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Urbanização de Goiânia

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Urbanização de Goiânia
Planejamento inicial e suas mudanças
Introdução
Tem – se como objetivo analisar o processo de urbanização da Cidade de Goiânia, (que é a capital do estado de Goiás e a segunda cidade mais populosa do Centro-Oeste, sendo superada somente por Brasília) desde o seu planejamento até sua presente situação. 
No decorrer da apresentação poderá ser observado que a expansão urbanística da Cidade de Goiânia deveria ter acompanhado proporcionalmente em conjunto com o crescimento populacional.
A colonização de Goiânia teve origem europeia em 1735, com as primeiras propostas de mudança da capital da capitania de Goiás.
A proposta de transferir a Capital de Goiás permaneceu até a Revolução de 1930 quando Pedro Ludovico Teixeira foi nomeado interventor federal por Getúlio Vargas. No final de 1932, Ludovico tomou as primeiras providências para que Goiânia fosse construída.
Em 24 de outubro de 1933, em local determinado por Corrêa Lima, - um planalto onde atualmente se encontra o Palácio das Esmeraldas, na Praça Cívica – Ludovico lançou a pedra fundamental da nova Cidade. A data foi escolhida para homenagear os três anos do início da Revolução de 1930.
Fundação da Cidade de Goiânia
Planejamento de urbanização da Cidade de Goiânia
A parte fundamental do planejamento, se refere ao Plano Diretor, que constitui-se instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, considerando o território Municipal.
Ela já nasceu como uma Cidade planejada, porém, conviveu com períodos de expansão desenfreada e frágil controle do uso do solo. 
Com um projeto desenvolvido pelo arquiteto Atílio Corrêa Lima, 
 Goiânia foi planejada para 50 mil habitantes. Contudo, já em 1950 a 
 Cidade possuía 53 mil habitantes, 
Dentre os principais objetivos do Plano Diretor estão: 
A construção de uma Cidade compacta e miscigenada; 
A construção de corredores exclusivos para o transporte coletivo;
 
A promoção de geração de emprego e renda, fortalecendo as bacias econômicas já implantadas; 
A promoção de uma política habitacional de baixa renda;
Implantação de programas especiais para revitalização, reurbanização e requalificação urbana; 
Incentivar projetos em áreas de interesse social;
Uma modernização administrativa.
Em sue Plano Diretor, a Cidade foi subdividida em macrozonas construídas (Perímetro urbano) e rurais. 
 Na porção rural estão: Capivara, João Leite, São Domingos, Lajeado, Alto Anicus, Alto Dourados e Barreiros.
Macrozonas constuídas e Rurais
Modelo Espacial de Goiânia
1- Áreas Adensáveis, são áreas incentivadas às maiores densidades habitacionais e de atividades econômicas, sustentadas pela rede viária e de transporte; 
2- Áreas de Adensamento Básico, que são áreas de baixa densidade, para os quais será admitida a duplicação dos atuais padrões de densidade;
3 - Áreas de Desaceleração de Densidade, as quais serão dirigidas ações de controle e redução do atual processo de densificação urbana
4 - Áreas Especial de Interesse Social, são áreas que objetivam a promoção prioritária da moradia destinada à população de baixa renda; 
5 - Áreas de Uso Sustentável, são aquelas contíguas as APP’s (Áreas de Preservação Permanente), com restrição de uso e ocupação; 
6 - Áreas de Restrição Aeroportuárias, são áreas próximas ao aeroporto de Goiânia.
Cidade Jardim
O desenho inicial do arquiteto Atílio, era uma cidade com visões contemporâneas, no lado do urbanismo era derivado das experiências haussmanianas (reforma urbana de Paris) e do outro, da sedução das cidades-jardins inglesas e americanas (inspirou-se na cidade francesa de Versalhes). A intervenção de outro arquiteto Armando Augusto de Godoy suavizou o plano original com a criação de um bairro-jardim.
Armando Godoy fascinado pelas cidades-jardim de Howard, resolveu adaptar o projeto de Goiânia já parcialmente implantado, ao sistema inglês da Cidade.
O traçado de Goiânia se estruturou em três pilares: o sistema viário, o zoneamento e a configuração do terreno. Conforme o plano das Cidades francesas, o traçado deveria conter a qualidade mais importante: a funcionalidade.
