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Debate sobre o que são Direitos Humanos

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Profª Clara Barros
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ÔNIBUS 174
Tragédia do ônibus 174 completa quinze anos 12/06/2015, por William de Oliveira Há exatos quinze anos uma tragédia que marcou a cidade do Rio de Janeiro acontecia dentro do ônibus que fazia o itinerário Gávea — Central do Brasil. O episódio, que ficou conhecido como “Ônibus 174”, mudou os rumos da política de segurança pública da cidade, foi roteiro de documentários, filme de ficção e continua sendo tema de debate até hoje. Em entrevista para o Viva Favela, Damiana Souza, última refém a deixar o ônibus, relata o que aconteceu no dia e como tem sido sua vida após a tragédia. “Como é que pode a gente sair de casa, feliz, de mão dada uma com a outra…Era dia 12 de junho. Encontramos meu marido no caminho e ele falou ‘vocês estão com cara de que vão aprontar’ e a Geisa respondeu ‘a gente vai passear no shopping’ e descemos rindo”, lembra.
Fonte: Link: http://vivafavela.com.br/708-tragedia-do-onibus-174-completa-quinze-anos
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ÔNIBUS 174
O desenho da tragédia Geisa Gonçalves tinha 21 anos e estava grávida de dois meses. Ela e Sandro Nascimento, que tinham a mesma idade, foram as duas únicas vítimas fatais do episódio. Geisa viera de Fortaleza dois anos antes e estava morando na Rocinha fazia oito meses. Lá ela conheceu Damiana e se tornaram grandes amigas, tanto que se tratavam como mãe e filha. As duas também eram companheiras de trabalho na Ong Curumim, que funcionava no alto da favela. No 12 de junho do ano 2000 as duas embarcaram juntas no ônibus 174 rumo a um banco no Jardim Botânico para trocar um cheque no valor de R$130, referente à venda de cestas de material reciclado confeccionadas por Geisa na Ong. Sandro subiu alguns pontos depois armado com um revólver. Um dos passageiros percebeu a arma na cintura dele e avisou à uma viatura da polícia que passava pela rua no momento. A partir daí a tragédia começou a se desenhar. Os policiais pararam o ônibus para fazer uma averiguação e Sandro fez reféns os oito passageiros que estavam no veículo. Foram mais de quatro horas de terror dentro do ônibus, dos quais Damiana destaca dois momentos de maior tensão. O primeiro, quando Sandro disse que mataria uma das reféns depois que contasse até cem. “Ele contava pulando os números, quando chegou no cem, ele fez ela se abaixar e fingiu ter dado um tiro na cabeça dela”, recorda. O outro foi quando ele colocou a arma na cabeça da Geisa e disse que ela iria morrer. “Ele dizia o tempo todo que a culpa era da polícia, que ele só queria ir embora, que ele não ia fazer nada, mas que a polícia causou a situação. Depois ele começou a gritar, fez um disparo para fora do ônibus, ficou fora de si e dizia que iria matar alguém” […]. 
Fonte: Link: http://vivafavela.com.br/708-tragedia-do-onibus-174-completa-quinze-anos
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ÔNIBUS 174
“O Sandro era mais um” Já era noite quando Sandro desceu do ônibus ainda com a arma apontada para a cabeça de Geisa. O que parecia o fim do terror, acabou tendo um desfecho trágico. O policial do BOPE (Batalhão de Operações Especiais), Marcelo Santos, disparou contra Sandro, mas acertou o queixo de Geisa, que acabou levando três tiros nas costas do sequestrador. Sandro morreu asfixiado pelos próprios policiais depois de ser colocado no camburão. Ele era um dos sobreviventes da chacina da Candelária, já havia passado por vários abrigos e vivia nas ruas quando cometeu o crime […]. O policial que atirou em Geisa foi levado a júri popular e absolvido. A tragédia ficou tão marcada na memória da população que pouco mais de ano após o sequestro, a linha 74 mudou de número, passando a se chamar 
Fonte: Link: http://vivafavela.com.br/708-tragedia-do-onibus-174-completa-quinze-anos
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CHACINA DA CANDELÁRIA
Em 1993, na madrugada de 23 de julho, oito meninos de rua que dormiam em frente à Igreja da Candelária, no Rio, foram mortos a tiros. O crime chocou o país e o mundo.
