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Relatório Análise Físico Química de Efluente de Salão de Beleza

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
RELATÓRIO FINAL DE AULAS PRÁTICAS
QUALIDADE DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS
Igor Pinto London
Julyane Cruz Souza
Lucas Olegário Bueno
Maria Eduarda Curvo Jaudy
CUIABÁ – MT
AGOSTO/2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
RELATÓRIO FINAL DE AULAS PRÁTICAS
QUALIDADE DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS
Relatório apresentado à disciplina de Qualidade de Águas Residuárias do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso, como requisito parcial de avaliação.
Prof. Amanda Finger
CUIABÁ – MT
AGOSTO/2017
1. INTRODUÇÃO
A água é um recurso natural mais abundante no planeta, embora seja disponível em diferentes quantidades, em diferentes lugares. Possui papel fundamental no ambiente e na vida humana, e nada a substitui, pois sem ela a vida não pode existir (Donadio, 2005).
Compreender o ciclo hidrológico é fundamental para uma melhor exemplificação das mudanças de estado e qualidade da água, esses movimentos envolvem precipitação, escoamento superficial e subsuperficial, infiltração e evapotranspiração, além disto as ações humanas tem adulterado estes ciclos, trazendo a água para movimentos em ciclos internos.
A qualidade da água depende das condições naturais, do uso e ocupação do solo, levando em consideração toda a bacia hidrográfica. No entanto, a qualidade desejável da água está em função do uso da água, para casa uso previsto da água existem parâmetros ideias de qualidade (SPERLING, 2005).
A interferência do homem pode ocorre de forma concentrada como despejos domésticos ou industrial e de forma dispersa, em virtude da aplicação de defensivos agrícolas no solo. Desse modo, ambos os casos contribuem na introdução de compostos na água, afetando sua qualidade, assim fica evidente que o uso e ocupação do solo implica diretamente na qualidade da água (SPERLING, 2005).
O uso antropogênico da água compreende abastecimento doméstico, abastecimento industrial, irrigação, dessedentação de animais, preservação de flora e fauna, recreação e lazer, geração de energia, transporte de despejo, entre outros. São nesses diferentes tipos de uso que o liquido passa a adquirir impurezas e contaminantes, passando a ter alterações em suas características, tanto física, química ou biológica.
A pureza da água pode ser alterada pelos diferentes componentes presentes nela. E estes componentes possuem características físicas, biológicas e químicas que podem ser traduzidas na forma de parâmetros de qualidade de água. (Silva, 2016)
Os esgotos domésticos contêm aproximadamente 99,9% de água, onde apenas 0,1 % é composto por sólidos orgânicos e inorgânicos, suspensos e dissolvidos. Em virtude dessa pequena porcentagem que há necessidade de tratar o esgoto (SPERLING, 2005).
As características dos esgotos variam conforme o uso à qual a água foi submetida, lavando-se em conta o clima, situação social, econômica e hábitos da população. Em uma estação de tratamento é normalmente utilizado parâmetros indiretos que traduzem o potencial poluidor do efluente, esses parâmetros são divididos em físicos, químicos e biológicos (SPERLING, 2005).
Com o objetivo de controlar o lançamento destes efluentes, foi criado pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) a Resolução Nº 430, de 13 de maio de 2011, que dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementando e alterando a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, que por sua vez classifica os corpos d’água e define diretrizes ambientais para seu enquadramento relacionados com os usos preponderantes deste corpo d’agua, conforme Figura 1.
	
Figura 1 - Padrões de qualidade para corpos d’agua de diversas classes e padrão de lançamento. Fonte: (Sperling, 2005)
	Para avaliação do impacto da poluição e da eficácia das medidas de controle, é necessária a quantificação das cargas poluidoras afluentes ao corpo d’água. Para tanto, são necessários levantamentos de campo na área em estudo, incluindo amostragem dos poluentes, análises de laboratório, medição de vazões e outros. (Motta, 1998, apud Sperling, 2005).
	
