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Conceito sociológico do Direito
BASEADO NO CAPITULO 3 DO LIVRO: PROGRAMA DE SOCIOLOGIA JURIDICA 
Como tem sido assinalado por muitos autores, é o Direito a única relação inteiramente determinada pela coexistência humana e que se exaure de homem para homem. Cuida, pois, o Direito da disciplina das relações extrínsecas do homem, cabendo à moral a disciplina de suas relações intrínsecas (p. 25).
O QUE É CONCEITO SOCIOLOGICO DO DIREITO?
O direito, como já ficou assentado, é fato social que se manifesta como uma das realidades observáveis na sociedade. É fenômeno social, assim como a linguagem, a religião, a cultura, que surge das inter-relações sociais que se destina a satisfazer necessidades sociais, tais como prevenir e compor conflitos (p. 24).
Definição a parte: 
Conjunto de normas de conduta universais, abstratas, obrigatórias e mutáveis, impostas pelo grupo social, destinadas a disciplinar as relações externas do indivíduo, objetivando prevenir, compor e criar conflitos.
O QUE SÃO NORMAS DE CONDUTA?
Se o Direito está ligado à ideia de organização e conduta, então deve ser ele entendido como um conjunto de normas de conduta que disciplinam as relações sociais. O mundo do Direito é o mundo das relações entre os homens, pois na conjugação desses dois elementos – a sociedade e o indivíduo – encontramos sua razão de ser (p 24 e 25).
Definição a parte: 
Uma norma é uma regra que deve ser respeitada e que permite ajustar determinadas condutas ou atividades. No âmbito do direito, uma norma é um preceito jurídico. As normas jurídicas podem dividir-se em normas imperativas (são independentes da vontade do sujeito, já que não podem prescindir do seu conteúdo) e normas dispositivas (são prescindíveis partindo do princípio de autonomia da vontade).
Definição a parte 2: 
Norma = Regras = Leis
Conduta = comportamento 
Sociedade = grupo humano que habita em certo período de tempo e espaço, seguindo um padrão comum; coletividade.
QUAIS SÃO AS CARACTERISTICAS DA NORMA DE CONDUTA?
Trata-se de normas de conduta que se destinam a todos, aplicáveis a todas as relações abrangíveis pelo seu escopo. Por isso são chamadas normas universais ou genéricas. São também abstratas porque não se referem a casos concretos quando de sua elaboração, mas sim a casos hipoteticamente considerados (p. 25).
O QUE É OBRIGATORIEDADE?
Em regra, são normas obrigatórias, isto é, de observância necessária. E nem poderia ser diferente, sob pena de o Direito não atingir os seus objetivos. Claro está que, se a observância das normas jurídicas fosse facultativa, totalmente inócua se tornaria a disciplina por elas imposta. Seria um tiro sem bala (p. 25).
A obrigação é, portanto, elemento fundamental do Direito, embora à primeira vista possa parecer paradoxal. Para o público em geral, a palavra direito dá ideia de privilégio, faculdade, regalia, liberdade, ou seja, tudo que é oposto à obrigação. Esquecemo-nos, entretanto, que, na exata medida em que o Direito nos confere um benefício, vantagem ou poder, cria uma obrigação ou dever para outrem, e vice-versa (p.25).
Alguns autores, em lugar de obrigatoriedade, preferem falar em coercibilidade da norma, para indicar que ela envolve a possibilidade jurídica de coação. Esta, a rigor, é a principal diferença entre a norma jurídica e a regra moral. A moral é incompatível com a força ou coação mesmo quando estas se manifestam juridicamente organizadas (p.25).
O QUE É SANÇÃO?
A obrigação não pode existir sem sanção. Por isso alguns teóricos chegam a definir o Direito como um sistema de sanções (p.25).
Sanção é a ameaça de punição para o transgressor da norma. É o prometimento de um mal, consistente em perda ou restrição de determinados bens, assim como na obrigação de reparar o dano causado, para todo aquele que descumprir uma norma de Direito. É a possibilidade de coação da qual a norma é acompanhada (p.26).
Há, em nosso entender, uma pequena diferença entre sanção e pena, embora na prática os autores e a própria lei não a considerem. Sanção é a ameaça de castigo para o transgressor da norma, e pena já é o próprio castigo imposto; sanção é a pena abstratamente considerada, e pena é a sanção concretizada; a sanção é cominada pelo legislador, e a pena é fixada pelo juiz; a sanção exerce uma coação psicológica sobre os indivíduos, ao passo que a pena exerce uma coação física ou material (p. 26).
ORIGEM DAS NORMAS DE CONDUTA. (A Escola Monista)
Englobando quase todos os juristas, esta escola entende que apenas um tipo de um grupo social – o grupo político – chamado atualmente sociedade global, está apto a criar normas de direito. A doutrina monista, que se encontra mais próxima das teorias de Hegel, Marx e Kelsen sendo igualmente ensinada pelos puristas clássicos. Um simples olhar sobre a vida social nos convence de que existiram prescrições jurídicas ates de a sociedade organizar-se em Estado.
Definição a parte: 
Para a escola monista, somente as normas produzidas pelo Estado podem ser chamadas de jurídicas, portanto, somente elas são coercíveis. 
A ESCOLA PLURALISTA.
A escola pluralista que, além de alguns juristas, compreende sociólogos e filósofos, considera que todo agrupamento de cera consistência ou expressão pode outorgar-se normas de funcionamento que ao ultrapassar o caráter de simples regulamentos, passa a alcançar verdadeira regras jurídicas.
Definição a parte: 
Já para a escola pluralista, dentro de um estado democrático de direito, o Estado tendo limites de intervenção, assegura os direitos, deixando que o privado trate de alguns assuntos, contanto que não violem a Constituição.
Ela se divide em duas espécies:
Pluralismo Consensual:
Ele é bom, positivo, vem da evolução do direito, reconhecendo que esse grupo social tem capacidade de criar regras de conduta. O Estado não conseguindo dar conta de tantas necessidades sociais, abre espaço para que associações, grupos, ONGs, etc, criem normas e ajudem a melhorar a sociedade. É o povo tendo capacidade e legitimidade de criar regras que funcionem com eficácia para toda sociedade, para uma grande melhora, para a evolução. 
Pluralismo Contraditório:
Ele é ruim, negativo, paralelo ao Estado. Também o Estado não conseguindo dar conta de tantas necessidades, portanto, enfraquecido, abre espaço para outros grupos impor regras de conduta sendo contraditória as estatais. (ex: milícia)
PROVISORIEDADE E MUTABILIDADE DAS NORMAS DE DIREITO.
Os defensores do direito natural, conforme já assinalamos, tanto os que o concebiam como tendo origem na Divindade como aqueles que o entendiam fruto da razão, consideravam o direito um conjunto de princípios permanentes, estáveis e imutáveis. 
Se pudéssemos isolar um grupo por um período de dez ou vinte anos mesmo assim, haveríamos de constatar no fim desse tempo que o grupo social havia sofrido profundas modificações. Assim é porque o próprio ser humano está em constante mudança: mudam os hábitos, pensamentos etc. da criança para o adolescente, do adolescente para o jovem, do jovem para o adulto e do adulto para o velho, daí a razão do eterno choque de gerações entre jovens e adultos.
Mudando o grupo, mudam-se também as normas de direito, razão pela qual, do ponto de vista sociológico não tem o direito caráter estável ou perpétuo, mas sim essencialmente provisório sujeito a constantes modificações

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