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ESPORTE 3 (resumo part3)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
DISCIPLINA: ESPORTE 3
PROFESSOR: ROBERTO COLAVOLPE
ESTUDANTE: MAYTTA MARTINELLI
RESUMO
Referência: MANHÃES, Eduardo Dias. Políticas de esportes no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. (p. 65 a 85)
Nesse capítulo, intitulado “Do discurso nacionalista”, Manhães analisa como o esporte serviu aos interesses de constituição e permanência da ideologia nacionalista de forma oficializada. 
Além do caráter disciplinar presente em boa parte dos artigos das leis analisadas pelo autor, também é sinalizado que é competência do C.N..D tornar o desporto cada vez mais uma alta expressão da cultura e da energia nacional, por isso que, se tratando das práticas esportivas, qualquer tentativa de inserir elementos considerados desnacionalizados é passível de medidas visando a eliminação desses elementos, para que se conserve viva a expressão de energia nacional, colocando como objetivo principal da legislação daquele período condicionar culturalmente os brasileiros para representarem o país tornando o país receptivo à cultura desportiva nacional.
Os resultados esportivos passam a representar, para o Estado, um elemento da educação geral da mocidade e propaganda do modelo societal em vigência. Nesse sentido, o Estado privilegia a organização esportiva clubística, ou seja, a manifestação seletiva de esporte em detrimento de suas for-mas participativas que são subordinadas à lógica da seleção de talentos para o esporte de competição. o Estado privilegia a organização esportiva clubística, em detrimento de suas formas participativas, que são subordinadas à lógica da seleção de talentos para o esporte de competição.
Nas leis analisadas é feita uma definição de movimento desportivo nacional, que é a totalidade das práticas desportivas desenvolvidas no país. Somente para nos dar uma dimensão desse discurso nacionalista implantado, o autor traz a informação de que o próprio nome do conselho não deveria ser Conselho Nacional dos Desportos, mas sim Conselho Federal dos Desportos.
Nesse capítulo o autor também considerou necessário historicizar a categoria “nação” levando em consideração o discurso hegemônico e o projeto de sociedade, fazendo as devidas relações com os conceitos de cultura e energia.
Utilizando como referência o conceito de Stalin, em O marxismo e problema social nacional, o termo nação é definido como conjunto de interações entre as comunidades de idioma, território, de vida econômica, de psicologia, levando a uma estabilidade nacional. Além disso, é apresentada a ideia de que toda nação moderna tem grupos dominantes, e que, consequentemente, o interesse da nacionalidade tende a seguir as vontades desses grupos que possuem controle da situação.
A legislação em questão ainda garante que cada grupo ou ramo de grupo desportivo terá a administração regida pela alta superintendência do C.N.D; sendo organizada de acordo com as confederações, federações, ligas, associações desportivas, formando um conjunto de entidades no centro dos acontecimentos, enquanto outras ficam marginalizadas e em desvantagem em relação ao arbitramento dos conflitos existentes no desporto. Dessa forma, se garante a prevalência do desporto seletivo, e o acesso das pessoas ao esporte fica em segundo plano devido à prioridade da seleção de talentos, onde somente as pessoas com determinados requisitos recebem uma atenção em especial das entidades responsáveis pela organização dos desportos.
Por fim, Manhães nos mostra que a cultura e energia nacional não são tratadas de maneira geral, mas sim abordados para atender as especificidades nacionais, e através da relação entre esporte, cultura e energia é estruturada toda uma organização voltada para o desporto seletivo, transformando o esporte em um fetiche propagandístico, onde os resultados e desempenhos servem para alavancar a imagem do país.

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