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A importância do código de ética

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A IMPORTÂNCIA Do código de ética, lei 8662/93 PARA A CONSTRUÇÃO DO projeto ético-politico profissional DO ASSISTENTE SOCIAL
o código de ética, lei 8662/93
A sociedade brasileira sofreu enormes transformações sociais que desencadearam mudanças na profissão do Assistente social a partir das renovações no código de Ética profissional destes profissionais.
No ano de 1993, com a promulgação da Lei 8662/93, revogando aspectos considerados ultrapassados nos códigos de Éticas dos anos anteriores, houve no cenário social revisões importantes nos espectivos códigos, favorecendo o crescimento do ideal de ética profissional.
Necessário se faz antes de se discutir aspectos notórios do ano de 1993, retornar aos anos 80. Assim, no ano 1980, com as profundas modificações no cenário social brasileiro, e com as renovações ocasionadas na estrutura dos cursos de Serviço social, principalmene com as mudanças na práticas e nas reflexões teóricas que aconteceram no campo da profissão do assistente social, houve um enorme enorme crescimento da cientificidade da profissão.
Já em 1991, com a preocupação dos conselhos Regionais, Estaduais e Federais dos Assistentes sociais no Brasil, após inúmeras críticas ao Código de Ética de 1986, visualizou-se neste cenário as reformulações no que se refere aos valores fundamentais, principalmente a liberdade e a justica social.
Assim, houve uma reformulação no código de Ética de 1986, reafirmando valores essenciais, conforme descritos a seguir:
Defesa instranzigente dos direitos humanos; ampliação da cidadania; liberdade individual; ampliação da cidadania; democracia; equidade e justiça social; eliminação de qualquer forma de preconceito; garantia de pluralismo; opção por um projeto profissional voltado para uma nova ordem profissional; articulação com outras categorias; qualidade de serviços prestados e, livrre de discriminação ( UNOPAR, 2009, pág. 56).
Tais princípios sociais enriquecidos por valores incorporados pelas novas concepções dos novas ideologias que incorporaram no cenário social da profissão, não podem ser vistos de forma separadas, mas acima de tudo, a partir da visão de conjunto. Assim, os princípios aqui listados acima, representam o novo cenário ideológico que deverá ser incorporado pelos profissionais assistentes sociais deste país, se tornando um novo modelo de concepção da profissão.
Todavia, as mudanças oriundas da nova incorporação da Lei 8.286/93, incorpora de forma definitiva a consciência política destes profissionais, e ativa neste campo profissional uma nova postura da profissão mediante a sociedade, seus usuários e os gestores públicos, que até então incorporam uma gestão focalizada no tradicionalismo político. Tal tradicionalismo se comunga com o conservadorismo eleitoral que articulada com a omissão de muitos profissionais, favoreciam o clientelismo eleitoral e o favorecimento político dos gestores municipais, estaduais e federais.
O PROJETO ÉTICO-POLÍTICO PROFISSIONAL
O Projeto ético-político profissional desta categoria é conflitante e ao mesmo tempo desafiador. A própria palavra ética na sua essência, já normatiza os valores essenciais à vida social deste profissionais e acima de tudo no tocante á sua postura enquanto agente social da transformação deste país.
UNOPAR (2008) nos mostra um exemplo que pode caracterizar a discussão em torno da concepção da ética em nosso meio, conforme segue abaixo:
(...) você passa por um mercado e vê uma pessoa roubando algum alimento, você sabe que roubar segundo a lei é um crime, mas também conhece a situação de pauperidade em que vive a pessoa e que se ela não tivesse roubado o alimento passaria fome. O que você faz? Denuncia ou não?
Aqui se manifesta o nosso lado moral, que se distingue da ética. Neste exemplo pode-se perceber de forma clara nossos valores morais se mostrando. Quando passamos a refletir a atitude da pessoa que roubou o alimento para não morrer de fome, logo pensamos em valores como justiça ou injustiça, generosidade, bondade e tantos outros. Assim, nossa forma de enxergar as coisas a partir do julgamento ativa em nós a nossa concepção moral das coisas.
Mas o que tal discussão tem a ver com o projeto ético-político profissional dos Assistentes sociais? Bem, os valores morais carregam as concepções humanas instrinsecas em cada indivíduo que de qualquer forma executa seus serviços sociais em várias partes deste país. A cultura do individualismo e da competitividade perpassa as esferas municipais, estaduais e federais onde cada assistente social está inserido. Os valores morais conduzem nossa ação ética e ajuda de forma contundente a visualização social das camadas mais sofridas e excluidas deste país, que contrariando o capitalismo selvagem efetuam ações humanas todas amparadas ou não pela concepção moral presente em cada profissional.
