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Resumo - Fisiologia Básica

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Fisiologia Básica
O corpo animal é composto por:
Tecido Epitelial;
Tecido Conjuntivo;
Tecido Muscular;
Tecido Nervoso.
Deles são criados os órgãos e destes órgãos formam os Sistemas Orgânicos:
Nervoso;
Musculoesquelético;
Endócrino;
Reprodutor;
Circulatório;
Digestório;
Respiratório;
Urinário;
Imune;
Tegumentar;
Linfático.
Todos os sistemas do organismo trabalham para a sobrevivência da própria célula.
A água representa cerca de 60% a 70% da massa corporal, sendo que, 40% são armazenados via intracelular (interior da célula) e 20% via extracelular (fora da célula) distribuídos em 15% intersticial (fluido que banha as células) e em 5% plasma (fluido sanguíneo das células compostas no sangue).
Na+ – Sódio; K+ – Potássio; Cl – Cloro; HCO3 – Hidrogenocarbonato; Prot – Proteínas.
O sódio é o principal íon extracelular.
O potássio é o principal íon intracelular.
Se a quantidade das substâncias intracelular e extracelular se igualarem a célula morre.
Homeostase: manutenção do meio interno da célula, ou seja, é a constante troca de material entre o meio interno e externo da célula que garante o bom funcionamento celular, mantendo-a em equilíbrio.
Hipertônico: células que liberam mais água do que conseguem absorver devido à alta concentração de elementos.
Isotônico: células em perfeito estado de concentração dos elementos. Mesma quantidade de água que entra também é a mesma que sai.
Hipotônico: células que absorvem mais água do que conseguem liberar devido à pouca concentração de elementos.
Sistema de retroalimentação: Mecanismo de resposta compensatória.
Retroalimentação Negativa: conjunto de respostas compensatórias contrárias ao estímulo que produz o desequilíbrio. Importante na manutenção da homeostase e impede que respostas compensatórias continuem indefinidamente. Pode ocorrer ao nível orgânico, celular e molecular; - Exemplo: quando a pressão arterial se eleva além da normalidade, o organismo inicia a ativação de mecanismos que atuam em diferentes locais do corpo com o objetivo de diminuir a pressão, assim, faz um feedback negativo. Todavia, se a pressão arterial diminui além dos limites aceitáveis, então outros mecanismos são acionados para produzir a elevação da pressão; isso também é feedback negativo.
Retroalimentação Positiva: conjunto de respostas afim de aumentar o desequilíbrio inicial, fortalecendo o desequilíbrio que gerou a instabilidade; - Exemplo: as contrações uterinas iniciam-se sutilmente para produzir a expulsão do concepto e tendem a aumentar. Logo, é a resposta somada dos estímulos de contração da musculatura uterina que tornam as contrações cada vez mais potentes e permitem a expulsão do concepto via baixa (parto normal).
Anteroalimentação: é a antecipação da resposta homeostática. Melhora a eficiência da retroalimentação, visto que a variável começa a ser ajustada antes de se modificar. Exemplo: secreção de sucos digestivos ao ver ou sentir o cheiro da comida.
Componentes dos sistemas homeostáticos: Reflexos (respostas não premeditadas, involuntárias e específica a um estímulo) e Hormônios (mensageiros químicos liberados na corrente sanguínea).
Homeotérmico: mantém sua temperatura constante (aves e mamíferos).
Pecilotérmico: mantém sua temperatura em função do calor ambiente (répteis, anfíbios e peixes).
Mecanismos que geram calor: metabolismo celular e contração muscular. Exemplo: fígado, coração e musculatura dos membros.
O sangue é o transferidor de calor a partir dos tecidos de produção.
Mecanismos para a perda calor: Pele e trato respiratório.
Pontos de ajuste: Ponto de equilíbrio onde a homeostase tenta se manter. Exemplo: Temperatura ~ 38,0°C – 39,3°C (cão).
Troca de calor com o ambiente: Convecção (contato da pele com a água ou com o ar); Condução (contato da pele com uma superfície quente ou fria); Radiação (perda de calor por emissão de radiação eletromagnética); Evaporação (saliva, suor e secreções respiratórias)
Receptores termossensíveis: Sistema Nervoso Central (hipotálamo e mesencéfalo) e pele.
Estrutura da membrana celular:
Dupla camada lipídica (formada por fosfolipídeos, sendo o Ácido Aracdônico um dos ácidos graxos fosfolipídeos essenciais da membrana celular);
Proteínas (responsáveis pelo transporte de substâncias, funcionam como receptores e sinalizadores celulares). Proteínas integrais: atravessam a membrana celular, possuem dois domínios chamadas de intracelular e extracelular; Proteínas periféricas: Não se inserem na membrana.
