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1. Introdução Após visita técnica, localizada em Guarulhos – SP. O objetivo da visita foi verificar manifestações patológicas no piso de concreto executado. Figura 01 – Visão Geral do Armazém 2. Observações em obra As manifestações patológicas observadas em obra serão expostas e discutidas a seguir. 2.1. Fissuras As fissuras observadas não possuem origem estrutural, mas sim devido aos efeitos de retração do concreto em suas primeiras idades, e devido a causas executivas. 2.1.1. Fissura paralela à junta na entrada da sala de bateria Fissura de retração com origem no canto reentrante de uma canaleta instalada no cruzando com uma junta de construção. Figura 02 – Fissura na região da canaleta metálica Figura 03 – Fissura por travamento da canaleta metálica Figura 04 – Fissura por travamento da canaleta metálica Prováveis Causas: A provável causa dessa fissura se associa ao travamento da movimentação da junta nesta região. Este fato pode ter sido intensificada pela falta ou posicionamento incorreto de reforços de cantos reentrantes nesta região, e pelo próprio travamento da junta pela grelha metálica instalada cruzando a junta, sem previsão em projeto. Tratamento proposto: Dificilmente essa fissura ira estabilizar somente com seu selamento, pelo fato da grelha estar travada entre duas placas. Para sua recuperação existem duas alternativas: Alternativa 1 – Costura com fibra de carbono Para isso recomendasse o aprofundamento da abertura da junta, o máximo possível desde que as barras de transferência não sejam afetadas; Desvincular a canaleta/grelha por toda a profundidade do piso, de forma a permitir a movimentação de ambos os panos do piso de concreto independentemente. Para isso, recomendamos que o piso seja serrado neste perímetro da grelha indicado na Figura 03. Costura da fissura com fibra de carbono de forma a travar sua movimentação. Seguir detalhe executivo anexo 10692-PI-CO-DT01. Executar o reparo na temperatura mais baixa possível. Figura 053 – Fissura por travamento da canaleta metálica É importante alertar que este tratamento é experimental, não eliminando completamente o risco da fissura retornar. 2.1.2. Fissuras em regiões de fio indutor Figura 06 – Fissura em região de locação do fio indutor Prováveis Causas: Esta fissura está associada à retração do concreto e/ou às movimentações térmicas do piso, tendo sido intensificadas pelo corte do piso nesta região para instalação dos fios indutores. Aparentemente este corte funcionou como indutor da fissura, ao reduzir a seção do piso. A fissura se manifestou na continuidade do corte, fato este que vem ao encontro da ideia exposta acima. Tratamento proposto: Por ser uma região que tenderá a trabalhar com o tempo, recomendasse que a fissura seja tratada por costura com fibras de carbono, 2.1.3. Fissuras com aberturas menores que 0,3 mm Figura 07 – Fissura em região de locação do fio indutor Tratamento proposto: Por apresentarem pequena abertura, recomendasse que seu tratamento consista apenas na aplicação de líquido endurecedor de superfície, de preferência à base de lítio. Recomendamos também que sua progressão seja monitorada, de forma a garantir sua estabilização. 2.2. Delaminações Foi observada região com desplacamento da camada mais superficial de argamassa do piso, como se observa na Figura 08. Figura 08 – delaminação Tratamento proposto: Recuperação com argamassa polimérica. 2.3. Esborcimento de juntas Foram verificadas uma série de juntas em diferentes graus de esborcinamento no piso do galpão, tanto juntas já tratadas com lábios poliméricos quanto juntas metálicas. 2.3.1. Esborcinamento de juntas já tratadas com lábio polimérico. Figura 09 – Lábios poliméricos esborcinados Tratamento proposto: Tratar novamente as juntas afetadas com lábios poliméricos ( endurecedor de borda) TLX 70 2.3.2. Esborcinamento de juntas metálicas Figura 10 – Juntas metálicas esborcinadas Prováveis causas: A provável causa se associa à questões relativas à concretagem desta placa. Aparentemente a presença de vazios no concreto na interface com as juntas metálicas desencadeou este processo de quebra nesta região. Foi observado que em ponto da junta metálica os perfis permaneceram unidos, o que indica que o rebite está travando os perfis. Tratamento proposto: Execução de argamassa epoxídica . Recomendasse porém, que durante o processo de execução dos lábios poliméricos, após o corte do piso e abertura das “valas” de aplicação do material, deverão ser observados a presença de vazios mais profundos no piso. Caso esses vazios na interface com as juntas metálicas sejam confirmados, recomendamos que eles sejam preenchidos com argamassa cimentícea (ou epoxídica) fluida, para então finalização do tratamento por argamassa epoxídica. É necessário também romper os rebites que mantém os perfis metálicos unidos. 2.4. Desgaste superficial Foram verificados desgaste superficial moderados em uma quantidade de regiões do piso do galpão. Figura 11 – Desgaste superficial Tratamento proposto: Desgaste brando: Aplicação de líquido endurecedor de superfície. Desgaste Moderado: Entende-se por desgaste moderado aquele que apresenta algumas das características listadas abaixo: Formação de buracos no piso; Formação de bacias de certa profundidade pelo desgaste pronunciado do piso; Exposição da brita constituinte do concreto. Para tratamento deste tipo de desgaste recomendamos a lapidação do piso de forma a regularizar sua superfície, seguida da aplicação de líquido endurecedor de superfície. O líquido endurecedor de superfície deve garantir que a superfície se caracterize como classe B na resistência à abrasão. A norma que regulamenta as classes de resistência à abrasão é a ABNT NBR 11801: 2012.
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