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APS casos clínicos

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ATIVIDADE PRÁTICAS SUPERVISIONADAS – 2017/1
1º SEMESTRE
TEMA 01 – ELETROCARDIOGRAMA 
H.F. , 42 anos , sexo feminino , branca , apresentou alterações no eletrocardiograma (ECG) , indicando insuficiência do miocárdio. Entre os dados da anamnese , a paciente relatou o uso crônico de diuréticos , dores musculares e frequentes episódios de câimbras noturnas. Analisando o caso acima , responda :
A) Descreva o potencial de ação cardíaco .
Potencial de Ação de Resposta Lenta:
Despolarização Diastólica Lenta (Fase 4) : A repolarização da membrana ativa um canal iônico chamado de canal marca-passo (If). Por esse canal, flui uma corrente despolarizante, principalmente, de Na+ . Ao atingir o limiar de excitabilidade, essa lenta despolarização dispara o potencial de ação nas células do Nó. 
 
Despolarização Rápida (Fase 0): A despolarização rápida é causada por um influxo rápido de Ca+2 abertos pela despolarização diastólica. Os canais se inativam, limitando a despolarização. 
Repolarização Lenta (Fase 2) : A despolarização causa a abertura de canais lentos de K+, produzindo uma repolarização lenta. Não é observado um platô, como 
na fase 2 do potencial de ação de resposta rápida. 
Repolarização Rápida (Fase 3): A repolarização se acentua pelo efluxo de K+, até hiperpolarizar a célula .
Os músculos cardíacos apresentam três tipos de canais iônicos, os quais são importantes para a variação da voltagem da membrana que é necessária para a geração do potencial de ação cardíaco. O potencial de membrana da fibra muscular é de aproximadamente -90mV e quando um impulso que induz a despolarização chega até ela, acontece as seguintes etapas :
Potencial de Ação de Resposta Rápida:
Potencial de Repouso: -80 a -90 mV 
Repouso (Fase 4): Em repouso, a membrana plasmática da célula muscular cardíaca é muito mais permeável ao K +, pois o canal majoritariamente aberto é o Ik1. Assim, o potencial de repouso é praticamente determinado pelo potencial de equilíbrio de K+. 
Despolarização Rápida (Fase 0) : Um estímulo elétrico que exceda o limiar de excitabilidade desencadeia o potencial de ação, ativando canais de Na +, o que resulta em influxo de Na+. A pequena despolarização, causada pelo influxo de Na+, abre mais canais, que, por sua vez, provocam despolarização adicional. Assim, a despolarização é desencadeada por retroalimentação positiva, elevando o potencial de membrana para um pico de cerca de +40mV. Com a despolarização, os canais de Na+ mudam de conformação para inativados. Nessa conformação, não são capazes de responder a outro estímulo. 
 Repolarização Parcial Rápida ( Fase 1): Rápida e curta repolarização causada pela abertura de um tipo de canal de K+, que é ativado pela despolarização. O canal inativa-se rapidamente. 
 Platô (Fase 2 ): Caracterizada por um platô, causado pelo equilíbrio de correntes de influxo e efluxo, a partir de canais abertos pela despolarização. Durante esta fase, a membrana torna-se pouco permeável ao K+, pelo fechamento dos canais Ik1. Abrem-se canais de Ca+2, que permitem um grande influxo de Ca+2, mantendo o potencial despolarizado, e provocando a contração muscular. O processo de influxo de Ca+2 é limitado pelo fechamento gradual dos canais quando a concentração de Ca+2 aumenta muito. É possível detectar pequenas correntes de influxo de Na+ nesta fase. 
Repolarização Rápida (Fase 3): O término do potencial de ação depende da abertura de canais de K +, os chamados canais de K+ retificadores retardados, que se abrem de maneira lenta pela despolarização. Com a ativação desses canais e a inativação de canais iônicos responsáveis pela despolarização, o potencial de membrana volta para os níveis do repouso.
Comparação entre os Potenciais de Ação Cardíacos: 
 
B) Explique o princípio de detecção do potencial de ação cardíaco pelo ECG .