Moléculas lipossolúveis atravessam a membrana com facilidade.
Moléculas hipossolúveis necessitam de transportes específicos para atravessar a membrana.
Proteínas importantes na membrana: Canais iônicos, Bomba de sódio e potássio (Na+/K+ ATPase – responsável pela repolarização da célula), Proteína G, Receptores de superfície, Aquaporinas (permitem a passagem de água com muito mais facilidade) e Proteínas marcadoras de superfície (CD – Cluster of Differentiation).
Osmose: fluxo de água através da membrana celular, do meio menos concentrado para o mais concentrado.
Osmolaridade: concentração de partículas osmoticamente ativas numa solução.
Pressão osmótica: força que impulsiona a osmose, gerada pela presença de solutos nas soluções.
Pressão oncótica/coloidosmótica: pressão osmótica gerada por proteínas.
Pressão hidrostática: força exercida pelos líquidos sobre uma superfície (parede de vasos ou membrana celular) e impulsiona a passagem de líquidos através dessa barreira.
Difusão simples: fluxo espontâneo de partículas através da membrana. Ocorre do meio de maior concentração para o de menor concentração (gradiente de concentração). Não gasta energia.
Difusão facilitada: fluxo que depende de um “carreador” (transportador) para atravessar a membrana. A concentração é igual da difusão simples, porém ocorre de forma mais rápida. Não gasta energia.
Transporte ativo primário: Sua concentração ocorre ao contrário das difusões (do meio menos concentrado para o mais concentrado). Necessita de carreador. Gasta energia.
Transporte ativo secundário: transporte onde dois ou mais solutos é acoplado. Um dos solutos é transportado a favor do gradiente de concentração que fornece energia para o transporte de um segundo soluto contra o gradiente de concentração. Cotransporte: os dois solutos se deslocam na mesma direção; Contratransporte: os solutos se deslocam em sentidos opostos.
Diferença de potencial da membrana celular: meios intra- e extra-celulares possuem cargas elétricas, sendo que o meio intracelular será sempre negativo e o meio extracelular positivo. Importante contribuinte para a geração do eletroquímico do Na+, cria condições para a rápida entrada de íons Ca²+ (Cálcio) no citoplasma e mantém a estabilidade da membrana plasmática.
Cada célula possui sua diferença de potencial própria.
Potencial de Repouso: é a diferença de potencial quando a célula não está exercendo sua função.
Despolarização: estímulo que eleva o potencial da membrana da célula. Responsável pela entrada de Na+.
Hiperpolarização: estímulo que diminui o potencial de membrana. Responsável pela saída de K+.
Potencial de Ação: é quando a célula despolariza, por alguns instantes, por completo e retorna ao potencial de repouso.
Potencial Limiar: limite onde a célula necessita de estímulo para que o potencial de ação ocorra espontaneamente.
Repolarização: equilíbrio do potencial da membrana.
Sinapse: local de encontro entre um neurônio e outra célula (neurônio, fibra muscular ou glândula) onde a informação é transmitida. Sinapse química: comunicação entre um neurônio e outra célula sem contato físico se comunicam através de liberação de substâncias químicas. São mais abundantes no organismo; Sinapse elétrica: comunicação entre dois neurônios fundidas uma a outra e se comunicam pela condutância iônica direta. Menos abundantes no organismo.
Arranjos sinápticos: Sinapse um para um: um neurônio ligado para cada outra célula (junção neuromuscular, por exemplo); Sinapse muitos para um: um neurônio ligadoa várias outras células (neurônios no SNC – Sistema Nervoso Central).
Neurotransmissores: causam alteração no potencial elétrico da célula pós-sináptica. 
Principais neurotransmissores:
Acetilcolina: neurotransmissor, em sua maioria, excitatório. Opera diretamente nos canais iônicos (geralmente de Na+) ou por mensageiros (Proteína G). Importante para a contração muscular e para a transmissão ganglionar no SNC e SNA. É degradada por uma enzima da fenda sináptica, a Acetilcolinesterase (AChE). Receptores da acetilcolina: Nicotínicos (N) e Muscarínicos (M);
Catecolaminas: Noradrenalina: Sintetizada a partir do aminoácido tirosina. Neurotransmissor excitatório. Liga-se a receptores chamados de adrenérgicos presentes nos neurônios, fibras musculares e cardíacas. Opera por segundos mensageiros. Receptores da Noradrenalina: adrenérgicos (α[1 ou 2] ou β[1, 2 ou 3]); Dopamina: Sintetizada a partir do aminoácido tirosina. Neurotransmissor excitatório. Possui 5 receptores. Opera por segundos mensageiros. Receptores da Dopamina: D1, D2, D3, D4 e D5;
