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Ortografia.Flexão nominal e verbal.Pronomes... emprego, formas de tratamento e colocação. Empregos de tempos e modos verbais.Vozes do verbo.Concordância nominal e verbal.Acentuação gráfica e Pontuação

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Ortografia
Ao escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou de j, deve-se procurar a origem dela, pois, na Língua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deveremos escrever a palavra derivada.
Ç
01) Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de infinitivo - r - do verbo).
Portanto deve-se procurar a origem da palavra terminada em -ção. Por exemplo: Donde provém a palavra conjunção? Resposta: provém de conjunto. Por isso, escrevemo-la com ç.
Exemplos:
• erudito = erudição
• exceto = exceção
• setor = seção
• intuitivo = intuição
• redator = redação
• ereto = ereção
• educar - r + ção = educação
• exportar - r + ção = exportação
• repartir - r + ção = repartição
02) Escreveremos com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter.
Exemplos:
• manter = manutenção
• reter = retenção
• deter = detenção
• conter = contenção
03) Escreveremos com -çar os verbos derivados de substantivos terminados em -ce.
Exemplos:
• alcance = alcançar
• lance = lançar
S
01) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e -ndir
Exemplos:
• pretender = pretensão
• defender = defesa, defensivo
• despender = despesa
• compreender = compreensão
• fundir = fusão
• expandir = expansão
02) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir.
Exemplos:
• perverter = perversão
• converter = conversão
• reverter = reversão
• divertir = diversão
• aspergir = aspersão
• imergir = imersão
03) Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas de verbos terminados em -correr.
Exemplos:
• expelir = expulsão
• impelir = impulso
• compelir = compulsório
• concorrer = concurso
• discorrer = discurso
• percorrer = percurso
04) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção de gozo.
Exemplos:
• gostosa
• glamorosa
• saboroso
• horroroso
05) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize.
Exemplos:
• fase
• crase
• tese
• osmose
06) Escreveremos com -s- as palavras femininas terminadas em -isa.
Exemplos:
• poetisa
• profetisa
• Heloísa
• Marisa
07) Escreveremos com -s- toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar.
Exemplos:
• Eu pus
• Ele quis
• Nós usamos
• Eles quiseram
• Quando nós quisermos
• Se eles usassem
Ç ou S?
Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando houver som de s, e escreveremos com -s-, quando houver som de z.
Exemplos:
• eleição
• traição
• Neusa
• coisa
S ou Z?
01 a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -ês e -esa que indicarem nacionalidades, títulos ou nomes próprios.
Exemplos:
• português
• norueguesa
• marquês
• duquesa
• Inês
• Teresa
b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos, ou seja, palavras que indicam a existência de uma qualidade.
Exemplos:
• embriaguez
• limpeza
• lucidez
• nobreza
• acidez
• pobreza
02 a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o -s-.
Exemplos:
• análise = analisar
• pesquisa = pesquisar
• paralisia = paralisar
b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva não possuir -s-.
Exemplos:
• economia = economizar
• terror = aterrorizar
• frágil = fragilizar
Cuidado:
• catequese = catequizar
• síntese = sintetizar
• hipnose = hipnotizar
• batismo = batizar
03 a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em -sinho e -sito, quando a palavra primitiva já possuir o -s- no final do radical.
Exemplos:
• casinha
• asinha
• portuguesinho
• camponesinha
• Teresinha
• Inesita
b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- no final do radical.
Exemplos:
• mulherzinha
• arvorezinha
• alemãozinho
• aviãozinho
• pincelzinho
• corzinha
SS
01) Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder.
Exemplos:
• anteceder = antecessor
• exceder = excesso
• conceder = concessão
02) Escreveremos com -press- as palavras derivadas de verbos terminados em -primir.
Exemplos:
• imprimir = impressão
• comprimir = compressa
• deprimir = depressivo
03) Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em -gredir.
Exemplos:
• agredir = agressão
• progredir = progresso
• transgredir = transgressor
04) Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados em -meter.
Exemplos:
• comprometer = compromisso
• intrometer = intromissão
• prometer = promessa
• remeter = remessa
ÇS ou SS
Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos:
01) Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir.
Exemplo:
• curtir - r + ção = curtição
02) Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for consoante.
Exemplo:
• divertir - tir + são = diversão
03) Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal.
Exemplo:
• discutir - tir + ssão = discussão
J
01) Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos verbos terminados em -jar.
Exemplos:
• trajar = traje, eu trajei.
• encorajar = que eles encorajem
• viajar = que eles viajem
02) Escreveremos com -j- as palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja.
Exemplos:
• loja = lojista
• gorja = gorjeta
• canja = canjica
03) Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi, africana ou popular.
Exemplos:
• jeca
• jibóia
• jiló
• pajé
G
01) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.
Exemplos:
• pedágio
• colégio
• sacrilégio
• prestígio
• relógio
• refúgio
02) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -gem, com exceção de pajem, lambujem e a conjugação dos verbos terminados em -jar.
Exemplos:
• a viagem
• a coragem
• a personagem
• a vernissagem
• a ferrugem
• a penugem
X
01) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-, com exceção de mecha.
Exemplos:
• mexilhão
• mexer
• mexerica
• México
• mexerico
• mexido
02) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra enchova.
Exemplos:
• enxada
• enxerto
• enxerido
• enxurrada
mas:
• cheio = encher, enchente
• charco = encharcar
• chiqueiro = enchiqueirar
03) Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de recauchutar e guache.
Exemplos:
• ameixa
• deixar
• queixa
• feixe
• peixe
• gueixa
UIR e OER
Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com -i-.
Exemplos:
• tu possuis
• ele possui
• tu constróis
• ele constrói
• tu móis
• ele mói
• tu róis
• ele rói
UAR e OAR
Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritasom -e-.
Exemplos:
• Que eu efetue
• Que tu efetues
• Que ele atenue
• Que nós atenuemos
• Que vós entoeis
• Que eles entoem
O que representa as flexões verbais
As flexões verbais são expressas por meio dos tempos, modo e pessoa da seguinte forma:
- O tempo indica o momento em que ocorre o processo verbal.
- O modo indica a atitude do falante (dúvida, certeza, impossibilidade, pedido, imposição, etc.) 
- A pessoa marca na forma do verbo a pessoa gramatical do sujeito.
Tempos
Há tempos do presente, do passado ( pretérito ) e do futuro.
Modo
Modo Indicativo
Indica uma certeza relativa do falante com referência ao que o verbo exprime; pode ocorrer no tempo presente, passado ou futuro:
Presente (IdPr):
Processo simultâneo ao ato da fala - fato corriqueiro, habitual:
«Compro livros nesta livraria.»
nota:
Usa-setambém o presente com o valor de passado - passado histórico ( nos contos, narrativas )
Tempos do pretérito (passado) (Id Pt): Exprimem processos anteriores ao ato da fala. São eles:
Pretérito imperfeito Exprime um processo habitual, ou com duração no tempo:
«Naquela época eu cantava como um pássaro.»
Pretérito perfeito Exprime uma ação acabada:
«Paulo quebrou meu violão de estimação.
Pretérito mais-que-perfeito
Exprime um processo anterior a um processo acabado: 
«Embora tivera deixado a escola, ele nunca deixou de estudar.
Tempos do futuro (Id Ft):
Indicam processos que irão acontecer:
Futuro do presente
Exprime um processo que ainda não aconteceu:
«Farei essa viagem no fim do ano.»
Futuro do pretérito
Exprime um processo posterior a um processo que já passou:
«Eu faria essa viagem se não tivesse comprado o carro.»
Modo Subjuntivo
Expressa incerteza, possibilidade ou dúvida em relação ao processo verbal e não está ligado com a noção de tempo. Há três tempos: presente, imperfeito e futuro.
«Quero que voltes para mim.»
«Não pise na grama.»
«É possível que ele seja honesto.» «Espero que ele fique contente.»
«Duvido que ele seja o culpado.»
«Procuro alguém que seja meu companheiro para sempre.»
«Ainda que ele queira, não lhe será concedida a vaga.»
«Se eu fosse bailarina, estaria na Rússia.»
«Quando eu tiver dinheiro, irei para as praias do nordeste.»
Modo Imperativo
Exprime atitude de ordem, pedido ou solicitação:
«Vai e não voltes mais.»
Pessoa
A norma da língua portuguesa estabelece três pessoas:
Singular: eu , tu , ele, ela . 
Plural: nós, vós, eles, elas.
nota: No português brasileiro é comum o uso do pronome de tratamento você(s) em lugar do tu e vós.
Flexão nominal e verbal:
O que é exatamente?
São morfemas colocados no final das palavras para indicar flexões verbais ou nominais.
Elas podem ser:
Flexões Nominais:
indicam gênero e número Ex.: casa – casas, gato – gata
De gênero:
Os substantivos masculinos são antecedidos pelo artigo “o”. Como exemplo temos os substantivos o lança-perfume, o tapa, o champanha, o dó, o diabetes.
Já os substantivos femininos são antecedidos pelo artigo “a”. É o caso de a agravante, a bacanal, a fênix, a alface, a ênfase, a poetisa.
A maioria dos substantivos têm duas formas: uma para o masculino, e outra para o feminino. São os substantivos biformes. Veja algumas regras de formação do feminino:
1) Substantivos terminados em -o mudam para -a. o sapo = a sapa o canário = a canária o piloto = a pilota
2) Substantivos terminados em -ão mudam para -ã, outros para -oa e ainda para -ona (neste caso, em aumentativos). o capitão = a capitã o tecelão = a tecelã/ teceloa o chorão = a chorona
3) Substantivos terminados em -or formam o feminino com o acréscimo de -a. o doutor = doutora o coletor = coletora o trabalhador = trabalhadora
4) Alguns substantivos terminados em -or podem fazer feminino mudando essa terminação para -eira. o arrumador = a arrumadeira o lavador = lavadeira o trabalhador = trabalhadeira 0 sufixo -eira pode indicar qualidade e, portanto, adjetivação: mulher trabalhadeira; pessoa faladeira
5) Alguns substantivos com terminação -e podem fazer o feminino mudando a terminação para -a. o infante = infanta o governante = a governanta o elefante = a elefanta
6) Substantivos terminados em -ês, -L e -z fazem o feminino com o acréscimo de -a. o freguês =a freguesa o oficial = oficiala o juiz = juíza
Há ainda substantivos que são masculinos ou femininos, conforme o sentido com que se acham empregados:
a cabeça (parte do corpo)/ o cabeça (o chefe) a grama (relva)/ o grama (unidade de peso)
De números:
Os nomes ( substantivos, adjetivos, pronomes, numerais ), de modo geral admitem a flexão de número: Singular e plural.
Plural dos substantivos simples
Aos substantivos que terminam em vogal, ditongo oral e consoante ‘n’ devem ser acrescidos a consoante ‘s’ ao final da palavra.
Observe os exemplos:
herói – heróis
irmão – irmãos
plâncton – plânctons
Aos substantivos que terminam em consoante ‘m’ devem ser acrescidos as consoantes ‘ns’ ao final da palavra.
Observe os exemplos:
abordagem – abordagens
modelagem – modelagens
homem – homens
Aos substantivos que terminam com as consoantes ‘r’ e ‘z’ devem ser acrescidos ‘es’ ao final da palavra.
Observe os exemplos:
hambúrguer – hambúrgueres
chafariz – chafarizes
colher – colheres
Nos substantivos que terminam em ‘al’, ‘el’, ‘ol’, ‘ul’, deve ser substituída a consoante ‘l’ por ‘is’
Observe os exemplos:
girassol – girassóis
vogal – vogais
azul – azuis
* Há duas exceções:
mal – males
cônsul – cônsules
Os substantivos que terminam em ‘il’ são pluralizados de duas formas:
a) Em palavras oxítonas terminadas em ‘il’:
anil – anis
juvenil – juvenis
b) Em palavras paroxítonas terminadas em ‘il’:
inútil – inúteis
réptil – répteis
Os substantivos terminados em consoante ‘s’ fazem o plural de duas formas:
a) Em substantivos monossilábicos ou oxítonos, há o acréscimo de ‘es’.
paz – pazes
algoz – algozes
b) Os substantivos paroxítonos ou proparoxítonos são invariáveis.
férias – férias
ônibus – ônibus
Os substantivos terminados em ‘ão’ podem ser pluralizados de três formas:
a) Substituindo o ‘ão’ por ‘es’:
doação – doações
emoção – emoções
b) Substituindo o ‘ão’ por ‘ães’:
alemão – alemães
pão – pães
c) Substituindo o ‘ão’ por ‘ãos’:
cidadão – cidadãos
Os substantivos terminados em consoante ‘x’ são invariáveis
córtex – córtex
Flexões Verbais:
Dentre todas as classe gramaticais, a que mais se apresenta passível de flexões é a representada pelos verbos. Flexões estas relacionadas a:
Flexões Verbais:
Dentre todas as classe gramaticais, a que mais se apresenta passível de flexões é a representada pelos verbos. Flexões estas relacionadas a:
Pessoa – Indica as três pessoas relacionadas ao discurso, representadas tanto no modo singular, quanto no plural.
Número – Representa a forma pela qual o verbo se refere a essas pessoas gramaticais.
	Singular
	Plural
	Eu gosto de estudar
	Nós chegamos cedo
	Tu andas depressa
	Vós estais com pressa
	Ele é muito gentil
	Eles são educados
 