A HISTÓRIA
Por volta de 1h da manhã de 23 de julho, um grupo de policiais à paisana chegou ao entorno na Igreja da Candelária, simulando levar comida para os 72 meninos e meninas de rua que dormiam sob as marquises dos prédios da região. Mataram, a tiros de fuzil, oito menores com idades entre 10 e 17 anos, ferindo outros. O motivo seria a vingança contra o apedrejamento de uma viatura pelos menores, no dia anterior. Um guardador de carros que tomou quatro tiros e sobreviveu se tornou a única testemunha da tragédia, que ficou conhecida como “Chacina da Candelária” e ganhou repercussão internacional.
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CHACINA DA CANDELÁRIA
Jornal Nacional sobre a chacina
“Um crime bárbaro choca o país e repercute no exterior. Sete meninos de rua são executados friamente no centro da cidade”, anunciou o apresentador Cid Moreira no Jornal Nacional de 23 de julho. A repórter Sônia Bridi fez uma reconstituição dos assassinatos e apresentou depoimentos de alguns sobreviventes, que acusaram policiais militares de terem matado por vingança. No dia anterior, os garotos haviam quebrado o vidro de uma patrulha do 5º BPM em protesto pela prisão de outros dois meninos.  A polícia fez o retrato falado de um dos PMs a partir do depoimento de um sobrevivente que se escondera em cima de uma banca de jornais. O soldado José Marcelino da Penha Jr. foi reconhecido e preso. Dois outros soldados – Marco Antônio Teixeira e Marco Antônio Pereira – também foram detidos. 
O jornalista Marcelo Canellas mostrou o desespero de mães que foram à Candelária temendo que seus filhos estivessem entre os mortos. “Uma passeata reuniu centenas de pessoas em protesto contra o extermínio de menores”, informou o repórter Sandro Dalpícolo, que havia acompanhado a manifestação. Ele também forneceu dados sobre a violência contra menores no Brasil: no primeiro semestre daquele ano, 320 crianças haviam sido mortas.
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CHACINA DA CANDELÁRIA
Repercursão no mundo
De Nova York, o correspondente Paulo Henrique Amorim informou que as agências internacionais e emissoras de TV haviam se reportado à chacina mencionando esquadrões da morte formados por soldados da PM. Amorim entrevistou o diretor da America’s Watch, uma organização norte-americana de defesa dos direitos humanos, que investigara o massacre dos presos do Carandiru, em São Paulo. Kenneth Wrath afirmou que, no Brasil, “a Justiça Militar não investiga, não julga e não condena PM”. Alexandre Garcia entrou ao vivo de Brasília, lendo a declaração do então presidente da República, Itamar Franco: “Como pai, como cidadão e como Presidente da República, estou horrorizado com o que aconteceu no Rio.” 
No fim dessa edição do Jornal Nacional foi exibida uma reportagem de Glória Maria. Na terça-feira, 15 de julho, uma semana antes da chacina, a repórter havia gravado entrevistas na Candelária para uma matéria sobre solidariedade. Entre os menores com quem ela falou, estavam três vítimas. A reportagem mostrava imagens dos meninos com a artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, que desenvolvia um trabalho de assistência na Candelária havia meses – e que passara a noite com os sobreviventes, após a chacina. Um dos garotos, que seria assassinado em pouco mais de uma semana, dizia que só sairia da rua quando abrissem uma escola boa para as crianças.
Fonte: http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/coberturas/chacina-na-candelaria/jornal-nacional-sobre-a-chacina.htm
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CHACINA DA CANDELÁRIA
Lista dos mortos Paulo Roberto de Oliveira, 11 anos Anderson de Oliveira Pereira, 13 anos Marcelo Cândido de Jesus, 14 anos Valdevino Miguel de Almeida, 14 anos "Gambazinho", 17 anos Leandro Santos da Conceição, 17 anos Paulo José da Silva, 18 anos Marcos Antônio Alves da Silva, 19 anos
Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/07/chacina-da-candelaria-sobrevivente-ainda-tem-pesadelos-diz-irma.html
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PROBLEMATIZAÇÃO
O que é direitos Humanos???
Forma de garantia de proteção universal.
Promover igualdade a partir das desigualdades, sem distinção entre raça, religião ou classe
social.
Impedir que as pessoas tenham seus direitos mais básicos violados.
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SANDRO – VÍTIMA DO SISTEMA OU BANDIDO FRIO???
Sequestrador do ônibus
Sobrevivente da Chacina da Candelária 
Nunca teve qualquer tipo de reparação ou mesmo de apoio básico do Estado
Alienação obrigacional da sociedade e o histórico de violência
Violações de direitos humanos ou não oferecem o suporte mínimo que qualquer pessoa necessita para se desenvolver
A sociedade e os outros “Sandros”

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