C) Descreva o registro do ECG em um indivíduo normal (sem anomalias cardíacas).
O estímulo elétrico originado no nó SA difunde-se radialmente para a periferia atingindo as células cardíacas dos átrios e determinando sua contração. A onda de despolarização, que se propaga pelos átrios, é representada eletrocardiograficamente como onda P, portanto, onda despolarização atrial. A contração se atrasa um pouco em relação à despolarização. 
O impulso então alcança o nó atrioventricular (AV), o nde se o bserva pequeno retardo na condução (0,1 s), que corresponde ao segmento PR do ECG, e, fisiologicamente, parece permitir um maior período de enchimento ventricular a partir da contração atrial, antes que ocorra a contração ventricular. 
A partir do nó AV, o impulso elétrico segue pelo septo interventricular pelo feixe de His (atrioventricular) que se divide em seus ramos esquerdo e direito para os respectivos ventrículos. O ramo esquerdo do feixe de His ainda bifurca-se em subdivisões: fascículo anterior e fascículo posterior. Os ramos do feixe de His terminam em numerosas fibras chamadas fibras de Purkinje, que se distribuem amplamente pelo miocárdio e determinam sua despolarização, do endocárdio para o epicárdio, deflagrando a contração ventricular.
O impulso elétrico que caminha do nó AV para as fibras de Purkinje e células miocárdicas é eletrocardiograficamente representado pelo complexo QRS, que, portanto, representa a despolarização ventricular, que antecede sua contração. 
Obs.: A distinção entre as ondas Q e S (deflexões negativas) depende de sua relação temporal com a onda R. A onda Q surge sempre precedendo a onda R, enquanto a onda S surge sempre sucedendo a onda R. No entanto, na ausência de onda R, não podemos distinguir que uma deflexão negativa é Q ou S, designamos esta como onda QS.
Após o complexo QRS, o registro do ECG é marcado por uma linha isoelétrica, segmento ST, que corresponde justamente à fase 2 do potencial de ação do miocárdio e, consequentemente, ao período de contração ventricular. 
Após a contração, as células musculares tendem a reassumir sua polaridade normal de membrana, havendo, portanto, uma repolarização, que segue do epicárdio para o endocárdio (sentido oposto ao de despolarização). A repolarização ventricular sucede o segmento ST, e é registrada como onda T. 
Onda U: Pequena onda que pode ser normalmente observada após a onda T e antes da onda P. Representa uma diferença de potencial entre o endocárdio e o epicárdio, não tendo muita relevância clínica. Geralmente, segue a mesma polaridade da onda T.
D) Qual o possível motivo da alteração no ECG ? Justifique sua resposta .
Diante dos relatos do paciente diante do uso crônico de diuréticos , dores musculares e apresentando frequentes episódios de câimbras noturnas , intensificamos nossas pesquisas e diagnosticamos que o paciente possui Hipopotassemia/Hipocalemia . Segue-se alguns argumentos que comprove essa conclusão :
Para começar , temos que entender alguns princípios :
O Potássio é o principal eletrólito intracelular. Cerca de 98% do potássio que temos está dentro das células. Apenas 2% está fora, e essa concentração de potássio no soro varia de 3,5 a 5,0 mEq/l.
Esse eletrólito move-se para dentro e fora das células através da atuação da bomba de sódio e potássio. Chamamos de Hipopotassemia ou Hipocalemia e Hiperpotassemia ou Hipercalemia os desequilíbrios associados a esse cátion, no qual pequenas alterações já são significativas!
Influencia a condutividade elétrica tanto do músculo esquelético quanto cardíaco. A alteração na concentração de potássio modifica o ritmo e a excitabilidade do miocárdio.Os distúrbios de potássio estão comumente associados a:
Diversas patologias
Lesões
Medicamentos (AINE e inibidores de ECA)
Distúrbios ácido-base
A seguir os 3 mecanismos através dos quais acontece a troca de potássio entre os meios intracelular e extracelular .
