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Direito Constitucional

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Direito Constitucional – Prof° Wellington Castilho.
O constitucinalismo
A importância do Direito Constitucional e a relação com outros ramos do Direito.
“O Direito Constitucional alçado ao centro do sistema jurídico passou nas últimas décadas por um conjunto vertiginoso de transformações que mudou o modo como o Direito é pensado e é praticado no mundo romano germânico de maneira em geral”. (Luís Roberto Barroso)
Anotação: Todos os ramos do direito são influenciados por princípios constitucionais os quais guiam no entendimento na interpretação, na aplicação das normas jurídicas tendo em vista a supra legalidade do texto constitucionl. Assim, o direito constitucional, sobretudo a partir da Contituição Federal de 1988, e a matriz de todo o direito.
Conceito de Direito Contitucional: “[...] configura-se como Direito Público fundamental por referir-se diretamente à organização e fundamento do Estado, à articulação do elementos primários do mesmo e ao estabelecimento das bases da estrutura política”. (José Afonso da Silva)
Direito público e privado: Os estabelecimentos em Direito público e Direito privado visa facilitar o estudo do tema, dividindo o direito em ramos. Modernamente, os estudiosos vem destacando o direito como UNO (indivísivel) devendo ser estudado como um grande sistema harmonizado. 
Desse modo, podemos afirmar que a divisão em ramos e meramente didática.
Evolução do Constitucionalismo
Constitucionalismo Primitivo:
Regras não escritas.
Noções sobre território e governo.
Constitucionalismo Antigo
Hebreu:
Agentes ou representantes do poder divino.
Profetas: contraponto do poder divino.
Lei do Senhor.
Intermediários entre Deus e os homens.
Grego:
Não há direito único.
Atenas (Berço da democrácia). - Limitação do poder político e participação dos cidadãos nos assuntos políticos.
Controle rígido das contas públicas.
Esparta:
Organização político militar.
Liberdades individuais relacionadas à defesa do território.
Menor tentativa de limitação do poder.
Constitucionalismo Medieval
Magna Carta (1215).
Outorgada pelo Rei inglês João I (João sem terra)
Aproximadamente 60 claúsulas.
Aliança entre o rei e os súditos.
Origem remota do habeas corpus.
Rei João I não tinha a intenção de cumprir a Magna Carta.
Constitucionalismo Moderno
Destaque para 3 constiruições:
1ª Constituição da Corsega (1755):
Separação dos poderes.
Voto universal (incluindo mulheres e estrangeiros residentes).
2ª Constituição do EUA (1787):
Supremacia formal da constituição sobre demais leis.
Constituição rígida e elástica.
Legislção dos poderes.
Sistema presidencialista.
3ª Contituição Francesa (1791):
Não trouxe expressamente a supremacia da constituição.
Visava ao fim do absolutismo.
Fim dos privilégios do clero e da nobreza.
Previsão de soberania popular.
Princípio da legalidade.
Constitucionalismo Contemporâneo (Neoconstitucionalimos)
 Até a primeira metade do século XX, o mundo experimentou o constitucionalismo voltado à exclusiva limitação do poder dos governantes, assim como à formação e á organização dos Estados. Após a segunda guerra mundial, especialmente, no início do século XXI, as Contituições passaram a adquirir novos contornos, almejando o distanciamento do elementos meramente rétoricos e buscano a efetivdade do texto constitucional. (Pedro Lenza)
 Tal movimento ficou conhecido por diversificadas bdenominações, tais como: escola constitucionalista atual, neoconstitcionalismo e constitucionalismo avançado. As constituições contempôranes apresentam caraterísticas principais: 1) “a constitucional;” 2) “incorporram conteúdos materiais que adotam a forma de direitos, pricípios, diretrizes e valores, dotados de um amplo grau de indeterminação e de uma forte carga valorativa e teleológica”. Isso significa que as Contituições deixarem de ser apenas um texto contendo recomendações emanadas do Estado, para produzir efeitos de norma jurídica com eficácia direta e imediata, bem como fundamentais e supremas. (Ricardo Mauricio Freire Soares)
 Desse modo, o entendimento do Direito demanda a aplicação dos princípios jurídicos (especialmente, os princípios de ordem constitucional, como o da dignidade humana e da proporcionalidade), almejando a realização de uma justiça plena.