Por meio dos exemplos em evidência, podemos constatar que o processo verbal se encontra devidamente flexionado, tendo em vista as pessoas do discurso (eu, tu, ele, nós, vós, eles).
Tempo – Relaciona-se ao momento expresso pela ação verbal, denotando a ideia de um processo ora concluído, em fase de conclusão ou que ainda está para concluir, representado pelo tempo presente, pretérito e futuro.
Modo – Revela a circunstância em que o fato verbal ocorre. Assim expresso:
Modo indicativo – exprime um fato certo, concreto.
Modo subjuntivo – exprime um fato hipotético, duvidoso.
Modo imperativo – exprime uma ordem, expressa um pedido.
Para que possamos constatar acerca de todos esses pressupostos, basear-nos-emos no caso do verbo cantar, tendo em vista o modo indicativo.
Modo Indicativo
Voz
A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, classificada em:
Voz ativa – o sujeito é o agente da ação verbal.
Os professores aplicaram as provas.
Voz passiva – o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo.
As provas foram aplicadas pelos professores.
Voz reflexiva – o sujeito, de forma simultânea, pratica e recebe a ação verbal.
O garoto feriu-se com o instrumento.
Voz reflexiva recíproca – representa uma ação mútua entre os elementos expressos pelo sujeito.
Os formandos cumprimentaram-se respeitosamente.
Existem dois tipos de desinências verbais:
Desinências modo-temporal (DMT) e desinências número-pessoal (DNP).
Ex.: Nós corremos, se eles corressem (DNP); se nós corrêssemos, tu correras (DMT)
Exercícios de Flexão nominal:
(CESGRANRIO) Assinale o par de vocábulos que formam o plural como órfão e mata-burro, respectivamente:a) cristão / guarda-roupa
b) questão / abaixo-assinado
c) alemão / beija-flor
d) tabelião / sexta-feira
e) cidadão / salário-família
2. (U-UBERLÂNDIA) Relativamente à concordância dos adjetivoscompostos indicativos de cor, uma, dentre as seguintes, está errada. Qual?
a) saia amarelo-ouro
b) papel amarelo-ouro
c) caixa vermelho-sangue
d) caixa vermelha-sangue
e) caixas vermelho-sangue
3. (ITA) Indique a frase correta:
a) Mariazinha e Rita são duas leva-e-trazes.
b) Os filhos de Clotilde são dois espalhas-brasas.
c) O ladrão forçou a porta com dois pés-de-cabra.
d) Godofredo almoçou duas couves-flor.
e) Alfredo e Radagásio são dois gentil homens.
4. (BB) Flexão incorreta:
a) os cidadãos
b) os açúcares
c) os cônsules
d) os tóraxes
e) os fósseis
5. (BB) Mesma pronúncia de “bolos”:
a) tijolos
b) caroços
c) olhos
d) fornos
e) rostos
(BB) Não varia no plural:a) tique-taque
b) guarda-comida
c) beija-flor
d) pára-lama
e) cola-tudo
7. (EPCAR) Está mal flexionado o adjetivo na alternativa:
a) Tecidos verde-olivas
b) Festas cívico-religiosas
c) Guardas noturnos luso-brasileiros
d) Ternos azul-marinho
e) Vários porta-estandartes
8. (UF-UBERLÂNDIA) Na sentença “Há frases que contêm mais beleza do que verdade”, temos grau:
a) comparativo de superioridade
b) superlativo absoluto sintético
c) comparativo de igualdade
d) superlativo relativo
e) superlativo por meio de acréscimo de sufixo
9. (MACK) Assinale a alternativa em que a flexão do substantivo composto está errada:
a) os pés-de-chumbo d) os cavalos-vapor
b) os corre-corre e) os vaivéns
c) as públicas-formas
10. (UM-SP) Aponte a alternativa em que haja erro quanto à flexão do nome composto:
a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora
b) tico-ticos, salários-família, obras-primas
c) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas
d) pseudo-esferas, chefes-de-seção, pães-de-ló
e) pisca-piscas, cartões-postais, mulas-sem-cabeças
GABARITO
A
2. D
3. C
4. D
5. E
6. E
7. A
8. A
9. B
10. E
Flexão Verbal
Questão 1
Sobre os modos verbais, está correta a sequência:
I – Modo verbal que expressa ideia de certeza, quando um fato é concluído como real;
II –Modo verbal que expressa dúvida, incerteza, quando há poucas possibilidades de concretização da ação verbal;
III – Modo verbal que pode estar na forma afirmativa ou na forma negativa. Expressa ideia de ordem, conselho ou pedido.
a) modo imperativo – modo subjuntivo – modo indicativo.
b) modo imperativo – modo indicativo – modo subjuntivo.
c) modo indicativo – modo subjuntivo – modo imperativo.
d) modo indicativo – modo imperativo – modo subjuntivo.
Questão 2
(FUVEST)
Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente:
a) O superior interveio na discussão, evitando a briga.
b) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido.
c) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida.
d) Quando você vier a Campinas, ficará extasiado.
e) Ele trará o filho, se vier a São Paulo.
Questão 3
Observe a tirinha “Calvin e Haroldo”, de Bill Watterson, e julgue as proposições:
 