1. pH: a acidose provoca a saída de potássio do meio intracelular para o extracelular, aumentando sua concentração sérica (hipercalemia). Isto ocorre porque, o  excesso de íons H+ no plasma faz com que ocorra troca de íons H+ por Na+, ou seja, o Na+ sai da célula e entra H+ (mecanismo para reduzir a acidez). 
Nesse mecanismo que explicamos acima ocorre diminuição do Na+ dentro da célula, e consequentemente, reduz a concentração de Na+ para fazer trocas com a bomba de sódio potássio, assim menor quantidade de K+ entra nas células. O fenômeno oposto ocorre na alcalose.
2. Insulina:  A insulina aumenta a captação de potássio pelas células hepáticas e musculares. Seu efeito ocorre através da estimulação do trocador Na+-H+, com entrada de Na+ e saída de H+. Dessa maneira, ocorre um aumento de Na+ intracelular através da bomba Na+/K+ com consequente entrada de K+ para dentro das células. A falta de insulina predispõe a Hipercalemia. O excesso de insulina predispõe a hipocalemia
3. Agentes β2-Adrenérgicos: atuam diretamente na bomba Na+-K+ ATPase estimulando-a, com consequente entrada de K+ e saída de Na+.
HIPOPOTASSEMIA ou HIPOCALEMIA
Hipocalemia ou hipopotassemia é definida como a concentração de Potássio no soro, inferior a 3,5 mEq/l. E distúrbio de Potássio pode ocasionar câimbras o que pode ter alterações importantes no ECG , que foi um dos relatos da paciente .
Causas da Hipocalemia
São três as principais causas da hipocalemia:
Perdas gastrointestinais ou renais ou raramente por perdas pelo suor.
Uma quantidade relativamente grande de potássio está contida nos líquidos gastrintestinais. As principais causas relacionadas a esse distúrbio são:
Drenagem gástrica
Diarreia
Vômitos
Ileostomia recente
Medicações: insulina e B bloqueadores porque aumentam a captação de potássio para dentro das células, e diuréticos espoliadores de potássio.
Alcalose: o H+ é jogado para fora da célula, o sódio para dentro, aumentando a disponibilidade de sódio dentro das células para fazer trocas com a bomba sódio-potássio, e o potássio extracelular é jogado para dentro das células, diminuindo sua concentração sérica.
Sinais e Sintomas da Hipocalemia
A sintomatologia geralmente aparece com níveis séricos de potássio inferiores a 3,0 mEq/l.
Arritmias cardíacas e alterações no traçado do ECG:
Achatamento das ondas “T” e desenvolvimento de ondas “U” proeminentes, que podem dar a impressão de um intervalo QT prolongado;
Predispõem a batimentos ectópicos atriais e ventriculares;
A hipopotassemia reduz a eliminação da digoxina propiciando intoxicação digitálica.
Náusea, êmese, constipação ou íleo paralítico: devido a condutividade elétrica alterada nas células musculares.
Fraqueza muscular e cãibras: Pode evoluir com paralisia respiratória quando concentrações séricas inferiores a 2,0 mEq/l.
TEMA 2 – BIOFÍSICA DA VISÃO 
Analise os três casos clínicos a seguir :
CASO 01: R.L. , 35 anos , sexo masculino , branco , procurou um oftalmologista relatando fortes dores de cabeça , ardência nos olhos , dificuldade de dirigir a noite e vermelhidão nos olhos . O paciente não relata uso de lentes oculares corretivas . Em avaliação clínica foi identificado uma deformação da curvatura da córnea . 
CASO 02 : K.M. , 10 anos , sexo feminino , refere que está com dificuldade para enxergar de longe . As imagens , segundo ela , parecem “embaçadas” e “sem definição” e , quanto mais longe o objeto , mais a dificuldade que K.M sente para enxerga-lo .
CASO 3: L.M , 45 anos , começa a notar que , no último ano , para conseguir ler , precisa afastar os braços para conseguir focar a imagem . Nega qualquer problema de visão anterior .
A RESPEITO DOS CASOS CLÍNICOS , RESPONDA :
Descreva a formação da imagem em um indivíduo emétrope .