Consticionalismo do futuro?
Direitos de 3ª dimensão: Fraternidade ou solidariedade.
Valores:
Verdade.
Solidariedade.
Continuação.
Participação.
Integração.
Universalização.
Art. 1° - Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. – CF/88.
O constitucionalismo do futuro busca a consolidação dos direitos de 3ª dimensão (fraternidade ou solidariedade), os quais serão atingidos se observados os seguintes valores:
A VERDADE: a Constituição não pode gerara falsas expectativas, devem prometer somente aquilo que se pode cumprir.
Ex: Art. 6° São direitos sociais a educação, a saíde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e á infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. – CF/88.
A SOLIDARIEDADE: referente à preocupação entre os povos.
A CONTINUIDADE: ao reformar ou atualizar texto constitucional deve-se levar em conta os avanços já conquistados.
A PARTICIPAÇÃO e INTEGRAÇÃO: o povo envolvido em uma democracia participativa.
A UNIVERSIALIZAÇÃO: trata-se das disposições de direitos fundamentais internacionais nas constituições.
Teoria da Constituição 
 
Conceito de Constituição: “ a Constituição deve ser entendida como a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estrurturação do Estado, à formação dos poderes público, forma de governos e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos. (Alexandre de Moraes)
 Sentidos tradicionais da Constituição
Sentido sociológico (Ferdinada Lassale): segundo o autor, uma constituiçãoseria legítima apena se representasse o efetivo poder social, refletindo as forças sociais que constituem o poder. Desse modo, poderíamos ter duas constituições: uma real (resultados da soma dos fatores reias de poder que regem determinada nação) ou uma escrita (não passa de uma folha de papel).
Sentido Político (Carl Schmit): A constituição e acentada na vontade do povo, buscasse o fundamento da constituição na decisão política fundamentak que antecede a melaboração do texto constitucional. Desse modo, a constituição è o próprio estado.
Sentido Jurídico (Hans Kelsen): A constituição e a norma jurídica fundamental, básica, suprema de um determinado estado. Por isso, qualquer outra norma jurídica só será válida se for com ela compatível.
Todos os sentido influêciaram na formação da CF/88.
Classificação das Constituições
 Quanto à origem:
Outorgado: E a constituição imposta de maneira unilateral, seja pela vontade de um governante ou de um grupo. Não recebeu legitimidade do povo para em nome dele atuar. Ex: Constituição Federal de 1824, 1937 e 1967.
Promulgada: Recebe outros nomes como Contituição democrática, votada ou popular. E elaborada por um órgão constituinte composto de representanteslegitimamente eleitos pelo povo, para em nome dele atuar.
Quanto à forma:
Escrita: Na constituição escrita, as regras estão dispostas em texto único, formando um conjuntode normas sistemmatizadas e organizadas. Ex: Constituição Federal de 1988.
Não – escrita: As resgras constitucionais não estão inseridas em texto único, resultam leis esparças, jurisprudências e dos costumes. Em uma constituição não – escrita podem existir normas escritas, mas não inseridas em um só texto. Ex: Constituição da Inglaterra.
Quanto à extensão:
Sintética: Também conhecidas como Constituição escrita ou consisa. Dispõe apenas sobre os aspectos fundamentais da organização do estado e sobre seus limites, fazendo-o por meio de poucos artigos. Ela proporciona maior estabilidade, sendo mais flexível à asadaptações de situações novas e imprevista. Ex: Constituição Norte Americana.
Analítica: Também chamada de prolixa, dispõe sobre diversos aspectos da organização do estado inclusive, abrangendo assuntos própios da legislação infraconstitucional. Ex: Constituição Federal de 1988. 