 
 
 
Calvin e Haroldo, criação do desenhista americano Bill Watterson. Os verbos também podem ser estudados a partir da análise de tirinhas
I – O verbo “colocou”, no primeiro quadrinho, está no pretérito perfeito;
II – A forma verbal “olhando”, no segundo quadrinho, está no modo indicativo;
III – A forma verbal “poderia”, no segundo quadrinho, está no futuro do pretérito do modo subjuntivo;
IV – A forma verbal “acharmos”, no quarto quadrinho, está no futuro do subjuntivo;
V – A forma verbal “fosse”, no quarto quadrinho, está no pretérito imperfeito do modo indicativo.
Estão corretas:
a) I e IV.
b) II, III e V.
c) I, IV e V.
d) III e V.
questão 4  (PUC)
“Com o último trompejo do berrante, engarrafam no curral da estrada-de-ferro o rebanho” (Guimarães Rosa). A forma verbal engarrafam se encontra no tempo:
a) presente do subjuntivo
b)imperfeito do indicativo
c) pretérito perfeito do indicativo
d) presente do indicativo
e) imperativo afirmativo
Questão 5
Observe a tirinha de Fernando Gonsales:
Tirinha de Fernando Gonsales, do livro Nem tudo que balança cai. São Paulo: Devir, 2003. p.16
Sobre os verbos do primeiro e segundo quadrinhos, “abaixa, enrola, puxa, torce, vira, remexe, pula”, estão no modo verbal:
a) modo indicativo
b) modo subjuntivo
c) modo imperativo
d) modo gerúndio.
Respostas:
1 – C
2 – B . Na frase em questão, a correta conjugação é “depuser”
3 – A A forma verbal “olhando” pertence à forma nominal gerúndio. A forma verbal “poderia” está no futuro do pretérito do modo indicativo. A forma verbal “fosse” está no pretérito imperfeito do modo subjuntivo.
4 – D . A forma verbal “engarrafam” está na forma verbal do presente do indicativo, já que a ação verbal indica uma ideia de certeza, de fato que se concluiu.
5 – C . O modo imperativo expressa uma ideia de ordem, pedido ou conselho. Lembrando que o gerúndio trata-se de uma forma nominal, e não um modo verbal.
Língua Portuguesa 
Pronomes 
Emprego, Formas de tratamento e Colocação
Pronome: é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, indicando a pessoa do discurso.
Pronomes
Nas frases abaixo, as palavras destacadas (em itálico) são chamadas de pronomes:
Eles viajaram para a Espanha.
Meu carro é o mais veloz.
Vossa Excelência decidiu com justiça e acerto.
Existem 3 (três) pessoas gramaticais ou pessoas do discurso:
1.ª pessoa: a pessoa que fala;
2.ª pessoa: a pessoa com quem se fala;
3.ª pessoa: a pessoa de quem se fala.
Veja este exemplo:
O menino joga muito bem. Ele é um craque !
Observe que o pronome "Ele" substitui "O menino". Trata-se, como se pode ver, de um caso da 3.ª (terceira) pessoa.
Classificação dos Pronomes
1. Pronomes Pessoais: Os pronomes pessoais substituem os nomes e indicam as pessoas do discurso e subdividem-se em pronomes pessoais do caso reto e pronomes pessoais do caso oblíquo.
	PESSOAS DO DISCURSO
	RETOS
	OBLÍQUOS
	1ª pessoa do singular
	Eu
	Me, mim, comigo.
	2ª pessoa do singular
	Tu
	Te, ti, contigo.
	3ª pessoa do singular
	Ele/ela
	O, a, lhe, se, si, consigo.
	1ª pessoa do plural
	Nós
	Nos, conosco.
	2ª pessoa do plural
	Vós
	Vos, convosco.
	3ª pessoa do plural
	Eles/elas
	Os, as, lhes, se, si, consigo.
A classificação dos pronomes em retos ou oblíquos se dá de acordo com a função que exercem na oração.
Os pronomes do caso reto funcionam como sujeito da oração enquanto os pronomes oblíquos funcionam como complemento e se dividem em: átonos e tônicos. Os pronomes tônicos são precedidos de preposição, enquanto os átonos não.
Cada pronome caso reto tem um correspondente na forma caso oblíquo.
Vejamos alguns exemplos:
1.1 Caso Reto
Eu gosto de estudar !
Ele, com muito esforço, alcançou seus objetivos.
1.2 Caso Oblíquo
Sinto-me descansado e disposto. (átono - sem preposição)
Minha esposa esperava por mim. (tônico - com preposição)
Os pronomes pessoais retos nunca aparecem depois de uma preposição. Torna-se obrigatório o uso dos pronomes oblíquos.
Assim, devemos dizer:
"Entre mim e ti há uma inconciliável diferença.
Tempos e Modos Verbais
Publicado por: Marina Cabral em Verbo
O verbo indica um processo localizado no tempo. Podemos distinguir: presente, pretérito e futuro.
Tempo presente: exprime um fato que ocorre no momento da fala.
Ex.: Estou fazendo exercícios diariamente.
Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do momento da fala.
Ex.: Ontem eu fiz uma série de exercícios.
Tempo futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala.
Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer exercícios.
O pretérito (ou passado) subdivide-se em:
• Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente concluído.
Ex.: Ninguém relatou o seu delírio.
• Pretérito imperfeito: indica um processo passado não totalmente concluído, revela o fato em sua duração.
Ex.: Ele conversava muito durante a palestra.
• Pretérito mais-que-perfeito: indica um processo passado anterior a outro também passado.
Ex.: “... sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade)
O futuro subdivide-seem:
• Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento em que se fala.
Ex.: Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus pais chegarem contarei o fato ocorrido.
• Futuro do pretérito: indica um processo futuro tomado em relação a um fato passado.
Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao hospital.
Empregos especiais:
• Presente:
- pode ocorrer com valor de perfeito, indicando um processo já ocorrido no passado (presente histórico).
Ex.: Em 15 de agosto de 1769 nasce Napoleão Bonaparte. (nasce = nasceu)
- pode indicar futuro próximo.
Ex.: Amanhã eu compro o doce pra você. (compro = comprarei)
- pode indicar um processo habitual, ininterrupto.
Ex.: Os animais nascem, crescem, se reproduzem e morrem.
• Imperfeito:
- pode ocorrer com valor de futuro do pretérito.
Ex.: Se eu não tivesse motivo, calava. (calava = calaria)
• Mais-que-perfeito:
- pode ser usado no lugar do futuro do pretérito ou do imperfeito do subjuntivo.
Ex.: Mais fizera se não fora pouco o dinheiro que dispunha. (fizera = faria, fora = fosse)
- pode ser usado em orações optativas.
Quem me dera ter um novo amor!
• Futuro do presente:
- pode exprimir ideia de dúvida, incerteza. 
Ex.: O rapaz que processou o patrão por racismo, receberá uns trinta mil de indenização.
- pode ser usado com valor de imperativo.
Ex.: Não levantarás falso testemunho.
• Futuro do pretérito:
- pode ocorrer com valor de presente, exprimindo polidez ou cerimônia.
Ex.: Você me faria uma gentileza?
Modos verbais
• Modo indicativo: exprime certeza, precisão do falante perante o fato.
Ex.: Eu gosto de chocolate.
• Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do falante perante o fato.
Ex.: Espero que você esteja bem.
• Modo imperativo: exprime atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho.
Exs.: Não cante agora!
Empreste-me 10 reais, por favor.
Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado.
Não ponha tanto sal, isso pode lhe fazer mal.
Infinitivo pessoal ou impessoal 
• Infinitivo impessoal: terminado em r para qualquer pessoa.
Ex.: comprar, comer, partir.
Emprega-se o infinitivo impessoal:
a) Quando ele não estiver se referindo a sujeito algum.
Ex.: É preciso amar.
b) Na função de complemento nominal (regido de preposição).
Ex.: Esses exercícios não são fáceis de resolver.
c) Quando faz parte de uma locução verbal.
Ex.: Ele deve ir ao dentista.
d) Quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar, ver, tiver por sujeito um pronome oblíquo.
Sujeito
Deixei-as passear.
= eles
 