Chamamos de emetropia a condição em que a luz que chega à retina, proporciona uma imagem nítida, resultando numa visão normal. 
Descreva as alterações da visão observadas nos casos 01,02 e 03 e que tipo de lente deve ser utilizada para corrigir cada uma das alterações .
Caso 1 : Paciente relata fortes dores de cabeça , ardência nos olhos , dificuldade de dirigir a noite e vermelhidão nos olhos , em avaliação clínica foi identificado uma deformação da curvatura da córnea . Possível diagnóstico: Ceratocone. 
O ceratocone, ou córnea cônica é uma desordem não inflamatória , na qual existe uma modificação na espessura e formato da córnea, geralmente bilateral (em ambas as córneas) e assimétrico.
O sintoma do ceratocone é percebido com o aumento do astigmatismo. Na sua fase inicial, o ceratocone apresenta-se como um astigmatismo irregular, levando o paciente a trocar o grau do astigmatismo com muita frequência. Nas fases quando o ceratocone avançado, a correção visual com óculos já não resolve e as lentes de contato passam a ser a opção para correção da visão.
Sintomas :
Nas fases iniciais, a visão poderá ser afetada levemente, aparecendo sintomas de fotofobia, irritações , ofuscamento, embaçamento e/ou distorções moderadas.
No caso de evolução da doença e conseqüente maiores alterações da córnea, a visão vai se tornando mais embaçada e distorcida como na figura abaixo:
Visão normal
Visão no ceratocone
Lentes de Contato e Ceratocone
O uso de lentes de contato em pacientes com ceratocone é considerado quando os óculos não possibilitam boa visão.
Ao adaptar uma lente de contato no paciente o oftalmologista busca condições que possibilitem uma adaptação mais fisiológica, em que ocorra uma menor agressão à córnea com menor probabilidade de piora da evolução do ceratocone.
Há vários desenhos de lentes de contato que podem ser utilizados na correção óptica do ceratocone, dentre eles: lente de corte simples, monocurva externa, de desenho padrão; lente Soper, bicurva posterior; lente rígida gás-permeável com desenho escleral; sistema a cavaleiro (piggyback); lentes esféricas; lentes tóricas. Dependendo do estágio de evolução da doença deve-se avaliar qual o desenho mais apropriado.
Todo usuário de lentes de contato deve fazer uma avaliação periódica de sua adaptação (a cada 6 meses). As lentes devem ser limpas e desinfectadas a cada uso. Isso deve ser feito por meio de fricção e enxágue, com o uso de soluções apropriadas.
Caso 3 : Paciente relata dificuldade para enxergar de longe. As imagens , segundo ela , parecem “embaçadas” e “sem definição” e , quanto mais longe do objeto , maior dificuldade. Possível diagnóstico : Miopia .
A miopia ocorre quando o olho é mais longo do que o normal, o que faz com que os raios de luzes sejam focados muito antes na retina. É uma condição herdada e geralmente é descoberta na idade de 8 a 12 anos. Durante a adolescência, quando o corpo está crescendo rapidamente, a miopia fica pior. Mais tarde, entre os 20 e 40 anos, há pouca alteração. Para uma pessoa míope, objetos próximos são nítidos, mas objetos distantes ficam embaçados e difíceis de distinguir. 
O problema é corrigido com lentes divergentes (côncavas):
Caso 3 : Paciente para conseguir ler , precisa afastar os braços para conseguir focar a imagem .Diagnóstico : Presbiopia .
Presbiopia é a piora de visão normal que ocorre com o avançar da idade, quando os olhos lentamente perdem a capacidade de focalizar objetos muito próximos. Também chamada de vista cansada, a presbiopia em geral começa aos 40 anos de idade e acabará acometendo todas as pessoas até os 50 anos em algum grau.
A presbiopia ocorre em um processo natural de envelhecimento do corpo. O cristalino é uma estrutura semelhante a uma lente, que muda sua forma para melhorar a focalização das imagens, principalmente ao enxergar algo próximo. Para isso, ele é movido pelos músculos ciliares. Mas com o tempo esses músculos passam a não funcionar tãobem e o cristalino não se adaptada mais da melhor forma à focalização da imagem. Como resultado, a visão de perto acaba sendo prejudicada.