Glutamato: Neurotransmissor excitatório. Possui 4 subtipos de receptores (NMDA – AMPA – Cainato – mGlur);
Serotonina: Neurotransmissor excitatório em maior quantidade no tronco encefálico. Sintetizada a partir do aminoácido triptofano. Regula humor, comportamento e apetite. Homeostase da circulação encefálica;
Ácido aminobutírico (GABA): Neurotransmissor inibitório mais importante. É utilizado por 1/3 dos neurônios. Influencia o controle motor e atividade cerebral geral. Receptores do GABA: GABAa: acoplado a canais de Cl, aumenta sua condutância, GABAb: acoplado a canais de K, aumenta sua condutância;
Glicina: Neurotransmissor inibitório importante no SNC. Hiperpolariza a membrana neuronal. Importante para o controle medular da contração muscular;
Óxido nítrico (NO): Neurotransmissor inibitório de ação curta. Produzido por neurônios no trato gastrointestinal, vasos sanguíneos e SNC. Promove importante relaxamento da musculatura lisa e vasos sanguíneos.
Sistema Muscular: formado por fibras musculares que reduzem a sua dimensão.
Musculatura estriada esquelética: produz movimento. Composta por feixes de células cilíndricas longas multinucleadas. Apresentam estrias transversais. São músculos neuro-operados (dependem do SN para realizar trabalho. Contração rápida, vigorosa e voluntária. Comunicação através do estímulo da placa motora.
Musculatura estriada cardíaca: bombeamento de sangue. Composta por feixes de células longas e ramificadas que podem ser mononucleares (1 núcleo) ou binucleares (2 núcleos). Possuem discos intercalares. São músculos neuro-regulados (possuem automatismo – não precisam do SN para realizar o trabalho). Comunicação através da condutância iônica natural;
Musculatura lisa: parte da função visceral. Composta por aglomerados de células fusiformes mononucleares. Não possuem estrias. São músculos neuro-regulados. Processo lento de contração. Comunicação através da condutância iônica natural.
Sarcômeros: unidades contráteis existentes apenas nas musculaturas esquelética e cardíaca. Formados pelas proteínas contráteis.
A fibra muscular para se contrair necessita de um potencial de ação, aumento se concentração de Ca (Cálcio) intracelular e deslocamento da Actina sobre a Miosina.
O retículo endoplasmático é o grande armazenador de Ca.
Proteínas contráteis: Actina e Miosina.
Proteínas reguladoras: Troponina e Tropomiosina.
Tetanização: propriedade do músculo esquelético que permite uma contração prolongada. Potenciais de ação deflagrados sobre o músculo sustenta o acúmulo de Ca²+ citoplasmático que prolonga o tempo para o ciclo das pontes cruzadas e, assim, fazendo com que o músculo não relaxe.
Reflexo: resposta involuntária do sistema nervoso a um estímulo.
Componentes do arco reflexo:
Receptor sensorial: transforma energia ou a presença de elementos químicos em potenciais de ação no neurônio sensorial (aferente). Os receptores podem ser células especializadas ou a própria terminação nervosa do neurônio sensorial;
Neurônio sensorial (aferente): transmite a informação sensorial em direção ao SNC. A chegada da informação se dá na raiz dorsal da medula ou no encéfalo;
Sinapse no SNC: sinapse direta entre via aferente e eferente (monossináptico). Interneurônios entre a via aferente e a eferente (polissináptico);
Neurônio motor (eferente): transmite a informação para fora do SNC. Os neurônios motores deixam o SNC através das raízes ventrais e dos nervos cranianos;
Órgão alvo: Geralmente um múculo.
	Reflexos intersegmentares: o trajeto do arco reflexo percorre uma grande distância, envolvendo o encéfalo e medula.
	Reflexos segmentares: o trajeto do arco reflexo fica restrito a um único segmento.
	Órgão receptores do músculo esquelético:
Fuso muscular: grupos de 3 a 12 fibras musculares especializadas, as fibras do fuso (intrafusais – possui polos [possuem elementos contráteis e são inervados por motoneurônios ɣ [gama] e equador [não possui elementos contráteis e se originam os neurônios sensoriais [vias aferentes]) estão dispostas em paralelo às extrafusais e estão ligadas à sua matriz;
Órgão tendinoso de Golgi: cápsula fibrosa localizada nos tendões dos músculos esqueléticos é responsável por receber a tensão sobre o tendão durante a contração muscular.
Reflexo de estiramento do fuso muscular: produz contração reflexa do mesmo grupo.
As fibras intrafusais sofrem estiramento;