e) Quando tiver valor de imperativo.
Ex.: Não fumar neste recinto.
• Infinitivo pessoal: além da desinência r vem marcado com desinência de pessoa e número.
Ex.: cantar – ø
cantar - es
cantar - ø
cantar - mos
cantar - des
cantar – em
Ex.: Com esse calor convém tomarmos um sorvete.
- Usa-se o infinitivo pessoal quando o seu sujeito é diferente do sujeito do verbo da oração principal.
Ex.: A única solução era ficarmos em casa.
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO – O QUE MUDOU?
in Ortografia, Português by Luiz Felipe Cristofari Seja o primeiro a comentar! 
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Assinado em 1990 e aprovado, no Brasil, em 1995, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, ou Novo Acordo Ortográfico como é chamado pela maioria, só começou a ser verdadeiramente implementado a partir de 2010, quando os livros didáticos foram adaptados às novas regras, passando a ter sua utilização como obrigatória em 2013, sendo assim muito cobrada em provas e concursos.
Há de se lembrar que tal acordo é meramente ortográfico, restringindo-se apenas à língua escrita e não afetando nenhum aspecto da língua falada.
MUDANÇAS NO ALFABETO
Com o Novo Acordo Ortográfico as letras K, W e Y foram reintroduzidas em nosso alfabeto, voltando assim a ter 26 letras:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
 
Na verdade, as letras K, W e Y não haviam sido retiradas da maioria dos dicionários e continuavam a serem utilizadas em diversas situações como:
– Na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt – medida de energia).
– Na escrita de nomes e palavras estrangeiros e seus derivados: show, playboy, kung fu, William, Kafka.
TREMA
A partir da vigência definitiva do Novo Acordo Ortográfico, o trema deixou de ser utilizado. Ou seja, o sinal gráfico que a maioria das pessoas esquecia de colocar quando escrevia “lingüiça” ou “freqüente” agora não existe mais.
Sendo assim, as seguintes palavras (entre outras) deixam de levar o trema:
agüentar
bilíngüe
cinqüenta
delinqüente
ensangüentado
freqüente
lingüiça
seqüência
tranqüilo
Atenção! Apesar de ter sido retirado das palavras da língua portuguesa, o trema continua sendo utilizado em palavras e nomes estrangeiro e suas derivações:
Müller
mülleriano
 
ACENTUAÇÃO
A mudança nas regras de acentuação foi uma das principais mudanças que ocorreram com o Novo Acordo Ortográfico.
Infelizmente essa mudança ainda causa muita dúvida na vida dos brasileiros, principalmente daqueles que aprenderam a ler e escrever com a regra antiga e agora têm de se adaptar às novas regras.
Logo abaixo colocarei bem resumidamente o que mudou, mas caso você queira conhecer em detalhes todas as mudanças nas regras de acentuação, leia o artigo Novo Acordo Ortográfico – Acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos nas palavras paroxítonas.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
4. Não se usa mais o acento diferencial em diversas palavras homófonas como pára/para.
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir.
HÍFEN
Outra mudança que causou um nó na cabeça dos brasileiros, as novas regras de utilização do hífen vêm confundindo milhares de pessoas diariamente.
Assim como na acentuação, descreverei aqui brevemente as mudanças, mas caso você queira conhecer em detalhes todas as mudanças nas regras de utilização do hífen, leia o artigo Novo Acordo Ortográfico – Hífen
Regra Básica
Com prefixos, sempre se utiliza o hífen na frente de palavra iniciada por H.
Outros Casos
1. Prefixo terminado em vogal:
– Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
– Sem hífen diante de consoante diferente de R ou S: anteprojeto, semicírculo.
– Sem hífen diante de R ou S, mas dobram-se essas letras: antirracismo, ultrassom.
– Com hífen diante da mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefixo terminado em consoante:
– Com hífen diante da mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
– Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
– Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Exceções
1. Com o prefixo SUB, utiliza-se o hífen também diante de palavra iniciada por R (sub-região). Palavras iniciadas com H perdem essa letra e juntam-se sem hífen (subumano).
2. Com os prefixos CIRCUM e PAN, utiliza-se o hífen antes de palavra iniciado por M, N ou VOGAL (pan-americano).
3. O prefixo CO em geral se junta com o segundo elemento, mesmo quando ele começa com O (coordenar).
4. Com o prefixo VICE, sempre se usa o hífen (vice-presidente).
5. Não se usa mais o hífen em palavras que perderam o sentido de composição (mandachuva).
6. Com os prefixos EX, SEM, ALÉM, AQUÉM, RECÉM, PÓS, PRÉ e PRÓ, sempre se utiliza o hífen (ex-aluno)
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO – ACENTUAÇÃO
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O Novo Acordo Ortográfico, ou reforma ortográfica, trouxe diversas mudanças nas regras do português, em especial nas regras de acentuação.
Infelizmente, essas novas regras vêm causando um nó na cabeça dos usuários da língua portuguesa, principalmente aqueles que aprenderam a ler e escrevercom as regras antigas. E foi exatamente por isso que resolvi escrever esse artigo: para ajudar as pessoas que estão com dificuldades de assimilar essas novas regras.
Para isso, irei demonstrar aqui, detalhadamente, o que mudou nas regras de acentuação, assim você poderá acabar de um fez por todas com as dúvidas sobre as novas regras trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico. Vamos lá?
1. DITONGOS ABERTOS EM PAROXÍTONAS
A primeira mudança significativa das regras de acentuação diz respeito a não acentuação dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras em que a sílaba mais forte é a penúltima).
Ou seja, as palavras paroxítonas com ditongos abertos como “alcalóide”, “bóia” e “colméia” passam a serem escritas sem acento, ou seja alcaloide, boia e colmeia.
Mas atenção! Essa regra só vale para as palavras paroxítonas, ou seja, as oxítonas que terminam em éis, éu, éus, ói e óis continuam sendo acentuadas! Exemplo: herói, troféu, troféus, papéis.
Veja abaixo outras paroxítonas com ditongos abertos que perderam seus acentos:
alcatéia  →   alcateia
andróide  → androide
apóia  →  apoia
apóio (verbo apoiar) →  apoio
asteróide  →  asteroide
Coréia  →  Coreia
estréia  →  estreia
geléia  →  geleia
ideia  →  ideia
jóia  →  joia
paranóia  →  paranoia
 