Tratamento de Presbiopia
O tipo de lente a ser utilizada para corrigir a presbiopia é a lentes progressivas . Ao contrário das lentes bifocais, as lentes progressivas apresentam um campo intermediário ou “região de transição”, que permite que você possa focar entre as distâncias próximas e distantes, sem incomodar seus olhos. Além disso, são esteticamente melhores, pois não apresentam divisões visíveis, uma vez que a dioptria aumenta entre os campos de visão de forma progressiva.
 
TEMA 03 – EPIDEMIOLOGIA 
O médico sanitarista Mena Barreto explica que as chuvas arrastam o lixo despejado nas margens para dentro do afluente . A contaminação aumenta o teor de nitrogênio da água e reduz os níveis de oxigênio , tornando o ambiente propício aos transmissores de doenças . “É um grande impacto ambiental , que prejudica principalmente a vida humana . Para amenizar as alagações , é preciso que as pessoas se conscientizem das consequências de jogar lixo no Igarapé” , afirmou .
De acordo com o caso exposto , responda o que se pede :
Cite pelo menos cinco doenças cuja incidência pode aumentar em decorrência das enchentes citadas no texto . Detalhe as formas de contágio de cada uma delas .
As doenças cuja incidência pode aumentar decorrência das enchentes são:
Leptospirose, que é uma doença bacteriana causada pela eliminação de urina dos roedores, quando as enchentes começam, a agua corrente se mistura com a urina dos roedores presentes em lixo, bueiros e a população exposta a essa corrente de agua contaminada fica desprotegida, propiciando assim o contágio da leptospirose. No Brasil, geralmente a leptospirose se comporta de forma endêmica, no entanto, em épocas chuvosas e de enchentes, principalmente em grandes metrópoles onde se concentra uma aglomeração populacional de baixa condição econômica, sem saneamento básico e infraestrutura adequada de moradia, ficando mais suscetíveis ao contagio desta doença nessa época do ano onde acaba ultrapassando o limiar epidêmico e acaba se comportando de forma epidêmica, com o numero de incidência maior que em outras épocas do ano.
Esquistossomose, que se relaciona diretamente com a falta de saneamento básico, principalmente em população ribeirinha pois sua transmissão é ocasionada pela eliminação de fezes contaminadas do ser humano que em contato com a agua doce dos rios, córregos ou lagos os ovos eclodem e infectam os caramujos (hospedeiros intermediários) após 4 semanas saem dos hospedeiros intermediários e ficam livres/ soltos em aguas naturais. O contato do ser humano a agua contaminada é o que ocasiona o contagio, geralmente em enchentes esses córregos, rios ou lago veem a transbordar devido a grande concentração de agua no mesmo, onde a população ribeirinha e de classe mais baixa que já vivem em condições precárias de saneamento básico o suscetível aumenta consideravelmente devido o contato da agua e agente infeccioso com o homem.
Hepatite A, é ocasionada pela ingestão de agua ou alimentos contaminados com meteria fecal, a pessoa elimina o vírus por meio das fezes e pela falta de saneamento básico e ou higiene inadequada e acaba ocasionando novos casos, no caso das enchentes, por exemplo, a agua acaba ocasionando transbordamento de foças, lagos, rios e córregos com material fecal contaminado onde posteriormente com a agua corrente das enchentes varias pessoas acabam se contaminando com o vírus da hepatite A.
Cólera, também sendo transmitida pela agua, e também vinda de fezes contaminadas, onde em contato direto com agua ou alimentos o indivíduo acaba se contaminando. No caso das enchentes, o contato com a agua não tratada pode aumentar a suscetibilidade do individuo, pois a mesma leva todas as coisas que encontra em seu caminho, principalmente microrganismos.
