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Positivismo e Idealismo

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Introdução
	Com o advento da modernidade e os vários acontecimentos que colaboraram com a quebra da tradição medieval entre os séculos XVIII e XIX, a definição de conhecimento deixa de ser religiosa para entrar num âmbito racional e científico. O teocentrismo é deixado de lado e entra em cena o antropocentrismo (homem no centro do Universo).
	A burguesia, a camada social em crescimento econômico e político, tem seus ideais representadas no empirismo e no idealismo.
	O Iluminismo surge em pleno século XVIII, a experiência, a razão e o método científico passam a ser as únicas formas de obtenção do conhecimento. Esta, foi a única forma de tirar o homem das trevas da ignorância. Diversas correntes filosóficas surgiram ou reafirmaram-se com toda força nesse período. Nelas, começam a se construir novos questionamentos e reflexões na busca de conhecer e entender o mundo, o homem e a sua forma de adquirir conhecimento. 
	O século XIX é marcado pelo positivismo de Auguste Comte. O ideal de uma sociedade baseada na ordem e progresso influencia nas formas de refletir sobre as coisas. O fato histórico deve falar por si próprio e o método científico, controlado e medido, deve ser a única forma de se chegar ao conhecimento.
	Neste trabalho iremos focar basicamente no Positivismo (Augusto Comte séc. XIX) e o Idealismo, correntes filosóficas de grande relevância para a humanidade, que modificaram o saber e o pensamento do homem na sociedade.
1. Positivismo
Iniciado no século XIX, o Positivismo é uma corrente filosófica, sociológica e política que surgiu na França. Sua ideia principal era a de que o conhecimento cientifico devia ser reconhecido como o único conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas para se afirmar que uma teoria está correta ela deve ser comprovada através de métodos científicos válidos. Além disso o positivismo possui uma ideia de ciência cumulativa, ou seja, transcultural, atingindo toda a humanidade, não importando em qual cultura surgiu ou se desenvolveu. Muitas são as ciências que adotam o positivismo em sua estrutura, exemplo disso é a Geografia Tradicional que tem como fundamento esta corrente filosófica, manifesta numa postura geral, profundamente empirista e naturalista.
1.1. O Positivismo de Augusto Comte
O idealizador principal deste movimento positivista foi o pensador Auguste Comte (1798-1857). Segundo ele as principais ideias do que viria a ser o Positivismo surgiram como uma ramificação do Iluminismo, a partir das crises sócias que explodiram no fim da Idade Média na Europa com a chamada “sociedade industrial”, marcada pela Revolução Francesa.
Comte defendeu um posicionamento científico para o pensamento filosófico, apontando para a necessidade absoluta do uso da Razão como ponto de partida para toda e qualquer área do conhecimento.
O termo "positivo" surgiu pela primeira vez na obra "Apelo aos Conservadores" de 1855, onde Comte descreve o significado da Lei dos Três Estados, ou seja, as etapas pela qual o ser humano passou, e passa, em relação as suas concepções e valorizações da vida:
Teológico: a explicação de fenômenos naturais a partir de crenças sobrenaturais. Busca encontrar o "sentido da vida", onde o imaginário e criatividade humana se sobrepõe à racionalidade. 
Metafísico ou Abstrato: é um meio termo entre o estado "teológico" e o "positivismo", pois o homem continua à procura das mesmas respostas das perguntas feitas na fase teológica. 
Positivo: esta etapa não se preocupa com os motivos ou propósitos das coisas, mas sim como acontecem; o processo.
Comte lutava para que todos os ramos de estudos fossem abordados com a máxima objetividade. Na área de Filosofia, ele publicou as obras Curso de Filosofia Positiva e Sistema de Política Positiva (1798-1857), onde apresenta a importância da objetividade e das condições reais para a abordagem científica: "Ver para prever" é a máxima comtiana. A Filosofia acaba se confundindo com a Ciência, e o próprio estudo da História e da sociedade passa a ser feito com base no critério da observação.
Para ele as ciências deveriam ser consideradas positivistas, pois elas estão baseadas apenas em análises e observações cientificas, que são a Matemática, a Física, Astronomia, Química, Biologia e a Sociologia, que havia sido recém-criada e era estudada a partir de dados estatísticos. 
Alguns dos principais conceitos do Positivismo de Comte são que a lógica da investigação deve ser a mesma para todas as Ciências, inclusive as Sociais. O objetivo da investigação é explicar e prever e, assim, descobrir as condições necessárias e suficientes para qualquer fenômeno. Para os positivistas, a pesquisa deveria ocorrer de forma que possa ser observada empiricamente e a lógica indutiva deveria ser utilizada para formular afirmações que podem ser testadas.
Comte foi o pai do Positivismo, foi também o grande sistematizador da Sociologia, dividindo a em duas áreas: a estática social e a dinâmica social.