2. PAROXÍTONAS ACENTUADAS DEPOIS DE DITONGO
Nos casos de palavras paroxítonas como “feiúra”, onde a sílaba tônica era um u ou i acentuado após um ditongo (no caso “ei”) não são mais acentuadas.
Então de você ver uma paroxítona com sílaba tônica no “i” ou “u” depois de ditongo (formando um hiato na separação das sílabas), não se preocupe em olhar a terminação para ver se teria acento ou não, pois ela nunca será acentuada.
Mas atenção! Se a palavra for oxítona e o i ou u estiverem na posição final (ou seguido de “s”), o acento permanece. Exemplo: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Veja abaixo outras paroxítonas com acento no “i” ou “u” depois de ditongo que perderam seus acentos:
baiúca  →  baiuca
bocaiúva  →  bocaiuva
cauíla  →  cauila
 
3. PALAVRAS TERMINADAS EM “EEM” E “OO(S)”
Com o Novo Acordo Ortográfico, palavras como “vôo” ou “lêem”,  terminadas com eem ou oo(s), deixam de ser acentuadas, ou sejam, não recebem mais o acento circunflexo que as acompanhavam. Exemplo: voo, leem.
Veja abaixo outras palavras terminadas em eem e oo(s) que perderam o acento:
abençôo  →  abençoo
crêem (verbo crer)  →  creem
dôo (verbo doar)  →  doo
enjôo  →  enjoo
perdôo (verbo perdoar)  →  perdoo
vêem (verbo ver)  →  veem
 
4. ACENTO DIFERENCIAL
Após a reforma ortográfica, uma parte dos acentos diferenciais deixou de existir. Não existem um real porquê deles terem sido retirados, ou seja, é na base da decoreba mesmo. Então resolvi fazer aqui uma recapitulação para que você nunca mais se esqueça de quando deve ou não usá-los.
PALAVRAS QUE NÃO POSSUEM MAIS ACENTO DIFERENCIAL:
pára (do verbo parar) e para (preposição),
péla (do verbo pelar) e pela (por + a),
pólo (substantivo) e polo (contração fora de uso de por + lo),
pélo (do verbo pelar) e pêlo (substantivo sinônimo de cabelo),
pêra (fruta) e pera (preposição fora de uso).
 
PALAVRAS QUE MANTÊM O ACENTO DIFERENCIAL:
pôr (verbo) e por (preposição),
pôde (verbo no passado) e pode (verbo no presente),
têm (verbo no plural) e tem (verbo no singular),
vêm (verbo no plural) e vem (verbo no singular),
mantêm (verbo no plural) e mantém (verbo no singular),
convêm (verbo no plural) e convém (verbo no singular),
detêm (verbo no plural) e detém (verbo no singular),
intervêm (verbo no plural) e intervém (verbo no singular).
 
ACENTO OPCIONAL:
Apenas uma palavra teve seu acento diferencial classificado como opcional: o que diferencia a palavra forma (de formato) da palavra fôrma (fôrma de bolo).
Ou seja, seu uso não é necessário, mas é recomendável quando as duas palavras estiverem na mesma frase. Exemplo: A forma da fôrma do bolo era redonda.
5. PRESENTE DO INDICATIVO
Essa é uma das regras novas mais esquisitas. Não se usa mais o acento agudo no “u” tônico das conjugações dos verbos arguir e redarguir no presente do indicativo.
Exemplo: tu arguis (pronuncia-se “argúis”), ele argui (pronuncia-se “argúi”), eles arguem (pronuncia-se “argúem”).
E sim, é só isso.
 
6. PRONÚNCIA DIFERENCIADA
Nesse caso o uso ou não do acento irá depender da forma como você (sim, você) pronuncia um verbo.
Nos verbos terminados em “guar”, “quar” e “quir” (como enxaguar, delinquir), o uso ou não do acento em algumas de suas formas do presente do indicativo, presente do subjuntivo e do imperativo depende da forma como se pronuncia a palavra.
Palavras pronunciadas com “a” ou “i” tônicos devem ser acentuadas. Exemplo:
Verbo enxaguar: (eu) enxáguo, (tu) enxáguas, (ele) enxágua, (eles) enxáguam, etc.
Verbo delinquir: (eu) delínquo, (tu) delínques, (ele) delínque, (eles) delínquem, etc.
 
Palavras pronunciadas com o “u” tônico não são acentuadas. Exemplo:
Verbo enxaguar: enxaguo (pronunciada como enxagúo), enxaguas (pronunciada como enxagúas), enxagua (pronunciada como enxagúa), etc.
Verbo delinquir: delinquo (pronunciada como delinqúo), delinques (pronunciada como delinqúes), delinque (pronunciada como delinqúe), etc.
 
Atenção! No Brasil a pronúncia mais comum é a primeira, com “a”e “i” tônicos, então as palavras em questão são acentuadas.
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO – HÍFEN
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Com o Novo Acordo Ortográfico, algumas das regras do uso do hífen foram alteradas, causando um nó na cabeça das pessoas, principalmente daquelas que aprenderam a ler e escrever antes da reforma ortográfica entrar em vigor.
Foi exatamente por isso que resolvemos descrever aqui, as novas regras do uso do hífen, para que qualquer pessoa possa sanar suas dúvidas.
Atenção! As regras detalhadas aqui referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou elementos que podem funcionar como prefixos. Exemplo: anti, além, auto, co, extra, hidro, etc.
1. PALAVRA INICIADA COM H
Com prefixos (anti, co, mini, super, etc.), sempre se utiliza o hífen quando a segunda palavra/elemento for iniciado com H (hotel, herdeiro, herói, humano, etc.).
Veja alguns exemplos:
anti-higiênico
anti-herói
co-herdeiro
mini-hotel
sobre-humano
super-homem
Mas Atenção! A exceção a essa regra é a palavra “subumano“, onde, na junção do “sub” + “humano”, a palavra humano perde o H.
2. VOGAIS DIFERENTES
Como o Novo Acordo Ortográfico, não se usa mais o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia a segunda palavra/elemento.
Um exemplo disso é a palavra aeroespacial, a qual é formada pela preposição “aero” (que termina com o) + “espacial” (que começa com e). Como a vogal que termina o prefixo (“o”) e que começa a palavra (“e”) são diferentes, não se utiliza o hífen.
Veja abaixo outros exemplos:
agroindustrial
antiaéreo
autoaprendizagem
autoestrada
coautor
infraestrutura
plurianual
semiaberto
Mas atenção! O prefixo “CO” junta-se com a segunda palavra mesmo quando ela iniciar com O. Exemplos: coordenar, cooperar, cooperação.
3. CONSOANTE INICIAL DIFERENTE DE R OU S
Mais uma regrinha que fala sobre quando não usar o hífen. Nesse caso, quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento/palavra começa com um consoante diferente de R ou S, não se utiliza o hífen.
Um bom exemplo dessa regra é a palavra seminovo. Ela é formada pelo prefixo “semi” (que termina com O) + “novo” (que começa com N). Como o prefixo termina com vogal (“i”) e a consoante que começa a segunda palavra (“n”) não é R ou S, não se usa o hífen.
Veja outros exemplos:
anteprojeto
autopeça
geopolítica
microcomputador
semicírculo
ultramoderno
Mas atenção! Com o prefixo “VICE“ sempre se utiliza o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante, vice-presidente, vice-governador.
4. CONSOANTE INICIAL R OU S
Essa regra complementa a regra anterior. Nos casos onde o prefixo termina com vogal e a segunda palavra/elementocomeça com R ou S, essas letras são duplicadas e não se utiliza o hífen.
Por exemplo, a palavra antissocial é formada pelo prefixo “anti” e o elemento/palavra “social”, mas como o prefixo termina em vogal (“i”) e o segundo elemento começa com S, o S é duplicado, formando assim a palavra antiSSocial.
Mais alguns exemplos em que o R ou S são duplicados:
antirrábico
biorritmo
contassenso
cosseno
microssistema
minissaia
semirreta
ultrarresistente
ultrassom
 
