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Universidade Federal da Grande Dourados

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Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD
Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais – FCBA
Karoline Andrade Rodrigues
Aplicações biotecnológicas utilizando animais representantes do Filo Chordata
Dourados-MS
29 de Maio, 2017
Introdução
	Na década de 50, houve a descoberta do DNA, uma grande evolução no ramo genético, biológico e científico. Com este avanço, aumentou-se o incentivo para estudos nesse sentido, e a partir disso, começou-se a surgir muitos métodos de estudo aprofundados em relação ao ácido desoxirribonucléico. Essa grande descoberta gerou lucros para vários ramos da ciência.
	Desde então dessa descoberta a biotecnologia ganhou-se notoriedade, pois é o conjunto de conhecimentos que permite a utilização de agentes biológicos (organismos, células, organelas, moléculas) para obter bens ou assegurar serviços. 
	Várias técnicas foram desenvolvidas, remédios para inúmeras doenças foram produzidos, a partir de pesquisas utilizando células animais.
	 Uma dessas técnicas é o desenvolvimentos de produtos utilizando animais. Há várias pesquisas desenvolvidas, uma muito conhecida é o soro antiofídico usado para tratar picadas de cobras, feito a partir do veneno da própria serpente. 
	A biotecnologia tem muita participação na produção animal, como no processo de fertilização, seleção de raças e linhagens. Alterações genéticas para melhorar a produção de carne e leite. Existem várias empresas que tem como foco melhoramento genético animal. Pesquisadores manipulam células animais, alterando as suas características genéticas, originando um novo animal, com características melhoradas.
 