 “No entender de Comte, a sociedade apresenta duas leis fundamentais: a estática social e a dinâmica social. De acordo com a lei da estática social, o desenvolvimento só pode ocorrer se a sociedade se organizar de modo a evitar o caos, a confusão. Uma vez organizada, porém, ela pode dar saltos qualitativos, e nisso consiste a dinâmica social. Essas duas leis são resumidas no lema ‘ordem e progresso’” (VASCONCELOS apud LAGAR et al., 2013, p. 18)
A defesa do Positivismo é de que somente o conhecimento científico é verdadeiro, não se admitindo como verdades as afirmações ligadas ao sobrenatural, à divindade. Relacionado ao último caso, Comte chegou a criar uma nova ordem espiritual, onde a divindade não seria venerada, somente a humanidade. A sua inspiração para originar essa nova ordem espiritual veio da disciplina e da hierarquia católica, mas, ao mesmo tempo, a sua concepção era totalmente dissociada de todas as religiões cristãs. Essa concepção nasceu do fato de ele considerar a humanidade como sendo uma entidade unitária, cuja por ele batizou-se de Grande Ser.
A doutrina ética de Comte não se tornou tão famosa, mas pode ser resumida pela seguinte frase: “Viva pelos outros”. Comte foi um dos mais famosos proponentes do Altruísmo. Acreditava que o ser humano tinha a obrigação moral de servir aos outros e de colocar os interesses de outras pessoas acima dos seus próprios. E apesar de o Positivismo não ter atraído muitos adeptos, sua influência sobre o subsequente pensamento filosófico foi bastante profundo.
2. Idealismo 
Uma das mais importantes correntes filosóficas da modernidade é o Idealismo. Afirma-se que suas origens dessa corrente estão Grécia Antiga, sobretudo na filosofia de Platão, este que por sua vez afirmava que o mundo que vemos hoje é apenas uma extensão imperfeita do mundo das ideias, cujo estudo é matéria da metafísica. 
O Idealismo defende a existência de uma só razão, a subjetiva. Por essa abordagem, a razão subjetiva é válida para todo ser humano, em qualquer espaço temporal e/ou físico. A partir desse pensamento a realidade se resume ao que é conhecido por meios de ideias. Existe ainda diferença entre realidade e o conhecimento que temos sobre ela, logo, só podemos dizer que a realidade é racional para nós a partir de nossas ideias.
O idealismo possui a ideia de que o mundo não pode ser compreendido, pois os sentidos humanos deformam o objeto de análise impedindo que ele seja conhecido em si mesmo. O único caminho para descobrir o mundo é através de ideias e conceitos, como diz a teoria das ideias de Platão. Ele acreditava que a parte da realidade que vemos (a matéria) é tangível, mas que é imperfeita, já o mundo ideal é intangível e perfeito.
Ainda que presente na antiguidade clássica, o Idealismo recebeu influência direta do pensamento do período moderno. Ele exige necessariamente um ponto de vista central fixa no subjetivismo, o que não acontecia na filosofia escolástica medieval. Através da revolução René Descartes (1596-1650) foi que a mudança de perspectiva se deu. Observa-seque a maioria dos pensadores dessa escola é alemã. Entre os nomes mais importantes estão Immauel Kant (1724-1804) e Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831).
2.1. O Idealismo segundo a perspectiva de Descartes
Segundo a perspectiva de Descartes, a realidade se comporta de dois aspectos: o extensivo e o qualitativo. Um objeto é um corpo que se caracteriza pela extensão, pelo movimento e por um complexo de qualidades sensíveis, mas somente a extensão e o movimento têm realidade objetiva, ou seja, existem independentemente do sujeito. Já as qualidades sensíveis (som, cor, odor, sabor, etc.) são subjetivas, ou seja, existe somente na consciência. Ele não possui uma posição do idealismo metafisico, uma vez que, não reduz o ser ao pensar, não nega a realidade do mundo exterior, nem sua total independência em relação ao sujeito, sendo assim, possui uma posição de realismo crítico.
Descartes admite a existência de três substâncias: 
Res cogitans (espírito): substancia pensante, imperfeita, finita e dependente.
Res divina (Deus): substancia eterna, perfeita, infinita, que pensa e é independente.
Res extensa (matéria): substancia que não pensa, extensa, imperfeita, finita e dependente.
2.2. As várias repartições do Idealismo
Já como escola filosófica o Idealismo se repartiu em várias tendências, algumas dentre as principais:
O Idealismo Platônico – com Platão, após Sócrates, é que a “ideia” passou a ter uma existência efetiva, embora em um sentido diferente do comum. Está além do humano e do material; e é nele que estão os modelos para todas as coisas.