O equador despolariza, promovendo e transmitindo potenciais de ação às fibras sensoriais;
As fibras sensoriais estabelecem conexões monossinápticas com neurônios motores α, que inervam as fibras extrafusais;
O grupo muscular contrai e sofre encurtamento;
A região equatorial do fuso encurta e isto reduz a frequência dos potenciais de ação sobre os neurônios sensoriais.
	Reflexo do órgão tendinoso de Golgi:
Ocorre encurtamento do grupo muscular;
O órgão é submetido à tensão;
O estiramento da matriz de fibras colágenas estimula as terminações nervosas sensoriais;
Há geração de potenciais de ação no neurônio sensitivo;
Ativação de interneurônios inibitórios;
Inibição de motoneurônios α do mesmo grupo muscular.
	Neurônio motor interior: é um motoneurônio α excitatório, possui origem no SNC, no corno ventral da medula espinhal ou nos núcleos dos nervos cranianos. É a via final para a contração muscular.
	Neurônio motor superior: controla o neurônio motor inferior, localizados somente no SNC. Fazem sinapse com o neurônio motor inferior e modulam, normalmente inibindo, sua função.
	Os neurônios motores possuem importância clínica por estabelecerem a localização da lesão. A lesão do neurônio motor inferior produz paralisia flácida do grupo muscular (atrofia do membro inervado e ausência de reflexos). A lesão do neurônio motor superior pode provocar distúrbios de locomoção até paralisia espástica do grupo muscular inervado (pode não haver atrofia e há presença de reflexos, frequentemente exagerados).
	Sistema Nervoso Autônomo (SNA): segmento do sistema nervoso responsável pelo controle involuntário das musculaturas lisa e cardíaca, e glândulas. Apresenta duas importantes divisões: simpática e parassimpática.
	Gânglios autônomos: localização das sinapses entre neurônios.
	Gânglios parassimpáticos localizam-se nos órgãos efetores ou próximos deles e gânglios simpáticos localizam-se na cadeia paravertebral (paralelo à coluna).
	Neurônios pré-ganglionares: fazem sinapse no gânglio autônomo e se originam no SNC.
	Os neurônios pré-ganglionares no SNA simpático originam-se nos segmentos T1-L3 da medula espinhal (toracolombar) e os neurônios pré-ganglionares no SNA parassimpático originam-se nos núcleos dos nervos cranianos e nos segmentos S2-S4 da medula espinhal (craniossacral).
	Neurônios pós-ganglionares simpáticos e parassimpáticos: fazem sinapse nos órgãos efetores e se originam nos gânglios autônomos.
	A medula adrenal é um gânglio especializado do sistema nervoso simpático. As fibras pré-ganglionares simpáticas fazem sinapsecom as células cromafins da medula adrenal. As células cromafins secretam adrenalina (80%) e noradrenalina (20%) na corrente sanguínea.
	Centros autônomos:
Bulbo: centro vasomotor, centro respiratório, centros de deglutição, tosse e vômito;
Ponte: centro pneumotáxico;
Mesencéfalo: centro de micção;
Hipotálamo: centro de regulação da temperatura, centros reguladores da sede e ingestão de alimentos.
Neurotransmissores no SNA:
Neurônios adrenérgicos: liberam noradrenalina;
Neurônios colinérgicos: liberam acetilcolina (ACh);
Neurônios pré-ganglionares (simpático ou parassimpático) e os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos são colinérgicos.
Neurônios pós-ganglionares simpáticos são adrenérgicos.
Tipos de receptores no SNA:
Receptores adrenérgicos (α1, α2, β1, β2):
α1:
Músculo liso vascular da pele e região esplâncnica;
Esfíncteres gastrintestinais e vesical;
Músculo radical da íris;
Ao serem estimulados, produzem excitação (contração).
α2:
Terminações nervosas simpáticas pós-ganglionares (autorreceptores);
Parede do trato gastrintestinal;
Adipócito;
Com frequência, produzem inibição (relaxamento ou dilatação) ao serem estimulados.
β1:
Coração;
Quando estimulados, produzem excitação.
β2:
Musculatura lisa vascular dos músculos esqueléticos;
Musculatura lisa brônquica;
Parede do trato gastrintestinal;
Parede da bexiga;
Quando estimulados produzem inibição (relaxamento ou dilatação).
Receptores colinérgicos:
Nicotínicos (N):
Localizados nos gânglios e medula adrenal;
Quando ativados, produzem excitação.
Muscarínicos (M):
Localizados no coração (M2);
Musculatura lisa (M3) e glândulas (M3);
Quando estimulados, produzem inibição no coração (M2) e excitação sobre a musculatura lisa e glândulas (M3).
A maioria dos órgãos viscerais recebe dupla inervação, ou seja, tanto simpático quanto parassimpático. Os efeitos da estimulação simpática e parassimpática são, na grande maioria, antagônicos.
Efeitos do SNA sobre alguns órgãos e sistemas
	