Febre Tifoide, É considerada uma doença grave, que apresenta constante febre, alterações intestinais, aumento das vísceras e, se não tratada, pode ocorrer uma confusão mental e levar à morte. A principal forma de contágio é pela ingestão de água e alimentos contaminados, ocorre com mais frequência em países onde o saneamento é precário ou inexistente, por essas condições sendo facilmente transmitida por agua no caso das enchentes, a agua que entra em contato com o agente infeccioso é capaz de levar os microrganismos para toda parte, contaminando as pessoas presente na enchente em contato com a agua. 
Pesquise , no Datasus , a incidência dessas doença na região em que você mora . Em seguida , verifique se o número de casos aumenta nos meses mais chuvosos .
Qual as providências que devem ser tomadas para evitar/amenizar o quadro descrito acima ?
TEMA 04 – BIOFÍSICA DAS RADIAÇÕES 
J.C.F. , 48 anos , sexo masculino , procurou pelo hospital informando dor intensa no peito ao fazer atividades associadas à esforços . Relatou que é portador de hipertensão arterial , mas que segue tratamento com anti-hipertensivos e não observou alteração na mesma . Diante do relato do paciente , foi solicitada uma avaliação cardíaca por cintilografia do miocárdio . Sobre cintilografia , responda :
a) O que é possível avaliar na cintilografia ? Qual é o princípio da técnica ?
04) a) Detectar possíveis falhas na irrigação de regiões do músculo cardíaco, ou seja, previne futuros eventos cardíacos graves como por exemplo o infarto.
“É um exame com característica própria, que é a administração de substâncias radioativas como contraste” - afirma o médico dr. Jairo Wagner, coordenador do Serviço de Medicina Nuclear do Einstein. 
Em outras palavras, é tem como princípio duas etapas, estímulo e repouso:
“Primeiro, com o paciente deitado, um contraste é injetado na veia e chega até o coração. Dessa maneira, é possível visualizar se o líquido se espalha de modo uniforme por todo músculo e constatar se a circulação está normal. Caso uma artéria estiver parcialmente obstruída, a região que ela irriga receberá menor quantidade do contraste. Na segunda parte, o procedimento é semelhante, mas realizado com o paciente em estado de “estresse cardíaco”, ou seja, enquanto faz alguma atividade que exija esforço do coração, como uma caminhada de alguns segundos em uma esteira ergométrica. ”
Quais as radioisótopos mais utilizados ?Qual o tipo de radiação emitida e o tempo de meia vida de cada um ?
“Tc99m (Tecnécio) utilizado para estudos da tireóide e de mucosa gástrica ectópica (divertículo de Meckel) e o I¹³¹ (Iodo) utilizado para estudos da tireóide e pesquisas de metástases de tumores tireoideanos. ”
No contexto de cintilografia , explique o que são radio fármacos e dê exemplos .
“Substâncias que quando adicionadas aos radioisótopos, passam a ser chamadas de radio fármacos marcados. Apresentam afinidades químicas por determinados órgãos do corpo e são utilizados para transportar a substância radioativa para o órgão a ser estudado. 
MDP- Tc99 - utilizado para a obtenção de imagens do esqueleto,
SESTAMIBI - Tc99- utilizado para a obtenção de imagens do coração e algumas pesquisas de tumores.
HMPAO e ECD - Tc99 - cintilografia de perfusão cerebral,
DEXTRAN - 500 - Tc99 - cintilografia de vasos linfáticos.”
TEMA 05 – NORMAS DE BIOSSEGURANÇA NO LABORATÓRIO CLÍNICO : DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS .
Você trabalha em um hospital como biomédico e logo no início da manhã uma funcionária técnica de laboratório lhe procura dizendo que se feriu com a agulha que estava na cômoda do paciente com diagnóstico de HIV positivo (ela se refere não ter visto a agulha e se feriu ao colocar a bandeja com material de coleta). Sabendo do risco envolvido na situação , responda :
Quais seriam suas condutas como biomédica e responsável imediata por este profissional ? Justifique sua resposta .
Existe alguma legislação que proteja o trabalhador nesse caso? O que ela determina?
TEMA 06 – NORMAS DE BIOSSEGURANÇA NO LABORATÓRIO CLÍNICO: EXPOSIÇÃO A SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS .
Uma técnica de laboratóriode pesquisa realiza rotineiramente a dosagem de carboidratos presentes em diferentes amostras através da técnica da técnica do Fenol Sulfúrico , que utiliza ácido sulfúrico concentrado em um dos momentos da análise . Supondo que aconteça algum acidente e derramamento dessa substâncias em uma superfície ou bancada , responda:
Explique como se deve proceder nesse tipo de acidente .
Em caso de derramamento de ácido sulfúrico sobre o chão ou bancada ele pode ser neutralizado com um material alcalino podendo ser carboneto ou bicarbonato de sódio em pó, absorvendo-o com material com massa inerte como areia seca ou terra. Quando ocorre o vazamento não deve-se fazer o uso de panos, vassoura ou serragem para enxugar o ácido concentrado, eles poderão se inflamar. Lavar a superfície contaminada com uma solução de soda cáustica a 2 e 5% até a eliminação completa.
No entanto se o derramamento ocorre nas roupas deve-se remover a maior parte seja pela remoção das roupas ou pedaço da mesma, diminuindo o volume de ácido a ser lavado e consequentemente a quantidade de calor liberada. Após feita a remoção de boa parte do ácido a vítima deve ser submetida a uma lavagem com o volume de água que a vítima não sofra ação da reação exotérmica, ou caso aconteça que sua duração e temperatura sejam mínimas possíveis. 
Existe alguma legislação que proteja o trabalhador nesse caso? O que ela determina?
Existe o art. 19 da Lei de benefícios da Previdência Social Lei 8213/91
LBPS- Lei n° 8213 de 24 de julho de 1991
Art. 19- Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
1°-A empresa é responsável pela adoção e o uso das medidas coletivas em individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador. 
2°-Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
3°- É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.
4°-O Ministério do Trabalho e da previdência social fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharam o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores conforme dispuser o regulamento.
Existe também a CIPA- Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, os primeiros passos para a implantação da segurança do trabalho no Brasil foram dados pela CIPA. O principal objetivo das ações da CIPA É de observar e relatar as condições de risco nome enche de trabalho e realizar medidas para diminuição dos riscos existentes. Portanto seu enfoque é preservar a saúde e integridade física dos trabalhadores.
O papel mais importante é o de criar uma relação de diálogo e conscientização entre todos os integrantes da empresa. E então, de forma criativa e participativa deve julgar na forma como os trabalhos São realizados sempre em busca de condições melhores de trabalho, usando a humanização do trabalho e consequentemente melhoria nas condições de trabalho.
TEMA 07 – OSMOSE
Seguindo as normas de procedimento e biossegurança , um profissional de laboratório coletou 3 ml de sangue de um voluntário . A amostra de sangue foi adicionada em tubo com anticoagulante EDTA. Logo depois , retirou-se , com pipeta Pasteur , pequena quantidade de sangue , que foi distribuído em três lâminas , denominadas A,B e C. Em seguida , adicionou-se uma gota de solução A à lâmina A , uma gota de solução B à lâmina B e uma gota de solução C à lâmina C . A concentração das soluções A,B e C são desconhecidas .
Ao final do procedimento foi efetuada a microscopia , que mostrou os seguintes resultados :
Lâmina C
Lâmina B
Lâmina A
A partir do exposto , responda:
Por que foi adicionado EDTA ao tubo? Qual o mecanismo de ação do EDTA?
Pois o EDTA é um anticoagulante que preserva a morfologia das células hematológicas por mais tempo, assim diz Brunno Câmara. “O mecanismo de ação do EDTA reage através de seus dois radicais ácidos com o cálcio plasmático, formando um quelato, tornando-se um sal insolúvel, ou seja, ele irá se ligar aos íons cálcio da amostra e a cascata da coagulação será interrompida. ” Porem se utilizado na quantidade errada atrapalha a identificação do tipo sanguíneo, logo a quantidade certa para o exame é geralmente na proporção de 0,1 ml de EDTA para 5 ml de sangue.
Descreva o que aconteceu com as hemácias nas diferentes soluções utilizadas .