As relações sociais estabelecidas no campo do serviço social podem ser melhores efetivadas a partir da concepção humana de que a liberdade do profissional está firmada na ética, principalmente quando esses valores partem de dentro, do íntimo do profissional para as ações humanas na sociedade.
Assim, o código de ética ajuda a refletir tais valores. Primeiro, que o exercício profissional, necessita de forma clara, precisa e visível de uma conduta moral que venha normatizar estas profissionais, pois a necessidade é clara de que a efetividade das ações não estão apenas nas boas intenções de cada profissional, mas nas ações práticas que podem ou não prejudicar a ação social destes agentes. Segundo que, o código de ética vem sistematizar a expressão da identidade da profissão, visualizando valores essenciais ao exercício profissional. E por último, enfatiza as razões essencial da profissão, suas demandas e o foco da sua atuação, priorizando em detrimento do capital, os direitos humanos tão essenciais a vida das pessoas.
Um outro enfoque é dado a esta discussão, a partir da concepção de que o Projeto ético-político profissional faz uma leitura crítica da postura do sistema capitalista, como afirma UNOPAR (2008):
(...) O Projeto ético-político profissional trata-se mais de um texto informativo do que dissertativo; nesse sentido, trata-se de uma projeção de interesses particulares de determinados grupos sociais frente ao posicionamento diante da ordem social; portanto, uma posição coletiva que pressupõe a construção de uma nova ordem societária sem denominação e/ou exploração de classe, etnia e gênero, esse é o projeto ético político adotado pela profissão, embora não seja hegemônico ( p. 27).
Este projeto ético profissional articula nacionalmente valores fundamentais ao exercício da profissão. Valores esses, que não podem estar distanciados da prática profisional, ou seja, a liberdade se torna neste espaço, o mecanismo essencial da luta por uma profissão que possa na sociedade objetivar entre seus usuários a vivência plena deste princípio, como enfatiza: “ O projeto ético político tem como núcleo o reconhecimento da liberdade como valor central, liberdade essa concebida historicamente” (UNOPAR, 2008, p. 28).
Outras visualizações em torno do Projeto ético político se materializam nas discussões como: a produção do conhecimento; a dimensão político-organizativa e a dimensão jurídica da profissão.
Necessariamente tais dimensões articulam valores fundamentais ao reconhecimento da profissão enquanto possibilidade de transformação social e não a sua reprodução. Inicialmente se torna importante a visualização da produção do conhecimento enquanto reflexão da postura profissional articulada com a concepção de investigação social do profissional que culmina na produção científica do fazer profissional. Enquanto a dimensão político-organizativa direciona sua visão pela constituição dos conselhos Estaduais , regionais e federais da profissão, articulando, organizando e normatizando a profissão dentro do cenário brasileiro, bem como fomentando bases de pesquisas e articulação de novas metodologias para a iserção no cenário social, conflitante e repletos de mazelas sociaisnecessárias de intervenções. Por último articula-se a concepção da dimensão jurídica-política, que enumera Leis, decretos que amparam a profissão juridicamente e regulamenta a ação deste profissional, conforme enumera a UNOPAR (2008, p. 28):
(...) a Lei 8.662/93 que regulamenta a profissão; o código de ética; as novas diretrizes curriculares; a constituição federal de 1998, bem como os demais instrumentos viabilizadores dos direitos via políticas sociais: ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente; Estatuto do Idoso; Política Nacional do Idoso; Lei Maria da Penha; Lei orgânica da Assistência social; Lei Orgânica da Saúde;código Civil, entre outros.
No entanto, o projeto ético-político profissional representa o posicionamento crítico, responsável e acima de tudo de transformação social deste profissionais imbuidos de uma vontade social de mudanças nas relações entre o capital e o trabalho.
Todavia, que tal posicionamento não deve necessariamente se ater somente no campo da atuação social, mas contribuir com a preocupação na qualidade do serviço, no atendimento a seus usuários e na abrangência das políticas públicas, bem como sua efetivação social.
Também, este projeto ético-político deve ter visão ampla do direcionamento das políticas públicas, de suas propostas e públicos contemplados. Assim, necessário se faz que estes profisisonais tenham a capacidade de observar a natureza das políticas públicas e na sua atuação profisional, conceber possibilidades de intervir com uma contra proposta, quando as já implantadas não for condizente com a realidade observada.
