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ARTIGO 17º - LEI 2.848/40 | Aula 10 ART. 17º Código Penal - 06/09/2017 Resumo da aula anterior: Na aula anterior abordamos os conceitos de: Crime Consumado e sua doutrina do iter criminis, as suas fases i) cogitação: que é o ato de pensar, maquinar, desenvolver; ii) preparação: que é arrumar o modo em que a conduta será desenvolvida; iii) execução: que a colocação das fases iniciais em ação e iv) consumação: que é a reunião de todos os atos, tipificando as normas penais. Tentativa e suas classificações, sendo. i) Branca: é a tentativa sem danos físicos, ii) Cruente: é a tentativa com danos físicos, iii) Perfeita: onde ocorre perfeitamente todos os atos, porém sem a consumação e iv) imperfeita: onde os atos são interrompidos sem a possibilidade de execução. Pena por tentativa: a redução de pena dependerá exclusivamente da proximidade dos atos realizados a execução final. Desistência voluntária e arrependimento eficaz: é a abdicação da prática criminosa e a desistência voluntária do sujeito passivo, antes da consumação. Arrependimento posterior: a caracterização dependerá necessariamente ser acompanhada de crime não cruente, apresentação voluntária do agente, antes da denúncia e a reparação do dano causado. CRIME IMPOSSÍVEL Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. O crime impossível é aquele que reúne todas as etapas do iter criminis, linha de desdobramento normal da conduta, excluída a consumatória, entendendo a sua impossibilidade de consumação. O crime impossível é revestido de características próprias, sendo. I) Ineficácia absoluta do meio: É o que se utiliza para a prática da conduta criminosa, é o instrumento do crime, sem eficácia, sem potencial lesivo. II) Absoluta impropriedade do objeto: o objeto que recai a ação criminosa é impróprio para caracterizar ou tipificar o crime. A propriedade do objeto obrigatoriamente deve ser de outrem. Exemplo: Dar tiros em um cadáver, note que o objeto a qual recai a ação criminosa é imprópria, pois o cadáver já demonstra a inexistência de vida. SUJEITO DO CRIME A prática do crime só pode ser atribuída à pessoa humana, o crime envolve sujeitos e estes são classificados por: I) Ativo: é aquele que comete o ato criminoso, podendo ser. Crime comum: aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa capaz Caso não haja definição no tipo penal a pessoa, aplica-se a generalidade, maior e capaz, ler o tipo penal sem especificação da pessoa o crime será comum. Crime próprio: diz se do crime causado por aquele que é revestido de identidade. Caso a redação do tipo penal especifique a pessoa este crime será de próprio. Exemplos: a) Peculato, Corrupção, Prevaricação: Funcionalismo Público b) Infanticídio: Mãe II) Passivo: é aquele que vivenciou o crime. Exemplo: Incitar o animal a morder alguém é lesão corporal dolosa (intencional) Se o cão solto morder alguém é lesão corporal culposa (não houve a intenção) Se o cão solto morder outro animal tirando lhe a vida, neste caso é possível, subjetivamente, a vontade do sujeito passivo, em esfera civil, requerer a reparação do dano. As pessoas jurídicas, no âmbito da lei penal, não há crime vinculado a estas, exceto se o representante e ou responsável legal pela pessoa jurídica cometa o crime a favor destas, reservando se a crimes de ordem econômica popular, financeira tributária e ambiental. O crime cometido contra vitimas despersonalizadas de capacidade é considerado crime vago, não sendo punível.
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