o certificado ou tentar evoluir para um próximo nível; • Integração universidade-empresa; • Aceito em Licitações: o MPS.BR passou a ser exigido no processo de licitações. 6.2 DESVANTAGENS DO MPS-BR Apesar do foco do MPS.BR ser um meio das médias e pequenas empresas alcançarem a qualidade nos processos e nos produtos desenvolvidos, a certificação não é o suficiente para tornar a empresa competitiva internacionalmente. (FRANCISCANI-PESTILI). MPS. BR – Melhoria do Processo de Software Brasileiro 7 - EXEMPLO DE EMPRESA QUE UTILIZA Empresas certificadas Segundo a SOFTEX, em seus dados oficiais, no Brasil encontra-se em média 400 empresas certificadas em diferentes estágios, estes dados são de uma pesquisa realizada em novembro de 2012. A seguir serão descritas as empresas certificadas nos níveis do MPS.BR. (FRANCISCANI-PESTILI). NIVEL EMPRESAS Nível G AGE – São Paulo Group Software ALCATEL – LUCENT – Rio de janeiro IESP BASIS – São Paulo GELT – Paraná Millenium – Rio Grande do Sul Nível F Caixa Econômica Federal – Distrito Federal MOVE CRM – Santa Catarina C.S.I. – Centro de Soluções em Informática – Espírito Santo RADIX – Rio de Janeiro Catarina – Santa Catarina SS 2002 – Rio de Janeiro Tribunal Regional Eleitoral de Santa Nível E BULL – São Paulo UNUN (INTEQ) – Ceará HEURYS Tecnologia – São Paulo S2IT – São Paulo FORMALIS – Espírito Santo Nível D Informática de Municípios Associados S/A (IMA)-Campinas Nível C BRQ – Paraná PD CASE – Minas Gerais Consinco – São Paulo POWERLOGIC – Minas Gerais ETEG – Minas Gerais SI (SHIT) – São Paulo Nível B Nenhuma empresa. Nível A CPM BRAXIS/UNITECH – Bahia Todas as empresas supracitadas estão certificadas MPS.BR no nível especificado. Vale ressaltar que o certificado tem um prazo, em que este deve ser renovado (a empresa passa por uma avaliação para manter no mesmo nível) ou a empresa deve ser avaliada para ser certificada em um nível superior. 8 - EXEMPLO DE PRODUTO ELABORADO UTILIZANDO A METODOLOGIA A tabela abaixo refere-se a sistemas que utilizam a metodologia MPS. BR da empresa GROUP SOFTWARE: PRODUTO DESCRIÇÃO CONDOMÍNIO21 Sistema voltado para administração de condomínios, buscando otimizar seus processos administrativos, gerando assim aumento na produtividade e redução de custos. GROUP SHOPPING Software ERP completo para administração de tarefas de Shopping Centers, integrando todos os departamentos do empreendimento, através de uma grande variedade de módulos para atender cada necessidade. GROUP MANAGER Sistema integrado para gestão empresaria, desenvolvido para atender empresas que atuam no setor de prestação de serviços. MPS. BR – Melhoria do Processo de Software Brasileiro IMOBILIÁRIA21 Sistema para administração imobiliária GROUP FOLHA Sistema voltado para os processos que envolvem pagamento de colaboradores desde de admissão a rescisão. GROUP SERVICE MANAGER Voltado para automação de processos administrativos de condomínios. Podemos citar também os produtos da ALCATEL – LUCENT: Sistema de Gerenciamento de Comunicações OmniVista 8770 Network Management System: Poderoso conjunto de aplicações integrado para gerenciamento modular de rede, que administra as infraestruturas Alcatel-Lucent OmniPCX Enterprise e OpenTouch. Gerenciamento de Redes de Dados OmniVista 2500 Network Management System: O OmniVista 2500 Network Management System é um conjunto completo de aplicações e ferramentas para gerenciamento, segurança e eficiência da rede. OmniVista 2500 Virtual MachineManager: Prepara e automatiza a virtualização de aplicações e mobilidade de máquina virtual no Data Center e oferece rastreamento e visibilidade essenciais. OmniVista 3600 Air Manager: O OmniVista 3600 Air Manager é um pacote de software de gerenciamento de LAN sem fio. Melhore o desempenho, a confiabilidade e a segurança da rede com esta solução de gerenciamento. 