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‘ A n á li s e d o A m b ie n te ANÁLISE DO AMBIENTE Avaliação do Ambiente Operacional ou de Tarefas Prof. Adm. Dr. RENATO VIEIRA RIBEIRO Administração Estratégica ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 2 Introdução É o ambiente de interação mais próximo à organização, constituído por clientes, fornecedores, concorrentes, produtos e serviços substitutos. A diferença do macroambiente é que a organização tem maior poder de influenciar. ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 3 Certo definiu o ambiente operacional como externo à organização, composto de setores com implicações específicas e relativamente imediatas na administração da organização. O foco do ambiente operacional é o mercado em que a empresa está inserida. ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 4 Ambiente de Tarefa ou Operacional Consumidores Fornecedores de recursos Os Concorrentes Mão de obra Componente internacional Os Substitutos (Grupos Reguladores) Empresa Concorrentes S u b s titu to s ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 5 Principais Componentes Componente Cliente: Reflete as características e o comportamento daqqueles que compram produtos e serviços fornecidos pela organização. Componente concorrência: Consiste no que a organização de que combater para conseguir recursos. ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 6 Componente Mão de obra: É composto de fatores que influenciam a disponibilidade de mão de obra para realizar as tarefas organizacionais necessárias. Componente Fornecedor: Inclui todas as varáveis relacionadas aos que fornecem recursos para a organização. Componente Internacional: Compreende todas as implicações internacionais das operações organizacionais. Principais Componentes ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 7 Técnicas para mapear o ambiente operacional 1. Análise estrutural da indústria (modelo das cinco forças de Porter) 2. Análise do ciclo de vida do setor; 3. Análise do tamanho e crescimento do mercado; 4. Análise da atratividade do setor; 5. Análise estratégica da concorrência ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 8 Análise Estrutural da Indústria FORNECEDORES ENTRANTES POTENCIAIS COMPRADORES SUBSTITUTOS Concorrentes na indústria Rivalidade entre as empresas existentes Poder de negociação dos compradores Ameaça de produtos ou serviços substitutos Poder de negociação dos fornecedores Ameaças de novos concorrentes ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 9 Novos entrantes potenciais – necessidades de capital e economia. Poder de barganha dos compradores – clientes informados tornam-se mais poderosos (promoção). Poder de barganha dor fornecedores – concentração de fornecedores e disponibilidade de fornecedores substitutos. Ameaça dos produtos substitutos – poder das alternativas e dos substitutos de um produto de uma empresa pode ser afetado com mudanças de custos e tendências. Rivalidade entre concorrentes – As disputas e jogadas para conseguir uma posição são chamadas por Porter de “artimanhas de promoção”. Cinco Forças Competitivas ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 10 Novos Entrantes Potenciais Se um determinado mercado é atrativo e não existem barreiras significativas, corre-se o risco de entrada de novos competidores a qualquer momento. A ameaça de entrada pode ser considerada em função de diversos fatores, como: Economia de escala; Diferenciação dos produtos Necessidade de capital; Custos de mudança; Acesso aos canais de distribuição; Desvantagens de custos independentes de escala e reação dos concorrentes existentes (ou retaliação prevista). ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 11 Rivalidade entre os Concorrentes Existentes Esta força, segundo Porter, manifesta-se geralmente da forma de concorrência de preços, batalhas de publicidade ou freqüente introdução de produtos. A intensidade varia segundo a ocorrência dos fatores: Concorrentes numerosos ou competição equilibrada; Crescimento da indústria; Custos fixos ou de armazenagem altos; Ausência de diferenciação ou custo de mudança; Capacidade aumentada em grandes incrementos; Concorrentes divergentes; Barreiras de saída elevadas. ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 12 Retornos estáveis baixos Retornos arriscados baixos Retornos estáveis altos Retornos arriscados altos Barreiras de entrada Barreiras de saída Baixas Baixas Altas Altas Barreiras de Entrada versus Barreiras de Saída Fonte: Porter, 1986. ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 13 Pressão dos Produtos Substitutos Produtos substitutos são um risco porque impõe um limite para os preços e demandam mais vantagens ao portfólio da indústria. A discussão dos substitutos resume-se em: Quantidade de produtos substitutos; Preço dos produtos substitutos; Ação coletiva da indústria para promover seus produtos/serviços; Lucratividade/crescimento das empresas nas indústrias de produtos substitutos. ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 14 Poder de Negociação dos Fornecedores Os fornecedores pressionam a rentabilidade de um setor à medida que podem aumentar seus preços e reduzir a qualidade de seus produtos. De um modo geral, um grupo de fornecedores é poderoso se: É dominado por poucas companhias e é mais concentrado que a indústria para qual vende; Não está obrigado a lutar com outros produtos substitutos para vender para a indústria; A indústria não é um cliente importante para ele; A produção dos fornecedores é um insumo importante para o negócio do comprador; Os produtos que compram da indústria são diferenciados ou há custos de mudança; Existe ameaça de integração futuramente. ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 15 Análise Estrutural e Estratégia Competitiva O objetivo do diagnóstico das 5 Forças Competitivas de Porter é criar uma posição defensável – ou vantagem competitiva – para a empresa dentro da indústria. Esse objetivo pode ser desdobrado em: Posicionar a empresa de modo que suas capacidades proporcionem a melhor defesa; Influenciar o equilíbrio através de movimentos estratégicos (e melhorar assim a posição da empresa); Antecipar as mudanças nos fatores básicos das forças e responder a elas antes dos rivais. ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 16 Análise do Ciclo de Vida do Setor A idéia do ciclo de vida para diferentes setores sugere que toda indústria obedece a um ciclo composto de quatro etapas: introdução; Crescimento; maturidade e declínio. I II III IV ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 17 Estágio do Ciclo de Vida dos Setores Compradores e comportamento Compradores de alta renda. Inércia do comprador. Compradores devem serconvencidos a testar o produto. Ampliação do grupo de compradores. Consumidor vai aceitar a qualidade irregular. Mercado de massa. Saturação. Repetição de compra. A regra é escolher entre as marcas. Clientes são compradores sofisticados do produto. Produtos e mudanças nos produtos Qualidade inferior. Projeto do produto é a chave para o desenvolvimento. Muitas variações diferentes no produto, sem padronização. Produtos têm diferenciação técnica e de desempenho. Confiabilidade é básica para produtos complexos. Aperfeiçoamento competitivo no produto. Boa qualidade. Qualidade superior. Menor diferenciação técnica de desempenho. Confiabilidade é básica para produtos complexos. Aperfeiçoamento competitivo do produto. Boa qualidade. Pequena diferenciação do produto. Qualidade irregular do produto. ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 18 Marketing Publicidade / Vendas (P/V) muito altas. Melhor estratégia de preços. Altos custos de marketing. Muita publicidade, mas porcentagem de vendas mais baixa do que da introdução. Maior promoção. Publicidade e distribuição são básicas para produtos não técnicos. Segmentação do mercado. Esforços para ampliar o ciclo de vida. Linha ampla. Predominam os serviços e os negócios. Embalagem importante. Concorrente de publicidade. P/V mais alta. P/V e outro tipo de publicidade mais baixos. Fabricação e distribuição Supercapacidade. Lotes de produção pequenos. Alto conteúdo de mão-de-obra especializada. Altos custos de produção. Canais especializados. Sub capacidade. Mudança para a produção em massa. Luta para a distribuição. Canais de massa. Capacidade entre ótima/saturada. Crescente estabilidade do processo de fabricação. Mão-de-obra menos especializada. Grandes lotes de produção com técnicas estáveis. Canais de distribuição reduzem suas linhas para melhorar suas margens. Supercapacidade de substancial produção em massa. Canais de produtos especiais. Estágio do Ciclo de Vida dos Setores (cont.) ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 19 Introdução Crescimento Maturidade Declínio 1. Possibilidade de entrada de concorrentes. 2. Rivalidade entre as empresas do ramo. 3. Ameaça de produtos substitutos. 4. Poder de negociação dos compradores. 5. Poder de negociação dos fornecedores. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Gráfico do Ciclo de Vida dos Setores ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 20 Análise do Tamanho e do Crescimento do Mercado Participação de mercado = Nosso faturamento Estimativa de mercado ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 21 Análise de Atratividade do Setor Identificar os fatores externos críticos que impactam a atratividade do negócio; Avaliar o grau de atratividade de cada um dos fatores identificados, tanto para o presente como para o futuro; Extrair dessa análise as oportunidades e ameaças associadas ao negócio. ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 22 Os fatores externos críticos são classificados em: Fatores, de mercado: tamanho e taxa de crescimento de mercado, diferenciação de produtos, sensibilidade de preços, ciclos econômicos, sazonalidade, mercados cativos, rentabilidade da indústria; Fatores competitivos: intensidade competitiva, grau de concentração, barreiras para entrada no mercado, barreiras de saída, volatilidade das ações, grau de integração, existência de substitutos, utilização da capacidade de produção; Fatores econômicos e governamentais: inflação, comércio exterior e valor do câmbio, nível salarial, suprimento de matéria-prima e mão-de-obra, legislação, regulação do mercado, taxação de impostos, apoio governamental. Fatores tecnológicos: maturidade e volatilidade, complexidade do projeto, patentes, exigências de P&D de produtos e de processos; Fatores sociais: impactos ecológicos, ética do trabalho, proteção ao consumidor, demografia, sindicalização e interculturalidade. Análise de Atratividade do Setor (cont.) ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 23 Análise Estratégica da Concorrência A análise da concorrência procura não somente olhar para as forças genéricas e abstratas de um setor mas, para cada concorrente que atua no setor Portanto, há diversos níveis de concorrentes, desde a concorrência ampla, que disputa os mesmos desejos e necessidades do consumidor, até a concorrência imediata, daquelas empresas com produtos e serviços extremamente próximos, disputando os mesmos clientes nos mesmos mercados ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 24 Análise Estratégica da Concorrência (cont.) A. Níveis de concorrentes: concorrência de marca: os concorrentes oferecem produtos e serviços similares aos mesmos consumidores, a preços semelhantes; concorrência industrial: todas as empresas que fabricam o mesmo produto ou classe de produtos; concorrência de forma: todas as empresas que fabricam produtos que prestam o mesmo serviço; concorrência em geral ou de desejo: todas as empresas que concorrem pelo mesmo dinheiro do consumidor. ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 25 Níveis de Concorrência – Indústria de Bombons Qual desejo quero satisfazer? O que comer? Qual tipo de doce? Qual marca eu quero? Concorrentes em geral ou de desejo Concorrentes de forma Concorrentes industriais Concorrente de marca •Socialização •Exercício •Comida •Batatas fritas •Doces •Refrigerantes •Barra de chocolate •Bombom •Dropes •Lacta •Nestlé •Garoto Fonte: FERNANDES e BERTON, Administração estratégica, S. Paulo, 2005, Saraiva Análise Estratégica da Concorrência (cont.) ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 26 B. Fatores – chave de Sucesso (FCS): São os elementos essenciais para o sucesso competitivo em um determinado setor. Exemplos de FCS: consciência da marca; força de vendas; liderança, tecnologia; rapidez; tradição; preço; confiabilidade; atendimento; especialização e escala. Em cada negócio, existem alguns (poucos) pontos em que a disputa é travada realmente, e as empresas de melhor desempenho nesses fatores serão as mais bem-sucedidas no setor. Análise Estratégica da Concorrência (cont.) ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 27 A idéia de FCS pode ser utilizada para comparar o desempenho de concorrentes. Para tanto, os seguintes passos devem ser seguidos: 1. Identificar os principais atributos que os consumidores valorizam; 2. Avaliar as classificações de importância do consumidor em diferentes atributos; 3. Avaliar os desempenhos dos concorrentes sobre esses diferentes atributos 4. Monitorar a mudança de importância dos atributos no decorrer do tempo. Análise Estratégica da Concorrência (cont.) ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 28Análise Estratégica da Concorrência (cont.) Concorrente C Concorrente B Concorrente A Atendimento Preço Escala de Produção Empresa Fonte: FERNANDES e BERTON, Administração estratégica, S. Paulo, 2005, Saraiva ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 29 4 4 5 3 3 4 3 3 4 5 2 5 Compaq Epson HP Inovação Durabilidade Preço Força da Marca Notas: 5 – excelente; 4 – bom; 3 – médio; 2 – fraco; 1 – muito fraco. Exemplo - A fabricação de impressoras para computadores, considerando como FCS: escala de produção, inovação, preço e durabilidade. A análise da tabela revela as “brechas” do setor ou, em outras palavras, que tipo de atributo uma empresa pode enfatizar ao desenhar uma nova estratégia. Análise Estratégica da Concorrência (cont.) ‘ A n á li s e d o A m b ie n te 30 C. Grupos Estratégicos Concorrentes: Podem ser definidos como grupos de empresas concorrentes que disputam o mercado com base nos fatores-chave de sucesso: Exemplos: Coca-Cola e Pepsi; Volkswagen, Fiat e Ford; Embratel e Intelig; Pão de Açúcar e Carrefour. Análise Estratégica da Concorrência (cont.) O resumo dessa análise é que a empresa deve monitorar, especialmente, os concorrentes pertencentes ao mesmo grupo estratégico que o seu.
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