Goiânia foi assim concebida num sítio sem muita exuberância geográfica, como cadeia de montanhas, acidentes hidrográficos ou topografia mais acidentada. Os rios, córregos e quedas d’água ficaram próximos da Cidade por razões mais funcionais e técnicas do que estéticas. Até as grandes áreas verdes tinham um objetivo maior de salubridade.
Mesmo assim, não pode deixar de reconhecer que as linhas 
 funcionais que foram traçadas para Goiânia foram dispostas 
 com elegância e harmonia. O sistema viário que deveria 
 racionalizar o tráfego não tem desenho rígido nem monótono, 
 pois, entremeado de praças, avenidas ajardinadas, rotatórias, 
 parque e bosques, ganha suavidade.
São no total de 32 parques e bosques implantados pela 
 Prefeitura. A seguir apenas uns exemplos deles:
Praça rotatória com Chafariz
Praça do Parque dos Buritis
Parque Oeste Industrial
Parque Cascavel
Parque Beija-Flor
Infraestrutura na Cidade de Goiânia 
Como foi citado Goiânia foi projetada e planejada para abrigar apenas 50 mil habitantes e devido a esse fato, foi implantada uma infraestrutura inicial básica, porém, que atendia prontamente as necessidades da população;
A infraestrutura de uma Cidade deve ser composta pelos seguintes itens: 
1- Sistema de transportes;
2 - Sistema de distribuição de energia; 
3 - O saneamento ambiental (conjunto de atividades fundamentais que incluem a coleta e o tratamento de esgoto doméstico e residencial e o fornecimento de água tratada) 
4 - serviços de telecomunicações.
Mobilidade (sistema de transportes)
Pode-se exemplificar com:
 Rede Metropolitana de Transporte Coletivo – RMTC: 
266 linhas de ônibus, estruturada por meio de 20 terminais de integração e de centenas de pontos de conexão, distando os locais de integração o máximo 1000 metros de qualquer residência.
A RMTC teoricamente apresenta muitos pontos positivos, sobretudo, a integração do transporte é o que proporciona ao usuário a utilização de várias linhas passando pelos terminais de integração, pagando somente uma passagem.
RMTC
Quanto aos veículos individuais – Segundo o DENATRAN- a quantidade de veículos em circulação em Goiânia cresceu quatro vezes mais do que a população, ou seja, há um carro para cada habitante. 
 Apesar do fluxo da superlativa frota, a malha viária da cidade não 
 sofreu intervenções importantes para suportar o tráfego intenso e 
 caótico, principalmente em horários de picos.
 O poder público tenta diminuir o impacto do excesso de carros 
 por meio de interferências pontuais, como a construção de 
 viadutos e trincheiras.
 Já ciclovias, existem duas importantes em Goiânia uma localizada no canteiro central da Avenida T-63, e a outra no corredor Universitário. Ambas ainda são utilizadas de forma tímida.
Sistema de distribuição de energia
O serviço de fornecimento de energia elétrica é feito pela CELG que atende não só a Cidade de Goiânia como todo o estado de Goiás. Atualmente, não só a Cidade de Goiânia como todo o Estado de Goiás vem sofrendo uma das piores crises de abastecimento de energia elétrica de sua história. 
Desde a sua criação, o Estado sempre fora relegado a segundo plano no desenvolvimento da indústria por diversos motivos. Um deles é a sua localização geográfica, o que dificulta as exportações, e também pela guerra fiscal que por anos beneficiou os estados de economias mais desenvolvidas como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Entretanto um dos principais motivos que reduzem sua capacidade de crescimento atualmente é a restrição quanto ao abastecimento energia elétrica.
Entre 2005 e 2010 - O percentual da população atendida por rede geral de abastecimento de água aumentou de 81,2% para 89,8%.
Também nesses
cinco anos, a coleta de esgoto por rede geral, que estava presente em 32,3% dos municípios em 2005, passou a 39,3% em 2010. Ressalta-se ainda, que as regiões de maior densidade populacional, como no entorno de Brasília e Goiânia, são as campeãs em inundações no Estado.
Têm inúmeros registros de inundações nas Cidades goianas, pois ainda falta planejamento preventivo, bem como, elaboração por parte dos municípios de instrumentos de planejamento, como planos diretores de drenagem urbana e zoneamentos das áreas de riscos, isso possibilitaria a identificação das áreas a serem preservadas e a seleção das que possam ser adquiridas pelo poder público para ser preservadas.