As propostas das políticas públicas ora implantadas no cenário nacional, na sua totalidade demonstram preocupação com o social. Porém, muitas delas efetivam o assistencialismo entre seus usuários, necessitando de uma intervenção primaz do profissional, efetivando a possibilidade da criação coletiva e da sententabilidade de seus usuários por meio das políticas públicas. Assim, o projeto ético-político profissional articula a ideologia no campo da profissão de não aceitar meramente as políticas públicas como prontas e acabadas, mas como início de uma possibilidade de muanças sociais em determinados cenários.
Para esclarecer o que foi dito acima, Unopar (2008, p. 136) afirma que:
A competência faz o profissional atender tanto a necessidade da população/clientela, como dele próprio, em seus propósitos como profissional, a partir da análise da realidade, não deixando de levar em conta a natureza do organizmo em que se encontra inserido como elemento funcional. Competência que é o ingrediente básico da legitimidade e que transcende a visão de simplismente corrresponder a parâmetros pré-estabelecidos institucionalmente.
Pode-se afirmar que toda profissão carrega a missão de ir na contramão da reprodução social. O ideal de cada profissional, aliado as formulações de seus códigos de ética, é a luta pela transformação social e não pela sual perpetuação. A competência profissional se articula nas ações práticas transformadoras que são impulsionadas na luta pelas mudanças sociais oriundas das bases contrárias ao capitalismo selvagem.
Contudo, o Proejto ético-político profissional visualiza como objetivo, dentre tantos outros a luta pela ampliação dos direitos sociais de seus usuários. Assim, tais direitos serão amplamente atingidos com a luta de cada profissional no campo da articulação contrária ao sistema social vigente, que separa ricos de pobres, negros de brancos, discrimina etnias, crenças, sexualidade. Portanto, o projeto ético, passa pela urgente necessidade de articulações coerentes entre o fazer metodológico e a ação prática desses profissionais enquanto agentes da transformação social, e não sua reprodução ou perpetuação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mas quais seriam realmente a importância que teve o Código de Ética de 1993, para a cosntrução do projeto ético político para o serviço social? Primeiramente, é necessário enfatizar que o Projeto ético-político é um marco na história do serviço social, haja vista que tal implementação neste campo do trabalho, insere-se numa nova ótica dada tanto aos profissionais, quanto sua postura ética e o atendimento à sua clientela.
Acredita-se que com o código de ética, especificamente aqui discutido o de 1993, valores e princípios como liberdade, aumento da cidadania, efetivação das práticas de democracia, discriminação, defesa dos direitos humanos, eliminação das formas de preconceitos, valorização humana e equidade e justiça social, fizeram a profissão fundamentar seu foco com maior atenção aos direitos essenciais à vida plena de seus usuários.
Com a ascenção desses valores fundamentados na necessidade de uma maior atuação profissional nos campos que atingem diretamente a dignidade de seus usuários, estes profissionais visualizaram o código de ética como fundamento essencial à prática profissional e amparados pelos princípios e valores que norteam tal código, recebem da sociedade os aplausos, vindos principalmente das camadas mais afetadas, e no entanto, os maiores beneficiados pela atual profissional.
Neste cenário cheio de conflitos sociais em que o profissional do serviço social atual, se já no campo público municipal, estadual ou federal, seja no contexto da esfera privada, deve agir com posicionamento ético, conforme preconiza o código de ética de 1993. Todavia, que nestes campos, especialmente o público, estes profissionais devem ter ações com fundamento de educador político. Educador político voltado para o trabalho de formação da personalidade política na articulação de saberes essenciais à convivência coletiva e na auto sustentabilidade de seus usuários, ajudando-os a tornarem independentes politicamente.
O código de ética de 1993, ajudou de forma decisiva para a construção do Projeto ético-político profissional do serviço social de forma que no atual contexto muda-se a figura deste profissional enquanto meramente assistencialista, mas acima de tudo, um profissional que se coloca contrário ao discurso fatalista dos donos do saber, dos controladores do capital.
Contudo, tais discussões em torno do Código de ética de 1993 e da construção do Projeto ético político profissional do serviço social, favorece aos assistentes sociais a consciência de sua ação enquanto mediadores de conflritos sociais em meio às questões sociaisl. Todavia, é tarefa destes profissionais amparadas nas discussões e implementações co código de ética profissional se atentarem para a socialização das informações, possibilitar aos seus usuários o poder de voz e vez nas decisões da coisa pública, possibilitando a estes, a oportunidade de gerir aquilo que de fato é parte integrante

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