 
2. OBJETIVO
2.1 OBJETIVO GERAL
Realizar análises físico-químicas de efluentes provenientes de salão de beleza.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Realizar análises físico-químicas das amostras;
Planilhar resultados obtidos;
Discutir com resultados da literatura;
Compará-los aos padrões estipulados nas legislações vigentes;
Apresentar recomendações quanto ao lançamento deste de forma ambientalmente adequada.
3. REVISÃO DA LITERATURA
3.1. QUALIDADE DAS ÁGUAS RESIDUÁRIAS
Em âmbito geral, o termo "qualidade de água", refere-se às características químicas, físicas e biológicas, as quais estipulam diferentes finalidades para a água. Assim, a política normativa nacional de uso da água, como consta na resolução número 20 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), procurou estabelecer parâmetros que definem limites aceitáveis de elementos estranhos, considerando os diferentes usos (Minella & Merten, 2002).
O tratamento da água ocorre por meio de vários processos físicos e químicos afim de oferecer condições para que a mesma apresente condições para consumo, ou seja, potabilidade (Carvalho, Hentz, Silva, & Barcellos, 2014).
3.1.1. Parâmetros Físicos
As características de natureza física da água são de fundamental importância na escolha dos meios tecnológicos de tratamento ou condicionantes dos processos e operações nas estações de tratamentos, além de serem mais fáceis de determinar (Di Bernardo & Dantas, 2005). Estes podem ser:
3.1.1.1. Temperatura
A temperatura mede a intensidade de vibração das moléculas, interferindo nas reações de hidrólise do coagulante, na solubilidade dos gases, na eficiência das unidades de mistura rápida, floculação, decantação e filtração (Di Bernardo & Dantas, 2005).
3.1.1.2. Cor
A cor nas águas residuárias relaciona-se com a presença de substâncias metálicas, decomposição de plantas e animais, além dos resíduos provenientes de mineralização, refinarias e papel, que produzem resíduos orgânicos e inorgânicos. A cor na água causa rejeição dos consumidores, além da possibilidade da presença de trialometanos e outros compostos halogenados (Di Bernardo & Dantas, 2005). A cor pode ser classificada como verdadeira, quando decorrente de substâncias dissolvidas em estado coloidal, e aparente quando relacionada com o material em suspenção.
3.1.1.3. Turbidez
A turbidez demostra o potencial de interferência com a passagem de luz através da água, podem representar uma aparência turva à mesma. Os constituintes responsáveis são sólidos em suspensão, podem ser de origem antropogênica, como despejos domésticos e naturais, como partículas de rocha, argila e silte (SPERLING, 2005).
A turbidez de origem natural não oferece danos sanitários diretos, mas é esteticamente desagradável na água potável, além dos sólidos em suspensão servir de abrigo a patogênicos. No entanto, quanto a origem antrópica, ocorre a presença de compostos tóxicos e patogênicos, ambos os casos e em corpos de água natural a turbidez elevada prejudica a penetração da luz, afetando a fotossíntese (SPERLING, 2005). 
3.1.1.4. Sólidos Totais- ST
Os sólidos totais ou resíduos totais são definidos como a matéria que permanece como resíduo após evaporação em banho-maria de uma porção de amostra e sua posterior secagem em estufa a 103 a 105 °C, até peso constante (ABNT NBR 10664). Desse modo, os resíduos após a evaporação classificam-se em sólidos em suspensão e sólidos filtráveis. 
3.1.1.5. Sólidos Fixos - SF
	É a porção de sólidos – filtrável ou não filtrável – que resta após a calcinação a 550-600°C em uma hora no forno mufla (resíduostotais ou dissolvidos) ou quinze minutos no forno mufla para sólidos em suspensão fixos (ABNT NBR 10664, 1989).
3.1.1.6. Sólidos Voláteis - SV
É a porção de sólidos – filtrável ou não filtrável – que se perde após a calcinação a 550-600°C em uma hora no forno mufla (resíduos totais ou dissolvidos) ou quinze minutos no forno mufla para sólidos em suspensão fixos (ABNT NBR 10664, 1989).
3.1.1.7. Sólidos Sedimentáveis – SSED
	É a porção que sedimenta sob a ação da gravidade no período de uma hora, a partir de um litro da amostra mantida em repouso em um cone Imhoff (ABNT NBR 10664, 1989).
3.1.1.8. Óleos e Graxas 
O tratamento dos efluentes domésticos muitas vezes são mais complexos pelo fato da existência de óleos e graxas, normalmente causados por produtos de limpeza e óleos de cozinhas, são compostos com alto peso molecular e sua baixa solubilidade em água dificulta ainda mais o tratamento biológico, além de prejudicar tubulação com incrustações. (OLIVEIRA et al., 2013)
Os óleos e graxas são conhecidos por serem hidrocarbonetos, éteres e gorduras, podendo ser mineral, animal ou vegetal. Eles prejudicam também a passagem de oxigênio da atmosfera para a água afetando a vida aquática. (BERTI et al., 2009)
3.1.2. Parâmetros Químicos
3.1.2.1. pH (potencial Hidrogeniônico)
	Representa a concentração de íons de Hidrogênio H+ (em escala anti-logarítmica), dando assim uma indicação sobre a condição da água em relação à acidez, alcalinidade ou neutralidade. A faixa de pH vai de 0 até 14, além de ser um parâmetro adimensional. São constituídos por sólidos e gases dissolvidos. Na origem natural tem-se: dissolução de rochas, absorção de gases da atmosfera, oxidação da matéria orgânica e fotossíntese. Na origem antropogênica: despejos domésticos e industriais.
	Sua importância se dá em diversas etapas do tratamento da água, como na coagulação, desinfecção, controle da corrosividade e na remoção da dureza. A variação do pH interfere em alguns aspectos também, como por exemplo: pH baixo tem-se corrosividade e agressividade nas águas de abastecimento, já o pH elevado pode propiciar incrustações na rede de abastecimento. Além disto, valores do pH fora da neutralidade (~ 7) pode afetar a vida aquática e os microrganismos responsáveis pelo tratamento por via biológica do esgoto.
	Este parâmetro é usado como caracterização de águas de abastecimento, assim como a caracterização de águas residuárias brutas, no controle da operação de estações de tratamento de esgoto ou água para abastecimento, além de ser utilizado para caracterizar os corpos d’água.
