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INTRODUÇÃO
No período em que vivemos a internet é acessível para qualquer faixa etária e é vista como uma forma de comunicação na maioria das vezes, sem dar o devido valor para a interação com a pessoa física, os livros estão sendo substituídos por smartfones e a figura do contador de história sendo desvalorizada. Acaba sendo um desafio para o educador chamar a atenção das crianças para uma história, no meio de tanta tecnologia e tanta informação. 
A contaçao de história era vista como uma forma de distração para as crianças contendo-as, e não deixando que ficassem correndo ou entediadas, hoje já é provado com a ciência que a cotação de histórias é um precioso auxílio à prática pedagógica de professores na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A cotação de história instiga a imaginação, a criatividade, a oralidade, incentiva o gosto pela leitura, contribui na formação da personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo. 
 
 Desenvolvimento 
A contação de histórias é uma das atividades mais antigas de que se tem notícia. Essa arte remonta à época do surgimento do homem há milhões de anos. Contar histórias e declamar versos constituem práticas da cultura humana que antecedem o desenvolvimento da escrita. Na cultura de antigamente, saber ler, escrever e interpretar sinais, era de grande importância, porque mais tarde iam se tornar registros pictográficos, com os quais seriam relatadas coisas do cotidiano que poderia ser lido e compreendido pelos integrantes do grupo. As histórias são uma 56 maneira mais significativa que a humanidade encontrou para expressar experiências que nas narrativas realistas não acontecem. Os contos são temidos porque objetivam os fatos e as verdades que não podem ser expressos pela razão, por isso nos estudos dos contos observa-se: “Em primeiro lugar, o fato de que eles falam sempre de relacionamentos humanos primitivos e, por isso, exprimem sentimentos muito arcaicos do psiquismo humano.” (VIEIRA, 2005, p. 10) Desde aqueles tempos remotos e ainda hoje, a necessidade de exprimir os sentidos da vida, buscar explicações para nossas inquietações, transmitir valores de avós para netos têm sido a força que impulsiona o ato de contar, ouvir e recontar histórias.
A contação de histórias é uma atividade fundamental que transmite conhecimentos e valores, sua atuação é decisiva na formação e no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. As histórias são uma maneira mais significativa que a humanidade encontrou para expressar experiências que, na realidade, não acontecem. Além de pertencer ao campo da educação e à área das ciências humanas, é uma atividade comunicativa. Por meio dela, repassamos costumes, tradições e valores capazes de estimular a formação do cidadão. Por isso, contar histórias é saber criar um ambiente de encantamento, suspense, surpresa e emoção, no qual o enredo e os personagens ganham vida, transformando tanto o narrador como o ouvinte. O ato de contar histórias deve impregnar todos os sentidos, tocando o coração e enriquecendo a leitura de mundo na trajetória de cada um. A contação de histórias está ligada diretamente ao imaginário infantil. O uso dessa ferramenta incentiva não somente a imaginação, mas também o gosto e o hábito da leitura; a ampliação do vocabulário, da narrativa e de sua cultura; o conjunto de elementos referenciais que proporcionarão o desenvolvimento do consciente e subconsciente infantil, a relação entre o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o mundo social (mundo externo), resultando na formação de sua personalidade, seus valores e suas crenças.
• O conceito de brinquedoteca
Existência de um espaço físico amplo, composto dos mais diversos tipos de objetos que estimulem o processo criativo, a imaginação e a ludicidade. Incluem: os brinquedos; os jogos; os livros, as fantasias e os fantoches. É um espaço organizado por tipos de objetos lúdicos, em uma distribuição espacial que facilite a integração dos diversos ambientes e a observação global das crianças.
A Brinquedoteca da escola faz parte de um projeto extra curricular. O projeto foi aprovado em novembro de 1998. Em fevereiro de 1999 a brinquedoteca começou a ser efetivamente utilizada. O objetivo da criação da brinquedoteca fundamentou-se na necessidade de resgatar o lúdico no Ensino Fundamental. Em 2002 a brinquedoteca passou a ser coordenada por uma brinquedista graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC, com Especialização em Alfabetização
Conclusão
Este trabalho pode nos revelar o quanto é importante o lúdico nas práticas de ensino e aprendizagem das crianças, porque não há nada mais motivador para a criança aprender brincando, podendo explorar sua imaginação, desejo, possibilitando o descobrimento de si mesmo, de suas capacidades, da maneira diferente de pensar do outro perante as mesmas brincadeiras, jogos, brinquedos, perfazendo assim com que vejam que há formas de entender, de ver diferentes das suas. A brinquedoteca foi criada com o objetivo de retomar a importância do brincar para a criança, entendendo que a brincadeira, o jogo, é a melhor forma de ensinar uma criança, inserindo os conteúdos necessários para o desenvolvimento cognitivo dos alunos, por meio do que lhes é prazeroso, fazendo com que as crianças deixem também de acharem “chato” os conteúdos, que se tornam assim quando é passado de forma tradicional, que não traz nenhum significado para eles. Na brinquedoteca as crianças brincam com um objetivo intrínseco, planejado pelo (a) brinquedista, mesmo que estas brincadeiras sejam consideradas livres para as crianças, elas vão aprender e construir um conhecimento sem perceber. Por esse motivo o aprendizado nas crianças por intermédio da brincadeira acontece mais rápido do que se lhes for ensinado de forma tradicional, utilizando-se apenas de conteúdo. O ensinar tem que agradar, tem que apreender a atenção do aluno, e para a criança a melhor forma de ter sua atenção é através do lúdico. Compreendemos a importância desse espaço no ambiente escolar, hospitalar, comunitário, entre outros esses espaços nas escolas proporcionaria um desenvolvimento surpreendente, comparando o que é feito em sala de aula, de maneira tradicional, com o que pode ser realizado pelo lúdico. Esta pesquisa nos ensinou que para educar crianças com qualidade não se deve apenas trabalhar com conteúdo tradicionalmente, mas usar o lúdico para construir o conhecimento necessário para a formação de um ser crítico-reflexível.

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