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Artérias – Distribuição Geral e Aspectos Importantes
Membro Inferior
A. dorsal do pé
 Caminho até o coração: a. dorsal do pé, a. tibial anterior, a. poplítea, a. femoral, a. ilíaca externa, a. ilíaca comum, a. aorta abdominal (aorta descendente), a. aorta torácica (aorta descendente), arco da aorta, parte ascendente da aorta. 
Destaca-se por apresentar potencialidade de oclusão em pacientes diabéticos.
Pulso: o pulso da a. dorsal do pé (pulso pedioso) é tomado no dorso do pé na região lateral ao tendão do m. extensor longo do hálux. Esse pulso é uma continuação do pulso da a. tibial anterior e é de extrema importância na avaliação da vascularização dos pés de pacientes diabéticos.
A. tibial anterior
Caminho até o coração: vide A. dorsal do pé.
Artéria responsável pela irrigação do compartimento anterior da perna.
A. fibular
Caminho até o coração: a. fibular, a. tibial posterior, a. poplítea, a. femoral, a. ilíaca externa, a. ilíaca comum, a. aorta abdominal, a. aorta torácica, arco da aorta, parte ascendente da aorta.
A artéria fibular é o maior ramo da a. tibial posterior e é responsável juntamente com ela pela irrigação do compartimento posterior da perna.
A. tibial posterior
Caminho até o coração: vide A. fibular.
Como já mencionado, é responsável pela irrigação do compartimento posterior da perna, mas também dela saem os ramos de artérias plantares, que irrigam a “parte posterior” (planta) do pé.
Pulso: o pulso da a. tibial posterior é tomado entre a face posterior do maléolo medial e a margem medial do tendão calcâneo. Pede-se para o paciente realizar inversão do pé para que os músculos do retináculo sejam relaxados, visto que a artéria segue-se profundamente aos mesmos.
A. poplítea
Caminho até o coração: vide A. fibular.
A artéria poplítea tem início no hiato dos adutores. Suas ramificações suprem a cápsula e os ligamentos da articulação do joelho. 
Pulso: o pulso poplíteo é tomado com a pessoa em decúbito ventral com o joelho fletido (relaxamento da fáscia poplítea e dos músculos do jarrete). A diminuição do pulso ou perda do mesmo indica obstrução da a. femoral.
Em fratura supracondilar do fêmur ou luxação posterior do joelho é possível atingir a a. poplítea, causando uma hemorragia local e possivelmente a interrupção de fluxo sanguíneo para a perna.
A. femoral
Caminho até o coração: vide A. fibular.
Principal artéria do membro inferior; desce pelo trígono femoral (essa estrutura merece destaque) lateral à veia femoral. Supre as faces anteriores e anteromedial da coxa.
Pulso: o pulso da a. femoral pode ser tomado com a pessoa em decúbito dorsal, entre a EIAS e a sínfise púbica.
A compressão da a. femoral também pode ser realizada nessa região contra o ramo superior do púbis, músculo psoas maior e cabeça do fêmur. Essa compressão irá reduzir o fluxo sanguíneo na artéria femoral e na femoral profunda. 
Como é uma artéria superficial na região do trígono, a a. femoral é vulnerável às lesões traumáticas, principalmente lacerações. As anastomoses de ramos dessa artéria com outras artérias que cruzam a articulação do quadril podem suprir o membro inferior.
A. femoral profunda
Caminho até o coração: a. femoral profunda, a. femoral, a. ilíaca externa, a. ilíaca comum, a. aorta abdominal, a. aorta torácica, arco aórtico, parte ascendente da aorta.
Principal artéria da coxa; emite artérias perfurantes que passam ao redor da face posterior do fêmur e suprem músculos dos três compartimentos fasciais (adutor magno, jarrete e vasto lateral). 
Pelve
A. ilíaca interna
Caminho até o coração: a. ilíaca interna, a. ilíaca comum, a. aorta abdominal, a. aorta torácica, arco da aorta, parte ascendente da aorta.
