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ASCARIS LUMBRICOIDES
Os Ascaris são conhecidos, popularmente, como lombrigas ou bichas.
Localizam-se de preferência no duodeno e no jejuno, onde produzem um quadro clínico variado denominado ascaridíase.
São vermes longos, cilíndricos e com extremos afilados, sobretudo anteriormente. 
Em geral, há em torno de 6 vermes por paciente. Mas esse número pode elevar-se a 500 ou 700 em alguns casos.
Na maioria das vezes, a infecção é leve e clinicamente benigna.
Em crianças: obstrução intestinal por um bolo de ascaris, determinando um quadro de abdômen agudo.
Fisiologia dos Ascaris
As fêmeas devem ser fecundadas várias vezes.
 Cada uma produz até 200.000 ovos por dia. Mantêm-se em atividade constante, quase sempre movendo-se contra a corrente peristáltica.
(A): Ovos férteis - No solo, embrionam em 2 semanas (entre 20 e 30ºC) e se tornam infectantes dentro de outra semana (B). Podem permanecer aí infectantes durante um ou mais anos. Os ovos de Ascaris são abundantes no chão do peridomicílio poluído com fezes humanas, e podem ser suspensos no ar, com a poeira, pela ação dos ventos. Quando isoladas ou mais numerosas que os machos, as fêmeas podem por ovos inférteis, mais alongados (C), que não embrionam.
A infecção por Ascaris
1- No intestino do hospedeiro, os ovos embrionados são induzidos a eclodir pela ação do CO2 e de outros fatores, liberando uma larva de 3º estágio.
2- Entra na circulação, fígado, coração, pulmão. As larvas de 4º estágio penetram nos alvéolos, onde ocorre a 5ª muda.
3- Ocorre a mudança fisiológica e morfológica (habitat anaeróbio). 
4- Medindo agora 1 a 2 mm, são arrastadas pela corrente de muco dos bronquíolos e brônquios, sobem pela traqueia e laringe, sendo deglutidas com as secreções brônquicas.
5- Ao chegarem ao intestino, dá-se a última muda que as transforma em adultos jovens. O crescimento continua até a maturidade, ao fim de 2 meses.
Transmissão
Ingestão: água, alimentos, contaminação da mão, contaminação do ambiente domiciliar e peridomiciliar.
Resistência ao Ascaris
Instalados no intestino, o Ascaris tem uma longevidade estimada em 1 a 2 anos. Em geral, apenas uma de cada seis pessoas parasitadas apresenta manifestações clínicas decorrentes do parasitismo. A razão está no pequeno número de vermes que elas carregam. 
Na fase invasiva, as lesões dependem do número de larvas, do tecido em que se encontrem e da resposta do hospedeiro. Nos pulmões ocorrerá a síndrome de Loeffler, com febre, tosse, alta eosinofilia. Normalmente, esses sintomas desaparecem em poucos dias sem deixar traços. Mas, em crianças pequenas e em pessoas hipersensíveis, a gravidade pode ser alta.
Sintomatologia
Os ascaris podem permanecer nos intestinos sem molestar o paciente, sendo descobertos, ocasionalmente, quando um deles for expulso com as fezes.
Nos casos sintomáticos, as manifestações mais frequentes são: desconforto abdominal, dor epigástrica, cólicas intermitentes, má digestão, náuseas, anorexia e emagrecimento. Também costuma haver irritabilidade, sono intranquilo, ranger de dentes à noite e coceira no nariz.
Pessoas hipersensíveis podem apresentar quadros alérgicos, como urticária, edemas e crises de asma que se curam com anti-helmínticos.
Em populações de baixa renda e crianças desnutridas, os parasitos agravam o mau estado nutricional.
Complicações na fase crônica: Segundo as estatísticas hospitalares, cerca de 45% das obstruções por bolo de Ascaris ocorrem em crianças com menos de 2 anos de idade. A capacidade migratória dos Ascaris leva-os, por vezes, a penetrar no apêndice (causando apendicite). Penetram nas vias biliares, simulando os quadros de colecistite; e nas vias pancreáticas, produzindo pancreatite aguda, sempre fatal. Outros quadros obstrutivos graves ocorrem quando, subindo pelo esôfago, os vermes penetram na laringe ou nos brônquios.
 
 Diagnóstico 
Os quadros clínicos não permitem distinguir a ascaridíase de outras helmintíases intestinais. A menos que um verme tenha sido eliminado durante uma defecação ou vomitado. 
O exame parasitológico das fezes a melhor forma de se diagnosticar.
 Tratamento
Albendazol – bloqueia a captação de glicose e aminoácidos pelos helmintos. Dose única de 400 mg VO. Cura > 90%.
Mebendazol – bloqueia a captação de glicose e aminoácidos pelos helmintos. Cura próxima de 100%. Praticamente sem efeitos colaterais. 100 mg a cada 12 h./3 dias.
Levamisol – inibidor da fumarato-redutase. 80 mg (crianças) 150 mg (adultos). Cura > 90%. 
Pamoato de pirantel – inibição da colinesterase. 10 mg/kg. Náuseas e vômitos, cefaléia, erupção cutânea. Cura > 90%. 
Piperazina – produz paralisia neuromuscular do helminto e permite sua expulsão passiva. 100 mg/kg por 5 dias (máx. 3 g crianças e 4g para adultos). Na obstrução intestinal por Ascaris, passar sonda nasogástrica, administrar no máximo 6 g de piperazina e 50 ml de óleo mineral. Se não houver resolução da oclusão, recomenda-se tratamento cirúrgico. 
Todas estas drogas são contraindicadas na gestação.
Essas drogas não agem sobre larvas ou adultos fora dos intestinos.

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