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Acordo de Bretton Woods

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Acordo de Bretton Woods
Acordo de Bretton Woods ou ainda "Acordos de Bretton Woods" é o nome com que ficou conhecida uma série de disposições acertadas por cerca de 45 países aliados em julho de 1944, na mesma cidade norte-americana que deu nome ao acordo, no estado de New Hampshire, no hotel Mount Washington. O objetivo de tal concerto de nações era definir os parâmetros que iriam reger a economia mundial após a Segunda Guerra Mundial.
O sistema financeiro que surgiria de Bretton Woods seria amplamente favorável aos Estados Unidos, que dali em diante teria o controle de fato de boa parte da economia mundial bem como de todo o seu sistema de distribuição de capitais. Os Estados Unidos finalmente tomavam as rédeas das finanças mundiais, manobra que se recusaram a executar por pelo menos cerca de 25 anos, devido a princípios da política externa do país, que advogava o não-envolvimento em questões político-econômicas sensíveis às nações europeias.
O primeiro passo para tal hegemonia estava na transformação do dólar como moeda forte do setor financeiro mundial e fator de referência para as moedas dos outros 44 signatários de Bretton Woods. Isso equivale dizer que todas as outras moedas passariam a estar ligadas ao dólar, originalmente variando em uma margem de no máximo 1% (positivamente ou negativamente). Para dar sustento essa força dólar em escala mundial, a moeda estaria ligada ao ouro a 35 dólares, o que permitia ao portador de dólares (em teoria; na prática, pouco funcional) transformar as notas de dólares que qualquer cidadão carregasse no bolso, em qualquer parte do mundo, no seu equivalente em ouro, de acordo com o estipulado em Bretton Woods. Evidentemente, tal conta seria impossível de se sustentar, mesmo com uma emissão de moeda extremamente controlada (como aconteceu na realidade), servindo todo conceito mais como uma propaganda de consolidação do dólar em escala mundial.
O acordo ainda previa a não menos importante criação de instituições financeiras mundiais que se encarregariam de dar o sustento necessário ao modelo que estava sendo criado, que seriam: "Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento", mais tarde renomeado para Banco Mundial, que funciona até hoje como uma espécie de Agência de Crédito tamanho família, destinada a fornecer capitais para políticas e projetos de desenvolvimento no mundo todo. Além desta seria criado o FMI (Fundo Monetário Internacional), uma espécie de "caixinha" de todos os países, que poderiam fazer movimentações de dinheiro do caso necessitassem de injeção de capitais em sua economia, respeitando, claro, alguns preceitos de disciplina fiscal a serem ditados pelos dirigentes do fundo.
Tal sistema duraria quase vinte anos, até que nos anos 70 o governo norte-americano fosse forçado a abrir mão de alguns preceitos de Bretton Woods.
Bibliografia:
http://www.clubeinvest.com/_technical_analysis/forex/Bretton_woods/Bretton_woods.php - Página Clube Invest - Bretton Woods
http://www.enciclopedia.com.pt/new/articles.php?article_id=1703 - Página Enciclopédia -  Acordos de Bretton Woods
Lastro da Moeda
Em economia, lastro significa a garantia implícita de um ativo.
Antigamente era a reserva em ouro que um país possuía, atualmente, esse valor é calculado por todos os patrimônios que um país possui, servindo de garantia de valor da sua moeda. Exemplo: Um país só poderá imprimir mais moeda (dinheiro), se houver um novo lastro, assim como a descoberta de petróleo no pré-sal, que serve de garantia desse valor produzido. Caso o governo produza uma certa quantidade de moeda sem uma garantia de que terá o retorno, como a impressão de dinheiro, ou alguma outra forma de pedalada fiscal, a moeda acaba perdendo o valor e a impressão de dinheiro, acaba não tendo efeito nenhum. Nós vemos esse fenômeno em situações de Hiperinflação. Bolhas de credito são geradas na impressão de dinheiro sem lastro, causando graves distorções no mercado, e nos preços.

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