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RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

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RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
A conceituação desde modelo de recurso pelo direito, era conhecido como recurso criminal, expressão primitiva era de recurso de agravo, que no direito processual civil transformou-se em agravo, e que no direito processual penal transformou-se em recurso em sentido estrito, como forma de distinguir do recurso em sentido amplo.
O recurso em sentido estrito é a forma pela qual pede-se ao juiz o reexame da decisão do juiz, permitindo ao juiz novo pronunciamento sobre a matéria antes de novo julgamento pela instância superior. Esta modalidade de recurso é admitida tanto nas sentenças quanto nos despachos, sendo que o prolator pode obstar seu julgamento pelo tribunal com a retratação da decisão da decisão impugnada.
O artigo 581 do Código de Processo Penal enumera as condições onde caberá o recurso em sentido estrito. Existe divergência doutrinária quanto do entendimento deste artigo, sendo que uns o entende como exaustivo, não podendo ele ser ampliado para julgamento de outras hipóteses. Por outro lado existe aqueles que o entende como um artigo de interpretação extensiva e analógica. A bem da verdade o artigo 581 é casuístico, pois enumera quando caberá o recurso em sentido estrito. O que deve ser observado é que a lei processual penal, em geral admite a interpretação extensiva, e na lacuna da lei, na analogia, e nos princípios gerais de direito, sendo também admitido nos costumes.
O recurso em sentido estrito pode ser interposto em cinco dias, conforme previsão do artigo 586 do Código Processo Penal. Todavia no direito toda regra tem exceção como é o caso da previsão do artigo 581, inciso XIV, onde o prazo estende-se para vinte dias, contados da data de publicação da lista de jurados. Existe também o prazo de quinze dias para a interposição do recurso em sentido estrito quando tratar-se da impronúncia do ofendido ou qualquer pessoa enumeradas no artigo 31, ainda que não tenha habilitado como assistente quando a lei permitir. O recurso da pronúncia somente será admitido em caso de réu preso, ou se o réu houver prestado fiança.
O efeitos do recurso em sentido estrito, além do devolutivo que todo recurso possui e do regressivo que permite o reexame da matéria recorrida, em alguns casos o efeito é suspensivo, ou seja, suspende-se o efeito da sentença até o julgamento.
APELAÇÃO 
	A palavra appellatio (dirigir a palavra) origina-se da designação de um recurso hierárquico com o objetivo de ensejar um novo julgamento substitutivo do anterior, admitidas novas provas, e em número igual ao das instâncias hierárquicas existentes. Apelação para E. Magalhães Noronha, é um recurso interposto da sentença definitiva ou com força definitiva para a segunda instância, com o fim de que esta proceda a novo exame do assunto, apreciando toda matéria decidida, e assim, modifique total ou parcialmente a decisão. Um conceito mais simples tem Fernando da Costa Tourinho Filho que diz que apelação é o pedido que se faz à instância superior, no sentido de reexaminar a decisão proferida pelos órgãos inferiores.
	O Código de Processo Penal em seu artigo 593, classifica a apelação como um recurso genérico, cabível nas sentenças definitivas ou com força de definitivas do juiz singular e das decisões do Tribunal do Júri nas hipóteses mencionadas nesse dispositivo. É um recurso amplo, pois permite devolver a instância superior o pleno conhecimento do feito, e também preferível visto que é o mais adequado , quando parte da ação impugnada poderia atacada por meio do recurso em sentido estrito, que fica afastado para que seja nela apreciado todo o objeto da sentença, princípio da unirrecorribilidade. 
	A apelação difere do recurso em sentido estrito, no sentido que aquela somente poderá ser endereçada ao Tribunal ad quem competente para apreciá-la, apesar dela ser interposta perante ao Juízo que proferiu a decisão impugnada.
	A apelação divide-se em apelação plena ou ampla e apelação limitada ou parcial. Quando toda matéria decidida em primeira instância é devolvida ao conhecimento do Tribunal ad quem, estamos diante da apelação plena. Porém o próprio recorrente pode delimitar o objeto da apelação, pedindo apenas o reexame de parte da decisão o que chamamos de apelação limitada ou parcial. 
	O interesse deverá ser analisado como em qualquer tipo de recurso. Os pressupostos de admissibilidade de apelação subjetivos e objetivos deverão serem analisados pelo próprio juiz da sentença.
	A admissibilidade da apelação está submetida também a legitimidade do apelante. Quanto ao Ministério Público, é orientação pacífica que o Ministério Público não pode apelar de sentença absolutória proferida em ação de iniciativa privada, faltando-lhe para isso a titularidade do jus accusationis. Porém Nelson Néri Junior, como tem ele o dever de fiscalizar a aplicação da lei, oficiando como custos legis cabe-lhe apelar da sentença condenatória proferida na ação penal privada se entender que o réu deve ser absolvido.
	É permitido ainda ao acusado que renuncie ao direito de interpor o recurso ou desista do recurso já interposto. Está decisão é ato irrevogável, visto que consome o direito renunciado, que não poderá ser revivido por outra manifestação de vontade do renunciante, sendo admitida somente se houver vício de vontade.
3 – EMBARGOS
	Embargos já foram considerados como apenas uma forma de colocar obstáculos à execução da sentença. Hoje já é considerado como um recurso, forma de pedir reconsideração a uma determinada matéria. O Código de Processo Penal instituiu os embargos de declaração referentes aos acórdãos que são proferidos pelos tribunais, artigo 619 e 620. A Lei nº1720-B de 03/11/1952, alterou o artigo 609 do Código de Processo Penal, introduzindo em nossa legislação processual os embargos infringentes e de nulidade, quando as decisões não fossem unânimes desfavoráveis ao réu, proferidas em 2º instância.
Como já visto a sentença deve ser justa, e uma forma de corrigir algum erro de apreciação dos fatos ou do Direito, a lei oferece os recursos cabíveis para cada caso. A forma de dissipar a dúvida oferecida pela lei são os embargos de declaração, que na verdade é mais um meio de correção de uma sentença do que um recurso. A lei introduziu os embargos como recurso, mas porém eles não tem a função de alterar, modificar ou corrigir uma decisão, mas apenas esclarecer algum fato.
4 – REVISÃO 
	Uma forma de dar segurança jurídica para as decisões transitado e julgado faz com que a sentença seja revestida de intangibilidade. A sentença sendo justa ou injusta, não cabendo mais recurso deverá ser respeitada. Porém no processo penal a coisa julgada deve ceder na busca da verdade real e propiciar ao réu que a qualquer momento possa aduzir e pedir que o seu processo já extinto seja verificado, a isto dá-se o nome de Revisão Criminal.
	Há dê-se observar que este remédio é conferido apenas ao condenado, contra a coisa julgada, como forma de reparar algum erro que possa ter ocorrido na sentença proferida quando da condenação. O direito confere este remédio de revisão pro reo e não pro societate.

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