3.1.2.2. Alcalinidade 
	Define-se como a quantidade de íons na água que reagirão para neutralizar os íons de hidrogênio, ou seja, mede a capacidade da água de neutralizar os ácidos, funcionando como uma solução tampão para resistir às mudanças de pH e é expresso em mg/L de CaCO3.
	Os principais constituintes deste parâmetro são os bicarbonatos (HCO3), os carbonatos (CO3 -²) e os hidróxidos (OH-), e sua distribuição na água depende da faixa do pH. Portanto, suas origens podem ser naturais, como: dissolução de rochas e a reação do CO2 com a água, além das formas antropogênicas: despejos industriais. 
	Sua determinação é importante tanto para o controle do tratamento de água (relacionado com a coagulação, redução de dureza e prevenindo corrosão em tubulações), quanto no tratamento de esgoto (quando há evidencias de que a redução do pH pode afetar a depuração por microrganismos).
3.1.2.3. Acidez
	Conceitualmente é o oposto da alcalinidade, pois é a capacidade da água em resistir às mudanças de pH causada pelas bases, funcionando também como uma solução tampão e sendo expresso em mg/L de CaCO3. Seu principal constituinte é a presença de gás carbônico livre na água, podendo ser também devido a sólidos dissolvidos.
	Suas origens, portanto, podem ser naturais: CO2 absorvido da atmosfera ou resultante da decomposição de matéria orgânica, ou pela presença de gás sulfídrico. Já suas origens antropogênicas podem ser por despejos industriais ou pela passagem da água através de minas ou pelas borras de uma mina abandonada.
	Este parâmetro é utilizado para caracterização de águas de abastecimento público e industrial, portanto sua determinação é importante para prevenção de corrosão de tubulações e de outros materiais, apesar de não ter importância sanitária uma água com valores elevados de acidez de origem mineral pode ser desagradável ao paladar.
3.1.2.4. Dureza
	Determina a concentração de cátions multitemáticos em solução. Os principais cátions relacionados com a dureza são os Ca² e Mg². Em condições de supersaturação, esses cátions reagem com os ânions presentes em água, formando precipitados. A dureza pode então ser classificada como dureza carbonato e dureza não-carbonato, dependendo do ânion com o qual ela está associada. A dureza correspondente à alcalinidade é denominada dureza carbonato, enquanto que as demais formas são caracterizadas como dureza não-carbonato. A dureza carbonato é sensível ao calor, precipitando-se em elevadas temperaturas. (Sperling, 2005)
	Embora alguns estudos apontem uma menor incidência de doenças cardíacas relacionadas às águas com dureza elevada, não existem evidencias de problemas sanitários associados a ela, porém, em elevadas concentrações pode produzir sabores desagradáveis além de provocar efeitos laxativos.
	Em industrias, pode causar incrustações nas tubulações de água quente, devido à dureza carbonato que produz precipitados em elevadas temperaturas, além disto, a presença de Cálcio e Magnésio na água reduz a formação de espumas, o que implica em um maior consumo de sabão.
3.1.2.5. Cloreto
	Em sua forma iônica de Cl-, é um dos íons mais comuns em águas naturais, de esgotos domésticos e em despejos industriais. Ou seja, todas as águas naturais em menor ou maior escala possuem íons resultantes da dissolução de minerais, e é expresso em mg/L.
	Este parâmetro é resultante da dissolução de sais, como por exemplo o cloreto de sódio e pode ter como origem natural: a dissolução de minerais ou a intrusão de águas salinas; ou como fonte antropogênica: despejos domésticos, industriais, águas usadas para irrigação, ou então encontrada na água de tratada com cloro.
	Sua presença em água não produz problemas à saúde, porém, pode provocar um sabor salgado à água e efeitos laxativos.
3.1.2.6. Condutividade
A condutividade elétrica na água nos mostra a facilidade e dificuldade de ocorrer passagem de eletricidade na água. De acordo com a concentração de composto orgânico e inorgânico na amostra pode-se ocorrer interferência nos resultados caso não esteja nos padrões de temperatura e concentração correta. (BANDARELI, 2013)
Os valores de carga mineral na água podem indicar o que é mais presente na região, lugares com granito ou arenito, posso condutividade baixíssimas, pelo fato de não possuir sais em sua composição e formação. Já em lugares com concentrações maiores de argilas, possuem condutividade elevadas, já que sua formação é de grandes quantidades de sais. (VILLAS, 2013)
3.1.2.7. Oxigênio dissolvido
	O oxigênio dissolvido é responsável pela oxidação da matéria orgânica, que é proveniente do lançamento de efluentes nos corpos d’água, para diminuir este material necessita-se de OD na região aquífera. Quando não se existe o oxigênio dissolvido em água, começa-se a desenvolver espécies anaeróbias, que não precisam de oxigênio para sobreviver, dessa forma decompondo a matéria orgânica e gerando mal cheiro nessa decomposição. (SOUZA, 2016).
3.1.2.8. DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio
	A Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO – é o parâmetro mais utilizado para determinar poluição orgânica, tanto em águas residuárias quanto em águas superficiais. A determinação da DBO corresponde a medida do oxigênio dissolvido utilizado pelos microrganismos na oxidação bioquímica da matéria orgânica (METCALF e EDDY, 2003 apud LIMA 2012) e, portanto, corresponde à fração biodegradável dos compostos presentes na amostra. O período de incubação utilizadomais frequentemente é de cinco dias a 20 +-1 °C, embora outros períodos e temperaturas possam ser utilizados, é importante que a temperatura da incubação permaneça constante durante o teste (CRITES e TCHOBANOGLOUS, 1998 apus LIMA 2012).
3.1.2.9. DQO – Demanda Química de Oxigênio