Artéria mais importante da pelve, responsável pela vascularização das vísceras pélvicas e parte da vascularização da porção musculoesquelética da pelve. Emite ramos à região glútea e ao períneo.
A. testicular
Caminho até o coração: a. testicular, a. aorta abdominal, a. aorta torácica, arco da aorta, parte ascendente da aorta.
Irriga a parte abdominal do ureter, testículo e epidídimo. Atravessa o canal inguinal e entra no escroto.
A. ovárica
Caminho até o coração: vide A. testicular.
Irriga parte abdominal e/ou pélvica do ureter, ovário e extremidade ampular da tuba uterina. Cruza a margem da pelve, desce no ligamento suspensor do ovário. 
OBS: No Moore há muitas mais artérias na região pélvica, porém a ilíaca interna é a única destacada no “Homem Arterial” no qual me baseei.
Abdome e Tórax
A. ilíaca externa
Caminho até o coração: a. ilíaca externa, a. ilíaca comum, a. aorta abdominal, a. aorta torácica, arco da aorta, parte ascendente da aorta.
Tem origem na a. ilíaca comum, segue o m. iliopsoas e no abdome da origem a ramos que irrigam a parede abdominal anterolateral.
A. ilíaca comum
Caminho até o coração: vide A. ilíaca externa.
Tem origem na bifurcação da parte abdominal da aorta; segue em sentido inferolateral, acompanhando a margem medial do músculo psoas até a margem da pelve. 
A. aorta abdominal
Caminho até o coração: vide A. ilíaca externa. 
Dá origem à maior parte das artérias que irriga a parede abdominal posterior. Tem início no hiato aórtico do diafragma (nível da vértebra T12) e termina na divisão em artérias ilíacas comuns (nível da vértebra L4).
Essa artéria pode ter pulsações transmitidas por tumores no pâncreas ou estômago, já que ela está posterior a eles. Além disso, a palpação profunda da região média do abdome pode detectar um aneurisma, que geralmente resulta de fraqueza congênita ou adquirida da parede arterial. Na região do umbigo na parede abdominal, principalmente em crianças e adultos magros, pode-se comprimir a parte inferior da aorta abdominal contra o corpo da vértebra L4 por pressão firme, o que pode ser usado no controle de hemorragias na pelve ou no membro inferior.
A. aorta torácica
Caminho até o coração: vide A. ilíaca externa.
É a continuação do arco aórtico, desce deslocando o esôfago para direita. Acaba no hiato aórtico, no diafragma. Emite como ramos as artérias intercostais posteriores, subcostais, algumas artérias frênicas e ramos viscerais.
Arco da aorta
É a continuação da parte ascendente da aorta. Emite como ramos as artérias braquiocefálica, carótida comum esquerda, subclávia esquerda. Curva-se em sentido posterior, superior, posterior, para a esquerda e, depois inferior.
Parte ascendente da aorta
Origina-se no óstio da aorta; é intrapericárdica. Emite como ramos as artérias coronárias direita e esquerda.
Aa. Intercostais
As aa. intercostais seguem entre os músculos intercostais internos e íntimos. Distribuem-se pelos m. intercostais, pele sobrejacente e pleura parietal.
As artérias coronárias e pulmonares não foram abordadas, porém recomendo ler sobre elas no Moore.
Membro Superior
A. radial
Caminho até o coração: a. radial, a. braquial, a. axilar, a. subclávia (direita ou esquerda), [no lado direito: tronco braquiocefálico], arco da aorta, parte ascendente da aorta.
Segue em sentido inferolateral sob o revestimento do m. braquiorradial; situa-se lateral ao tendão do m. flexor radial do carpo na região distal do antebraço. 
Pulso: a pulsação da a. radial pode ser tomada na região distal do antebraço, onde ela se encontra coberta apenas por fáscia e pele. Nessa região, a artéria é comprimida contra a extremidade distal do rádio e entre os tendões do FRC e ALP. 
Anastomosa-se com o ramo profundo da a. ulnar para originar o arco palmar profundo.