O Idealismo Imaterialista – é uma Tendência que tem em Berkeley (1685-1753, Irlanda) seu expoente. Para ele, e seus adeptos, os Objetos Materiais não existem de fato; mas apenas como representações ou imagens, ou ideias no intelecto, na mente dos homens. E na mente de Deus, o criador do próprio Homem, o qual, segundo o seu Sistema, também não existe de fato, mas é apenas uma representação, uma imagem na Mente Divina. Essa sua forma de pensar permitiu-lhe emitir o célebre enunciado: ser, é ser percebido; ou seja, só existe aquilo que se percebe de algum modo
Idealismo Transcendental – doutrina de Kant (1724-1804, Alemanha) que alguns chamam de “Idealismo Critico”. Através desse Sistema o filósofo considerava que os objetos que estão em nosso cotidiano e que percebemos pelos Sentidos (tato, visão, audição, paladar, olfato) estão inseridos no Espaço-Tempo e devem ser considerados apenas como fenômenos (a aparência, o exterior perceptível de uma essência) e por isso serem diferenciados ou distinguidos de suas essências ou “coisa em si”. Dessa forma, qualquer objeto só existe em uma “relação de conhecimento”; ou seja, o objeto só existe a partir do instante que o indivíduo o perceba, ou o conheça.
 Idealismo Alemão Pós-kantiano – é o desenvolvimento da doutrina de Kant, principalmente, por Fichte (1762-1814, Alemanha) e pelo sábio Schelling (1775-1854, Alemanha). Todavia, ambos abrandaram a noção de Kant sobre a “coisa em si”, dando à doutrina uma interpretação em que a visão subjetiva (ou segundo o ponto de vista de cada indivíduo) ganhou mais importância. Consideravam, pois, que o real ou a realidade é formada, ou constituída, pela consciência de cada um. De novo, aplica-se a noção de que “O Mundo não é como é, mas sim como é visto ou percebido por cada um dos Homens. ”
5. Idealismo Absoluto – é o termo usado por Hegel (1770-1831, Alemanha) para demonstrar a sua noção de Metafísica (do que está além do físico, o sobrenatural). Segundo o filósofo, o real “é a ideia, mas não em sentido subjetivo ou individual; porém em sentido absoluto. Para Hegel tudo que está abaixo da metafísica, ou seja, o material, concreto, físico é apenas uma ilusão, mas que deve ser considerada; a partir daí é que Hegel propôs uma espécie de “monismo” onde essência e fenômeno formam uma única coisa. E como ele afirmava que o real é racional, essência e fenômeno são, consequentemente, compreensíveis pelo raciocínio, que constrói de ambos uma representação, uma ideia. Por isso, o seu idealismo é absoluto. É o “Idealismo Total” que abarca tanto o interior quanto o exterior de qualquer Coisa ou Ser.
Considerações Finais
O Idealismo é um pensamento filosófico que teve seu início pelos alemães Fichte, Shelling e Hegel durante o século XVIII e XIX, ele demonstra que tudo faz parte de uma lógica do espirito. Já o Positivismo foi uma grande corrente filosófica iniciada no século XIX por Auguste Comte, que percebeu que os pensamentos humanos são fundamentados por observações, exatidão, deixando de lado alguns pensamentos como a Teologia e Metafísica.
Portanto, o idealismo procura uma interpretação, uma unificação da experiência mediante a razão, e que o mundo exterior e material é produzido pela mente ou pelas ideias, de 	que não se pode existir separadamente. A realidade começa dentro da mente e não fora dela. O positivismo de Comte, quer limitar-se à experiência imediata, pura e sensível, como já fizera o empirismo, além disso foi a primeira corrente teórica a pensar questões sociais, dando origem a Sociologia, Comte via na Sociologia uma restauradora da ordem social, sendo responsável por encontrar respostas para os problemas sociais advindos da sociedade que surgiu: a sociedade capitalista.
Referências:
ARANHA, Maria Lúcia Arruda, MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia.-4. ed. rev. – São Paulo: Moderna, 2009.
MORAES, A. Carlos Robert. Geografia: pequena história critica. 7. ed. São Paulo: HUCITEC, 1987. p. 21-30.
 
Info Escola. Disponível em: <www.infoescola.com/educacao/auguste-comte-o-positivismo-e-a-escola> Acesso em 9 de março de 2017.
Sua Pesquisa. Disponível em:<www.suapesquisa.com/oquee/positivismo.htm> Acesso em 9 de março de 2017.
Estudo Prático. Disponível em: <www.estudopratico.com.br/positivismo-conceito-e-resumo-de-suas-caracteristicas> Acesso em 9 de março de 2017. 
Toda Matéria. Disponível em: < www.todamateria.com.br/idealismo/> Acesso em 15 de março de 2017.
Resumo Escolar. Disponível em: <www.resumoescolar.com.br/filosofia/idealismo/ > Acesso em 15 de março de 2017.
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