	A determinação da Demanda Química de Oxigênio – DQO – de águas residuárias é relativamente rápida, requer cerca de 3 horas, e possui a vantagem de ser capaz de digerir tanto a matéria coloidal quanto particulada (CROMTON, 2000 apud LIMA, 2012). A DQO mede a quantidade de matéria orgânica total que pode ser oxidada pelo dicromato de potássio (K2Cr2O7) em uma solução de ácido sulfúrico (SENEVIRATNE, 2007 apud LIMA 2012). Embora se possa utilizar outros oxidantes, o dicromato de potássio tem sido considerado um excelente oxidante em meio ácido e vem sendo amplamente utilizado. Em geral, o valor de DQO de uma amostra é maior que o da DBO uma vez que mais compostos podem ser oxidados quimicamente do que biologicamente. Os dois testes medem diferentes aspectos dos compostos oxidáveis presentes nas águas residuárias, entretanto para muitos tipos de águas residuárias, é possível correlacionar as duas medidas, o que pode ser muito útil uma vez que a DQO pode ser determinada rapidamente.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 PARÂMETROS FÍSICOS
4.1.1. Condutividade
Materiais:
Condutivímetro;
Beckers;
Água destilada;
Solução para calibração.
Procedimentos:
Com o equipamento já calibrado, lava-se os eletrodos e enxuga o excesso de água destilada com papel. Elimina-se quaisquer bolhas de ar e realiza-se a leitura.
4.1.2. Cor
Materiais:
Espectrofotômetro;
Cubetas de vidro incolor (quartzo);
Água destilada;
Procedimentos:
Realiza-se a calibração do equipamento e utilizando a água destilada como branco, zerar o equipamento. Em seguida, insere-se a amostra à ser analisado na cubeta e realiza-se a leitura da cor aparente.
4.1.3. Turbidez
Materiais:
Turbidímetro com Nefelômetro;
Cubetas de vidro incolor (quartzo);
Água destilada;
Conjunto de calibração;
Beckers.
Procedimentos:
Realiza-se calibração do equipamento, e a homogeneização do volume amostrado, com a finalidade de obter-se um valor. Limpa-se a parte externa da cubeta com papel macio. Realiza-se a leitura da turbidez, representada em UT ou NTU.
4.1.4. Óleos e Graxas
Determinou-se a quantidade de óleos e graxas por meio de gravimetria, que é o método analítico, onde o constituinte requerido é separado da forma pura e então pesado, para ter a determinação. Para que ocorra esse processo os constituintes são separados por diferença de sua polaridade e densidade, conseguindo fazer a separação por um funil.
Depois de homogeneizar a amostra, transferiu-se para o funil 100 ml de amostra e 30 ml de Éter (solvente); aguardou-se a separação das fases da solução; Retirou-se a água existente e em seguida transferiu para um Becker; Em seguida, colocou-se na estufa a 105ºC até peso constante, após esfriar em um dessecador realizou a pesagem novamente determinando P1.
Calculou-se:
4.1.5. Sólidos Sedimentáveis, Totais, Fixos e Voláteis
Para determinação segue-se uma sequência preestabelecida, portanto, o Becker utilizado no primeiro parâmetro foi o mesmo utilizado em todos os outros, com exceção da determinação de sólidos sedimentáveis.
No preparo do Becker, foi levado à mufla com uma temperatura de 550~600°C por uma hora e deixado esfriar no dessecador, após este processo o Becker foi pesado ainda vazio e registrado o seu valor como m1. Voltando para o dessecador e aguardado até o momento de seu uso.
4.1.5.1. Sólidos Totais
Na determinação de sólidos totais, foram transferidos 100 ml da amostra para o Becker seco, pesou-se e este valor foi definido como m2. Logo após, o recipiente foi levado à estufa a uma temperatura de 103~105°C até que fosse obtido um peso constante e transferido novamente para o dessecador até o seu resfriamento. Feito isso, pesou-se o Becker e os cálculos para sua determinação com o auxílio da fórmula:
4.1.5.2. Sólidos Fixos
Neste processo, utilizou-se o Becker com o resíduo total do processo anterior para comparação. O recipiente que estava acomodado no dessecador é levado para a mufla à uma temperatura de 550~600°C durante uma hora.
O Becker é posto novamente no dessecador para aguardar seu resfriamento, feito isso se pesa para obter o valor dos sólidos que permaneceram no recipiente, este novo valor foi definido como sendo m3 e sua determinação se dá pela fórmula:
4.1.5.3. Sólidos Voláteis
Sua determinação é simples, se dá pela diferença dos parâmetros anteriores, ou seja, é feito a subtração dos sólidos totais pelos sólidos fixos. Assim sendo, tem-se:
4.1.5.4. Sólidos Sedimentáveis
Neste processo é necessário o uso do Cone Imhoff, onde são transferidos 1000 mL da amostra para seu interior e aguardado 45 (quarenta e cinco) minutos para decantação.
Após este tempo, é feito uma raspagem com o auxílio de bastão de vidro, delicadamente nas paredes do cone para deslocar as partículas aderidas, e deixá-las decantarem por 15 (quinze) minutos.
No final do tempo, é feito a leitura do material sedimentado por meio da escala do vidro, este parâmetro é expresso em mililitros
4.2 PARÂMETROS QUÍMICOS
4.2.1. pH
A determinação do pH consiste na leitura do equipamento para essa finalidade, o pH-metro, onde é fornecido valores da diferença de potencial entre os eletrodos do aparelho.
Antes de sua utilização é necessário realizar a calibração do mesmo, com auxílio de duas solução tampão indicada pelo fabricante e seguido suas instruções, nelas são estabelecida a calibragem primeiro pela solução tampão com pH 7, posteriormente introduz-se o eletrodo nas soluções de pH 4 e 9 respectivamente.
Após ter realizado a calibração pode-se iniciar o processo para determinação do pH da amostra, porém é preciso corrigir e anotar à qual temperatura a amostra está. Feito isso, é necessário lavar a ponteira do eletrodo com água destilada e posteriormente introduzir o equipamento na amostra, deve-se então aguardar até a estabilização do resultado fornecido pelo equipamento, onde será mostrado um sinal de igual (=) quando estiver finalizado, e fazer a leitura do valor do pH.
4.2.2. Oxigênio Dissolvido
Materiais:
Equipamento medidor (Oxímetro);
Erlenmeyer de 250 ml;
Água destilada.
Procedimentos:
Após calibração do aparelho conforme mostra as instruções do fabricante, com posterior lavagem da ponta à ser introduzido na amostra com água destilada.
A mistura da amostra deve estar regulada com a temperatura, pois os valores variam conforme altera-se a temperatura. Portanto, deve-se apenas introduzir o oxímetro no Erlenmeyer contendo um volume da amostra suficiente para que a ponteira esteja coberta. Os valores obtidos serão mostrados no visor do equipamento.