Na lâmina A não houve reação nenhuma, sendo descrita como uma solução isotônica, ou seja, os dois meios estavam de concentrações iguais. Na lâmina B pode se perceber que houve uma expansão do tamanho da hemácia sendo caracterizada como uma solução hipotônica, ou seja, o meio que ela se encontra estava menos concentrado do que ela, causando a entra de solvente. Na lâmina C as hemácias sofrem uma redução de tamanho, podendo falar que “murcharam”, caracterizando a substancia como hipertônica, ou seja, o meio que ela se encontra estava mais concentrado do que ela causando a saída de solvente.
O que é pressão osmótica? Como calcula-lá?
“Pressão osmótica é a pressão que deve ser aplicada sobre uma membrana semipermeável para evitar que o solvente a atravesse, ou seja, é a força contrária à osmose. ”
“O valor da pressão osmótica depende de cada solução. Quanto maior for a concentração da solução, maior será a pressão osmótica. Isso mostra que a osmose é uma propriedade coligativa*, pois é uma propriedade que não depende da natureza das partículas, mas somente da quantidade de partículas dissolvidas na solução.
O cálculo da pressão osmótica pode ser realizado pela seguinte fórmula:
π = M . R . T . i
π = pressão osmótica;
M = concentração em mol/L;
R = constante universal dos gases (0,082 atm.L/mol.K);
T = temperatura na escala absoluta (kelvin);
i = fator de Van’t Hoff”
Sabendo que o experimento foi realizado à temperatura ambiente e que o soluto utilizado não é iônico , qual é a concentração do soluto na solução A? Justifique sua resposta .
Considerando que a temperatura ambiente é de 25 °C e que a constante universal dos gases equivale a 0,082 atm.L/mol.K, o volume equivale a 1 ml convertido para 0,001 L, número de mols igual a 1, temos que:
Po * 0,001 = 1 * 0,082 * 298 
Po = 24.436 atm 
Logo pressão osmótica é igual a 24.436 atm.
TEMA 08 – SOLUÇÕES , COLOIDES E SUSPENSÕES .
Paracetamol ou acetaminofeno é um fármaco com propriedades analgésicas , mas sem propriedades anti-inflamatórias clinicamente significativas . Atua por inibição de cascata do ácido araquidônico , impedindo a síntese das prostaglandinas , que são mediadores celulares pró-inflamatórios responsáveis pelas várias manifestações da inflamação , inclusive a dor. Muitos medicamentos contendo essa substâncias apresentam a seguinte recomendação : “Agite antes de beber” .Sendo assim, esse medicamento é classificado como um tipo de dispersão.
Qual dispersão é esse? Justifique sua resposta.
Solução, pois como se trata de uma solução homogênea o paracetamol e o ácido araquidônico irão misturar e agir contra as manifestações dos sintomas da inflamação, as propriedades químicas do paracetamol e a do ácido araquidônico precisam ser dissolvidas para um melhor resultado.
Quais são os três tipos de dispersões existentes? Discorra sobre suas propriedades e dê exemplos.
Soluções são misturas homogêneas mas quais não conseguimos ver as partículas dispersas nem com microscopio. As soluções não podem ser separadas por nenhum processo de filtração. 
Exemplos: água e sal, água e ácido acético (vinagre).
Coloides ou sistemas coloidais, são misturas em que as partículas dispersas têm um diâmetro compreendido entre 1 nanômetro e 1 micrometro, partículas estas que podem ser átomos, íons ou moléculas. São muitas vezes confundidas com sistemas homogêneos, masna verdade são sistemas heterogêneos. Suas partículas não se sedimentam com a ação da gravidade, mas apenas com o uso de ultracentrifugas.
Exemplos: Espuma: pedra-pome, clara em neve, esponja. Emulsão: leite, maionese. Gel: gelatina, gel de cabelo. Aerossol: fumaça, neblina, umidificadores de ar. Sol: sangue, pérolas.
Suspensões são sistemas heterogêneos, nos quis mesmo a olho nu é possível visualizar suas partículas.
Exemplos: areia na água, argila no leite.
BIBLIOGRAFIAS
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