Art. 242° §2° O colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal. – Constituição Federa 1988.
Quanto ao conteúdo:
Material: Também chamada de substânncial, é um conjunto de normas que trata de estrutura do estado e da sociedade, bem como dos limites da atuação estatal, inseridas ou não texto constitucional único não se admite como constitucional qualquer matéria que não temha aquele conteúdo. Ex: Constituição da Inglaterra.
Formal: Trata-se do conjunto de normas jurídicas no texto escrito e solene definido das normas hierarquicamente superiores. Estando na constituição, mas normas são formalmente constitucionais. Ex: Constituição Federal 1988.
Quanto ao modo de elaboração:
Dogmática: E elaborada por um órgão constituinte, que incorpora no texto constitucional de uma só vez os valores políticos e ideologicos predominantes em determinado momento histórico. Ex: Constituição Federal 1988.
Histórico: Também chamada de costumeira e produto da lenta evolução histórica, baseando-se em costumes, convenções, jurisprudêcias e textos esparços. Ex: Contituição Inglesa.
Quanto á alterabilidade:
Rígidas: Exige procedimeto especia de alteração dos preceitos cconstitucionais mais rigoroso quue as demais normas infraconstitucionais. Ex: Art. 60º §2°A proosta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, coonsiderando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
Art. 47° Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomada por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membro. – Constituição Federal 1988.
Flexíveis: Também chamda de constituições plásticafs não exigem procedimento especial de modificação, as normas constitucionais alteram-se como as demais normas. Ex: Constituição Italiana de 1848.
Semiflexíveis: Também chamada de semirígida, contém parte flex´vel e outra rígida desse modo, algumas normas constitucionais exigem procedimento especial de alteração e outras não. Ex: Constituição do império de 1824.
Quanto à sistemática:
Reduzidas: Materializam-se em apenas um código básico e sistemático. Ex: Todas as constituições Brasileiras.
Variadas: Distribuem-se em vários textos e em documentoesparços formados por várias leis constituições. Ex: Constituição Francesa de 1875 e Constituição Belga de 1830.
Quanto ao modelo:
Garantia: A constituição estrutura e delimita o poder do estado, estabelecendo a divisão dos poderes e assegurando o respeito aos direitos individuais. Ex: Constituição Norte Americana.
Balanço: A constituição registra e descreve a ordem política, econômica e social. A cada novo estágio no rumo das relações efetua-se um balanço, adotando uma nova constituição adaptada a realidade. Ex: Países europeus enquanto socialistas.
Dirigjente: Além de estruturar e delimitar o poder o estado inscreve um plano de evolução política, diretrizes a serem seguidas e que almejam ao progresso social e conômico. Ex: Art. 21º, IX – Elabora e executar planosnacionais e regionais de ordenaçãodo território e de desnvolvimento econômico e social. Art. 23º 
Classificação da Constituição Federal de 1988
Quanto à origem: Promulgada.
Quanto à forma: Escrita.
Quanto à extensão: Analítica.
Quanto ao conteúdo: Formal.
Quanto ao modo de elaboração: Dogmática.
Quanto á alterabilidade: Rígida.
Quanto à sistemática: Reduzida.
Quanto ao modelo: Dirigente.
Elementos da Constituição Brasileira
Elementos orgânicos: São normas que regulamentam a estrtuta do Estado e do Poder. Ex: Título III (Da organização do Estado) a partir do Art. 18º e Título IV (Da Organização dos Poderes) a partir do Art. 44º.
Elementos limitativos: Manifestam-se nas normas que compõem o elenco dos direitos e garantias fundamentais limitando a atuação de poderes estatais. Ex: Título II (Dos Direitos e Garantias Fundamentais) a partir do Art. 5º.
Elementos socioideológicos: Os elementos socioideológicos revelam o compromisso da constituição entre o estado individualista e o estado intervencionalista. Ex: Capitulo II do Título II (Dos Direitos Sociais) a partir do Art. 6°.