5. VOGAIS IGUAIS
Outra regra que mostra quando se utiliza o hífen. Quando o prefixo terminar com a mesma vogal com que o segundo elemento/palavra começa, sempre se utiliza o hífen.
Um exemplo dessa regra é a palavra anti-inflamatório. Perceba que o prefixo “anti” termina com a mesmo vogal que a palavra “inflamatório” começa, ou seja, a vogal I. Quando isso acontece, sempre devemos utilizar o hífen.
Veja outros exemplos em que o hífen é utilizado:
anti-inflacionário
auto-observação
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-interno
 
6. CONSOANTES IGUAIS
Quando o prefixo termina com consoante, se a segunda palavra/elemento começar com a mesma letra, utiliza-se o hífen.
Um bom exemplo dessa regra é a palavra inter-regional. No caso, o prefixo “inter” termina com R e a palavra “regional” também começa com R, formando a palavra “inteR-Regional”,  por isso é obrigatória a utilização do hífen entre elas.
Veja mais exemplos dessa regra:
inter-racial
sub-bibliotecário
super-resistente
super-romântico
Lembre-se, nos demais casos, onde as consoantes não são iguais, não se utiliza o hífen. Exemplo: hipermercado, intermunicipal, superproteção
Mas atenção! Essa regra possui algumas exceções:
No caso do prefixo SUB, usa-se o hífen também diante de palavras iniciadas com R. Exemplo: sub-região, sub-regimento, etc.
No caso dos prefixos CIRCUM e PAN, também utiliza-se o hífen se a segunda palavra começar com M, N ou VOGAL. Exemplo: circum-navegação, pan-americano, etc.
7. CONSOANTE COM VOGAL
Essa regra fica quase que subentendida pelas outras regras, mas é sempre bom enfatizar. Quando o prefixo terminar em consoante e a segunda palavra/elemento começar com vogal, não se usa o hífen.
Por exemplo, a palavra hiperativo é formada pelo prefixo “hiper” (que termina com a consoante R) e a palavra “ativo” (que começa com a vogal A), por isso ela não recebe hífen.
Veja outros exemplos do uso dessa regra:
hiperacidez
interescolar
interestelar
superaquecimento
superexigente
superinteressante
 
8. UTILIZAÇÃO OBRIGATÓRIA
Com o Novo Acordo Ortográfico tornou-se obrigatória a utilização do hífen após certos prefixos, sendo eles: ex, sem, além, aquém, recém. pós, pré e pró.
Ou seja, toda vez que você utilizar esses prefixos para formar uma palavra, você precisa usar o hífen. Veja alguns exemplos com cada um desses prefixos:
ex-aluno, ex-presidiário, ex-presidente
sem-terra, sem-teto
além-mar, além-túmulo
aquém-mar
recém-casado, recém-nascido
pós-graduação, pós-doutorado
pré-vestibular, pré-adolescente
pró-europeu
 
9. ORIGEM TUPI-GUARANI
No Novo Acordo Ortográfico foi determinado que quando forem utilizados os sufixos de origem tupi-guarani açu, guaçu e mirim, é obrigatória a utilização do hífen.
Cabe ressaltar que essa regra diz respeito ao uso de SUFIXOS, ou seja, a parte utilizado no final da palavra. Exemplos de palavras formadas com esses sufixos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. ENCADEAMENTOS VOCÁLICOS
Essa regra é uma das poucas regras do Novo Acordo Ortográfico que não falam sobre a utilização de prefixos. Ela estabeleceu que deve-se utilizar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam para formar encadeamentos vocálicos.
Portanto quando as palavras aglutinadas não formarem um vocábulo, ou seja, uma nova palavra, deve-se utilizar o hífen. Veja abaixo alguns exemplos:
Rio-Niterói
Rio-São Paulo
Sampa-Sul
 
11. USUALIDADE
Algumas palavras anteriormente formadas/compostas pela junção de duas ou mais palavras ficaram tão comuns na língua portuguesa que o Novo Acordo Ortográfico definiu que elas não devem mais ser escritas com o hífen.
Ou seja, não se usa mais o hífen em palavras que perderam a noção de composição. Veja alguns exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé
 
12 – SEPARAÇÃO SILÁBICA
Essa regra diz respeito à separação silábica dos textos manuscritos. Com o Novo Acordo Ortográfico ficou definido que, para ajudar na clareza gráfica dos textos, se no final da linha a separação de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.
Ou seja, quando você estiver escrevendo uma redação ou texto à mão, na hora de separar as sílabas de uma palavra porque ela não coube inteira no final da linha, se essa separação coincidir com o hífen, como quando utilizamos a ênclise (pronome colocado após o verbo: diz-se, fala-se, etc.), o hífen deve ser repetido no começo da próxima linha. Veja o exemplo abaixo:
Na cidade contava–
–se que ele fugiu de casa.
O diretor recebeu os ex–
–alunos de braços abetos.
7 - SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
Concordância Verbal e Nominal
Observe:
	As crianças estão animadas.
Crianças animadas.
No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, as crianças. No segundo exemplo, o adjetivo animadas  está concordando em gênero (feminino) e número (plural) com o substantivo a que se refere: crianças. Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gênero se correspondem.
Concordância é a correspondência de flexão entre dois termos, podendo ser verbal ou nominal.
CONCORDÂNCIA VERBAL
   Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito.
a) Sujeito Simples
Regra Geral
O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os exemplos:
A orquestra           tocou        uma valsa longa.
3ª p. Singular    3ª p. Singular
Os pares    que   rodeavam a nós dançavam bem.
3ª p. Plural            3ª p. Plural
 
Casos Particulares
Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante hesitar no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a concordância puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões que nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir.
1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.
Por Exemplo:
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta interessante.
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando especificados:
Por Exemplo:
Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento.
Obs.: nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque aos elementos que formam esse conjunto.
2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Observe:
Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas.
Obs.: quando a expressão "mais de um" se associar a verbos que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório:
Por Exemplo:
Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem. (ofenderam um ao outro)
3) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve ser feita levando-se em conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve ficar no singular. Quando há artigo no plural, o verbo deve ficar o plural.
Exemplos:
OsEstados Unidos possuem grandes universidades.
Alagoas impressiona pela beleza das praias.
As Minas Gerais são inesquecíveis.
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.
Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha.
4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou "de vós", o verbo pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o pronome pessoal. Veja:
Quais de nós são / somos capazes?
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso?
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras.
Obs.: veja que a opção por uma ou outra forma indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos", esta pessoa está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não ocorre quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabiam de tudo e nada fizeram.", frase que soa como uma denúncia.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo ficará no singular.
Por Exemplo:
Qual de nós é capaz?
Algum de vós fez isso. 5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo.
Exemplos:
25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito.
1% do eleitorado aceita a mudança.
1% dos alunos faltaram à prova.
Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o número. Veja:
25% querem a mudança.
1% conhece o assunto.
6) Quando o sujeito é o pronome relativo "que", a concordância em número e pessoa é feita com o antecedente do pronome.
Exemplos:
Fui eu que paguei a conta.
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida.
Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na presença de um homem.
7) Com a expressão "um dos que", embora alguns gramáticos considerem a concordância facultativa, a preferência é pelo uso verbo no plural, para concordar com a palavra que antecede o pronome relativo “que”.
Por Exemplo:
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas.
Se você é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo romance.
 
