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ZOOLOGIA GERAL: REINO PROTISTA Organismos denominados de protozoários e alguns grupos autotróficos (do grego, autós = próprio, trophos = alimento) ou seja, protistas que possuem clorofila e fazem a fotossíntese; Modo de vida: Vivem em ambiente marinho de água doce, no solo e na matéria orgânica; São encontrados dentro ou sobre outros protistas, plantas e em animais; Vida livre ou parasitas. FILO PROTOZOA: PROTOZOÁRIOS Unicelulares e heterotróficos. A designação protozoário começou a ser usada quando estes seres eram incluídos no Reino Animmalia. Dimensões entre 3 e 700 mm. Habitats: Sempre úmido, água doce, salgada, no solo ou em matéria orgânica em decomposição, no interior do corpo de outro protista, plantas ou animais. MODO DE LOCOMOÇÃO: Sarcodina - por meio de projeções celulares denominadas PSEUDÓPODES Mastigophora – por meio de flagelos Ciliados - locomoção por meio de cílios Esporozoários- Desprovidos de organelas locomotoras (parasitas obrigatórios) REPRODUÇÃO: SEXUADA ASSEXUADA - célula mãe origina célula filha Divisão binária: núcleo de divisão origina duas células idênticas à mãe. Brotação: brotamento de novas células dentro da célula mãe. Esquizogonia: divisão sucessiva formando milhares de merozoítos (forma infectante). TIPOS DE PARASITAS SEGUNDO O CICLO DE VIDA Monoxeno - só necessitam de um hospedeiro - Entamoeba, Giardia Heteroxeno – mais de um hospedeiro Trypanosoma, Plasmodium FASES DOS PROTOZOÁRIOS Trofozoíto: É a forma ativa do protozoário, na qual ele se alimenta e se reproduz. Cisto: É a forma inativa. O protozoário secreta uma parede resistente que o protegerá quando estiver em meio impróprio ou em fase de latência. PROTOZOOSES Amebíase Giardíase Mal de Chagas Malária PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS AMEBÍASE Agente causador: Entamoeba histolytica Hospedeiro definitivo: homem Local do parasitismo: intestino grosso. Podem, também, ser afetados o fígado, os pulmões e o cérebro Entamoaeba histolytica: 2 formas: trofozoíto (ativo) e cisto (quiescente); Alimenta-se do bolo alimentar, bactérias intestinais, líquidos de células do intestino; Prevalência: 10% da população mundial; Prevalência no Brasil: 23% da população. Pode permanecer no organismo sem causar sintomas. 50 milhões de novas infestações/ano e 70 mil mortes (Fonte: OMS). Incubação: 7 dias a 4 meses. PROGRESSÃO E SINTOMAS Necrose crônica da mucosa intestinal, ruptura de vasos sanguíneos. Inflamação do intestino. Pode provocar problemas no fígado, baço, cérebro. Febre alta, tremores, suores, dores abdominais (no fígado), fadiga, hepatomegalia. DIAGNÓSTICO Exame de fezes; Imagem do fígado (tomografia, raio-X, etc), exame de DNA pela PCR ou sorologia. TRATAMENTO Metronidazole, iodoquinol, paramomicina; Abscessos hepáticos poderão necessitar de cirurgia. PROFILAXIA Ferver água; Lavar as mãos antes das refeições e após a defecação; Não comer verduras e outros vegetais crus ou frutas com casca mal lavados; Combater as moscas e baratas; EPIDEMIOLOGIA Principal protozoose após a malária (cerca de 270 a 480 milhões de casos clínicos); Transmissão oral; Mais frequente em adultos. PREVALÊNCIA DA AMEBÍASE POR Entamoeba histolytica Em zonas tropicais e subdesenvolvidas, onde há precária condição socioeconômica e de higiene. Incidência na África, Ásia, América Latina. CISTO: No intestino humano, cada cisto se rompe pela ação de enzimas digestivas e libera pequenas amebas; CICLO BIOLÓGICO: 1. Ingestão dos cistos maduros. 2. Desencistamento (Intestino) 3. Migração para o intestino grosso. 4. Multiplicação e produção de cistos. A. Infecção não-invasiva. B. Doença intestinal C. Amebíase extra intestinal (fígado, os pulmões e o cérebro). GIARDÍASE Agente causador: Giardia lamblia Hospedeiro definitivo: homem Local do parasitismo: intestino delgado MECANISMO DE TRANSMISSÃO Ingestão de águas não tratadas, alimentos contaminados com água de esgoto; Alimentos contaminados por vetores mecânicos; Mãos contaminadas com fezes. DISTRIBUIÇÃO Cosmopolita; Prevalece com taxas de até 30% nas regiões do Brasil com baixas condições socioeconômicas; O cisto resiste até 2 meses em boas condições de umidade. PATOGENIA Provoca diarréia e má-absorção intestinal. Adere-se ao intestino delgado e impede a absorção de nutrientes. QUADRO CLÍNICO Maioria é assintomática podendo haver eliminação de cistos nas fezes por longos períodos; Diarréia, irritabilidade, náuseas, vômitos – são sintomas comuns em crianças pequenas; Quadros crônicos estão associados a desnutrição. DIAGNÓSTICO Pesquisa de cistos nas fezes; No fluido duodenal – pesquisa de trofozoítos. TRATAMENTO Amebicidas Metronidazol EPIDEMIOLOGIA Maior prevalência em regiões tropicais. Transmissão oral através de cistos; PROFILAXIA Saneamento básico; Educação sanitária; Combate a insetos (vetor mecânico). CICLO BIOLÓGICO Ingestão de cistos em água ou alimentos contaminados. No intestino delgado, os trofozoítos sofrem divisão binária. DOENÇA DE CHAGAS HISTÓRICO Denominada em homenagem ao seu descobridor, o médico brasileiro Dr. Carlos Justiniano Ribeiro