A. ulnar
Caminho até o coração: a. ulnar, a. braquial, a. axilar, a. subclávia (direita ou esquerda), [no lado direito: tronco braquiocefálico], arco da aorta, parte ascendente da aorta.
Desce em sentido inferomedial e depois diretamente inferior, profundamente às camadas superficial e intermediária dos músculos flexores para chegar à face medial do antebraço. Emite ramos que realizam anastomose no cotovelo e suprem os mm. da região medial e central do braço.
Pulso: as pulsações da a. ulnar podem ser palpadas na face lateral do tendão do FUC, ondese situa anteriormente à cabeça da ulna.
É a principal constituinte do arco palmar superficial, tendo participação em anastomose da a. radial. 
A. interóssea comum
Caminho até o coração: a. interóssea comum, a. ulnar, a. braquial, a. axilar, a. subclávia (direita ou esquerda), [no lado direito: tronco braquiocefálico], arco da aorta, parte ascendente da aorta.
Ramo curto da a. ulnar, origina-se na parte distal da fossa cubital e divide-se quase imediatamente nas artérias interósseas anterior e posterior.
A. braquial
Caminho até o coração: vide A. interóssea comum.
É responsável pelo suprimento arterial principal do braço. Começa na margem inferior do musculo redondo maior e termina na fossa cubital, diante do colo do rádio, onde, sob o revestimento da aponeurose do m. bíceps braquial, divide-se em a. radial e a. ulnar. Origina muitos ramos musculares.
Pulso: a a. braquial é palpável em todo seu trajeto. Em seu início, situa-se medialmente ao úmero, onde suas pulsações são palpáveis no sulco bicipital medial.
 O melhor local para compressão da a. braquial é medialmente ao úmero, perto da porção média do braço. Devido à existência da artéria braquial profunda e das anastomoses arteriais ao redor do cotovelo, a a. braquial pode ser clampeada distalmente à origem da a. braquial profunda sem causar danos teciduais.
A fratura supracondilar do úmero pode ocasionar lesão da artéria braquial.
A. braquial profunda
Caminho até o coração: a. braquial profunda, a. braquial, a. axilar, a. subclávia (direita ou esquerda), [no lado direito: tronco braquiocefálico], arco da aorta, parte ascendente da aorta.
É o maior ramo da a. braquial e tem a origem mais alta. Acompanha o n. radial ao longo do sulco radial enquanto segue posteriormente ao redor do corpo do úmero. Termina dividindo-se em artérias colaterais média e radial, participantes das anastomoses do cotovelo.
A. axilar
Caminho até o coração: vide A. braquial profunda.
Começa na margem lateral da 1ª costela como continuação da a. subclávia e termina na margem anterior do m. redondo maior. É dividida em 3 partes:
- Primeira parte: situada entre a margem lateral da 1ª costela e a margem medial do m. peitoral menor, envolvida pela bainha axilar e tem um ramo – a. torácica superior
- Segunda parte: situa-se posteriormente ao m. peitoral menor e tem dois ramos – as aa. toracoacromial e torácica lateral.
- Terceira parte: estende-se da margem lateral do m. peitoral menor até a margem inferior do m. rendondo maior e tem três ramos – a. subescapular, a. circunflexa anterior do úmero e circunflexa posterior do úmero. 
Cabeça e Pescoço
subclávia
Caminho até o coração: vide A. braquial profunda. 
Supre o membro superior e também envia ramos para o pescoço e o encéfalo. A a. subclávia direita origina-se do tronco braquiocefálico, enquanto a esquerda origina-se diretamente do arco da aorta.
A compressão da a. subclávia pode ser realizada em sua região mais superficial, por compressão profunda do trígono omoclavicular. 
Síndrome do Desfiladeiro Torácico: devido ao local onde passam, podem sofrer compressão, na chamada síndrome do desfiladeiro torácico, que pode então ocorrer por síndrome dos escalenos, síndrome costoclavicular (clavícula e costela), por anomalia óssea (crescimento de costela cervical, um defeito nas vértebras) ou por traumatismo (quebra da clavícula ou primeira costela). 