	Ação Simpática
	Ação Parassimpática
	Coração
	Aumento da frequência cardíaca
Aumento da contratilidade
	Diminuição da frequência cardíaca
Diminuição da contratilidade (átrios)
	Músculo Liso Vascular
	Constrição nos vasos da pele e esplâncnicos (gastrintestinal)
Dilatação dos vasos da musculatura esquelética e coronariana
	
	Sistema Gastrointestinal
	Diminuição da motilidade
Constrição dos esfíncteres
	Aumento da motilidade
Relaxamento dos esfíncteres
	Bronquíolos
	Dilatação do músculo bronquiolar
	Constrição do músculo bronquiolar
	Bexiga
	Relaxamento da parede vesical
Constrição do esfíncter
	Contração da parede vesical
Relaxamento do esfíncter
	Glândulas Sudoríparas
	Aumento da sudorese
	
	Rim
	Secreção de Renina
	
	Olho
	Dilatação da pupila (Midríase)
Dilatação do músculo ciliar
(Visão de longe)
	Constrição da pupila (Miose)
Relaxamento do músculo ciliar
(Visão de perto)
	Adipócitos
	Aumento da lipólise
	
Midríase: estímulos dados aos olhos na pupila ocorrendo a dilatação.
Miose: estímulos dados aos olhos na pupila ocorrendo a constrição.
Tônus (parassimpática e simpática): intensidade da atividade do SNA.
O predomínio de um efeito simpático ou parassimpático depende de qual atividade irá prevalecer, em função do tônus. Ex.: estresse cursam com o aumento do tônus simpático e relaxamento cursam com aumento do tônus parassimpático.
Reação de luta ou fuga: intensa atividade simpática, que leva à modificação da fisiologia orgânica para que o organismo consiga superar uma situação de estresse elevado, com o indivíduo “lutando ou fugindo”.
Constrição dos vasos da pele e trato gastrointestinal;
Dilatação dos vasos da musculatura esquelética;
Aumento da contratilidade cardíaca e do débito cardíaco;
Dilatação coronariana;
Elevação da glicemia;
Aumento da taxa metabólica;
Midríase;
Contração dos esfíncteres urinários e gastrointestinais;
Contração esplênica;
Broncodilatação;
Piloereção;
Diminuição do tempo de coagulação;
Elevação do limiar da dor.
Sistema Vestibular: importante sistema sensorial que detecta a aceleração angular e linear da cabeça (equilíbrio). Participa dos reflexos que coordenam e ajustam a postura. Ajustam a posição da cabeça e dos olhos para melhorar a acuidade visual. Está localizado na orelha interna.
Anatomia auricular:
Orelha externa: cartilagem auricular, canal vertical e canal horizontal;
Orelha média: membrana timpânica, bula timpânica e ossículos (martelo, bigorna e estribo);
Orelha interna: labirinto ósseo e labirinto membranoso:
Aparelho vestibular: canais semicirculares, utrículo, sáculo, cúpula e ampola;
Cóclea: órgão receptor da audição.
Labirinto membranoso: fina camada epitelial no interior do labirinto ósseo. Possui células especializadas (em algumas regiões) em traduzir estímulos sensoriais mecânicos em impulsos elétricos nas terminações nervosas. É preenchido por um líquido chamado endolinfa (rico em K) e banhado por um líquido chamado perilinfa (rico em Na).
Célula ciliada: é o receptor sensorial do sistema vestibular. Possuem cílios arranjados por tamanho, que se movem frente a um estímulo mecânico. Fazem sinapse com neurônios sensoriais que conduzem potenciais de ação em direção ao tronco encefálico (cabeça).
Matriz gelatinosa: substância que imerge os cílios.
Quando os cílios sofrerem deslocamento em direção ao cinocílio (maior cílio), a célula ciliar despolatiza e aumenta a frenquência de disparos no neurônio sensitivo.
Quando os cílios sofrerem deslocamento em direção aos estereocílios (menores cílios), a célula ciliar hiperpolatiza e diminui a frequência de disparos no neurônio sensitivo.
O sistema vestibular é subdividido em 2 regiões que vai identificar movimentos específicos chamados de ducto semicirculares e os sáculos.
Canais semicirculares são específicos no movimento de rotação da cabeça.
Utrículo e sáculos são específicos em perceber o movimento de inclinação estacionária da cabeça e aceleração.