Javali Europeu (Susscrofa)
Filo Chordata:
Nele se encontra animais que em pelo menos um período da vida possuíram notocorda, o sistema nervoso dorsal, as fendas faringianas e a cauda pós-anal.
Subfilo Vertebrata:
Nesse subfilo estão os indivíduos de esqueletos ósseos ou cartilaginosos que tem como principal característica a substituição da notocorda pela vértebra na fase adulta.
Classe Mammalia:
Os mamíferos constituem o grupo mais “evoluído” do Reino Animal. Receberam este nome devido à presença de glândulas mamárias, que nas fêmeas fornecem leite para os filhotes, mais nítida na espécie humana. Habitam os mais diferentes ambientes e têm uma dieta muito diversificada.
A pele coberta por pêlos, presença de glândulas sebáceas e sudoríparas ajudam a regular a temperatura tornando possível o desenvolvimento de mecanismos fisiológicos mais complexos e eficientes. O aumento do cérebro permitiu que os mamíferos se tornassem mais ágeis e inteligentes.
Ordem Artiodactyla:
Constituem uma ordem de mamíferos ungulados com um número par de dedos nas patas. É um grupo muito variado, com cerca de 220 espécies descritas. Incluem muitos animais com grande importância econômica para o homem, como o boi, a cabra, que, no Brasil, tem como maior criadora a região Nordeste, principalmente para a subsistência, o camelo e o porco, entre outros.
Gênero Sus:
É um gênero de mamíferos pertencente à família dos suídeos, que inclui o porco doméstico e o javali. O gênero tem muitas espécies, que se distinguem, sobretudo pela distribuição geográfica, sendo a grande maioria concentrada nas regiões tropicais da Ásia.
Espécie: Sus scrofa L.
Fonte: Tradarchery Portugal
MORFOLOGIA
	Os javalis são animais de grandes dimensões, podendo os machos pesar entre 130 e 250 kg e as fêmeas entre 80 e 130 kg. Medem entre 125 e 180 cm de comprimento e podem alcançar uma altura no garrote de 100 cm. Os machos são consideravelmente maiores que as fêmeas, além de terem dentes caninos maiores. Na Europa, os animais do norte tendem a ser mais pesados que os do sul.
	O corpo do javali é robusto e estreito, com patas relativamente curtas. Tem uma cabeça grande, triangular, com olhos pequenos, mas quando é criado junto aos porcos domésticos, para criar o híbrido javaporco, o crânio começa a mudar ficando mais assemelhado ao do porco doméstico
	Os quartos dianteiros do javali são mais robustos que os traseiros, enquanto que no porco doméstico ocorre o contrário; a diferença se deve à intensa seleção por variedades de porcos domésticos com mais carne levada a cabo pelos criadores.
	A boca é provida de enormes caninos que se projetam para fora e crescem continuamente. Os caninos superiores são curvados para cima, enquanto os inferiores, maiores ainda, chegam a ter 20 cm de comprimento. Os caninos são usados como armas em lutas entre machos e contra inimigos. Podendo saltar obstáculos com até 2,5 metros de altura.
	Ao contrário de certas raças de porcos domésticos, os javalis são cobertos de pelagem. Os pêlos são rijos e nos adultos variam de cor entre o vermelho-escuro e o acastanhado, no inverno, como proteção contra o frio, ele desenvolve uma sub-pelagem mais curta e sedosa, que perde no verão. Os filhotes apresentam cor de terra clara com listras negras, o que lhes dá uma camuflagem muito eficiente, a pelagem dos filhotes escurece com a idade.
HABITAT
	Os habitats preferidos do javali são as regiões úmidas e brejosas, cobertas de florestas e carrascos. Este animal tem o hábito de repousar numa fossa cavada no solo raso e de tamanho que lhe permita alojar todo o corpo. Quando possível, ele atapeta a fossa com musgos, ramos e ervas secas, passando boa parte do tempo aí. É esse o seu leito.
	Os javalis são animais sociais que vivem em vaas ou bandos, formados pelas fêmeas, seus filhotes e os machos jovens. 
	Durante o dia o javali fica abrigado no mato fechado, dormindo preguiçosamente; por volta do fim da tarde ele se movimenta para procurar alimento. Procura também a água e aí brinca longamente. parece que tem uma necessidade absoluta de se refrescar, pois não vacila em percorrer um quilômetro ou dois para ir até o ponto da água. Só invade os campos depois que a noite cai e, uma vez instalado neles, é difícil desalojá-lo. Quando o trigo amadurece, os javalis constituem um verdadeiro problema e, como destroem mais do que comem, tornam-se extremamente nocivos.
ALIMENTAÇÃO
	O javali é onívaro, isto é, alimenta-se praticamente de qualquer vegetal e também da carne de pequenos animais. Essa característica, aliada à sua grande adaptabilidade climática, por certo muito o ajudou nas suas migrações voluntárias. Nos bosques e pradarias, o javali procura glandes. tubérculos, ervas, insetos e vermes; no outono, nutre-se de avelãs, castanhas, batatas, rábanos e de todos os legumes. Aliás, ele come indiferentemente tudo que é vegetal ou mesmo animal, desde carne de animais mortos até a de seus semelhantes. Durante os invernos muito rigorosos, quando o alimento escasseia, o javali faz migrações às vezes bem longas.
REPRODUÇÃO
	O período do cio começa no final de novembro e dura de 4 a 6 semanas. Em geral, as fêmeas só têm uma parição por ano. Assinalam-se casos de fêmeas com 2 parições por ano, fato que é explicado pelo abastardamento, na cruza com porcos-domésticos que voltam ao estado selvagem. Durante a época do cio, os machos solitários juntam-se ao rebanho, afastando os rivais mais jovens, e ficam em companhia das fêmeas enquanto elas estiverem no cio. Entre rivais de igual força os combatentes são muitas vezes violentos, mas raramente terminam pela morte de um dos adversários. 	Como o resultado do combate é incerto na maioria dos casos, os rivais acabam se tolerando mutuamente, mesmo que seja contra a vontade . Entre 11 e 115 dias após o acasalamento as fêmeas jovens dão a luz 4 a 6 filhotes, e as mais robustas, 11 ou 12. Antes da parição a fêmea prepara uma cama confortável em uma moita fechada e forrada com musgos e folhas. Os filhotes ficam reclusos durante o tempo estritamente necessário à busca de alimento. Em seguida, conduzindo-os pela floresta, ela ensina-os a se nutrirem e a se defenderem. É comum que várias fêmeas se grupem para criar juntas seus filhotes. Se uma delas morre, as outras tomam conta de sua prole.Com 18 ou 19 meses de idade o javali está apto a reproduzir-se e, com 5 ou 6 anos, atinge seu completo desenvolvimento. Pode viver de 15 a 20 anos, indo muito excepcionalmente até os 30 anos.
APLICAÇÃO BIOTECNOLÓGICA
Análise cromossômica e molecular do javali europeu Sus scrofa scrofa e do suíno doméstico Sus scrofa domesticus.
	Esse estudo tem como objetivo analisar em diferentes criações de animais, auxiliando na identificação de javalis “puros” Sus scrofa , e os javalis híbridos, que são originados a partir do cruzamento com o suíno doméstico Sus scrofa domesticus.
	Para realizar essa identificação foram utilizadas análises citogenéticas, fenotípica e da técnica molecular de RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA). É feita uma avaliação de fenótipo dos animais: analises citogenéticas e técnica molecular de que revela os cromossomos do javalí europeu (2n=36) e do suino domestico (2n=38) separados, identificando cada um, sem esta técnica não é possivel caracteriza-los.
 
Bibliografia 
Tradarchery Portugal, Anatomia do Javali. Disponível em: <http://tradarcheryportugal.blogspot.com.br/2012/05/anatomia-do-javali-e-zonas-vitais.html> Acesso em 27 de Março de 2017.
Saúde Animal, Selvagens, Javali. Disponível em: <http://www.saudeanimal.com.br/6030/fazenda/selvagens/javali> Acesso em 27 de Março de 2017.
MOTA, L. S L. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/bjvras/article/download/11379/13147>Cytogenetic and molecular analysis of a european wild boar Sus scrofa scrofa and domestic swine Sus scrofa domesticus. Acesso em 27 de Março de 2017.
HICKMAN JR., C., ROBERTS, S. L. & LARSON, A. 2004. Princípios integrados de Zoologia. 11ª edição. Editora Guanabara, Páginas 458 a 501.

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