Elementos de estabilização constitucional: Baseado nas normas constitucionais destinadas a assegurar a solução dos conflitos constitucionais, a defesa da constituição, do estado e das instituições democráticas. Ex: Art. 102° e Art. 103° da Constituição Federal de 1988.
Elementos formais de aplicabilidade: Encontram-se na norma que estabelecem regras de aplicação das normas constitucionais como o preâmbulo que contém as claúsulas de promulgação; Assim como o Ato das Disposições Contitucionais Transitórias (ADCT), o qual estabelece normas de transição. Ex: Preâmbulo da Contituição Federal de 1988: Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.; ADCT Art. 2° No dia 7 de setmbro de 1993 o eleitorada definirá, através de plesbicito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou sidencialismo) que devem vigorar no país. 
Supremacia da Constituição
A constituição Federal é a norma fundammental do ordenamento jurídico. Trata-se da base para todo o processo legislativo, ou seja, a elaboração de quaisquer normas depende de adequação constitucional. Outros sim, a atuação das entidades estatais fica condicionada a tais preceitos positivos.
Nesse sentido, leciona José Afonso da Silva (2005, p. 46):
Nossa constituição é rígida. Em consequência, é a lei fundamental e suprema do Estado brasileiro. Toda autoridade só nela encontra fundamento e só ela confere poderes e competências governamentais. Nem o governo federal, nem o governos dos Estados, nem dos Municípios ou Distrito Federal são soberanos, porrque todos são limitados, expressa ou implicitamente, pelas normas positivas daquela lei fundamental. Exercem suas atribuiões no termos nela estabelecidos.
Anotação: A Constituição Federal de 1988 e considerada norma rígida isso porque há maior dificuldade para sua modificação do que para as demais normas jurídicas essa rígidez e consequência do princípio da supremacia da constituição colocando-a no vertice do sistema jurídico do país.
Escalonamento das normas: 
 Constituição Federal.
 
 Supralegais.
 
 Demais normas.
- Tratados e convenções internacionais sobre Direitos Humanos aprovados = Emendas Constitucionais. 
- Os direitos humanos estão acima de qualquer coisa e devem ser “obedecidos” em qualquer lugar do mundo.
- Tudo o que foi aprovado antes de 2004 é considerado norma supralegal, ápos 2004 o que não foi aprovado.
Art. 5° § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
Considerações sobre:
Preâmbulo da Constituição Federal de 1988: E onde constam as intenções da constituiçãocomo uma certidão de origem e legitimidade do novo texto, proclamando príncipios. O STF enetende que não há valor jurídico normativo, reflete apenas a posição ideologica do legislador constituinte, sem relevância jurídica. Portanto, não é norma jurídica nem norma constitucional.
ADCT (Atos da Disposições Constitucionais Transtórias): é composto por normas de transição ou de carater temporário, que possuem força constituional. Além, disso, asseguram a harmonia de transição do regime anterior para o novo regime.
Princípio da recepção: As normas infraconstitucionais elaboradas antes da nova constituição e que forem incompatíveis com o novo texto constitucional, serão revogadas por ausência de recepção. A norma que não contrariar a nova ordem jurídica será recepcionada.
Repristinação: E o fenomêno em quema norma e revogada por novo sistema jurídico e posteriormente recepcionada por outro ainda mais novo. No Brasil , sua existência depende de previsão ex´ressa na nova constituição, o que nõ ocorreu com a Constituição Federal de 1988. Ex: lei aprovada na vigênciada Constituição de 1946 e revogada pela Constituição de 1967 é posteriormente recepcionada pela Constituição de 1988.
Desconstitucionalização: E o fenomêno pelo qual as normas da Constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem, permaneçam em vigor, mas como lei infraconstitucional. Esse fenomêno não foi adotado pela Constituição Federal de 1988.