Aceleração linear: deslocamento da cabeça para frente ou para trás.
A informação para o SNC se dá como alterações na frequência de ativação dos potenciais de ação de neurônios sensoriais.
Diferenças entre o sentido olfativo e gustativo
	Gostos
	Cheiros
	Sentido proximal
	Sentido distal
	As partículas químicas que produzem sensações gustativas são poucas
	Há muitas partículas diferentes que produzem odores distintos
	SNC: Córtex parietal
	SNC: Córtex temporal
	Semelhanças entre sentido olfativo e gustativo: Ambos os sentidos são químicos (partículas em fluídos ou em suspensão no ar). Os dois sentidos são utilizados para compor os sabores.
	Gustação: sentido que provê informação sobre os alimentos. Ex.: gostos de doces são agradáveis e encontrados em alimentos altamente calóricos.
	Sabores: salgado, doce, azedo, amargo e umami (sabor muito agradável, presente e diversos alimentos ricos em glutamato).
	Papilas gustativas: são elevações do epitélio oral (língua) que contém as estruturas receptoras dos sabores (o botão gustativo). São menos numerosas nas espécies domésticas (cão: ~ 1700) do que no homem (~9000).
	Botão gustativo: estrutura que contém células especializadas em identificar partículas químicas de sabores. Cada botão contém 50 a 100 células gustativas. As células se reciclam a cada 7 – 10 dias. Hipófise da célula gustativa única (as células de um mesmo botão respondem a um único tipo de sabor). Os botões fazem sinapse com um nervo sensitivo.
	Sabores salgados e azedos usam mecanismos ligados para despolarizar a célula gustativa à canais iônicos.
	Sabores doces, amargos e umami ativam receptores metabolotrópicos (dependentes de segundos mensageiros). O efeito final será a liberação de neurotransmissores (serotonina) ou ATP pela célula gustativa.
	Haverá despolarização e potenciais de ação no nervo sensitivo.
	Vias nervosas: as fibras sensitivas compõem os feixes aferentes dos nervos facial (VII), glossofaríngeo (IX) e vago (X). O trajeto eferente,até o córtex parietal passa por núcleo do trato solitário e tálamo.
	Olfação: sentido que provê informação sobre partículas químicas dispersas no ar. Ex.: odores atrativos dos alimentos.
	Sistema olfatório:
Narinas;
Cavidade nasal;
Conchas nasais (dorsal, ventral e etmoidal);
Meatos
Membrana mucosa (respiratória e olfatória);
Órgão vomeronasal.
	Os humanos são menos sensíveis aos odores que os animais. O sentido da olfação é reduzido durante o envelhecimento. A olfação está intimamente relacionada à memória.
	Sabor: é o resultado de uma interação sensorial entre cheiro e gosto.
	Mucosa olfatória (epitélio olfatório): 
Células olfatórias: neurônios especializados, com cílios que se projetam para a cavidade nasal. Possuem os receptores para as moléculas “odoríferas”.
Células de sustentação;
Células basais: são progenitoras das células olfatórias, que são renovadas a cada 30-60 dias, em média.
	Mecanismo de ativação da célula olfatória: os cílios de uma célula têm receptores para um único padrão molecular. Os receptores são metabolotrópicos. Ao ser estimulado pelo padrão molecular, esta célula despolariza. O padrão molecular tem que ser volátil e se solubilizar no muco. O impulso é transmitido ao bulbo olfatório.
	Órgão vomeronasal: é o epitélio especializado em reconhecer substâncias denominadas feromônios.
	Feromônios: pequenas moléculas liberadas pelos animais (mamíferos ou não) e influenciam o comportamento sexual e a demarcação de território.
Sistema endócrino
	Hormônios: são mensageiros químicos celulares, lançados (secretados) na corrente sanguínea e que irão atuar a longas distâncias.
	Natureza hormonal: 
Peptídeos/proteínas;
Esteróides (derivados do colesterol);
Aminas (derivados do aminoácido tirosina).
Principais glândulas endócrinas e seus respectivos hormônios
	Glândula
	Hormônio (abrev.)
	Hormônio (nome)
	Hipotálamo
	TRH
	Hormônio liberador de tireotropina
	