4.2.3. Acidez
Materiais
Erlenmeyer
Pipeta
Conta Gotas
Bureta
Becker
Procedimentos:
Padronização da Solução de NaOH 0,02 N
Lavou-se a bureta com água destilada e ambientou-a com solução de NaOH 0,02 N; Completou-se a bureta com a solução de NaOH 0,02 N em seguida acertou-se o menisco na marca zero da bureta; Utilizando a pipeta volumétrica de 10,0 ml, transferiu-se o volume da solução de hidrogenoftalato de potássio ou biftalato de potássio 0,05 N para o Erlenmeyer; Em seguida, adicionou-se 50 ml de água destilada e 2 ou 3 gotas de fenolftaleína; Adicionou-se gradualmente a solução de NaOH da bureta à solução de biftalato de potássio 0,05 N, contida no erlenmeyer, agitando-o continuamente com movimentos circulares; Titulou até a mudança de cor para o rósea persistente (pelo menos 30 segundos). Anotoi-se o volume gasto de NaOH 0,02 N e calculou-se o fator de correção da solução de NaOH 0,02 N por meio da equação:
Considerando fator de correção igual a 1:
Se o consumo da bureta for de 25 mL da solução de NaOH 0,02 N, o seu fator será igual a 1, senão será necessário encontrar Normalidade Real: 
Sendo VNaOH a média dos três volumes titulados.
Titulação da Amostra: 
 	Emum erlenmeyer de 250 mL, pipetou-se 20 mL da amostra utilizando a pipeta volumétrica e adicionou se 100 mL de água destilada. Adicionou-se 3 gotas de fenolftaleína e realizou-se a titulação com hidróxido de sódio 0,02 N devidamente aferido até a viragem róseo (utilizando fenolftaleína), permanente por 30 segundos no mínimo. 
Calculou-se:
4.2.4. Cloreto
Inicialmente, realizou-se a padronização da Solução de AgNO3 0,0141 N, lavando-se a bureta com água destilada e ambientando com a solução de AgNO3 0,0141 N; Em seguida encheu-se a bureta com a solução de AgNO3 0,0141 N e acertou-se o menisco na marca zero da bureta; transferiu-se com uma pipeta volumétrica de 10mL o volume da solução de NaCl 0,0141 N para erlenmeyer de 250 mL e adicionou-se 100 mL de água destilada; Adicionou-se no erlenmeyer 1 mL da solução indicadora de K2CrO4 0,2575 M e titulou-se até a mudança de cor para do amarelo para o vermelho tijolo, anotando o volume gasto de AgNO3 0,0141 N. Realizou o procedimento em triplicata e prova em branco.
A determinação do fator de correção da solução de AgNO3 0,0141 N foi realizada por meio da equação:
Caso o consumo da bureta seja igual a 10 mL da solução de AgNO3 0,0141 N, o fator será igual a 1, caso contrário, calcula-se o fator de correção: 
Determinação de Cloretos – Método de MOHR (Argentometria):
Em um erlenmeyer de 250 mL, pipetou-se 50 mL da amostra (pipeta volumétrica) e adicionou-se 100 mL de água destilada; adicionou-se no erlenmeyer 1 mL da solução indicadora de K2CrO4 0,2575 N; titulou-se até a mudança de cor para o vermelho tijolo, comparando com a cor obtida com a titulação do branco padrão.
Calculou-se:
4.2.5. Dureza total e Teor de cálcio e magnésio
Realizou se a padronização da Solução de EDTA 0,025 N (0,0125 M), lavou-se a bureta com água destilada e realizou-se ambiente três vezes da solução de EDTA 0,025 N. Preencheu a bureta com a solução de EDTA 0,025 N e acertou o menisco na marca zero da bureta;
Com uma pipeta volumétrica de 10,0 mL, transferiu se esse volume da solução de CaCO3 0,025 N para erlenmeyer de 250 mL e adicionou se 100 mL de água destilada; Foi adicionado no erlenmeyer 2 mL da solução tampão de dureza e uma pitada do indicador preto de eriocromo T; Adicionando gradualmente a solução de EDTA 0,025 N da bureta à solução de CaCO3 0,025 N, contida no erlenmeyer, agitando-o continuamente com movimentos circulares;
Titulou se até a mudança de cor do vermelho vinho para o azul intenso e anotou se o volume gasto de EDTA 0,025 N. 
O fator de correção da solução de EDTA 0,025 N, foi determinado pela fórmula:
Caso o consumo da bureta for de 8 mL da solução de EDTA 0,025 N, o seu fator será igual a 1, caso contrário: 
4.2.5.1. Determinação da Dureza Total 
Lavou se a bureta com água destilada e fez ambiente três vezes da solução de EDTA 0,025 N; encheu a bureta com a solução de EDTA 0,025 N e acertou-se o menisco na marca zero da bureta.
Com uma pipeta volumétrica de 50,0 mL, transferiu se esse volume da amostra para erlenmeyer de 250 mL e foi adicionado 100 mL de água destilada. Em seguida foi adicionado no erlenmeyer 2 mL da solução tampão de dureza e uma pitada (aproximadamente 0,1 grama) do indicador preto de eriocromo T e agitou-se para a dissolução do indicador.
Adicionando gradualmente a solução de EDTA 0,025 N da bureta ao erlenmeyer, agitando-o continuamente com movimentos circulares, titulou-se até a mudança de cor para o azul intenso e anotou-se o volume gasto de EDTA 0,025 N.
Calculou-se em seguida:
4.2.5.2. Determinação do Teor de Cálcio 
O princípio do método é similar ao da determinação da dureza total, com a alteração do indicador utilizado, sendo necessário empregar para essa análise o indicador murexida. É necessário ajustar o pH para a faixa de 12 para precipitar o magnésio na forma de hidróxido. A viragem vai do róseo para a púrpura. 
Lavou-se a bureta com água destilada e fez ambiente três vezes da solução de EDTA 0,025 N; encheu-se a bureta com a solução de EDTA 0,025 N e acertou o menisco na marca zero da bureta. Com uma pipeta volumétrica de 50,0 mL, transferiu se esse volume da amostra para erlenmeyer de 250 mL e adicionaou se 100 mL de água destilada.
Em seguida foi adicionado no erlenmeyer solução de NaOH 6 N até o pH 12 (aproximadamente 1 mL) e uma pitada (aproximadamente 0,1 grama) do indicador murexida. Agitou-se para a dissolução do indicador e adicionou-se gradualmente a solução de EDTA 0,025 N da bureta ao erlenmeyer, agitando-o continuamente com movimentos circulares
Titulou se até a mudança de cor para a púrpura e anotou-se o volume gasto de EDTA 0,025 N.
Calculou-se:
4.2.5.3. Determinação do Teor de Magnésio 
O cálculo do teor de magnésio será realizado pela diferença entre a dureza total expressa em mgCaCO3e o teor de cálcio expresso em mg CaCO3.
 