Normas Constitucionais
Normas Princípios (especie) Ex. Art. 1°, III -  a dignidade da pessoa humana; 
(genêro) Preceitos (regras) Ex. Art. 37°, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
Qual a diferença entre princípios e preceitos? Os preceitos equivalem a regras e assim como os princípios são espécies do genero norma jurídica. No caso dos princípios as prescrições são observadas com maior medida possível (otimização), levando em conta o caso concreto, o que, geralmente está ausente nas regras. Outra diferença e flexibilização dos princípios.
Classificação das normas constitucionais
Normas de eficácia plena: São aquelas que não necessitam de qualquer outra disciplina legislativa para terem aplicabilidade, ou seja, no momento que entram em vigar estão aptas a produzir todos os seus efeitos. Por iso, são normas constitucionaiis de aplicabilidade direta, imadiata e integral. 
Ex: Art. 2° São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 5°, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
Art. 16° A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Normas de eficácia contida: São aquelas que possuema aplicabilidade direta e imediata, mas possivemente não integral. Há restriçõ a eficácua e aplicabilidade da norma, reduzindo a amplitude de um direito, por exemplo: o legislador constitucional regulou suficientemente os interesses relativos à determinada matéria, mas deixou margem a atuação restritiva. Obs: Trazem em seu conteúdo a previsão de que uma lei infraconstitucional poderá compor seu significado. 
Ex: Art. 5°, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
Art. 170° Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Art. 9° § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
Normas de eficácia limitada: Não possuem os pressupostos mínimos que lhes permitem insiidir no plano das relações jurídicas concretas e surgir todas as consequência jurídicas pretendidas pela constituição. São consideradas de aplicabilidade indireta, mediata e reduzida.
Ex: Art. 18° §2° Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
Art. 22° Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Art. 25°§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Subdividem-se em:
Normas de pricípio instituivo: São aquelas que trazem esquemas gerais (iniciais) de estruturação e atribuições de instituições, órgãos ou entidades. 
Ex: Art. 18° §2° Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
Art. 22° Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Art. 25°§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Normas de princípio programático: Estabelecem um programa a ser desenvolvido pelo estado mediante regulamentação pelo legislador. O legislador constituinte apenas traçou princípios a serem cumpridos pelos órgãos. 
Art. 196° A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Normas de eficácia exaurida: São aquelas que já extinguiram a produção dos seus efeitos, também chamadas de esgotadas ou dissipadas.
Princípios constitucionais
Fundamentos da República Federativa do Brasil:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Caput: não se adimite a separação dos Estados fundamentos da República Federativa do Brasil.
I - a soberania: exercício de um poder político, supremo e independente.
II – a cidadania: direitos e deveres fundamentais pela capacidade eleitoral passiva e ativa.
III - a dignidade da pessoa humana: mínimo necessário para viver em sociedade, qualidade de vida de qualquer ser humano, garantidor por parte do estado.
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: ofício de forma digna, garantindo-lhe o sustento, com remuneração adequada ao seu trabalho; Livre iniciativa: exercício de uma atividade econômica, ela é limitada, esbarra em certos princípios. 
V - o pluralismo político: a sociedade é formada por grupos. Ex: Congresso Nacional (com vários grupos) partidos (cada com sua idéia). Sempre a forma de pensar será heterogênea.
SO CI DI VA PLU
 
Soberania. Cidadania. Dignidade Valores sociais doPluralismo
 da trabalho e da livre político.
 pessoa humana . iniciativa.
 
Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária: Pensar no próximo.
II - garantir o desenvolvimento nacional: Temos que fazer o país se desenvolver socialmente e econômicamente.
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação: Não podem ter critérios que discriminem a pessoa humana. Ação afirmativa: Manter um equilíbrio.
Princípios que regem as relações internacionais:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional: nenhum ooutro país pode interferir no nosso modo de agir.
II - prevalência dos direitos humanos: prevalece sobre qualquer outro direito, até sobre a soberania (falando de direitos humanos). Esta soberania precisa ser relativizada com limites sem se impor sobre os direitos humanos.
