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TRABALHO DE TRIBUTARIO

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TRABALHO DE TRIBUTARIO
SE MEDIDA PROVISORIA PODE SER UTILIZADA PARA INSTITUIR OU MAJORAR TRIBUTOS.
A doutrina majoritária sustenta a inconstitucionalidade da instituição e majoração de tributos através da Medida Provisória, tendo em vista que o caráter precário, efêmero, de eficácia imediata deste instrumento normativo é contrário ao princípio da anterioridade que caracteriza a norma tributária, bem como fere o princípio da estrita legalidade tributária que prevê que os tributos só podem ser instituídos ou majorados através de lei e, finalmente, afrontam o princípio da não surpresa ou da segurança jurídica que protege o contribuinte de ser surpreendido por alguma norma. 
Alguns doutrinadores chegavam a admitir a Medida Provisória para instituir empréstimos compulsórios em caso de guerra ou calamidade pública, e impostos extraordinários de guerra que não precisavam atender ao princípio da anterioridade. No entanto, o legislador constituinte já dispôs sobre as circunstâncias de relevância e urgência em matéria tributária, prevendo de forma específica outros procedimentos que não a Medida Provisória. Portanto, nenhum tributo poderia ser instituído ou majorado por Medida Provisória.
EXCEÇÕES DOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE ANTERIORIDADE ANUAL E NOVENTENA DOS TRIBUTOS FEDERAIS MUNICIPAIS E ESTADUAIS.
Princípio da Anterioridade
Exceções a este princípio são os seguintes tributos: II, IE, IPI, IOF, Empréstimo Compulsório (tipo guerra externa ou calamidade pública), Contribuição Social, CIDE Combustíveis, ICMS Monofásico, Contribuição Residual e Imposto Guerra Externa.
Respeitam esse princípio os seguintes tributos: IR, IPVA, IPTU, Empréstimo Compulsório (investimento público de caráter urgente) e Imposto Residual.
Princípio da Nonagésima (ou Mitigada)
Exceções à este princípio são os seguintes tributos: II, IE, IOF, IR, Empréstimo Compulsório (tipo guerra externa ou calamidade pública), e Imposto Guerra Externa.
Respeitam esse princípio os seguintes tributos: IPI, Empréstimo Compulsório (investimento público de caráter urgente) Contribuição Social, CIDE Combustíveis, ICMS Monofásico, Contribuição Residual.
Princípio da Legalidade
Exceções à este princípio são os seguintes tributos: II*, IE*, IPI*, IOF*, Contribuição Social, CIDE Combustíveis*, ICMS Monofásico*
Respeitam esse princípio os seguintes tributos: IR, IPVA, IPTU e Imposto Guerra Externo;
Para majorar ou reduzir tributo: altera a alíquota por ato executivo nos limites da Lei.
PRINCIPIOS DA ISONOMIA E IRRETROATIVIDADE
O PRINCÍPIO DA ISONOMIA
O princípio da isonomia ou da igualdade aparece no texto constitucional de forma genérica e de forma específica para o direito tributário.
O princípio da igualdade, de forma genérica, está prescrito no caput do art. 5º da CF nos seguintes termos:
"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes":
O PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
No que tange ao princípio da irretroatividade, prescreve o art. 150, III a da CF que é vedado:
III – cobrar tributos:
"em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentados”.
Esse princípio é o da prévia definição legal do fato gerador da obrigação tributária.
Em uma interpretação literal, esse princípio seria de todo dispensável, pois é elementarmente sabido não há como falar em ocorrência do fato gerador sem que a norma instituidora do tributo estivesse em vigor. O princípio da legalidade tributária, por si só, já impede a cobrança de tributo, sem que antes estivesse em vigor a lei criadora ou majoradora do tributo.
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO E NAO LIMITAÇÃO AO TRAFEGO DE PESSOAS E COISAS
O princípio da não limitação ao tráfego de bens e pessoas (também conhecido como princípio da ilimitabilidade ao tráfego), em Direito Tributário, estabelece que o trânsito de pessoas e bens, entre Municípios, Estados e o Distrito Federal, não pode ser impedido por decorrência da imposição de um tributo. Desta forma, o tráfego entre estas unidades da federação não será fato gerador de qualquer tributo. Possui seu fundamento legal na Constituição, art. 150, V, cuja redação segue abaixo:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvado a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
Como se pode ver pela leitura do referido dispositivo, há a ressalva constitucional da cobrança de pedágios em vias públicas. A doutrina diverge a respeito da natureza jurídica do pedágio – alguns autores o descreve como preço público e há os que defendam a sua natureza tributária, classificando-o como tarifa. Caso o pedágio em questão tenha características tributárias, deve obedecer a todos os princípios tributários inerentes às outras exações.
IMUNIDADE GERAL, RECIPROCA E CONDICIONADA.
Imunidades se dividem em: imunidades genéricas e imunidades específicas.
 
As imunidades genéricas são aquelas que afastam todos e quaisquer impostos: federais, estaduais, municipais. (art.150, inciso VI, da CF)
 Tipos de Imunidades genéricas:
Imunidade recíproca
Imunidade religiosa
Imunidade condicional
Imunidade de imprensa
 
A imunidade recíproca veda a cobrança de impostos entre os entes políticos e tem como principal papel preservar o pacto federativo, de modo que União não pode cobrar impostos dos Estados; os Estados não podem cobrar dos Municípios; os Municípios não podem cobrar da União, e vice-versa. Essa imunidade é extensiva as autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
	A imunidade condicional é aquela que se relaciona com o pluralismo político, a liberdade de associação, e inclusive a ordem social. Dessa forma, afasta a incidência dos impostos dos partidos políticos, sindicatos, entidades de assistência social e assistência educacional sem fins lucrativos

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