9 – CONCLUSÃO Foi apresentado uma breve descrição sobre o Projeto MPS.BR, um programa bastante promissor para oprogresso da melhoria do software brasileiro, dando a oportunidade para empresas de pequeno e médio porte ganhar destaque no âmbito nacional e internacional. Este projeto foi idealizado para suprir uma fatia do mercado que estava disposta a qualificar e padronizar seus processos, porém, não dispunham de grandes recursos financeiros para esse tipo de investimento. Sendo ele a união dos esforços de pessoas, instituições, governo e organizações interessadas para a melhoria da qualidade do software em todas as regiões do Brasil. O projeto apresenta grandes diferenciais que o caracterizam, como os níveis de maturidade que permitem uma implementação de forma gradual e adequada a realidade do micro pequenas e médias organizações, além disso, é um modelo totalmente adaptado a realidade brasileira, compatíveis com as normas ISO/IEC 12207, ISO/IEC 155504 e CMMI, destinado a empresas de software que desejam se diferenciar das demais focando a qualidade para entregar um produto que atenda às necessidades dos clientes. MPS. BR – Melhoria do Processo de Software Brasileiro 10 - REFERENCIAS BIBIOGRAFICAS [FERNANDES, 2012], Aguinaldo A.; ABREU, Vladimir F. Implantando a GOVERNANÇA DE TI: da Estratégia à Gestão de Processos e Serviços. – 3. ed. – Rio de Janeiro: Brasport, 2012. 615 p. [FERREIRA, 2009] -Wilker Felix. Mps.br: um estudo do modelo mps.br como benefício para as pequenas e médias empresas. Ceres-2009. Disponível em <http://fattocs.com/files/pt/livro-apf/citacao/WilkerFelixFerreira-2009.PDF>. Acessado em: 22 de setembro de 2016 [FRANCISCANI, PESTILI,2016] - FRANCISCANI, Juliana de Fátima. PESTILI, Ligia Cristina. CMMI e MPS.BR: Um Estudo Comparativo. Disponível em <http://www.unicerp.edu.br/images/revistascientificas/3%20- %20CMMI%20e%20MPS.BR%20Um%20Estudo%20Comparativo1.pdf>. Acessado em: 22 de setembro de 2016 [G. M. FILHO, 2013], Antônio Francisco. MPS.BR – Melhoria de Processo de Software Brasileiro – Vale a pena investir? Disponível em <http://www.tiespecialistas.com.br/2013/03/mps-br-melhoria-de-processo-de-software- brasileiro-vale-a-pena-investir/>. Acessado em: 22 de setembro de 2016 [JOSE, 2016], Renato. Maturidade no desenvolvimento de software: CMMI e MPS-BR. Disponível em <http://www.devmedia.com.br/maturidade-no-desenvolvimento-de-software- cmmi-e-mps-br/27010>. Acessado em: 22 de setembro de 2016 [SILVEIRA, 2013], Artur Rafael da. Melhoria de Processo do Software Brasileiro. Disponível em < https://www.oficinadanet.com.br/artigo/desenvolvimento/melhoria-de- processos-do-software-brasileiro--mpsbr>. Acessado em: 22 de setembro de 2016 [SOFTEX, 2013]. MPS.BR - Melhoria de Processo do Software Brasileiro: Guia de Implementação – Parte 4: Fundamentação para Implementação do Nível D do MR- MPS- SW:2012. Disponível em <http://www.softex.br/wp- content/uploads/2013/07/MPS.BR_Guia_de_Implementacao_Parte_4_2013.pdf>. Acessado em: 22 de setembro de 2016 [WIKIPEDIA, 2016]. Melhoria de Processos do Software Brasileiro. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Melhoria_de_Processos_do_Software_Brasileiro>. Acessado em: 22 de setembro de 2016
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