III - autodeterminação dos povos: se auto governar cada povo é o hárbitrio de suas decisões, auto se defender.
IV - não-intervenção: não permitir que outros países venha intervir em decisões.
V - igualdade entre os Estados: nenhum estado deve ser considerado superior a outro, pelo seu desenvolvimento social ou econômico.
VI - defesa da paz: relações entre países e estados devem ter paz.
VII - solução pacífica dos conflitos: solução de conflitos com diálogos, negociação entre os Estado.
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade: relacionada a união entre povos, para alcançar a evolução e progresso da humanidade.
X - concessão de asilo político: razão de perseguição em Estado de origem.
Poder constituinte
Titular do poder constituinte: É o povo.
Titular do exercício do poder constituinte: aqueles que em nome do povo elaboram ou editam a constituição (senadore e deputados).
Espécies de Poder Constituinte:
Poder Constituinte Originário: É aquele que instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por completo com a ordem jurídica precedente. É a pressão das decisões soberanas da maioria de um povo em determinad momento histórico. O direito político não limita o poder constituinte originário, pois este não se subordina a nenhuma norma jurídica pré- existente, ignora-se inclusive, as claúsulas petras da constituição anterior.
Características:
Inicial: aquele que instaura uma nova ordem jurídica.
Autônomo: a estruturação da nova constituição será determinada autônomamente por quem exerce o poder constituinte originário (apenas o titular do poder escolhe os conteúdos).
Ilimitado jurídicamente: não tem de respeitar limites postos pela ordem jurídica anterior.
Incondicionado: refere-se a à soberania na tomada de decisões pois não tem de se subemeter a qualquer forma pré- fixada de manifestação (nenhuum procedimento formal)
Formas de expressão:
Outorga: trata-se do estabelecimento de uma nova constituição por meio de uma declaração unilateral do agente revolucionário do momento, o qual auto limita o poder.
Assembleia Nacional Constituinte ou Convenção: surge da deliberação da representação popular, para estabelcer o texto organizatório e limitativo do poder.
Poder Constituinte Derivado: também chamado de poder de emenda ou de segundo grau, é aqule estabelecido pelo poder condtituinte originário, podendo adaptar o texto constitucional aos novos tempos, alterando dispositivos. Entretanto, veda-se a modificação da estrutura essencia da constituição.
Características:
Derivado: porque retira sua força do poder constituinte originário.
Subordinado: porque se encontra limitado pelas normas expressas e implícitas da constituição
Condicionado: porque deve seguir as regras estabelecidas na constituição para o seu exercício (formal).
Espécies:
Reformador: trata-se do poder de alterar o texto constitucional, respeitando a regulamentação prevista na constituição. A manifestação do poder constituinte derivado reformador verifica-se por meio das emendas á constituição.
Decorrente: a possibilidade que os estados membros têm, em virtude da sua autonomia político administrativa de se auto organizarem por meio das suas respectivas constituições estaduais, respeitando o limite estabelecido na constituição federal. Ex: Art 25° Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
Revisor: trata-se de uma revisão para atualizar e adequar a onstituição a ás necessidades da sociedade. De acordo com o Art. 3° do ADCT, uma revisão após 5 anos da promulgação, sem a necessidad de observar todo o procedimento das PEC’s . Nesse contexto, foi possível a revisão uma só vez, que resultou em seis emendas de revisão, as quais observaram os limites do Art.60° § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
OBS. Limitações ao Poder Constituinte Derivado Reformador:
Limitação formal: trata-se do procedimento a ser adotado, o qual está previsto no Art. 60° A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Limitação circunstancial: suspende a proposta de emenda em decorrêcia de determinhda circunstância (vigência de intervenção federal, estado de defesa ou de estado de sítio) Art. 60° § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
Limitação material: refere-se a á impossibilidade de alterar a constituição visando abolir determinados temas, os quais recebem o nome de claúsulas petreas. Ex:Art. 60° Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Poder Constituinte Difuso: (mutação constitucional) trata-se da modificações de modo informal e espontâneo, não há alteração do texto constitucional, apenas no sentiso interpretativo (o texto permanece intacto). Almeja-se o preenchimento das lacunas constitucionais. Refere-se a uma verdadeira mutação e nova interpretação, não podendo violar os princípios que dão estrutura a á constituição, sob pena de sr considerada inconstitucional. Art. 5° XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;  LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;Poder Constituinte Supranacional: (transconstitucionalismo) trata-se de um poder constituinte fundamentado na cidadania universal, o qual age de fora para dentro. “Cria-se” uma constituição em âmbito globla, cada estado cede uma parcela da sua soberania, reorganizando a estrutura dos estados que se interelacionam em um processo de integração econômica, política e social.