das Chagas. Foi descoberto em 1909, quando Carlos Chagas realizava uma campanha contra a malária que atingia operários que trabalhavam na construção de um trecho da Estrada de Ferro Central do Brasil, na região norte do Estado de Minas Gerais. Carlos Chagas descobriu: Agente etiológico (Trypanosoma cruzi) Biologia no hospedeiro vertebrado e invertebrado Diversos aspectos da patogenia Sintomatologia da doença TRANSMISSÃO POR INSETOS: VETOR E AGENTE ETIOLÓGICO Vetor insetos hematófagos (A espécie mais comum é o Triatoma infestans) Agente etiológico Trypanosoma cruzi (protozoário) BIOLOGIA Heteroxeno Hospedeiro vertebrado Hospedeiro invertebrado Formas evolutivas: tripomastigota(forma infectante – se instala na musculatura do ser humano), epimastigota (quando está no trato digestivo do vetor) e amastigota (forma que se multiplica nas células do hospedeiro definitivo). PROTOZOÁRIO - Trypanosoma cruzi No homem e nos animais, vive no sangue e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas. No inseto transmissor, vive no tubo digestivo. VETOR Classe: Insecta Ordem: Hemiptera Família: Reduviidae Subfamília: Triatominae Hematófagos: hábito noturno, vivem em média de 1 a 2 anos, grande capacidade reprodutora e resistência ao jejum. Discriminação morfológica de Triatomíneos: Fitófago: rostro longa ultrapassando o primeiro par de pernas; Predador: rostro curta e curva; Hematófago: rostro curta e reta DOENÇA DE CHAGAS Protozoários causador:Trypanosoma cruzi (flagelado); Infestação: fezes do inseto hematófago; Sintomas: chagoma, miocardite (inflamação na parede do coração) que leva a pessoa a morte por insuficiência cardíaca; Atingindo o sangue o protozoário se instala no tecido muscular/ coração. TRANSMISSÃO Transfusão de sangue; Congênita (placenta); BahiaPrevalência 2% recém-nascido Amamentação (raramente); Via oral: ingestão de caldo de cana, sucos, carnes; Transmissão por insetos hematófagos; Acidental em laboratório; Transplante de órgãos. Transmissão Natural - Vetor Domiciliação: Capacidade de invadir e procriar no interior das casas (buracos no chão, nas paredes, na palha da cobertura de casas pau-a-pique); Denominações no Brasil: barbeiros, chupões, fincões, bicudos e procotós; Reservatórios: domésticos (cães, gatos), e silvestres (gambás, tatus, roedores, morcegos e alguns macacos e coelhos). PERÍODO DE INCUBAÇÃO Fase aguda5 a 14 dias após a picada do inseto vetor (média 7 a 10 dias); 30 a 40 dias quando adquirida por transfusão de sangue Fase crônica Mais de 10 anos após a infecção inicial PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA Fase aguda: Sinal de Romanã; Febre; Fadiga; Anorexia; Cefaléia; Lesões no sistema nervoso; Alterações cardíacas. Fase crônica assintomática: (70% dos casos) Fase crônica sintomática (30% dos casos) Forma Cardíaca; Insuficiência Cardíaca; Arritmias CardiomegaliaAneurisma de ponta Fase crônica: Miocardite chagásica (Miocardite é uma inflamação do miocárdio, que é a camada muscular grossa da parede do coração) Forma Digestiva Megaesôfago Megacólon Forma nervosa PROFILAXIA Melhorar habitação; Usar telagem em portas e janelas; Fazer limpeza periódica das casas e de seus arredores; Encaminhar os insetos suspeitos de serem barbeiros para um serviço de saúde; Combate ao desmatamento; Evitar de comer carnes de animais silvestres. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Microscópio: parasita no sangue. Xenodiagnóstico Sorologia: busca de anticorpos específicos. Tratamento: Fase Aguda: produtos químicos. Fase Crônica: incurável. MALÁRIA Espécies: Plasmodium falciparum: todas as regiões tropicais; malária mais grave (fatal). Plasmodium vivax: regiões tropicais e temperadas; menos virulento de todos. Plasmodium malariae: ocorre em todos os continentes; não causa doença aguda fatal. Plasmodium ovale: apenas na África; raramente no Pacífico Ocidental; não causa doença fatal. Vetores espécies de mosquitos do gênero Anopheles Agentes etiológicos protozoários do gênero Plasmodium. Infestação: picada da fêmea do mosquito Anopheles, popularmente conhecido como mosquito-prego; Sintomas: febre, anemia, lesões no baço, fígado e medula óssea. BIOLOGIA Possui 2 Hospedeiros: Vertebrado: Homem Invertebrado: Mosquito (fêmea) do gênero Anopheles. TRANSMISSÃO Transfusão de sangue; Congênita; Transmissão pelo mosquito do gênero Anopheles. Compartilhamento de seringas contaminadas; Acidentes de laboratório. MALÁRIA GRAVE E COMPLICADA (Plasmodium falciparum) Malária cerebral: forte cefaleia (dor de cabeça), hipertermia (aumento da temperatura), vômitos e sonolência; Insuficiência renal aguda; Hipoglicemia; Edema pulmonar agudo; Anemia grave PROFILAXIA Uso criterioso de inseticidas para matar mosquito vetor; Uso de mosquiteiros; Eliminação dos criadouros dos mosquitos por meio de obras de engenharia sanitária (drenagem); A criação de peixes larvófagos; O uso de repelentes e a utilização de tela nas janelas; Tratamento com medicamentoso específicos. Os remédios existentes enfrentam crescentemente o problema da resistência dos plasmódios.
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