0,84 = fator de ajuste do magnésio 
4.2.6. Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO
	Preparou-se volume suficiente de água de diluição, contendo soluções FeCl3, CaCl2, MgSO4 e tampão de fosfato para cada litro de água destilada. Com o valor da DQO calcula-se as diluições necessárias do DBO.
	Separou-se os frascos e anotou-se os respectivos volumes de cada frasco. Transferiu-se com pipeta volumétrica os volumes das amostras para os frascos, e completou-se sem deixar bolhas, tampando cada frasco e adicionando água destilada na tampa para criar selo hídrico.
	Levou à incubadora por 5 dias e calculou-se:
4.2.7. Demanda Química de Oxigênio - DQO
	Homogeneizou-se a amostra e transferiu-se 2,5 mL da amostra para os frascos de digestão. Em seguida transferiu-se 1,5 mL da solução de digestão para o fresco e por 3,5 mL do reagente de ácido Sulfúrico, deixando-o escorrer pela parede do frasco, de modo que uma camada de ácido seja formada sob a camada de amostra-solução de digestão.
	Fechou-se o frasco e inverteu-se o frasco por 10 vezes para mistura completa do conteúdo. O mesmo fez-se ao Branco. 
	Colocou os frascos em bloco digestor previamente aquecido a 150°C por duas horas. Após esfriamento, limpa-se o frasco e mede-se absorbância de cada amostra, branco e padrão no comprimento de onda de 420 ou 600 nm.
4.2.8. Alcalinidade Total e Hidróxida
4.2.8.1. Determinação de Alcalinidade Total
Lavou-se inicialmente a bureta com água destilada e ambientou-se três vezes da solução de H2SO4 0,02 N, após a higienização encheu a bureta com essa mesma solução, acertando o menisco na marca zero da bureta.
Foi transferido então 10mL da solução de carbonato de sódio 0,02 N, com o auxílio da pipeta volumétrica (10mL) para um erlenmeyer de 250 mL, adicionou 100 mL de água destilada e ainda 3 gotas de alaranjado de metila 0,1%. Adicionou-se gradualmente a solução de H2SO4 da bureta à solução de carbonato de sódio 0,02 N contida no erlenmeyer, agitando-o continuamente com movimentos circulares.
Realizando desta maneira a titulação até a mudança de cor para o vermelho, e anotou-se o volume gasto de H2SO4. Determinou-se desta maneira o fator de correção da solução de H2SO4 0,02 N, de acordo com a fórmula a seguir.
Caso o consumo da bureta seja diferente de 10ml, calcular:
Pipetou-se em Erlenmeyer de 250mL, 25mL da amostra utilizando pipeta volumétrica. Em seguida, adicionou-se 100 mL de água destilada e 3 gotas de alaranjado de metila. Titulou-se as amostras com H2SO4 0,02 N devidamente padronizado até virarem de amarelo para vermelho, anotando o volume gasto em cada solução, em triplicata.
	Calculou-se:
4.2.8.2. Determinação de Alcalinidade Hidróxida
Com o intuito de calcular o fator de correção da normalidade do HCL, se fez necessário a padronização da Solução de HCl 0,02 N. Lavou-se inicialmente a bureta com água destilada e ambientou-se três vezes da solução de HCl 0,02 N, após a higienização encheu a bureta com essa mesma solução, acertando o menisco na marca zero da bureta.
Foi transferido então 10mL da solução de carbonato de sódio 0,02 N, com o auxílio da pipeta volumétrica (10mL) para um erlenmeyer de 250 mL, adicionou 100mL de água destilada e ainda 3 gotas de alaranjado de metila 0,1%. Adicionou-se gradualmente a solução de HCl da bureta à solução de carbonato de sódio 0,02 N contida no erlenmeyer, agitando-o continuamente com movimentos circulares.
Realizando desta maneira a titulação até a mudança de cor para o vermelho, e anotou-se o volume gasto de HCl. Determinou-se desta maneira o fator de correção da solução de HCl 0,02 N, de acordo com a fórmula a seguir.
Caso o consumo da bureta seja diferente de 10ml, calcular:
Tendo o fator de correção do HCl, podemos determinar a alcalinidade hidróxida, mantendo o pH da amostra maior que 8,2. Em um erlenmeyer de 250 mL, foi pipetado 50 mL da amostra com o auxílio da pipeta volumétrica e adicionado 100 mL de água destilada medidos em proveta. Feito isso, adicionou-se 10 mL da solução de cloreto de bário 10% e 3 gotas de fenolftaleína, podendo desta maneira iniciar a titulação com o HCl 0,02 N devidamente padronizado até a viragem da cor rosa para incolor e anotou-se o volume gasto da solução.
Calculou-se a hidroxila com o auxílio da formula a seguir.
5. RESULTADOS
5.1. PARÂMETROS FÍSICOS
5.1.1. Condutividade, Cor e Turbidez
Em análise a Tabela 1, verifica-se os valores para cor e cor aparente respectivamente, sendo que ambos não são estipulados pela Resolução CONAMA 430/11, apenas a Portaria do MS 2914/11 que dispõe sobre potabilidade, porém não se aplica à esse caso.
Quanto a Turbidez, o valor apresentado de 382 NTU está acima do permitido pela Resolução CONAMA 357/09, onde o permissível para corpos d’água classe 1 é até 40NTU e 300NTU para as classes 2, 3 e 4. A condutividade apresentou resultado de 548 .
	Tabela 1 - Resultados de Condutividade, Cor e Turbidez.
	Parâmetro
	Resultado
	Cor Aparente
	507,09 Hz
	Cor Verdadeira
	352,531 Hz
	Turbidez
	382 NTU
	Condutividade
	548 
5.1.2. Óleos e Graxas
Muitos efluentes industrias apresentam-se oleosos. Além deste, os esgotos sanitários por exemplo, apresentam concentrações de óleos e graxas geralmente na faixa de 50 a 100mg/L. 
A Resolução CONAMA 430/11, estipula um valor máximo permitido de até 100mg/L em efluentes provenientes de ETE’s e 20mg/L e 50mg/L em efluentes com óleos de origem mineral e animal, respectivamente, provenientes de outras fontes de geração. O efluente em análise, apresentou valor de 21,02 mg MSH/L.
	Tabela 2 - Valores peso beckers para gravimetria
	Becker
	P1 (gr)
	P2 (gr)
	Gravimetria (mg)
	15
	48,965
	50,89
	19,3
	16
	56,8293
	59,1
	22,7
	17
	37,1111
	39,21
	21,0
	18
	50,2265
	52,34
	21,1
	