	Atenção:
Na linguagem corrente, o que se ouve, efetivamente, são construções como:
"Ele foi um dos deputados que mais lutou para a aprovação da emenda".
Ao compararmos com um caso em que se use um adjetivo, temos:
"Ela é uma das alunas mais brilhante da sala."
Ao invertermos as frases, fica claro que o emprego das formas no plural está adequado:
"Das alunas mais brilhantes da sala, ela é uma."
"Dos deputados que mais lutaram pela aprovação da emenda, ele é um".
8) Quando o sujeito é o pronome relativo "quem", pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular ou em concordância com o antecedente do pronome.
Exemplos:
Fui eu quem pagou a conta. / Fui eu quem paguei a conta.
Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro.
9) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
Por Exemplo:
Vossa Excelência é diabético?
Vossas Excelências vão renunciar?
10) A concordância dos verbos bater, dar e soar se dá de acordo com o numeral.
Por Exemplo:
Deu uma hora no relógio da sala.
Deram cinco horas no relógio da sala.
Obs.: caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
Por Exemplo:
O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
11) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre na 3ª pessoa do singular. São verbos impessoais:
Haver no sentido de existir;
Fazer indicando tempo;
Aqueles que indicam fenômenos da natureza.
Exemplos:
Havia muitas garotas na festa.
Faz dois meses que não vejo meu pai.
Chovia ontem à tarde.
b) Sujeito Composto
1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural:
Exemplos:
Pai e filho    conversavam longamente.
  Sujeito
Pais e filhos   devem conversar com frequência.
  Sujeito
2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte maneira: a primeira pessoa do plural prevalece sobre a segunda pessoa, que por sua vez, prevalece sobre a terceira. Veja:
Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
              Primeira Pessoa do Plural (Nós)
Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
       Segunda Pessoa do Plural (Vós) 
Pais e filhos     precisam     respeitar-se. 
         Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Obs.: quando o sujeito é composto, formado por um elemento da segunda pessoa e um da terceira, é possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural.  Aceita-se, pois, a frase: "Tu e teus irmãos tomarão a decisão."
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais próximo. Convém insistir que isso é uma opção, e não uma obrigação.
Por Exemplo:
             Faltaram coragem e competência.
             Faltou coragem e competência.
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita obrigatoriamente no plural. Observe:
Abraçaram-se vencedor e vencido.
Ofenderam-se o jogador e o árbitro.
 
Casos Particulares
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos, o verbo pode ficar no plural ou no singular.
Por Exemplo:
Descaso e desprezo marcam / marca seu comportamento.
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos dispostos em gradação, o verbo pode ficar no plural ou concordar com o último núcleo do sujeito.
Por Exemplo:
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segundo me satisfazem / satisfaz.
No primeiro caso, o verbo no plural enfatiza a unidade de sentido que há na combinação. No segundo caso, o verbo no singular enfatiza o último elemento da série gradativa. 3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por "ou" ou "nem", o verbo deverá ficar no plural se a declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos os núcleos.
Por Exemplo:
Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.
Quando a declaração contida no predicado só puder ser atribuída a um dos núcleos do sujeito, ou seja, se os núcleos forem excludentes, o verbo deverá ficar no singular.
Por Exemplo:
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olimpíada.
Você ou ele será escolhido. (Só será escolhido um)
4) Com as expressões "um ou outro" e "nem um nem outro", a concordância costuma ser feita no singular, embora o plural também seja praticado.
Por Exemplo:
Um e outro compareceu / compareceram à festa.
Nem um nem outro saiu / saíram do colégio.
5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com", o verbo pode ficar no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um mesmo grau de importância e a palavra "com" tem sentido muito próximo ao de "e". Veja:
O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos para o próximo semestre.
Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é enfatizar o primeiro elemento.
O pai com o filho montou o brinquedo.
O governador com o secretariado traçou os planos para o próximo semestre.
  Obs.:  com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez que as expressões "com o filho" e "com o secretariado" são adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se houvesse uma inversão da ordem. Veja:
"O pai montou o brinquedo com o filho." 
"O governador traçou os planos para o próximo semestre com o secretariado."
6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: "não só...mas ainda", "não somente"..., "não apenas...mas também", "tanto...quanto", o verbo concorda de preferênciano plural.
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste.
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia.
7) Quando os elementos de um sujeito composto são resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é feita com esse termo resumidor.
Por Exemplo:
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na vida das pessoas.
Outros Casos
1) O Verbo e a Palavra "SE"
Dentre as diversas funções  exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para a concordância verbal:
a) quando é índice de indeterminação do sujeito; 
b) quando é partícula apassivadora.
Quando índice de indeterminação do sujeito, o "se" acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do singular.
Exemplos:
Precisa-se de governantes interessados em civilizar o país.
Confia-se em teses absurdas.
Era-se mais feliz no passado.
Quando  pronome apassivador, o "se" acompanha verbos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração.
Exemplos:
Construiu-se um posto de saúde.
Construíram-se novos postos de saúde.
Não se pouparam esforços para despoluir o rio.
Não se devem poupar esforços para despoluir o rio.
2) O Verbo "Ser"
A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordância pode ocorrer também entre o verbo e o  predicativo do sujeito.
O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito:
a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes  - isto, isso, aquilo, tudo, o - e o predicativo estiver no plural.
Exemplos:
Isso são lembranças inesquecíveis.
Aquilo eram problemas gravíssimos.
O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos.
b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for um substantivo no plural.
Exemplos:
Nosso piquenique   foram      só     guloseimas.
       Sujeito                                       Predicativo do Sujeito
                    
Sua rotina     eram    só      alegrias.
Sujeito                        Predicativo do Sujeito
Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito.
Por Exemplo:
Gustavo era só decepções.
Minhas alegrias é esta criança.
Obs.: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer um elemento sobre o outro.
Por Exemplo:
A vida é ilusões.
c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem.
Por Exemplo:
Que são esses papéis?
Quem são aquelas crianças?
3) O Verbo "Parecer"
O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias:
a) Ocorre variação do verbo parecer e não se flexiona o infinitivo.
Por Exemplo:
Alguns colegas pareciam chorar naquele momento.
b) A variação do verbo parecer não ocorre, o infinitivo sofre  flexão.
Por Exemplo:
Alguns colegas parecia chorarem naquele momento.
Obs.: a  primeira construção é considerada corrente, enquanto a segunda, literária.
Atenção:
Com orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular.
Por Exemplo:
As paredes parece que têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos.)
 