Tronco braquiocefálico
Caminho até o coração: vide A. braquial profunda.
Coberto anteriormente pelos músculos esterno-hióideo e esternotireóideo direitos; é o maior ramo do arco da aorta. Geralmente não tem ramos. Divide-se em artéria carótida comum e subclávia direitas, posteriormente à articulação EC.
A. carótida comum
Caminho até o coração: a. carótida comum (direita ou esquerda), [no lado direito: tronco braquiocefálico], arco da aorta, parte ascendente da aorta.
A a. carótida comum direita começa na bifurcação do tronco braquiocefálico e a a. carótida comum esquerda ascende diretamente do arco da aorta. Essa artéria divide-se em aa. carótidas internas e externas.
Pulso: o pulso carotídeo é facilmente percebido por meio da palpação na face lateral do pescoço, onde a a. carótida comum está situada em um sulco entre a traqueia e os m. infra-hióideos. A ausência de pulso carotídeo indica parada cardíaca.
A. carótida interna
Caminho até o coração: a. carótida interna, a. carótida comum (direita ou esquerda), [no lado direito: tronco braquiocefálico], arco da aorta, parte ascendente da aorta.
Entram no crânio através dos canais caróticos nas partes petrosas dos temporais e tornam-se as principais artérias do encéfalo e das estruturas contidas nas órbitas. 
A oclusão parcial da a. carótida interna pode causar um ataque isquêmico transitório (AIT), uma perda focal súbita da função neurológica, podendo também causar um pequeno AVC. Um exame físico realizado para detectar essas possíveis disjunções é a ausculta de um fluxo sanguíneo turbulento nas carótidas, o sopro carotídeo.
A. carótida externa
Caminho até o coração: igual ao da A. carótida interna.
Supre a maioria das estruturas externas ao crânio; a órbita, a parte da fronte e do couro cabeludo são exceções. Segue até a região entre o colo da mandíbula e o lóbulo da orelha e se insere na glândula parótida; termina dividindo-se em a. maxilar e a. temporal superficial.
A. temporal superficial
Caminho até o coração: a. temporal superficial, a. carótida externa, a. carótida comum (direita ou esquerda), [no lado direito: tronco braquiocefálico], arco da aorta, parte ascendente da aorta.
Emerge na face entre a articulação temporomandibular (ATM) e a orelha, entra na fossa temporal e termina no couro cabeludo dividindo-se em ramos frontal e parietal. Irriga os m. da face e pele das regiões frontal e temporal.
Pulso: é possível realizar a tomada de pulso da a. temporal superficial no local onde ela cruza o processo zigomático imediatamente anterior à orelha. 
A. facial
Caminho até o coração: igual ao da A. temporal superficial.
Principal responsável pelo suprimento arterial da face. Espirala-se até a margem inferior da mandíbula, imediatamente anterior ao músculo masseter. Realiza um caminho sinuoso pela face, irrigando os músculos da expressão facial e a própria face. 
No local de cruzamento, a a. facial pode ser comprimida, porém deve-se realizar a compressão dos dois lados do sangramento para efetivá-la, geralmente.
Também é possível verificar pulsação pela a. facial.
A. vertebral
Caminho até o coração: a. vertebral, a. subclávia (direita ou esquerda), [no lado direito: tronco braquiocefálico], arco da aorta, parte ascendente da aorta.
As a. vertebrais se originam na raiz do pescoço como os primeiros ramos da a. subclávia. São responsáveis pela irrigação posterior do encéfalo. As partes transversais das mesmas ascendem através dos forames transversários das seis primeiras vertebras cervicais. As partes atlânticas perfuram a dura e a aracnoide e atravessam o forame magno. As partes intracranianas das artérias unem-se na margem caudal da ponte para formar a artéria basilar (participa do polígono de Willis). 
Anastomoses Arteriais
São comunicações realizadas entre artérias que tornam possível a circulação colateral quando há obstrução de uma via de fluxo usual. São exemplos: anastomoses entre as coronárias direita e esquerda, artérias gástricas, arcos palmares superficiais e profundos.

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