	
	Média
	21,02
	
	
	
	
5.1.3. Sólidos Sedimentáveis, Fixos, Voláteis e Totais
	A concentração de sólidos dissolvidos na água para abastecimento público tem valor máximo permitido de 1000 mg/L, segundo a Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde. Em águas naturais, valores superiores a 2000 mg/L tornam a água com efeito laxativo.
	Para água potável, a Resolução CONAMA 357/2005 limita os sólidos totais em 500 mg/L em água doce nas classes I, II e III.
	Os resultados obtidos de acordo com as análises realizadas em laboratório foram:
Tabela 3 - Valores de ST, SF, SV, SS
	Sólidos Totais
	67,7718 mg/L
	Sólidos Fixos
	65,1338 mg/L
	Sólidos Volátil
	2,638 mg/L
	Sólido Sedimentável
	130 ml/L
5.2. PARÂMETROS QUÍMICOS
5.2.1. pH
Pela determinação da Resolução 430/2011 do CONAMA é disposto que o efluente de qualquer fonte poluidora somente poderá ser lançado diretamente no corpo receptor se este obedecer algumas condições e padrões. Uma destas condições é estabelecido uma faixa de pH, variando de 5 a 9. 
De acordo com a Tabela x, o pH apresentou valor de 8,56, portanto, considera-se adequado para lançamento.
	Tabela 4 - Valor de pH
	
	Amostra
	2914/11
	430/11
	357/09
	
	
	
	Secão II
	Seção III
	Classe 1
	Classe 2
	Classe 3
	Classe 4
	pH
	8,56
	6 a 9,5
	5 a 9
	6 a 9
5.2.2. Acidez
O efluente apresentou valor 1545,31 ppm de Acidez em CaCO3/litro, porém, como este parâmetro não possui valor sanitário, não há constatações dos seus valores nas resoluções existentes, sendo apenas observados que valores elevados de acidez podem provocar corrosão de tubulações, influenciando as taxas de reações químicas e especialmente processos biológicos. Além disso, ainda pode fomentar a rejeição da população abastecida, em casos do uso da mesma para abastecimento.
	Tabela 5 - Volume gastos na padronização e titulação para determinação de Acidez
	Titulação
	
	Vol. gasto NaOH - Padrão
	Vol. gasto NaOH - Amostra
	
	26,3
	33,3
	
	26,7
	33,9
	
	27,3
	32,6
	Média
	26,77
	33,27
	Branco
	0,1
	0,3
	Tabela 6 – Normalidade, Fc e ppm de Acidez
	Normalidade Real (NaOH)
	0,01875
	