Saneamento Ambiental
Estrutura da Cidade: saúde, educação e segurança
 Na área da SAÚDE, segundo pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiânia dispunha um total de 777 hospitais em 2009, sendo 105 públicos e 672 privados, os quais dispunham no seu conjunto de 4.947 leitos para internação, sendo que quase 3.900 são privados. A Cidade também conta com o atendimento médico ambulatorial em especialidades básicas, atendimento odontológico com dentista e presta serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Porém ainda não é suficiente, a falta de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em Goiânia, está causando transtorno para usuários do Sistema Único de Saúde. 
 Existem projetos para melhoria nessa área, porém ainda não foram inicializados. (Como Exemplo: consórcios intermunicipais de saúde, investir na implantação da Saúde Digital, construção de 21 ambulatórios médicos de especialidades, expandir o investimento nos serviços de diagnósticos)
 Educação - O fator educação do IDH no município atingiu a marca de 0,933 (patamar consideravelmente elevado, em conformidade aos padrões do PNUD) ao passo que a taxa de analfabetismo  indicada pelo último censo demográfico  do IBGE foi de 3,22%. Nota-se que o analfabetismo vem se reduzindo nos últimos 30 anos.
Goiânia tem um sistema de ensino primário e secundário, público e privado, e uma variedade de profissionais de escolas técnicas. 
 Segurança – Quanto à criminalidade e a segurança da Cidade, segundo dados do Ministério da Saúde de 2008, Goiânia é a 17ª cidade brasileira mais violenta do país.
Em 2006, entre as grandes cidades e capitais brasileiras, Goiânia possuía o 17º maior número absoluto de homicídios  (444)
Com base em dados do Ministério da Justiça, pode-se observar que a violência em Goiânia em conjunto com a sua região metropolitana é menor que a média nacional, entretanto tem crescido na mesma proporção que as demais no Brasil nos últimos anos. 
 Crescimento urbanístico populacional
Idealizada e planejada para 50 mil habitantes, três anos após a transferência da sede do governo estadual, que se deu em 1937, a nova capital já contava com 48.166 habitantes e em 1950 rompia-se a barreira da população estimada com 53.389. 
Na década de 1990, Goiânia consolidou-se como o núcleo de uma metrópole, uma metrópole regional, que alcançou uma população com mais de 1,5 milhões de habitantes no ano de 2000. Atualmente, a Capital engloba 1,3 milhões de moradores em seu Município e mais de 2,4 milhões em sua região metropolitana. Como se pode observar no gráfico a seguir.
Crescimento populacional
Curiosidade: Símbolo Maçom
Contorno imaginário de Nossa Senhora Aparecida inscrito no traçado de Goiânia também abre margem para outras interpretações, como a existência de símbolos ligados à Maçonaria
Conclusão
Foi observado que para o entendimento do que foi feito na Urbanização da Cidade de Goiânia, tería que compreender todo o contexto anterior (o planejamento inicial), durante (como se desenvolveu) e depois (no que se tornou) para resultar em uma crítica sensata a lhes apresentar.
Acredita-se que seu problema maior não foi por ter sido planejada apenas para 50 mil habitantes e sim por não terem refeito seu projeto inicial de acordo com o crescimento populacional.
Goiânia atingiu as expectativas de seus idealizadores até certo momento, mas logo após saiu totalmente do seu planejamento inicial tomando outra forma, justamente por falta desse planejamento.
Mesmo dispondo da existência de instrumentos urbanísticos que impunham limites e restrições ao parcelamento do solo, a cidade não cresceu de forma ordenada e harmônica. Pelo contrário. Parte de seus espaços urbanos foram sendo ocupados de forma desordenada  e hoje ela vive um certo caos urbano e convive com problemas comuns às cidades não planejadas.
 Porém ainda com muitos problemas a serem resolvidos, com trânsito caótico, aumento da poluição (que mesmo sendo uma Cidade bem arborizada acaba não compensando), saúde deixando a desejar, desigualdade social, aumentando a cada dia a criminalidade.
 Deve-se ser refeito um planejamento para que tais problemas sejam minimizados, um planejamento de acordo com o crescimento populacional.
Obrigado

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