Hermenêutica Constitucional
Noções gerais: A contribuição deve ser interpretado buscando o real significado dos termos constitucionais. A constituição será validade para as demais normas do ordenamento jurídico, por isso há que se decifrar o seu verdadeiro alcance e, consequentemente á abrangência da norma constitucional.
Método jurídico: A constituição e considerada uma lei, por isso utilizamos os métodos tradicionais de hermenêutica na interpretação. Elementos: gramatical, sistemático, histórico e sociológico.
Método tópico-problemático: parte- se de um caso concerto para a norma, atribuindo-se à a interpretação em caráter prático na busca da solução dos problemas concretizados.
Método hermenêutico-concretizador: parte-se da constituição para o problema, o interprete utiliza suas próprias pré-compreensões sobre o tema para obter o sentido da norma. Além disso, atua como medidor entre a norma e a situação concreta.
Método científico-espiritual: parte da realidade social e dos valores do texto constitucional, por isso a interpretação e dinâmica e se renova constatemente na medida das modificações da vida em sociedade.
Método normativo-estruturante: o teor literal da norma deve ser analisado á uz da constituição da norma em realidade social.
Método da comparação constituional: estabelcer uma comparação entre várias constituições, a partir da utilização dos elementos tradicionais da hermenêutico como gramatical, o lógico, o historico e o sistemático.
Pricípios de interpretação constitucional:
Princípio da Constituição: a constituição deve ser interpretada em sua globalidade. As normas devem ser vistas como práticas, integrado em um sistema unitário de regras e princípios.
Princípio do efeito integrador: prioriza-se critérios ou pontos de vistas favorecem a interpretação política (a constituição faz parte da sociedade).
Princípio da máxima efetividade: a norma constitucional deve ter a mais ampla efetividade social, principalmente com relação aos direitos fundamentais. Se houver dúvida, deve-se optar pela interpretação que reconheça maior eficácia aos direitos fundamentais.
Princípio da justeza ou da conformidade funcional: o STF ao concretizar a norma constitucional, será responsável por estabelecer a força normativa da contribuição, não podendo alterar a repartição de funções constitucionalmente estabelcidas pelo constituinte originário, como a separação dos poderes e a forma federativa do estado.
Princípio da concordância prática ou harmonização: os princípios e normas constitucionais devem existir harmônicamente, na hipotése de eventual conflito ou concorrência entre eles. Deve se evitar o sacrifício total de um princípio em relação a outro em choque.
Princípio da força normativa: (efetividade da constituição) trata-se de conferir máxima efetividade a as normas constitucionais, priorizando-se a herme nêutica que possibilite a atualização normativa, garantimdo a eficácia e a permma nência.
Princípio da interpretação conforme a Constituição: diante de normas polisênicas (aquelas que comportam mais de uma interpretação) o interpréte deve optar pela interpretação que mais se aproxime da constituição, tais como: prevalência da constituição, exclusão da interpretação contrária da lei e a aplicaçãode normas constitucionais.
Princípio Da proporcionalidade ou razoabilidade: trata-se da busca direta das idéias de justiça, equidade, bom-senso, prudência, moderação, justa medida, proibição de excessos, enfim, um direito justo.

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