	Fator de Correção
	0,93750
	
	Cálculo do ppm de acidez em CaCo3/Litro
	1545,31
.
Cloreto
	
Tabela 7 - Volumes gastos na padronização e titulação de Cloreto
	Titulação
	
	Vol. gasto AgNO3 - Padrão
	Vol. gasto AgNO3 - Amostra
	
	10,7
	23,9
	
	10,8
	23,4
	
	10,8
	23,4
	Média
	10,77
	23,57
	Branco
	0,4
	0,4
O Cloreto também não é citado na resolução 430/09, e Portaria 2914/11. Porém, águas contendo elevado teor de cloreto oferecem prejuízo às canalizações e não são recomendadas para o uso agrícola, sendo assim, na Resolução 357	/05 que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, e ainda estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes estipula valores padrões de Cloreto em Rios Classe I e III de 250 mg/L;
	Tabela 8 - Normalidade, Fc e ppm de Cloreto
	Normalidade Real (AgNO3)
	0,01360
	
	Fator de Correção
	0,96463
	
	Cálculo do ppm de Cloreto/Litro
	223,40
Dureza total e Teor de Cálcio e Magnésio
Como resultado das análises laboratoriais para a dureza foram obtidos determinando-se a dureza ao cálcio e a dureza ao magnésio por diferença. Correntemente, a dureza total da água pe definida como sendo a soma da concentração desses dois íons:
	Tabela 9 - Valores gastos para padronização e titulação Dureza
	Titulação
	
	Vol gasto EDTA - Padrão
	Vol gasto EDTA - Amostra
	
	6,9
	5,5
	
	8,4
	6,6
	
	7,7
	5,4
	Média
	7,67
	5,83
	Branco
	0,1
	0,1
	Tabela 10 - normalidade, Fc e Dureza Total
	Normalidade Real (EDTA)
	0,02643
	
	Fator de Correção
	1,05727
	
	Dureza total em ppm de CaCo3/Litro
	757,71
	
A dureza, se tratando de potabilidade, segundo a Portaria 2914/11 seu valor máximo permitido para consumo é de 500mg/L. O efluente analisado apresentou 757,71 em ppm de CaCO3/L.
	Tabela 11 - Volume gasto para padronização e titulação
	Titulação
	
	Vol gasto EDTA - Padrão
	Vol gasto EDTA - Amostra
	
	6,9
	1,8
	
	8,4
	1
	
	7,7
	0,9
	Média
	7,67
	1,23
	Branco
	0,1
	0,1
	Tabela 12 - Normalidade, Fc e Teor de Cálcio
	Normalidade Real (EDTA)
	0,02643
	
	Fator de Correção
	1,05727
	
	Teor de Cálcio em ppm de CaCo3/Litro
	149,78
	
Com o teor de cálcio de 149,78 em ppm de CaCO3/L foi possível calcular por diferença da Dureza Total, o teor de magnésio em ppm de MgCO3/L, no valor de 510,66.
	Tabela 13 - Normalidade, Fc e Teor de Magnésio
	Dureza Total
	757,71
	
	Dureza de Cálcio
	149,78
	
	Teor de Magnésio em ppm de MgCO3/Litro
	510,66
DBO e DQO
	Tabela 14 - Valores de DBO em mg O2/L
	Amostra
	ODi
	ODf
	DBO (mg O2/L)
	5
	0,47
	0,43
	20
	7
	0,8
	0,48
	160
	10
	1,72
	0,78
	470
	9
	0,4
	0,28
	60
De acordo com Resolução CONAMA 430/11, efluentes provenientes de ETE’s devem apresentar valor máximo de 120mg/L, enquanto efluentes de outras fontes devem ter eficiência mínima de 60%.
A Resolução CONAMA 357/09, ainda apresenta valores máximos de 3mg/L, 5mg/L e 10mg/L e 10mg/L paraas classes 1, 2, 3 e 4, respectivamente;
Porém, de acordo com a metodologia adotada, os valores apresentados na Tabela 12 não são considerados, devido ao fato dos mesmos não atenderem as condições: ODi – Odf e . E quanto as análises de DQO, obteve-se o valor de 1500mg O2/L.
Alcalinidade Total e Alcalinidade Hidróxida
	Tabela 15 - Valores de padronização e titulação de Alcalinidade
	Titulação
	
	Vol. gasto H2SO4 - Padrão
	Vol. gasto H2SO4 - Amostra
	
	12,6
	27,2
	
	12,2
	27,2
	
	12,5
	27,2
	Média
	12,43
	27,20
	Branco
	1,6
	2,1
	A Alcalinidade adquire função primordial no processo de coagulação, no âmbito de potabilização de água para consumo humano. Porém, a mesma não apresenta significado sanitário, e desta forma, não existe padrão de potabilidade da mesma para águas naturais, nem mesmo para despejo de efluentes.
	Tabela 16 - Normalidade, Fc, Alcalinidade Total
	Normalidade Real (H2SO4)
	0,01846
	
	Fator de Correção
	0,92308
	
	ppm de Alcalinidade Total em CaCO3/Litro
	926,77
	
Sendo os principais componentes da Alcalinidade os sais dos ácidos carbônico e os hidróxidos. A distribuição entre as formas dos mesmos na água está em função do pH. Para águas com pH entre 8,3 e 9,4 que é o caso do efluente em estudo, a alcalinidade é em virtude de carbonatos e bicarbonatos. 
	Os valores de ppm de Alcalinidade Total e Hidróxida, foram de 926,77 e 37,85 em CaCO3/Litro.
	Tabela 17 - Valores de padronização e titulação Alcalinidade
	Titulação
	
	Vol. gasto HCl - Padrão
	Vol. gasto HCl - Amostra
	
	11,3
	1,1
	
	11,9
	0,9
	
	12,7
	1
	Média
	11,97
	1,00
	Branco
	1,4
	0
	Tabela 18 - Normalidade, Fc, Alcalinidade Hidróxida
	Normalidade Real (HCl)
	0,01893
	
	Fator de Correção
	0,94637
	
	ppm de Alcalinidade Hidróxida em CaCO3/Litro
	37,85
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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