	CRH
	Hormônio liberador da corticotropina
	
	GnRH
	Hormônio liberador das gonadotropinas
	
	GHRH
	Hormônio liberador do hormônio do crescimento
	
	SRIF
	Hormônio inibidor da liberação de somatotropina
	
	PIF
	Fator inibidor da prolactina (dopamina)
	Hipófise (adeno-hipófise)
	TSH
	Hormônio tireoestimulante (tireotropina)
	
	ACTH
	Hormônio adrenocorticotrófico (corticotropina)
	
	FSH
	Hormônio folículo estimulante
	
	LH
	Hormônio luteinizante
	
	GH
	Hormônio de crescimento
	
	---
	Prolactina
	Hipófise (neuro-hipófise)
	---
	Ocitocina
	
	ADH
	Hormônio anti-diurético (vasopressina)
	Tireóide
	T₃
	Triidotironina
	
	T₄
	Tiroxina
	
	---
	Calcitonina
	Paratireóide
	PTH
	Paratormônio
	Adrenal
	---
	Cortisol (glicocorticoides)
	
	---
	Aldosterona (mineralcorticoides)
	Pâncreas
	---
	Insulina
	
	---
	Glucagon
	
	---
	Somatostatina
	Ovário
	---
	Estradiol
	
	---
	Progesterona
	Testículo
	---
	Testosterona
	Hipotálamo: estrutura do sistema nervoso central que, além do seu papel integrador de informações, secreta alguns hormônios.
	Muitos outros tecidos, além das glândulas endócrinas clássicas, são capazes de produzir hormônios. Ex.: células da mucosa do estômago produzem gastrina. Placenta pode produzir hormônios pró-gestacionais.
	A regulação da secreção hormonal atua através da retroalimentação negativa e positiva.
	A sensibilidade dos tecidos ao hormônio é determinada pela densidade (número) ou sensibilidade dos receptores.
	Infrarregulação (down-regulation) dos recptores: o hormônio diminui a expressão dos receptores para ele próprio ou a outro hormônio.
	Suprarregulação (up-regulation) dos receptores: o hormônio aumenta a expressão e a sensibilidade de receptores para ele próprio ou a outro hormônio.
	O mecanismo de ação hormonal depende, principalmente, da capacidade de o hormônio penetrar ou não na membrana celular.
	Os hormônios esteroides ou tireoidianos podem atravessar a membrana celular e se ligar aos seus receptores presentes no citoplasma ou no núcleo da célula.
	Os hormônios de natureza peptídica não conseguem atravessar a membrana celular e se ligam à receptores na superfície da célula, o que induz a ativação dos chamados segundos mensageiros.
Mecanismos de segundos mensageiros:
Proteína G:
Adenilato ciclase:
O receptor hormonal é ativado;
A subunidade α é acoplada ao GTP e proteína G é ativada;
A proteína G ativada se liga à enzima adenilato ciclase e pode ativa-la ou inibi-la;
Se ativada, a adenilato ciclase aumenta a produção de AMPc (AMP-cíclico);
A AMPc ativa uma outra enzima (a proteinoquinase A), a qual ativará diversas outras enzimas e ocasionará as respostas celulares específicas.
IP₃ (inositol-trifosfato):
O receptor hormonal é ativado;
A subunidade α é acoplada ao GTP e a proteína G é ativada;
A proteína G se liga à enzima fosfolipase C;
A fosfolipase C, através da degradação de fosfolipídeos da membrana, libera diacilglicero e IP₃;
O IP₃ mobiliza Ca²⁺ do retículo endoplasmático;
Juntos, Ca²⁺ e diacilglicerol ativam a enzima proteinoquinase C que fosforila e ativa uma série de outras proteínas celulares, levando ao efeito fisiológico.
Receptores catalíticos: os receptores celulares possuem domínios intracelulares com atividade enzimática.
Guanilil ciclase: a ativação desta enzima converte GTP em GMP cíclico (GMPc – segundo mensageiro e ativará proteínas que levam à resposta fisiológica);
Tirosinoquinase: a ativação desta enzima induz a ativação de uma série de transdutores de sinal e ativadores de transcrição (STAT), o que leva à transcrição de novos RNAm e consequente síntese de proteína (GH e a insulina se utilizam deste mecanismo).
	Hipófise: pequena glândula localizada na base do encéfalo (sela túrcica). Ligada anatomicamente ao hipotálamo. Maestra das glândulas endócrinas. Morfológica e funcionalmente dividida em 2 partes:
Neurohipófise (hipófise posterior);
Tecido nervoso;
Neurônios secretores de hormônios.
Secreta os hormônios:
Anti-diurético (ADH) ou vasopressina;
Ocitocina.
Adenohipófise (hipófise anterior);
Tecido glandular, de origem epitelial.
Secreta os hormônios:
Hormônio do crescimento (GH);
Prolactina;
ACTH (corticotropina);
TSH (hormônio tireo-estimulante);
FSH (hormônio folículo-estimulante);
LH (hormônio luteinizante).
	Hormônios hipotalâmicos: são hormônios produzidos no hipotálamo e que regulam (estimulando ou inibindo) a secreção dos hormônios hipofisários. Importante integração neuroendócrina. São hormônios hipotalâmicos: TRH (h. liberador do TSH), CRH (h. liberador do ACTH), GnRH (h. liberador de LH e FSH), GHRH (h. liberador de GH) e PIF (h. inibidor da prolactina).
	Hormônio do Crescimento (GH): é o mais importante para o crescimento normal até a fase adulta. A liberação ocorre de forma pulsátil, sendo influenciada por:
Sono, estresse, esteroides sexuais (puberdade), inanição, exercício físico e hipoglicemia: aumentam a secreção de GH.
Somatostatinas, somatomedinas, obesidade, hiperglicemia e gestação: diminuem a secreção do GH.
	GHRH estimula a síntese e secreção hipofisária do GH. Além também de inibir sua própria secreção no hipotálamo.
	Somatostatina inibe a resposta hiposifária ao GHRH (diminui a liberação do GH).
	As somatomedinas são fatores de crescimento produzidos nos tecidos por ação do GH. Inibem a secreção de GH pela hipófise e estimulam a produção de somatostatina hipofisária.
	O GH inibe sua secreção hipofisária (via somatomedinas).
Deficiência do GH:
Retardo do crescimento, baixa estatura, obesidade discreta e puberdade tardia (em crianças);
Causas: diminuição do GH, diminuição do GHRH, incapacidade de produzir IGF no fígado, deficiência do receptor de GH ou IGFs.
Excesso do GH:
Gigantismo (antes da puberdade; aumento no crescimento linear);
Acromegalia (após a puberdade; aumento no crescimento das extremidades; crescimento visceral);
Causas: tumores hipofisários; iatrogenia.
	Prolactina: hormônio responsável pela lactogênese (produção de leite),desenvolvimento da glândula mamária (em conjunto com o estrógeno) e inibe a ovulação (diminuição do GnRH). Estruturalmente semelhante ao GH. É inibida pela Dopamina e estimulada pelo TRH. A prolactina inibe sua secreção por estimular a liberação de dopamina hipotalâmica.
	Ocitocina: hormônio produzido no hipotálamo e secretado na neuro-hipófise durante a sucção (principal estímulo) que estimula a lactogênese (a percepção do lactente pode estimular neurônios hipotalâmicos a secretar ocitocina), e durante a dilatação do colo uterino (feedback positivo) no momento do parto (contração uterina).
	Vasopressina (ADH): hormônio produzido no núcleo supraóptico do hipotálamo e secretado na neuro-hipófise. Regula a osmolaridade sanguínea por meio do aumento da permeabilidade à água na porção final dos túbulos distais e ductos coletores dos rins. Também é um importante vasopressor, liberado massivamente em situações de trauma e cirurgia.
	Aumentam a secreção do ADH
	Diminuem a secreção do ADH
	Aumento da osmolaridade sérica
	Diminuição da osmolaridade sérica
	Redução do volume circulante
	Consumo de etanol
	Dor
	α-agonistas
	Hipoglicemia
	Peptídeo natriurético atrial (ANP)
	Nicotina, opiáceos
	
Aumenta a permeabilidade à água:
Aumenta a expressão da aquaporina 2 (AQP2) nos túbulos distais e ductos coletores renais;
Efeito mediado via receptor V₂;
Atua via mecanismo proteína G/AMPc.
Contração do músculo liso vascular:
Efeito mediado via receptor V₁;
Atua via mecanismo IP₃/Ca²⁺.

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