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AULA 04
CULTURA NAS SOCIEDADES DE CLASSES
INTRODUÇÃO
Nesta aula, desenvolveremos alguns conceitos atribuídos à Ideologia, ressaltando suas diferenças. Em seguida, analisaremos o significado de Indústria Cultural, conceito atrelado ao de Ideologia pelos pensadores da Escola de Frankfurt. Por fim, debateremos acerca da relação entre Ideologia, Indústria Cultural e Sociedade de Consumo, e o início e a consolidação da Indústria Cultural no Brasil.
OBJETIVOS
Definir alguns conceitos de Ideologia e suas diferenças.
Esclarecer o significado de Indústria Cultural.
Identificar a relação entre Ideologia, Indústria Cultural e sociedade de consumo.
Explicar a Indústria Cultural no Brasil.
CULTURA NAS SOCIEDADES DE CLASSES
Para relacionar cultura com as sociedades ditas de classes, como são as sociedades modernas, faz-se necessário, primeiramente, algumas reflexões em torno do termo ideologia.
A ideologia consiste na separação entre pensamento e ação, cultura e materialidade, sujeito e objeto, tanto em sua concepção:
Ideologia Marxista
Base da ideologia:
Ideologia segundo os pensadores da Escola de Frankfurt
Base da ideologia:
O objetivo do grupo era romper os grilhões de todos os sistemas fechados de pensamento e combater tradições que haviam bloqueado o desenvolvimento do projeto crítico.
Em suas análises, esses teóricos fazem referência à separação, largamente difundida na Alemanha, entre cultura e civilização.
Civilização
Com a finalidade de conservar os indivíduos submetidos e submissos ao sistema, fez-se necessário mudar os próprios padrões de produção de pensamento. Ocorre o que podemos chamar de uma “caricatura da reconciliação” entre os âmbitos separados da civilização e da cultura.
A organização e a produção da cultura passam a ser cooptadas pelo aparato de produção de mercadorias, o que possibilitou o estabelecimento de novas formas de “distribuição” e “consumo” dos “bens culturais”.
A INDÚSTRIA CULTURAL DE MASSAS E A SOCIEDADE DE CONSUMO
Adorno e Horkheimer elaboraram o termo indústria cultural, com a finalidade de solucionar uma confusão a respeito da diferença entre cultura de massas e cultura popular.
O conceito indústria cultural esclarece que não se trata de uma cultura produzida pela massa, mas uma cultura do capitalismo voltada para o consumo em massa.
Cultura do capitalismo
Promover uma falsa aproximação entre a reprodução do mundo material e espiritual foi o grande feito da indústria cultural. Este processo foi realizado por meio da mercantilização da cultura, pela união destas duas esferas distintas promovida pelo capital.
Ao ser transformada em bem de consumo que adapta os indivíduos à realidade existente e subjuga-o ao poder do sistema, a cultura resultará na indústria cultural.
A potencialidade da cultura como esfera da formação do indivíduo, a qual pressupunha a autonomia do sujeito e de sua relação crítica e contestadora com a totalidade é transformada pela indústria cultural em esfera de alienação e adaptação acrítica do indivíduo à realidade.
A INDÚSTRIA DA CULTURA NO BRASIL
A indústria cultural adquire seu pleno desenvolvimento no Brasil e se consolida em decorrência da articulação de dois fatores que atuam de forma interdependente: um de natureza política e outro de natureza econômica.
Econômica
O fator econômico é representado pelo ingresso do País na etapa monopolista do capitalismo; o político, pela instauração do regime militar em 1964 e a consequente implementação de um projeto de desenvolvimento burocrático-autoritário fundamentado na Ideologia da Segurança Nacional (ISN).
O processo de implantação das indústrias de bens simbólicos, no entanto, começa antes, nos anos 60, embora só se consolide na década de 70.
Década de 70
Do ponto de vista econômico, os anos 60 e 70 representam o período de ingresso da economia nacional na etapa monopolista do capitalismo. Como ocorre em um momento em que a economia mundial capitalista está plenamente constituída, pode-se dizer que a inclusão do Brasil no sistema é tardia, retardatária. Do ponto de vista político, significa a fase mais dura de atuação do Estado autoritário sob comando militar que visava implementar um projeto de nação que vinha sendo articulado por segmentos autoritários da sociedade desde muito antes da chegada ao poder em 64.
Mesmo que nas décadas anteriores aos anos 1960 possam ser encontrados empreendimentos empresariais no setor da cultura e da comunicação (jornais, emissoras de rádio, editoras, gravadoras etc.), assim como um insipiente mercado para esses bens, não se pode dizer que tivessem as características próprias daquele tipo de atividade que Adorno e Horkheimer, em 1947, denominaram de indústria cultural.
Na década de 40, segundo o antropólogo Renato Ortiz, as empresas culturais existentes procuravam expandir suas bases materiais, mas encontravam grandes obstáculos que se interpunham ao desenvolvimento do capitalismo brasileiro, o que colocava limites concretos
para o crescimento de uma cultura popular de massa.
Década de 40
O antropólogo Renato Ortiz (1991), numa das obras mais importantes sobre o processo de implantação das indústrias culturais do Brasil, lembra que na década de 40 já se pode passar a considerar seriamente a presença de atividades vinculadas a uma cultura popular de massa. Diz que, recuando-se às décadas anteriores, encontram-se jornais, revistas ilustradas e histórias em quadrinhos produzidos por organizações de caráter empresarial.
Dessa forma, é possível dizer que os anos 40 e 50 marcam o momento de incipiência de uma sociedade de consumo de massa no Brasil, porque a sociedade ainda não estava estruturada de forma a atribuir significado e amplitude social aos meios culturais que possuía.
Já as décadas de 60 e 70 se definem pela consolidação do mercado de bens culturais.
Significado
Nas palavras de Renato Ortiz: “Se apontarmos os anos 40 como o início de uma ‘sociedade de massa’ no Brasil, é porque se consolida neste momento o que os sociólogos denominaram de sociedade urbano-industrial.”

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