4) A Expressão "Haja Vista"
A expressão haja vista admite as seguintes construções:
a) A expressão fica invariável (seguida ou não de preposição).
Por Exemplo:
Haja vista as lições dadas por ele. ( = por exemplo)
Haja vista aos fatos explicados por esta teoria. ( = atente-se)
b) O verbo haver pode variar (desde que não seguido de preposição), considerando-se o termo seguinte como sujeito.
Por Exemplo:
Hajam vista os exemplos de sua dedicação. ( = vejam-se)
CONCORDÂNCIA NOMINAL
A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos,  pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-se  da relação entre nomes.
	Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais:
1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo.
Por Exemplo:
As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.
2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar. Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos:
a) Adjetivo anteposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo.
Por Exemplo:
Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Encontramos caído o prendedor  e a roupa.
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural.
Por Exemplo:
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
b) Adjetivo posposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (assumindo forma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino).
Exemplos:
A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
A indústria oferece atendimento e localização perfeita.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.
Obs.: os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado no plural masculino, que é o gênero predominante quando há substantivos de gêneros diferentes.
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica no singular ou plural.
Exemplos:
A beleza e a inteligência feminina(s).
O carro e o iate novo(s).
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado de nenhum modificador.
Por Exemplo:
Água é bom para saúde.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um artigo ou qualquer outro determinativo.
Por Exemplo:
Esta água é boa para saúde.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais a que se refere.
Por Exemplo:
Juliana as viu ontem muito felizes.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + adjetivo, este último geralmente é usado no masculino singular.
Por Exemplo:
Os jovens tinham algo de misterioso.
6) A palavra "só", quando equivale a "sozinho", tem função adjetiva e concorda normalmente com o nome a que se refere.
Por Exemplo:
Cristina saiu só.
Cristina e Débora saíram sós.
Obs.: quando a palavra "só" equivale a "somente" ou "apenas", tem função adverbial, ficando, portanto, invariável.
Por Exemplo:
Eles só desejam ganhar presentes.
7) Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as construções:
a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último adjetivo.
Por Exemplo:
Admiro a cultura espanhola e a portuguesa.
b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo.
Por Exemplo:
Admiro as culturas espanhola e portuguesa.
Obs.: veja esta construção:
Estudo a cultura espanhola e portuguesa.
Note que  ela  provoca incerteza: trata-se de duas culturas distintas ou de uma única, espano-portuguesa? Procure evitar construções desse tipo.
Casos Particulares
	É proibido -  É necessário - É bom - É preciso - É permitido
a) Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
Exemplos:
É proibido entrada de crianças.
Em certos momentos, é necessário atenção.
No verão, melancia é bom.
É preciso cidadania.
Não é permitido saída pelas portas laterais.
b) Quando o sujeito dessas expressões estiver determinadopor artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele.
Exemplos:
É proibida a entrada de crianças.
Esta salada é ótima.
A educação é necessária.
São precisas várias medidas na educação.
	Anexo -  Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite
Essas palavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo ou pronome a que se referem. Observe:
Seguem anexas as documentações requeridas.
A menina agradeceu: - Muito obrigada.
Muito obrigadas, disseram as senhoras, nós mesmas faremos isso.
Seguem inclusos os papéis solicitados.
Já lhe paguei o que estava devendo: estamos quites.
	Bastante - Caro - Barato - Longe
Essas palavras são invariáveis quando funcionam como advérbios. Concordam com o nome a que se referem quando funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou numerais.
Exemplos:
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pronome adjetivo)
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
As casas estão caras. (adjetivo)
Achei barato este casaco.(advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
"Vais ficando longe de mim como o sono, nas alvoradas." (Cecília Meireles) (advérbio)
"Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!" (Cecília Meireles). (adjetivo)
	Meio - Meia
a) A palavra "meio", quando empregada como adjetivo, concorda normalmente com o nome a que se refere.
Por Exemplo:
Pedi meia cerveja e meia porção de polentas.
b) Quando empregada como advérbio (modificando um adjetivo) permanece invariável.
Por Exemplo:
A noiva está meio nervosa.
	Alerta - Menos
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem sempre invariáveis.
Por Exemplo:
Os escoteiros estão sempre alerta.
Carolina tem menos bonecas que sua amiga.
	8 - SINTAXE DE REGÊNCIA
Regência Verbal e Nominal
Definição:
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.
REGÊNCIA VERBAL
	Termo Regente:  VERBO
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. Observe:
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar.
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer.
Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém".
	Saiba que:
O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os exemplos:
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases distintas.
Verbos Intransitivos
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
a) Chegar, Ir
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para.
Exemplos:
Fui ao teatro.
      Adjunto Adverbial de Lugar
Ricardo foi para a Espanha.
                  Adjunto Adverbial de Lugar
Obs.: "Ir para algum lugar" enfatiza a direção, a partida." Ir a algum lugar" sugere também o retorno.
Importante:  reserva-se  o uso de "em" para indicação de tempo ou meio. Veja:
Cheguei a Roma em outubro.
                        Adjunto Adverbial de Tempo
Chegamos no trem das dez.
                     Adjunto Adverbial de Meio
b) Comparecer
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a.
Por Exemplo:
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo.
Verbos Transitivos Diretos
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não exigem preposiçãopara o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, devemos lembrar que  os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
São verbos transitivos diretos, dentre outros:
abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo amar:
Amo aquele rapaz. / Amo-o.
Amo aquela moça. / Amo-a.
Amam aquele rapaz. / Amam-no.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais).
Exemplos:
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)
Verbos Transitivos Indiretos
   Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são lhe, lhes (ambos para substituir pessoas). Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. São verbos transitivos indiretos, dentre outros:
a) Consistir
Tem complemento introduzido pela preposição "em".
Por Exemplo:
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos.
b) Obedecer e Desobedecer:
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a".
Por Exemplo:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
Eles desobedeceram às leis do trânsito.
c) Responder
Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a quem" ou "ao que" se responde.
Por Exemplo:
Respondi ao meu patrão.
Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva analítica. Veja:
O questionário foi respondido corretamente.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
d) Simpatizar e Antipatizar
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com".
Por Exemplo:
Antipatizo com aquela apresentadora.
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privilegiada.
Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos
   Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso implique modificações de sentido. Dentre os principais, temos:
Abdicar
Abdicou as vantagens do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo.
Acreditar
Não acreditava a própria força. / Não acreditava na própria força.
AlmejarAlmejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações.
Ansiar
Anseia respostas objetivas. / Anseia por respostas objetivas.
Anteceder
Sua partida antecedeu uma série de fatos estranhos. / Sua partida antecedeu a uma série de fatos estranhos.
Atender
Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos.
Atentar
Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para esta forma de digitar.
Cogitar
Cogitávamos uma nova estratégia. / Cogitávamos em uma nova estratégia.
Consentir
Os deputados consentiram a adoção de novas medidas econômicas. / Os deputados consentiram naadoção de novas medidas econômicas.
Deparar
Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela paisagem em nossa trilha.
Gozar
Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde.
Necessitar
Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos de algumas horas para preparar a apresentação.
Preceder
              Intensas manifestações precederam a mudança de regime./ Intensas manifestações precederam à mudança de regime.
Presidir
Ninguém presidia o encontro. / Ninguém presidia ao encontro.
Renunciar
Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta.
Satisfazer
Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era difícil conseguir satisfazer-lhe.
Versar
             Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o estilo dos modernistas.
	Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse grupo:
Agradecer, Perdoar e Pagar
São verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos:
Agradeço   aos ouvintes        a audiência.
                  Objeto Indireto      Objeto Direto
Cristo ensina que é preciso perdoar    o pecado       ao pecador.
                                                                  Objeto Direto       Objeto Indireto
Paguei     o débito       ao cobrador.
              Objeto Direto      Objeto Indireto
O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado. Observe:
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
	Saiba que:
Com os verbos agradecer, perdoar e pagar a pessoa deve sempre aparecer como objeto indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto. Veja os exemplos:
A empresa não paga aos funcionários desde setembro.
Já perdoei aos que me acusaram.
Agradeço aos eleitores que confiaram em mim.
Informar
Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto  ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Por Exemplo:
Informe os novos preços aos clientes.
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços)
Na utilização de pronomes como complementos,  veja as construções:
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles)
Obs.: a mesma regência do verbo  informar é usada  para os seguintes:  avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
Comparar
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições "a" ou "com" para introduzir o complemento indireto.
Por Exemplo:
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança.
Pedir
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa.
Por Exemplo:
Pedi-lhe                favores.
  Objeto Indireto    Objeto Direto
                                     
Pedi-lhe                     que se mantivesse em silêncio.
Objeto Indireto        Oração Subordinada Substantiva
                                                 Objetiva Direta
	Saiba que:
1) A construção "pedir para", muito comum na linguagem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No entanto,  é considerada correta quando a palavra licença estiver subentendida.
Por Exemplo:
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
2) A construção "dizer para", também muito usada popularmente, é igualmente considerada incorreta.
Preferir
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição "a".
Por Exemplo:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Prefiro trem a ônibus.
Obs.: na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente no próprio verbo (pre).
Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado
   Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de significado. O conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão:
AGRADAR
1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar.
Por Exemplo:
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada quando o revê.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo.
2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a.  Rege complemento introduzido pela preposição "a".
Por Exemplo:
O cantor não agradou aos presentes.
O cantor não lhes agradou.
ASPIRAR
1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar.
Por Exemplo:
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o.)
2) Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição.
 Por Exemplo:
Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a elas.)
Obs.: como o objeto indireto do verbo "aspirar" não é pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas "lhe" e "lhes" e sim as formas tônicas "a ele (s)", " a ela (s)". Veja o exemplo:
Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela.)
ASSISTIR
1) Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar,  prestar assistência a, auxiliar.
Por Exemplo:
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer.
Exemplos:
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino.
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição "em".
Por Exemplo:
Assistimos numa conturbada cidade.
CHAMAR
1) Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de.
Por exemplo:
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo preposicionado ou não.
Exemplos:
A torcida chamou o jogador mercenário.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
CUSTAR
1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial.
Por exemplo:
Frutas e verduras não deveriam custar muito.
2) No sentido de ser difícil, penoso pode ser intransitivo ou transitivo indireto.
Por exemplo:
Muito custa         viver tão longe da família.
            Verbo        Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
       Intransitivo                       Reduzida de Infinitivo
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude.
        Objeto

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